Aviso: linguagem chula e tosquera ahuehauehauheuahe. PWP, quase crack, quase OOC, quase um monte de coisas, mas com sexo (quase) explícito.


Aspirinas


Não deviam ser alucinógenos. Não sabia o que Sakura havia usado para drogá-lo daquela forma - uns comprimidos e uma taça de vinho - ele só havia pedido algum remédio que fizesse aquela sensação passar. Mal ele havia se expressado (ao menos tentado), ela já lhe entregara alguns comprimidos. Mas agora era gostoso como dançavam desengonçadamente, sem dizer palavra sequer em momento algum. Era gostoso o calafrio acarretado pela mão gelada de Sai quando lhe percorria a espinha ou contornava a cintura magra, subindo para as costelas facilmente contáveis. A pele sensível respondendo a cada estímulo, a boceta escorrendo. "O que está fazendo comigo?" quis perguntar, mas estava ocupada gemendo a cada mordida bem dada no seio, a cada chupão despudorado resultando sempre num hematoma sutil. Quando foi que desabotoou a blusa mesmo? Não conseguia lembrar por nada. E o sutiã? Não fazia idéia de onde poderia ter caído. "Isso não vai fazer os hematomas sumirem, filho da puta" pensou enquanto observava os lábios dele percorrerem-lhe o colo, deixando beijos sobre cada marca roxa que havia surgido. Não faria os hematomas sumirem, mas seus beijos eram gostosos, admitia isso. E até sorriu satisfeita quando tais beijos tomaram rumo de seu baixo ventre, e os dedos de Sai já lhe faziam carinho sobre a calcinha - porque a calça sumira da mesma forma que o sutiã. Ele estava afobado. Tanto que Sakura podia sentir a respiração dele entre as pernas quando lhe tirou a calcinha e jogou-a para longe. Ela pôde acompanhar com o olhar e descobriu o destino do sutiã e da calça. Mas isso não fazia diferença agora. Fossem os comprimidos que tomara, fosse a língua curiosa e atrevida de Sai, ela sentia tantas sensações diferentes ao mesmo tempo. Sensações táteis, os impulsos nervosos por debaixo da carne, respondendo a cada movimento, por mais sutil que fosse, da língua de Sai em seu sexo. Em um estado mais sóbrio, teria vertido uma ou duas lágrimas ao atingir aquele orgasmo. Nem lembrava a última vez que havia trepado. Nem sequer costumava se tocar. De todo modo, ainda conseguia reconhecer o próprio corpo e sabia que aqueles espasmos musculares deveriam servir como um aviso para que Sai recuasse com seus agrados. Puxou-o pelo cabelo. Quis bater naquele rosto que raramente ficava corado daquela forma. Ele mal conseguia respirar de forma compassada. Quis socá-lo, mas limpou-lhe o canto da boca e o beijou de olhos fechados. Afundou uma mão no emaranhado ébano de seus cabelos curtos, e a outra tateou o marfim até encontrar o pau rijo esperando por qualquer tipo de atenção. Sua mente parecia voltar ao lugar conforme ela começava a tomar o controle da situação. Fazia carinho por cima do tecido, numa timidez cínica, beijando a bochecha febril dele. Livrou o membro da cueca, segurou-o entre polegar, anelar e médio, ficou alguns segundos apenas apreciando a textura e o formato, pressionando de leve entre os dedos. A mente pareceu nublar novamente, e quando deu por si, sua mão toda percorria o pau de Sai numa carícia ritmada, enquanto os dedos dele já estavam dentro de sua boceta outra vez, trêmulos, mas ainda eficazes em arrancar gemidos de Sakura. Deitou-a sobre a mesa do ateliê, e Sakura sentiu o choque das costas quentes contra a madeira fria. Mas logo não sentia mais nada disso, só se preocupava com o corpo que a cobria, e com o pau de um Sai agressivo, à princípio, mas logo menos impulsivo. E Sakura preferia isso do que as fodas sistemáticas e repulsivas de seu ex mauricinho, ou as transas melosas com um carinha loiro com quem tentara algo. Ela e Sai eram amigos, aquela foda em especial era só uma forma de comunicação. Ao menos gostava de pensar assim. E Sai se comunicava muito bem com o corpo - e com o com o corpo apenas (com as palavras era terrível). O atrito entre os corpos suados. O tesão eminente no rosto de Sakura que tanto sentia-se inebriada pela temperatura do próprio corpo e tantos odores corporais. Quase sentia uma - prazerosa - dor a cada estocada mais profunda de Sai. Cada vez que o membro se projetava daquela forma para dentro, friccionando contra as extremidades a boceta se contraía quando a cabeça do pau lhe atingia bem fundo, batendo às portas do (céu) útero. Cada uma dessas estocadas deixava seus olhos mais próximos de virar as órbitas, e ela já não tinha qualquer tipo de trava ou resistência. A visão ficou turva, e ela não ouviu os gemidos de Sai ao gozar - mesmo que estivesse com o rosto escondido no pescoço dela, tão próximo de sua orelha. Estava ocupada demais com seu próprio prazer. Chegou a sentir todo o corpo formigar, revirou os olhos e contraiu a boceta. Foi como um desmaio. Ou, ao menos, um desmaio gostoso de se desmaiar. Acordou horas - ou apenas minutos, talvez - depois e Sai dormia ainda. Mas quando acordou, reclamou dos arranhões (que Sakura não lembrava de ter feito em momento algum) em suas costas. Não respondeu nada, apenas ficou observando o rosto afeminado. Era bonito, até. Fez carinho no rosto ainda corado com o polegar, e quis beijar aqueles lábios tão perfeitamente desenhados. Ele insistiu em suas perguntas, e queria saber o que ela havia usado para drogá-lo daquela forma. Sai era péssimo em se comunicar com palavras. Ela riu quando percebeu que só haviam feito sexo e caído no sono em cima de uma mesa porque Sai se sentiu desafiado. Talvez Sakura devesse deixar a ética médica de lado mais vezes, e comprimidos tarja preta sempre próximos.


Notas: AHUHAUEHAUHEUAHEAUHEAUHEAUEH UEAHUAHE suspende o álcool aqui na mesa 13, chefia. No fim das contas, eu ouvi Sunday Smile ao invés de Guyamas Sonora pra escrever isso, Bianca.