Nem
Fruits Basket, nem a música Iris me pertencem '
Fanfic
feita para o concurso de fanfics Anime Spirits o/
segundo lugar
xx preciso escrever melhor oó
Nya xD espero que gostem
Iris – Goo Goo Dolls
Quando o fim chega
Kyo segurou Tohru com mais força,
não queria que ela o deixasse.
- Tohru... – Sussurrava
Kyo enquanto se esforçava para não abraça-la.
-
Kyo, está tudo bem agora.
Tohru passou a mão pelo
cabelo laranja do garoto que estava a sua frente. Ele parecia estar
amedrontado, e as lágrimas ainda estavam escorrendo.
-
Tohru, me desculpe... o seu ombro... – Kyo passou a mão
sobre o ombro dela como se tentasse fazer o corte sumir.
- Não
está doendo, quer dizer está um pouco, mas logo passa.
– Disse ela tentando mostrar um sorriso.
Kyo apenas olhou-a e
aos poucos escorregou sua cabeça no outro ombro dela.
"Não
posso te abraçar... Por que não posso? Eu
só queria isso agora".
"And I'd give up forever to touch you
E
eu desistiria da eternidade para tocá-la
Cause I know
that you feel me somehow
Pois eu sei que você me sente
de alguma maneira"
Tohru continuou a mexer no cabelo dele, e
com a outra mão acariciou o rosto de Kyo.
A chuva ainda
estava caindo lentamente sobre ambos, mas nenhum mostrava perceber
isso. Kyo estava com o olhar distante, e Tohru também. Ficaram
assim por alguns minutos até que Tohru parou de acariciar o
rosto dele e falou:
- Kyo, vamos voltar para casa, tudo já
está bem agora. Você voltou ao normal, vamos juntos para
casa.
Kyo continuou parado, e apenas sussurrou:
- Vamos ficar
assim, só mais um pouco, Tohru...
"You're the
closest to heaven that I'll ever be
Você é o
mais perto do céu que eu vou chegar
And I don't want to go home right now
E eu não quero ir para casa agora"
-
Tudo bem então. – Ela disse gentilmente, enquanto tentava se
proteger do vento que agora confrontava ambos.
- Está com
frio, Tohru? – Kyo se levantou e ficou entre Tohru e o vento.
-
Kyo, assim você vai ficar doente.
- Eu não me
importo... – Kyo passou a mão pelo rosto encharcado de
Tohru, logo em seguida contornou os lábios dela com o dedo.
Tohru ficou parada olhando ele se aproximar de seu rosto, e o
mais carinhosamente que conseguiu, tocar-lhe os lábios.
"And
all I can taste is this moment
E tudo que eu sinto é
este momento
And all I can breathe is your life
E tudo que eu respiro é a sua vida"
Kyo afagou os cabelos de Tohru enquanto a beijava, sentiu ela corar, mas não parou. Sempre quis fazer aquilo, e agora não tinha ninguém para atrapalhar, não tinha nada a temer, ela já sabia a verdade.
"Cause
sooner or later it's over
Porque mais cedo ou mais tarde isso
irá acabar
I just don't want to miss you tonight
Eu só não quero sentir a sua falta essa noite"
Kyo
e Tohru ficaram um tempo assim, até que se separaram. Ela
passou a mão pelos seus lábios, e embora o vento e a
chuva estivessem gelados, eles estavam quentes.
Um tempo se passou
sem que nenhum dos dois falasse nada, até que Kyo disse:
-
Tohru... eu quero ficar com você para sempre, sempre.
A
garota ficou olhando um bom tempo para ele, até que conseguiu
dizer algo:
- Kyo, eu também, mas vamos voltar agora, está
ficando tarde demais.
Kyo virou o rosto e respondeu secamente:
-
Não quero voltar, não quero que as pessoas me vejam de
novo daquele jeito.
"Kyo..."
"And I don't want the world to see me
E eu não quero que o mundo me veja"
Antes
que Tohru pudesse falar algo, uma voz suave e fria veio de trás
das árvores. Tanto ela quanto Kyo congelaram ao ouvi-la.
-
Então a besta e a horrenda se entenderam.
- Akito... –
Kyo disse o nome com o máximo de desprezo que conseguiu.
Tohru
se levantou, seguida de Kyo. Ambos se afastaram do lugar de onde a
voz vinha.
"Você não vai me atrapalhar, não
dessa vez." – Kyo deu alguns passos para trás, e segurou a
mão de Tohru.
- Sua idiota. Era para você
repudia-lo, sentir nojo, abandona-lo. – As palavras de Akito saiam
frias e cortantes. – Esse monstro, matou a própria mãe.
Como pode ser amado por alguém?
Quando terminou de falar,
Akito se aproximou de Kyo e com um punhal tentou atingir o rosto
dele. Kyo segurou o braço de Akito a tempo de não ser
cortado.
- Kyo! – Tohru soltou a mão dele e tentou
empurrar Akito, mas Kyo a empurrou primeiro.
- Vá embora,
suma daqui!
- Hahaha, um monstro protegendo o outro. Que coisa
bizarra. Como pode, um monstro desses proteger alguém? No
mínimo um dia vai acabar matando a horrenda. Como pode um
monstro desses amar alguém?
"Cause I don't
think they'd understand
Porque eu não acho que eles
entenderiam
When everything's made to be broken
Enquanto tudo é feito para ser destruído"
Ao ouvir isso
Kyo lembrou-se de sua mãe, e involuntariamente sua mão
afrouxou. Akito aproveitou para atingir o rosto de Kyo, e em seguida
o ombro. Quando estava aproximando o punhal do peito dele, Tohru
empurrou a mão de Akito e o punhal acabou acertando o peito de
Tohru, que imediatamente começou a jorrar sangue.
- TOHRU!
– Kyo se jogou desesperado em cima dela.
Akito estava olhando
aquela cena com ódio e remorso.
- A culpa foi sua, seu
monstro, matou a mãe e agora fez isso.
Kyo colocou a
cabeça de Tohru no seu colo e tentou limpar o sangue que
escorria dela.
- A culpa foi minha, me desculpe Tohru.
"I
just want you to know who I am
Eu só quero que
você saiba quem eu sou"
-
Kyo, o seu rosto. – A voz de Tohru saia fraca e aos poucos foi
sumindo.
Kyo passou a mão pelo corte que Akito fizera em
seu rosto, por um momento havia esquecido daquilo.
- Morra logo
horrenda assim o monstro sentirá mais culpa, e quem sabe morra
também. – Akito pronunciava aquelas palavras, sem se
preocupar com a dor que elas causavam em Kyo.
- Me desculpe eu
esqueci, monstros não tem sentimentos, ou será que
t...
- CALA A BOCA! – Kyo se jogou em cima de Akito.
"And
you can't fight the tears that ain't coming
E você não
pode lutar contra as lágrimas que não estão
vindo
Or
the moment of truth in your lies
Ou o momento da verdade em
suas mentiras"
- Vai me matar também? Assim como fez
com a sua mãe e com ela? – Akito tentou apontar para Tohru,
mas Kyo estava fazendo força demais sobre ele.
- SAIA DE
CIMA DE MIM, EU TENHO NOJO DE VOCÊ! – Akito começou a
gritar e tentou se livrar de Kyo. Quando conseguiu que Kyo saísse
de cima do seu braço, fincou o punhal em suas costas.
-
Ah! Seu maldito. – Kyo se jogou para o lado enquanto Akito saía
desesperado de onde estava.
O vento parecia mais cortante para
Kyo agora, uma dor imensa vinha quando tentava respirar.
"Mal..di..to"
-Kyo... – Tohru havia ficado pálida,
o sangue já estava parando de escorrer. Talvez se o punhal
fosse um pouco mais fundo ela não estaria ali agora.
-
Kyo... – Ela, com toda força que conseguiu guardar, ajudou-o
a retirar o punhal, e em seguida colocou seu casaco em cima da
ferida.
"Tohru... porque ainda está aqui?"
"When
everything feels like the movies
Quando tudo parece como nos
filmes
Yeah
you bleed just to know you're alive
É, você
sangra só para saber que está vivo"
Sem pensar
suas vezes, Kyo levantou, derrubou o casaco, e foi atrás de
Akito.
"Você me paga..."
Kyo mal conseguia
respirar. Sua boca estava seca, e os seus machucados faziam questão
de mostrar o que era a dor.
Não demorou muito para achar
Akito, escondido, como um rato.
- Saia de perto de mim. – Akito
disse desesperadamente, quando viu que Kyo estava se aproximando com
um olhar assassino.
- AH! – Kyo pulou em cima de Akito
novamente, mas dessa vez com mais violência. Segurou seu
pescoço, e soltou sua mão no rosto dele, deixando-o
vermelho.
"And
I don't want the world to see me
E eu não quero que o
mundo me veja
Cause I don't think they'd understand
Porque eu não acho que eles entenderiam"
-
Saia de cima de mim, seu monstro imundo!
- Já saio... –
Kyo pegou o punhal e o mirou na cabeça de Akito. – Você...
não merece... ser morto por mim. – Depois de dizer isso,
fincou o punhal na grama, ao lado da cabeça de Akito.
-
Mas isso você merece. – E mais uma vez Kyo desceu a mão
no rosto de Akito no mesmo lugar de antes, porém com o dobro
da força.
Akito desmaiou.
"When everything's made
to be broken
Enquanto tudo é feito para ser destruído
I
just want you to know who I am
Eu só quero que você
saiba quem eu sou"
-
Kyo! – Tohru estava no mesmo lugar em que havia sido atingida.
-
Tohru... – Kyo desabou ao lado dela.
Tohru se aproximou um
pouco mais de Kyo, passou a mão pelo seu rosto machado de
sangue, e contornou seus lábios.
- Me desculpe Tohru... –
Kyo fazia um grande esforço para falar. – A culpa foi toda
minha.
Tohru chegou um pouco mais perto de Kyo, e disse:
- A
culpa não foi sua, e eu estou feliz por estar aqui com você.
"And
I don't want the world to see me
E eu não quero que o
mundo me veja
'Cause
I don't think they'd understand
Porque eu não acho que
eles entenderiam"
Kyo se virou e encarou a garota. Seus
lábios estavam quase se tocando, e a chuva fazia o sangue
escorrer de seu rosto para sua boca.
- Feliz? – Sussurrou Kyo.
Tohru deu um sorriso, que não foi percebido por Kyo, e
então respondeu:
- Sim, porque se acontecer alguma coisa
comigo, eu vou estar junto de você.
Agora foi a vez de Kyo
sorrir, e enquanto Tohru contornava suavemente seus lábios,
ele passou a mão pelo pescoço dela e o puxou
carinhosamente.
Os dois estavam tremendo, mas podiam sentir a
respiração quente um do outro. Então Kyo tocou
os lábios de Tohru uma ultima vez. Aproveitou ao máximo
aquele momento, e não se importou com o gosto de sangue e nem
com as gotas de chuva que caíam sobre ambos.
"When
everything's made to be broken
Enquanto tudo é feito
para ser destruído
I just want you to know who I am
Eu só quero que você saiba quem eu sou"
Quando
os lábios se separaram, Kyo sussurrou:
- Te amo Tohru.
Tohru se espantou, ele nunca havia dito isso. Porém, ficou
feliz, e respondeu:
- Eu também te amo, Kyo.
Os dois
sorriram, e então Kyo falou:
- Será que posso te
abraçar agora?
Tohru concordou, se aproximou um pouco mais
dele. Fechou os olhos, e assim permaneceu, junto de Kyo.
"And
I don't want the world to see me
E eu não quero que o
mundo me veja
'Cause
I don't think they'd understand
Porque eu não acho que
eles entenderiam"
O sol já iluminava parte das
árvores quando finalmente Shigure e Yuki apareceram.
Yuki
andou um pouco à frente e então parou violentamente. Em
seus olhos havia um misto de desespero, horror e pena. Shigure que
veio logo atrás, teve uma reação parecida, mas
estava preparado, afinal seu faro era excelente, e o cheiro de sangue
o estava perturbando desde que saíram de casa em busca dos
dois.
- Engraçado não? – Shigure quebrou o
silêncio. – Parece que eles estão sorrindo, não
acha?
Yuki olhou para Shigure, e depois voltou seu olhar para os
dois.
- É, por incrível que pareça, eles
parecem estar sorrindo.
"When
everything's made to be broken
Enquanto tudo é feito
para ser destruído
I just want you to know who I am
Eu
só quero que você saiba quem eu sou
I just want
you to know who I am
Eu só quero que você saiba quem eu sou"
Shigure
deixou Yuki ali, e foi para um canto, onde o cheiro de sangue também
estava forte.
- Olhe o que temos aqui.
Yuki foi olhar e seu
peito congelou.
- Akito? Ele... morreu?
Shigure abaixou e
segurou o pulso de Akito.
- Não, apenas desmaiado. Parece
que Kyo fez um bom trabalho. – Disse Shigure apontando para a marca
vermelha no rosto de Akito.
- Como sabe que foi ele?
Shigure
deu um sorriso, e então falou:
- Você acha que nossa
Tohru conseguiria fazer isso?
Yuki olhou novamente para a marca em
Akito, abaixou a cabeça e voltou para onde os dois estavam.
"Claro que não... ela nunca machucaria ninguém."
"I
just want you to know who I am
Eu só quero que você
saiba quem eu sou"
- O que vamos fazer com eles dois? Como
vamos contar para os outros? E para a Kagura?
Shigure parou
durante algum tempo, e depois se virou para onde vieram.
-
Vamos?
- Mas e os dois?
- Deixe eles ai. Falarei com Hatori
mais tarde, ele virá buscar Akito.
Yuki olhou uma ultima
vez para eles, e então seguiu Shigure.
"Seu gato idiota.
Sinto inveja de você. Morreu ao lado da pessoa que amava,
abraçado com ela, algo que nunca poderei sentir".
E então
foram para casa, deixando Kyo e Tohru ali, deitados na grama,
sorrindo e abraçados.
Kyo estava na sua forma humana,
afinal, não havia mais maldição naquele corpo.
"I
just want you to know who I am
Eu só quero que você
saiba quem eu sou"
As marcas de sangue desapareceram alguns
dias depois, os corpos foram levados e Akito se recuperou. Porém
o remorso nunca lhe abandonou, e suas crises ocorriam mais
freqüentemente.
Há quem diga, que onde ficaram os
corpos aquela noite, cresceram algumas flores.
Outros já
dizem, que a grama ficou mais verde...
