Oii gente! :3
Não sou muito fã de escrever drama mas tive essa idéia...

Espero que gostem!

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- Você sabe qual é a sensação de tomar uma facada no coração? – dizia Riza.

- Muitas coisas podem machucar nossos corações, entre familiares, amigo, amores... o que mais nos machuca são as coisas que mais amamos. – dizia para si enquanto estava sentada na sua costumeira mesa de madeira do quartel, enquanto fitava o céu nublado pela janela.

Naqueles últimos dias o tempo estava feio e chuvoso, o que não era normal ali na Central, e também entristecia Riza, que odiava dias chuvosos.

Odiava ainda mais pois teve a lembrança de seu amigo Hughes, e de como aquele dia estava ensolarado e bonito, e mesmo assim "estava chovendo", e isso a fez lembrar de Roy Mustang...
Onde estava Roy Mustang naquele momento, se não estava ali, ao lado de sua fiel tenente?

E Riza fitava a mesa de seu superior como se procurasse por algo, como se sentisse falta de algo... e realmente faltava a plaquinha de metal escrita "Coronel R. Mustang".

Por alguma razão desconhecida por Riza, haviam tirado a plaquinha pela manhã, e essa ausência parecia incomoda-la tanto.

Também pensava sobre a guerra que acabara a pouco, todos os horrores em sua cabeça que jamais serão esquecidos, e principalmente pensava sobre a explosão perto de seu coronel, e com isso não conseguia esconder sua aflição...

- Tomar uma facada no coração é ver quem nós mais amamos ir embora, é ver algo que dedicamos nossa vida acabar, é saber que você iria até o inferno por uma pessoa e que essa pessoa provavelmente só te acompanharia até sua casa. – Apoiava a cabeça em suas mãos agora... não se podia ver Riza chorando, mas logo ficou evidente com o cair das lágrimas.

Riza o amava a tanto tempo, e isso já não era mais segredo a ninguém daquele quartel, talvez só para ele que era distraido demais para perceber algo que estava na sua frente.

Roy estava no hospital após a guerra, ferido e desacordado, fazia dias já e seu quadro não era dos melhores... Riza se arrependia de cada oportunidade que teve para se declarar e hesitou.

Esperava ansiosa por uma ligação do hospital, provavelmente seria a ligação que iria decidir o quadro de Mustang, e ela prometeu para si que assim que ele saisse do hospital iria se confessar depois de tantos anos, afinal não poderia correr o risco denovo.

- Por que isso aconteceu com ele? Não posso perder meu coronel... não posso perder a maior razão que eu tenho para continuar aguentando toda essa guerra, não posso perder minha base! Apenas se eu estivesse por perto naquele momento... talvez... – e se questionava como se pudesse mudar algo, como se fosse sua culpa, e queria que tivesse sido sua culpa, talvez assim pudesse controlar melhor a situação.

Pois se existia algo que Riza odiava era não ter controle de uma situação, ter que depender de outras pessoas, ou no caso de apenas um telefonema, e isso a deixava inquieta, nervosa.

Achava ridículo que a vida de um homem tão importante fosse ser comunicada através de um aparelho tão simples e pequeno.

E então o telefone tocou!

A loira hesitou por uns momentos mas logo correu apressadamente até o aparelho e o atendeu.

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O telefone caiu no chão junto de lágrimas.