Disclaimer: Lost e seus respectivos personagens não me pertencem. Esta fanfiction não possui fins lucrativos.

Categoria: Romance/ Angst/ Drama

Censura: M

Spoilers: Quinta temporada.

Sinopse: E se Daniel Faraday estivesse certo? Jack acreditava nele e por isso conseguiu levar seu plano adiante mesmo com as possíveis conseqüências. Agora, após a explosão da bomba de hidrogênio, todos estão de volta à civilização. O voo 815 pousa em Los Angeles. A vida se transforma num centro de reabilitação para todos aqueles que desejam mudar o que está errado em suas vidas. Mas seria mesmo possível mudar o curso da história ou certos acontecimentos que ocorreram na ilha permanecerão imutáveis?

Rehab

Prólogo

De repente um ruído insuportável tomou conta de tudo ao redor. Era impossível gritar, respirar ou até mesmo pensar. Uma cegueira branca instalou-se nos olhos de todos e então acabou. Tão rápido quanto tinha começado.

Capítulo 1- Ensaio sobre a cegueira (Blindness)

"Atenção passageiros, apertem os cintos e desliguem os celulares. Mantenham-se em seus lugares pelos próximos vinte minutos. Estamos pousando em Los Angeles."

Um burburinho de adolescentes nas poltronas de trás da sua despertou James Ford bem a tempo de ouvir o aviso da aeromoça. Ele se mexeu desconfortável na cadeira estofada do avião e afivelou o cinto. A mesma aeromoça bonita que lhe servira bebida duas vezes durante o voo passou por ele e deu uma piscadela. Ele sorriu embora estivesse com dor de cabeça. Às vezes se perguntava por que seu poder de sedução com as mulheres era tão grande. Não se achava lá grande coisa.

Esfregando os dedos nas têmporas, James esperou que o avião seguisse seu curso e pousasse no aeroporto de Los Angeles. Ele já estava a algum tempo fora do país, viajando pela Austrália. Viajara para lá para acertar contas com o homem responsável por destruir sua família, mas o tiro saíra pela culatra quando ele assassinara o cara errado. Não era o que ele pretendia, mas agora estava feito. E depois disso ele acabou sendo deportado do país por brigar no bar com o ministro da agricultura australiano. Jamais poderia retornar à Austrália por causa disso. Também como poderia saber que o ministro da agricultura era um bêbado inveterado que freqüentava bares de quinta categoria?

- Que se dane a Austrália!- ele resmungou.

De repente, o avião deu um rasante seguido de um solavanco. Um pouco assustado e com uma estranha sensação de deja vu, James segurou-se ao apoio da poltrona com ambas as mãos. Foi nesse momento que uma mulher caiu literalmente no colo dele. O avião então balançou mais uma vez e em meio aos gritos das pessoas ao redor deles, a mulher se agarrou às coxas dele quase usando as unhas para não cair no chão e rolar pelo corredor. James teve que afrouxar o cinto de segurança para segurar a moça com as próprias mãos.

- O que está acontecendo?- ela indagou em meio à gritaria, não se importando em ser segurada por ele.

- Não faço a menor ideia!- James respondeu. – Mas por acaso você não percebeu que a aeromoça pediu para apertarmos os cintos e permanecermos em nossos lugares?

A moça lhe deu um inesperado olhar zangado antes de dizer:

- Por acaso eu ouvi o aviso! Mas se algo está acontecendo agora e vamos morrer antes desse avião pousar, homem, eu diria que não deveria estar me censurando por ter me levantado após ouvir o aviso.

O avião moveu com força mais uma vez e James quase caiu da poltrona do avião levando a moça consigo, mas foi forte o bastante para permanecer sentado com ela junto ao colo até que a situação se normalizasse.

Por fim, eles puderam sentir as rodas do avião baterem no chão e a aeronave começou a diminuir a velocidade aos poucos até parar completamente. Então a confusão dentro do avião recomeçou com as pessoas tentando entender o que tinha acontecido, havia senhoras se lamuriando e crianças chorando.

- Mas o que diabos aconteceu?- James indagou e em seguida olhou para a moça que ainda permanecia em seu colo. Seu olhar foi malicioso quando disse:

- Bem, o perigo já passou, mas eu não vou reclamar se a senhorita quiser continuar no meu colo até sermos liberados.

Ela não pareceu se zangar com o comentário dele, mas ficou com o rosto corado. James não via uma mulher ficar vermelha com um comentário dele desde que tinha 13 anos. Achou isso adorável nela.

A moça se ergueu do colo dele imediatamente após ouvir-lhe o comentário jocoso, mas fez isso com certa dificuldade porque os movimentos bruscos do avião a deixaram zonza.

"Senhores passageiros..."- Soou a voz da aeromoça outra vez. "Tivemos alguns problemas com o trem de pouso, mas conseguimos pousar em segurança no aeroporto de Los Angeles. O piloto pede que permaneçam sentados até que possamos liberá-los. Desde já agradecemos a compreensão. Tenham um bom dia."

- Um bom dia é o cacete!- xingou James olhando finalmente com calma para a mulher a quem tinha segurado na hora em que o avião balançou. Ela parecia ser muito jovem, entre vinte e cinco e vinte e sete anos. Tinha cabelos longos e negros, olhos escuros e delicadas feições latinas. – Você está bem, chica?- ele perguntou demonstrando mais interesse por ela agora que a observara melhor.

- Sim, obrigada.- foi tudo o que ela disse antes de se afastar dele.

- Hey!- ele chamou alto para se fazer ouvir em meio às vozes dentro do avião. Ela se voltou para ele. – Você não ouviu o que a aeromoça acabou de dizer sobre esperarmos um pouco? Você é mesmo muito apressada, ô garota!

- Não costumo seguir regras!- ela retrucou.

- Percebi!- respondeu ele.

Nesse momento, um garoto de uns seis anos com a camiseta toda manchada de vômito apareceu puxando uma menina mais velha pelo braço, provavelmente a irmã dele. Ela pedia que ele se acalmasse, mas o menino berrava tão alto que parecia uma bomba relógio prestes a explodir.

- O que houve?- a moça indagou aos dois mostrando interesse.

- Ele ficou assustado e vomitou.- respondeu a menina, como se não fosse óbvio.

- Oh, pobrezinho!- disse ela. – Deixe-me ajudá-lo! Como é o seu nome?

- Za-ck...- o menino conseguiu responder em meio aos soluços.

- Onde está a sua mãe, Zack?

Foi a irmã dele quem respondeu à pergunta:

- Ela está nos esperando lá fora, no aeroporto.

Ela se agachou para ficar da altura do menino e disse:

- Zack, vai ficar tudo bem agora. Sua mãe está lá fora esperando por você. Mas você não quer aparecer sujo desse jeito para ela, não é?

- Hum-Hum!- disse o menino.

- Você é a irmã dele?- ela perguntou.

- Sim, sou a Emma.- respondeu a menina.

- Emma, vamos levar o Zack ao banheiro para limpar isso?- a criança concordou. – Moça, moça!- ela chamou pela aeromoça que passou por eles e leu o nome no crachá dela. – Cindy, eu sou Ana-Lucia, essas crianças estão viajando sozinhas, por acaso o comandante...

James ficou observando a mulher ajudar as crianças e depois chamar a aeromoça. Ele achou interessante que ela tivesse parado para ajudar apesar do óbvio medo que sentira momentos antes quando o avião balançou durante o pouso. Sentiu um estranho interesse por ela e já ia segui-la para perguntar se podia ajudar em alguma coisa, mesmo que não fosse de seu feitio, quando um rapaz invadiu o corredor, balançando os braços no ar nervosamente e gritando:

- Uma caneta! Alguém tem uma caneta?

As pessoas se olhavam e davam de ombros. James ficou curioso sobre isso.

- Por que quer uma caneta?- indagou.

- Tem uma senhora passando mal lá na frente. Ela não consegue respirar!- respondeu ele. – Tem um médico cuidando dela, mas ele precisa de uma caneta para...

- Ok, eu já entendi, amigo!- disse James tirando uma caneta do bolso da calça. Era uma caneta que carregava consigo há muitos anos. Tinha um valor sentimental estranho para ele, mas de repente aquela lhe pareceu uma boa oportunidade de se livrar dela, era um peso no final das contas. – Toma! Leva essa pro doutor!

- Rose! Alguém viu minha esposa?- gritava um homem de meia idade, cabelos grisalhos e olhos azuis, parecendo muito preocupado.

- O senhor é o Bernard?- indagou o rapaz a quem James entregara a caneta.

- Sou sim.- respondeu ele.

- A Rose não está passando bem, vem comigo!

- O quê? Como? Quem é você?

- Boone!- gritou uma voz esganiçada vinda da parte da frente do avião e o rapaz da caneta respondeu em alto e bom som:

- Eu disse pra ficar sentada, Shannon!

James balançou a cabeça negativamente. Ele estava louco para sair de dentro daquele avião, não conseguia entender porque ainda os mantinham lá se já tinham pousado. Que risco poderia haver se já estavam no chão?

Ele caminhou por entre as pessoas aflitas e de repente viu uma moça grávida, sentada muito quieta em sua poltrona. Ela parecia ser a única que não se levantara depois que o avião aterrissara. Ainda assim seu olhar era de susto. James se inclinou para falar com ela.

- Ei, você está bem?

- È...o bebê... – ela gaguejou.

- Está sentindo dor?- ele indagou.

- Eu...não... – ela estava ficando muito pálida.

- Hey! Alguém pode chamar o médico que tá na parte da frente do avião?- ele gritou. – Tem uma moça grávida aqui que está passando muito mal.

Um homem baixinho, de olhos azuis e estranhamente "ligado" apareceu de repente.

- Oi, eu sou o Charlie! Posso ajudar? Aconteceu alguma coisa? Ela é sua esposa?

- Olha, Charlie... – disse James. – Ela está passando mal e não é minha esposa, ouvi dizer que há um médico na parte da frente do avião...

- Médico! Alguém chame o médico!- Charlie gritou, tão perto de James que parecia que ia estourar-lhe os tímpanos.

Alguns minutos depois o tal médico apareceu. Um sujeito de fisionomia atraente e vestindo terno e gravata escuros. Quando ele começou a examinar a mocinha grávida que dizia chamar-se Claire, James se afastou e caminhou em direção a porta de saída do avião esperando que os passageiros já estivessem sendo liberados.

Onde estaria a morena a quem ele ajudara há pouco? Estaria ela ainda com as crianças? Se a encontrasse novamente ele não hesitaria em convidá-la para um drinque no aeroporto. Perto da porta do avião, uma bela mulher de traços orientais tentava levantar uma pesada mala. James foi ajudá-la, ela sorriu para ele falando num idioma desconhecido, mas um homem raivoso apareceu atrás dele e quase o socou por ter ajudado a mulher.

- Tudo bem, então, Sr. Miagui!- resmungou James. – Vai se danar! Eu só estava tentando ajudar a moça a carregar a mala!

Aborrecido, ele se colocou na fila para deixar o avião quando percebeu que a aeromoça ia finalmente abrir a porta. Mas, um homem em uma cadeira de rodas, empurrado por um sujeito muito gordo passaram na frente dele, inclusive o gordinho deu um forte pisão em seu pé esquerdo.

- Ai! Filho da puta!- James resmungou e uma mulher loira que estava atrás dele carregando uma pesada mala de mão, disse:

- Eu sei como é! Terrível! Ele pisou no meu pé também. Mas coitadinho, deve ter sido sem querer. Ele só estava tentando ajudar o homem na cadeira de rodas.

- Ordem para descer! Cuidado com as escadas!- dizia o comandante, Frank Lapidus, que tinha vindo pessoalmente à porta de saída do avião supervisionar o desembarque dos passageiros após os problemas com o trem de pouso.

- Eu sou Libby!- disse a mulher tentando puxar conversa. James a avaliou. Ela era bonita. Talvez fosse casada e quem sabe o marido fosse rico. Estava de volta à Los Angeles, com pouco dinheiro no bolso por causa de sua dispendiosa viagem à Austrália. Ia precisar de dinheiro muito em breve e um novo golpe viria a calhar. Não podia desperdiçar nenhuma chance.

- Sawyer!- ele se apresentou com seu pseudônimo de golpista. Aplicar golpes se tornara um hábito difícil de largar depois que ele se tornara o homem a quem caçava havia anos. O homem que destruíra a vida de sua família. Mas um dia, ele conseguiria sua tão sonhada vingança.

- È um nome charmoso.- disse Libby.

- Gostaria de tomar um drinque no bar do aeroporto, Libby?- James indagou. – Depois de toda essa confusão, acho que merecemos.

- Eu adoraria.- ela respondeu.

Aos poucos, todos os passageiros foram descendo do avião. Entretanto, quando Sawyer e Libby já estavam quase lá embaixo, uma mulher passou correndo por eles, quase os derrubando escada abaixo.

- Peguem-na! È uma fugitiva!- gritou um homem logo atrás deles.

- Meu Deus! Que confusão!- exclamou Libby.

James observou a bela mulher de longos cabelos castanho-avermelhados correr para dentro do aeroporto sendo seguida por vários seguranças.

- O que será que ela fez?- indagou Libby e James deu de ombros. Não sabia por que aquela mulher lhe trazia um sentimento de familiaridade. Era como se já tivessem se cruzado antes.

Ele não soube se conseguiram pegar a fugitiva de volta, mas também não deu muita importância ao assunto. Estava mais concentrado na mulher que tinha acabado de conhecer. Ela era interessante, um pouco excêntrica e tagarelava demais também, mas se o marido dela tivesse uma boa conta bancária, ele estaria dentro com toda a certeza.

- E então, depois que meu marido morreu, eu fiquei com o barco.- ela comentou e de repente James prestou muita atenção à tagarelice dela.

- Como é?

- Meu marido me deixou o barco.- ela repetiu. – Eu estava dizendo a você que gostava de velejar.

- Oh sim, é verdade. Mas me refiro à seu marido. Ele faleceu? Eu sinto muito.

- Tudo bem.- respondeu ela. – Já faz algum tempo...

Pronto. Pensou James. Tudo o que ele precisava era de uma viúva rica que queria ser consolada pela morte do marido. Nem precisariam se preocupar em serem discretos. Estaria com tanta sorte assim?

- David era um excelente marido, mas infelizmente péssimo em administrar nossas contas.- ela revelou e James franziu o cenho. Oh, Oh! Ela não era bem o que ele esperava afinal. – Ele me deixou apenas o barco, nada mais do que isso.

Bem, ele poderia vender o barco e conseguir algum dinheiro, mas no final não compensaria tanto assim. Não, aquela mulher não era o que estava procurando. James então começou a pensar rápido numa maneira de ir embora sem parecer indelicado. O gordinho do avião surgiu no bar nesse exato momento querendo salgadinhos apimentados. James sorriu diabólico. Era sua chance.

- Eu preciso ir ao banheiro, Libby...

- Tudo bem...- disse ela. Sorrindo, James caminhou para perto do jovem rapaz avantajado e esbarrou nele de propósito fazendo com que o prato de salgadinhos com molho que tinha nas mãos derramassem em cima do vestido de Libby.

- Você outra vez?- ela resmungou, mas não parecia chateada de verdade.

- Desculpa, moça, eu não quis...foi esse cara aqui que esbarrou em mim...

Mas James já tinha ido embora. Outra mulher interessante e com marido endinheirado apareceria mais cedo ou mais tarde. Ele caminhou pelo hall do aeroporto e viu dois guardas interrogando um árabe que parecia muito aborrecido.

- Nos acompanhe, senhor.- pedia o policial.

- Eu já disse que não sou terrorista! O que vocês querem de mim?

James olhou para aquele homem e teve a mesma sensação de familiaridade que tivera quando vira a moça fugindo do avião. Aquilo era muito estranho. Aliás, desde que despertara dentro do avião ele vinha sentindo aquela incômoda dor de cabeça. Era como se tivesse algo guardado em sua mente do qual ele não conseguia se lembrar. Como se estivesse em um lugar antes e aparecido em outro. Só podia estar ficando maluco.

Ele viu a porta do banheiro masculino e decidiu dar uma passada lá antes de deixar o aeroporto. Ele entrou e já ia se dirigindo ao mictório quando percebeu que tinha alguém atrás dele. Virou-se depressa. Era uma mulher, a mesma que ele vira fugir do avião sendo perseguida por policiais.

- Devem estar me procurando no banheiro feminino.- disse ela.

- Olá!- disse James avaliando-a. Não parecia ser perigosa. Na verdade ela parecia ser bastante frágil com aqueles cachos vermelhos, os olhos verdes quase lacrimejantes e o corpo franzino.

- Por favor, não conta pra ninguém que eu tô aqui! È o único lugar onde não tem câmeras.

James trancou a porta do banheiro masculino para que ninguém entrasse.

- Por que estão atrás de você, sardenta?- ele indagou, o primeiro nome que lhe veio à cabeça embora fosse um apelido ridículo baseado nas pintas que ela tinha no rosto. Mas a palavra lhe veio tão natural aos lábios que ele não pôde impedir.

- Porque eu sou uma fugitiva.- ela respondeu dando de ombros.

- Ok, não quer me dizer, eu não vou te questionar. Mas é óbvio que precisa de ajuda. Não pode ficar no banheiro masculino para sempre.

- Vai me ajudar?- ela quis saber, seus belos olhos verdes implorando para que o fizesse.

Alguns minutos depois, ambos deixavam o banheiro masculino. Dois homens. James tinha ido buscar sua bagagem rapidamente e trazido para ela que se manteve escondida em um dos boxes do banheiro até que ele voltasse. Então ele dera algumas roupas masculinas para que ela vestisse e um boné para esconder os cabelos. Ela se transformou num homem pequeno e bizarro, mas seria o suficiente para que ela pudesse escapar das câmeras de vigilância e pegar um táxi para fugir dali da forma mais discreta possível.

- Pra onde pretende ir?- ele indagou.

- Eu não sei ainda.- respondeu ela. – Minha intuição irá me dizer.

- Mesmo?- retrucou James. – E a sua intuição disse que um estranho no banheiro a ajudaria?

- Sim.- respondeu ela com um sorriso. – Minha intuição apenas não me disse que o estranho seria tão charmoso..

James sorriu mostrando um belo par de covinhas no rosto.

- Se eu não estivesse vestida de homem, beijava você. Mas agora preciso ir.

E sem dizer mais nada, ela desapareceu entre as pessoas que transitavam pelo aeroporto.

- Hora de ir para casa! Emoções demais por hoje- James pensou em seu pequeno e mal afamado apartamento, cheio de infiltrações e sem comida na despensa. Mas era tudo o que tinha.

Ele já estava indo para o calçadão do aeroporto pegar um táxi quando viu a morena do avião fazendo a mesma coisa. Sorriu consigo. O destino estava lhe dando a oportunidade de falar com ela outra vez.

Ela tirou um cigarro da bolsa e começou a fumar olhando para a rua. Parecia um pouco apreensiva. James deu alguns passos na direção dela quando parou abruptamente ao ver o médico do avião se aproximar dela todo sorrisos e ficar conversando com ela.

- Deixa pra lá! O doutor chegou primeiro!- ele resmungou consigo. – O cara salva vidas e ainda tem tempo de chegar nas mulheres. Babaca! Melhor eu ir embora!

James fez sinal para um táxi que parou de imediato. O motorista se voltou para ele quando James entrou no carro e perguntou:

- Para onde senhor?

- Primeiro me diz, você aceita cartão de crédito?

Continua...