N/A: Essa fic é o meu presente de aniversário para Kimberly Desiree, Asrail ou somente a minha Kimzoca. Acredito que não preciso citar o quanto foi difícil escrever cada linha dela. O tema é delicado, o casal é polêmico e estamos falando do Draco, um personagem que precisa ser trabalhado exaustivamente para ficar bem caracterizado numa história. Fora que é uma fic para a Kim, uma pessoa que, por si só, já é bastante exigente. Espero que você goste, Kimzoca, e feliz aniversário! xD
Primeiro pecado
Prólogo
Narcissa era, dentre todas as mulheres do mundo, a mais bela. Sua pele era macia, cor do mais puro leite e da mais alta nuvem do céu. Seus lábios eram naturalmente rubros, mas ela os destacava com um batom da cor do mais vivo sangue. O corpo longo, de estatura alta, sempre foi um convite ao pecado, as pernas compridas e bem torneadas, os seios fartos e os ombros estreitos, contrastando com a cintura fina e o quadril largo. Mas o que mais me prendia em Narcissa eram seus olhos, de um azul profundo e misterioso, tão diferente desse meu cinza-tempestade. Os olhos de Narcissa eram dois miosótis que nunca me deixavam saber o que lhe ia à alma.
Desde criança, gostava de ver Narcissa sentada à penteadeira de seu imponente quarto, aquele que dividia com o marido, sempre tão ausente a serviços do Lorde das Trevas. Ela trançava as longas madeixas loiras com dedos ágeis, que eu não me cansava de observar, e desejar intimamente que fossem usados apenas para me tocar. Depois, pintava as maçãs do rosto tal qual uma boneca, mas não precisava disso. Narcissa era perfeita como a mais pura porcelana, rara como um dia feliz.
Narcissa era minha mãe.
Não me questione ou julgue, nem pergunte quando foi que passei a vê-la dessa forma: a mulher mais perfeita de todo o universo, a minha querida Narcissa. Na verdade, acho que foi desde que, pela primeira vez, suguei-lhe o seio branco e macio, fonte do alimento inesgotável que eu precisava para viver. Narcissa sempre me alimentou o corpo e a alma. E os pensamentos não tão puros, aliados a um gosto amargo de pecado que sempre ficava, marcante, quando pensava nela.
