"Tudo o que eu queria era viver em paz com a minha família. Eu só queria cuidar do meu moinho, das minhas flores e dos meus irmãos. Sem ter que me envolver com esses países bagunceiros e problemáticos."
- Bem... Então agora, você será domínio da Espanha. Acho que não vai haver muitos problemas já que você já estava sob domínio de um rei espanhol, não é? Não vai mudar muita coisa! Isso vai ser bem fácil.
"Primeiro aqueles frísios dinamarqueses. Depois o velho Império romano e aquele garoto loiro...".
- Não se preocupe, eu já cuidei de outros países antes, antão já estou acostumado. Se você seguir as minhas regras e me obedecer direitinho vai dar tudo ê vai ver! Eu costumo ser um bom patrão e acho que nós dois vamos nos dar muito bem juntos.
"E agora me vem esse espanhol bobo e sorridente... Por que as pessoas ficam o tempo todo invadindo a minha casa? Porque apenas não me deixam em paz?"
-Então, vamos dar duro juntos, não é? Holanda? – sorriu o espanhol.
"Por alguma razão, não sito como se eu fosse capaz de gostar dele de jeito nenhum".
- Ei! Você está me ouvindo? Holanda?
O jovem rapaz holandês suspirou, abriu os olhos verde esmeralda e levantou o olhar para encarar o moreno de olhos verdes á sua frente. Ele continuava encarando-o com um sorriso brilhante e carismático, mesmo diante da frieza do garoto. A diferença de idade entre os dois não era realmente muito grande, e eles tinham quase a mesma altura. Mas, mesmo que não parecesse, Espanha era, com certeza, mais forte e mais experiente. E mesmo que aquilo não o agradasse, um confronto com ele seria inútil e provavelmente lhe causaria muitos danos
- Então... – disse o loiro fechando os olhos novamente e suspirando. – Só o que eu tenho que fazer é trabalhar pra você, certo?
Mesmo que tenha tentado manter o sorriso, os traços de decepção no rosto de Espanha eram evidentes. Sua simpatia não contagiara o garoto. E aquele não era o primeiro país em seu domínio que demonstrava certa indisposição á aceitá-lo. Romano não era muito dócil também. E ele estava começando a se perguntar se todos os outros países tinham essa dificuldade com seus subordinados, ou se o problema era pessoal.
- Bem... Eh... Isso também. Mas, sabe, eu estava pensando que seria legal se agente se conhecesse melhor, sabe? Seria bom se nós pudéssemos nos dar bem, e eu gostaria que você se sentisse à vontade com o reino espanhol.
- Não preciso disso. – disse o garoto apanhando sua bolsa de ferramentas, pendurando-a nos ombros e lhe dando as costas. – Se você não quiser mais nada, eu estou indo embora.
"É pessoal" pensou Espanha, lembrando-se de ter visto Inglaterra com o pequeno América no colo e Áustria e Hungria sorrindo de braços dados.
- Está bem. Nos vemos amanhã então. – falou desoladamente.
Holanda não respondeu e começou a caminhar em direção ao portão do pátio do castelo, ansioso por sai dali e ir logo para casa. Na verdade, para ele, a mudança de governante não importava muito, realmente.
Até que ele ficasse forte o bastante, ele não se importava de ter que trabalhar para quem quer que fosse para protegê-los. Sim. Não importava o quanto aquelas tarefas fossem cansativas, não importava a raiva que ele sentia por ter que curvar-se e aceitar o domínio de outro país. Tudo vali a pena se fosse para protegê-los e mantê-los a salvo. Tudo valia a pena por seus irmãos.
- Por eles...- sussurrou ao tocar a maçaneta da porta velha de madeira do moinho.
Por aquele sorriso... Por ela...
- Irmãozão! – gritou a menina loira, atirando-se em cima dele ao adivinhar a chegada de Holanda pelo ranger da porta.
Ela o abraçou calorosamente, pendurando-se em seu pescoço. Holanda a apertou em seus braços com força, inspirando o perfume fresco e suave que exalava de seus cabelos. Era aquele sorriso, aquela alegria... Era ela que fazia tudo valer a pena.
- Bem vindo. – disse a moça com um sorriso doce e carinhoso, afastando-se um pouco para olhá-lo nos olhos.
Um semblante de um sorriso suave e quase imperceptível surgiu no rosto do holandês. Mesmo que raramente sorrisse, aquela alegria que ele sentia ao vê-la parecia preenchê-lo tão completamente, que era possível esquecer tudo de ruim do passado, e todos os problemas de agora e as preocupações de amanhã.
- Estou em casa. – ele disse colocando a mão pesada, mas cheia de afeto na cabeça da mais nova.
Tudo valia a pena... Por Bélgica.
Olá o/
~Le me voltando a escrever fanfics depois de bastante tempo~ A beta vai querer me matar quando ver isso (prometo que não deixarei de cumprir com minhas obrigações nee-san .)
Outro casal hétero, o que é estranho porque, pessoalmente eu prefiro os casais yaoi de Hetalia. Mas, Bélgica/Holanda realmente me encantou. Nada contra Bélgica/Espanha, mas eu gosto mais dela com o Holanda mesmo.
Enfim, acho que essa vai ser uma long fic, com caps bem curtos mesmo. Pelo menos, é a minha proposta inicial (espero conseguir manter isso). Como os caps são pequenos também pretendo postar com frequência.
Não tem muitas fics desse casal e é difícil definir a personalidade dos personagens, já que eles quase não aparecem. Mas, eu espero que gostem.
Obrigada por lerem =3 e aguardo por reviews.
