Tulipa Vermelha

A tarde apareceu lindamente em Suna, o céu coberto por linhas entre roxo, rosado e amarelado davam as pessoas que viam uma tarde multicolorida. O vento soprava forte, fazendo a areia passar rápido pelas ruas sempre vazias, mas nada impedia de uma pessoa passar por elas.

Temari passeava por elas nem ligando para o que acontecia ao seu redor. O Vento balançava seus cabelos sempre presos, seu kimono balançava conforme a brisa dançava. Ela caminhava despreocupada até uma das grandes praças que Suna tem. Ficava um pouco afastada da cidade, mais era isso que ela mais gostava, pois era calmo e não tinha ninguém para se preocupar. Passara a ver sempre o pôr-do-sol naquela praça onde ela brincava quando pequena, ficava lá a tarde toda imersa em seus pensamentos.

Andou mais um pouco e chegou até onde queria: Um parque, quase que abandonado e maltratado pelo tempo, com alguns brinquedos enferrujados e uma gangorra torta. Sentou-se em um dos balanços que ainda se mantém em pé e tocou a ponta dos pés na areia pondo-se a balançar displicentemente observando o pôr-do-sol que começava a fazer seu show de cores no límpido céu daquela tarde.

Imersa em seus pensamentos, não ouviu passos que a areia abafava. Sentando-se ao lado dela, sorrateiramente, pois a observar o sol se pondo o horizonte.

Com os olhos eu te vejo

Olhou de soslaio para seu lado vendo a figura que amava em segredo, dês da primeira vez que ela o viu. Parte de seus longos cabelos loiros presos em um rabo-de-cavalo alto, uma franja grande que tampa parte do rosto com traços finos e quase infantis. A roupa negra de nuvens vermelhas balançava, levando um pouco de suas longas madeixas loiras. Seus olhos azuis brilhavam, fascinado com a beleza do espetáculo da natureza e um sorriso brincava em seus finos lábios. Perfeito

Com a boca eu te chamo

- Deidara... – Falou timidamente, o que não era normal de se ver. Por que era assim? Era só com ele.

- E lindo não? Un. – Disse ele, desviando seus orbes azul-safira do horizonte, olhando diretamente para os olhos dela. Seus olhos á perturbam.

- E lindo... – Disse ela, estremecendo ao seu olhar. Sim, a natureza fez um belo trabalho no entardecer, mais ela se referia a algo, ou mais precisamente, alguém. Foi sentindo uma respiração quente perto do ouvido, fazendo-a respirar ofegante. Como um sutil toque dele, consegue a fazer suar e sua respiração ofegar?

- Você e mais, un. – Disse ele ao pé do ouvido dela, mordendo-o logo em seguida.

Uma gota de suor desce pelo seu cenho, suas mãos tremem. Seus olhos arregalam-se com a fala e suas bochechas coradas com o ato repentino, foi deixando os olhos semicerrados, aproveitando ao máximo o contado com ele. Sua cintura e agarrada pelas mãos firmes e levando-a ao encontro do corpo dele. O sol já tinha se evanescido no horizonte enquanto dava lugar à noite de luar. Ele segurava sua cintura possecivamente, seu rosto colado ao dela, mordiscando sua orelha. Ela não conseguia resistir. Também não queria. Almejava seu toque.

Com os lábios eu te beijo

A lua brilhava forte e imponente na imensidão azul-escura. Sua respiração quente ocasionava ondas de arrepios pela sua pele. Seus rostos a centímetros. O contado de seus corpos era total. O coração de ambos bombeava cada vez mais. O que antes existia espaço entre a boca entreaberta deles, foi preenchida pelos lábios sedentos de um beijo dela. Suas línguas dançavam conforme a música de suas almas. Aproveitando o doce néctar da boca de cada um.

- TEMARI! – Uma voz ao longe foi ouvida. Era seu irmão Kankuro. Separam-se rapidamente olhando em direção ao garoto que interrompera o único momento que não podia interromper. Voltou seus olhos para procurar seu amado, mais este não estava mais lá. Seu irmão corria em sua direção ofegando e suando.

- Puxa! Eu te procurei por toda parte! O Gaara quer falar com você e... Você estava com alguém? – Começou a dizer ele, mais ao notar a cara irritada dela parou.

- Não! Vamos logo! Se Gaara que falar comigo, corra e diga a ele que já vou! – Esbravejou ela, se segurando para não tacar seu pesado leque gigante na cabeça dele.

- Já vou! Já vou! – Disse ele correndo para salvar sua vida.

Quando não viu mais a silueta do irmão, olhou para os lábios a procura de Deidara. Nada. Tocou os lábios, onde fora beijada há pouco tempo. O cheiro dele estava impregnado em sua pele. Viu perto de seu pé, uma tulipa vermelha. Pegou-a e levou até a altura dos olhos. Não e comum uma tulipa no deserto. Sorriu. Foi ele que deixou aos seus pés. Com um lindo sorriso brincando em seus lábios, pois a andar até sua casa, onde repousaria pensando nele. O que ela não via, era um par de orbes azuis como o céu, vigiar cada passo que ela da, sorrindo tão radiante como ela.

• Com o coração, eu te amo •

Fim

N/A:Pra quem não entendeu o título, e que quando se da uma tulipa vermelha a alguém, significa uma 'declaração de amor', e também por que e minha flor predileta n.n

Pra mim, essa oneshot e um milagre, pois:

Depois de meses sem postar, me veio uma idéia.

E minha primeira DeidaraxTemari, Um casal que eu amo x3

Eu criei coragem para pedir...

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