Ship: Rodolphus Lestrange / Bellatrix Black
Classificação: NC17
Observação: essa fic foi escrita em versos livres, é um poema-erótico. PWP.


N/A: Esta história é escrita em verso – poema -, é a primeira vez que escrevo fics assim, então... Talvez não seja boa. Isso é uma poesia erótica, contém palavras vulgares e insinuação de sexo, non-con. Fic dedicada à Thai, que compreende meu spleen, meu sofrimento, minha soturnidade, minha tuberculose e meu vício por café. Pra ti gataaan!


"Mais doce é ver-te, de meus ais vencida,
Dar-me
em teus brandos olhos desmaiados
Morte,
morte de amor, melhor que a vida."
- BOCAGE -


Poesia em Tinto
Por Tainara Black

#

Minhas mãos te sobem a saia, a teu contragosto e teimosia.
E pele minha, grossa, rasga contato em tua carne crua.
Que há tempos, de Amor e Desejo me consumia,
Mas que em grandes negações desfilava nua,
Em sonhos meus que jamais a ti revelaria.

Em alvoroçado descompasso, minha respiração na nuca tua,
E de Amores me parte o peito, a Adrenalina.
Minhas mãos descobrem tuas vergonhas, agora nuas
Para verter calor à minha Menina.

E mais reclama e reclama, mas nego dar-te a face minha.
E a Menina não aquieta, estando para mim de costas,
E remexe as ancas, desesperada, instigando a febre das minhas.
De mal grado, deixa que mova meus dedos, pois sei que gostas,
E tremes de prazer, ainda sem perder a linha.

#

Rijo e frígido Amor, por respectiva a mim e a ti.
Nos joelhos bambos vejo adoecer-te os sentidos
E em minhas mãos firmes o sexo teu senti
Umedecer os dedos de prazeres malditos.

E as costas tuas no peito meu,
Esvaecem-me a sabedoria,
Enquanto minha mão busca no seio teu
Alento à tentação da teimosia.

E o falo meu entre tuas pernas encontra,
Na sombra cruel, que agora a mim pertencia,
O presságio do céu que se demonstra
Antes do Sexo que cometia.

#

Ao fato do não pensar,
Em ti parti o ventre
E não atendi ao ouvir-te reclamar,
Negando-te parar dentre.

Na volúpia aguda que meus sentidos desfalecem,
Em meio a tal espanto,
Experimentar-te e morrer tão se parecem,
Que fora impossível não rir de teu Pranto
E negar-te ainda mais o descanso.

Tua voz me preenche todo o ar,
Que outrora me parecia nada,
E ar que ar é apenas,
Se mostra falho, a me sufocar
Enturva-me toda direção da Estrada
Fazendo-me chegar aos Céus às duras penas.

#

E Tejo teu que a mim pertence
Molha-te as pernas e todo o ventre.
E Amor meu cálido se faz,
Ao parar de negar-te que me beije.
E Amor nosso, inexistente,
Mostra-se inexato ainda que quente.
E lábios teus de mel e teimosia
Esgueiram-se à orelha minha,
E n'um sussurro rouco e ardente
Deixa tua voz escapar entredentes:

"Você é um filho da puta, Lestrange"

E derretendo ainda em Desejo,
Tomo-te as pernas em volta de meu corpo.
E dentro de ti procuro mais gozo,
Que n'outra mulher nunca encontraria.
E tua voz a minha vida corrompe,
Ao murmurar em teimosia,
Que odeia quando falo meu te irrompe
E que rouca voz minha te anestesia.
Mas n'outro instante, me geme o nome e suplica
Que rouca voz minha te encante
Com uma mísera Poesia.

#

No peito meu Músculo pulsa ardente,
E a face de espanto se enche
Que um sentimento assim não esperava
Nem de vislumbre em minha mente.

Escrito na palma de minha mão estava,
Que o desvario tu serias em minha vida,
E que lábio teu em mim despertaria
Tanta Loucura, Prazer e Expectativa.

Na mão tua a cigana leu,
Que a vida a mim te concederia.
E a palma tua em meu corpo verteu
Mais Calor e Amor que o Sol poderia.

#

Tenho-te na palma da minha mão.
A mão que a cigana leu.
Mão que tuas vergonhas desbravou.
Mão que enlouqueceu, repudiou,
Que de breu pura alma banhou.
Que de tinto, esta poesia escreveu.

#

FIM


N/A: Espero que tenham gostado e compreendido, às vezes nem eu compreendo. Reviews, sempre bem-vindas. Thai, gatan, pra ti!