Cinderela... Talvez...

Comentários da Autora:

Olá pessoas. Bem, vou falar um pouco da história que escrevi.

Cinderela... Talvez... É baseada no conto da Cinderela, mas que foi adaptada e que acontece no tempo atual.

Modifiquei várias coisas para tornar a história mais original. Ela é escrita no ponto de vista de Cecilia, a personagem principal, e tem bastante comédia, e claro que não podia faltar, romance.

Espero que gostem e não esqueçam de deixar Reviews.

Obrigada por tudo. E boa leitura. )

1

Não sei se alguém já sentiu o que estou sentindo agora. É uma mistura de raiva, desespero, preocupação e que você esta com grandes problemas, e claro, pagando o maior mico.

Meus problemas apareceram... Não, nasceram uns 14 anos e 4 meses atrás, quando eu tinha apenas dois anos de idade, e elas tem nome. Carina e Marina, minhas irmãs, gêmeas. Problema em dose dupla, nada poderia estar mais perfeito. Para elas claro.

Agora aqui estou eu, numa festa, que acontecia nessa casa, era uma bonita, grande, e cheia de gente, principalmente garotos, e todos estavam bebendo cerveja, ou algo misturado com álcool.

Juro, me senti tonta. Como esses animais puderam deixar as minhas irmãs entrarem, e o que diabos os pais dessa garota, ou garoto, que estava dando a festa tinha na cabeça? E o que MEUS pais tinham na cabeça para deixar três adolescentes sozinhas em casa?

Mas esse não era um bom momento para ficar filosofando. Eu tinha que encontrar minhas irmãs, e provavelmente estrangula-las, só um pouquinho.

Estava no meio da sala, e já pensava em chamar a polícia ou algo assim, caso eu não encontrasse essas duas pirralhas, mas o que achava realmente impressionante, é que ninguém tinha se dado conta de que eu estava ali, porque ninguém me botou para fora por não ter sido convidada, mas minhas irmãs tinham sido convidadas, mas por acaso eram menores de idade, pelo menos para freqüentar esse tipo de festa, se você entende.

Fui para o segundo andar da casa, e procurei até nos banheiros, e claro me deparei com uma cena que me deixou extremamente sem graça, mas acho que não deixou o casal que estava dando uns amaços no quarto.

Meu Deus. Eu ia ter um ataque cardíaco se visse alguma delas com algum garoto, quer dizer dando uns amaços com algum garoto do ensino médio.

Porque, eu já disse que elas têm 14 anos, e acredito que não estejam preparadas para isso, sabe, dar beijos em garotos, e essas coisas, elas são imaturas demais.

Mas não estavam ali. Graças a deus.

Eu desci as escadas, o mais tranqüila que uma garota de 16 anos, desesperada e morrendo de raiva poderia descer.

E tropecei.

Sério, tropecei nos últimos dois degraus, mesmo usando um tênis bem amarrado.

-Wow! - disse o garoto que conseguiu me pegar.

Tenho que dizer, ele era mais alto que eu, muito mais alto, porque o meu nariz tinha batido no peito dele, e ele me segurava, como se eu fosse 'apenas mais uma garota indefesa, e atrapalhada'. Coisa que não sou, sou garota, atrapalhada também, mas nada indefesa nunca.

-Obrigado. - disse me afastando, mesmo ele segurando os meus ombros com a mão, e foi quando eu percebi que era ELE.

Claro, sou a garota mais sortuda do mundo. Ali estava o garoto de cabelos castanhos escuros arrepiados, os olhos verdes mais lindos que eu já vi, ele cheirava muito bem, e claro, era lindo. Não, maravilhoso, e forte, ele era forte, mas não exagerado, e estava usando uma camiseta, de alguma cor, mas eu não percebi muito bem, porque ainda estava olhando seus lábios.

-Hey! - foi o que ele disse, e acordei do transe.

-Hmm... Licença. - disse olhando para as mãos dele que apertavam os meus braços.

-Ah... Desculpa. - ele disse largando o me largando como se estivesse pegando fogo. Claro, eu estava quente, mas não tanto assim.

Então achei melhor olhar para o outro lado, a procura das minhas irmãs, era isso o que eu tinha vindo fazer ali, claro.

-Adriel! - ouvi uma loira, bem vestida, estava usando uma saia jeans, a mais curta que eu já vi, e estava se aproximando com um sorriso bem enjoativo.

Foi quando percebi duas coisas, aquele garoto era o tão famoso Adriel, aquele que todas as garotas da escola se apaixonam, e claro, aquela era a namorada dele, que por acaso nunca consigo lembrar o nome, mas que são super famosos na escola, por serem o casal mais fofo de todo o colégio, mas eu não consigo ver nada de fofo nela, na verdade, consigo ver é um tanto de raiva.

Ele apenas revirou os olhos, e olhou para ela, sem nem ao menos fingir que estava interessado em saber o que tinha a falar.

Eu queria saber o que tinha a falar, mas achei melhor não ficar ali, primeiro, porque ela me mediu, de cima a baixo, não me reconhecendo, e provavelmente, vendo que eu não tinha sido convidada, então apenas me afastei.

Foi quando vi aquelas duas, estavam na varanda, conversando com dois garotos, já disse que eram 2 anos mais velhos que elas, e que provavelmente não tinham percebido isso, porque elas estavam usando a minha maquiagem.

-Oh oh. - foi o que Marina disse, quando me viu indo furiosa para cima delas, ela agarrou o braço da irmã que parou de rir, e olhou na mesma direção, mas consegui chegar antes que as duas conseguissem correr.

-As duas direto para casa! - disse entre os dentes. As duas fizeram cara de cachorrinho abandonado.

-Mais a gente...

-Eu disse direto para casa! - e apontei na direção da porta.

-Eu acho que elas querem ficar. - disse um dos garotos. Olhei para ele.

-Olha não se mete, tá legal? - melhor não se meter mesmo, porque não estava para conversa.

Os dois garotos se olharam, e depois me olharam, como se fosse alguma maluca, ou algo assim, e saíram andando.

-Me liga! - gritou Carina aos garotos. Eu olhei para trás, e as duas se encolheram, segurando uma no braço da outra.

-Para casa, agora! - as duas se viraram, e eu as empurrei para dentro, elas deram um gritinho, pareciam que iriam chorar a qualquer momento.

-Espera! - e alguém agarrou o meu braço.

Eu me virei, pronta para dar um soco no palhaço, mas vi que era Adriel, e fiquei completamente paralisada.

-Você vai embora? Não quer uma carona?

Pisquei.

O garoto nem me conhecia, e já estava me oferecendo uma carona?

-Não vou pegar carona com alguém que ainda não tem nem carteira de habilitação. - e puxei o meu braço.

Ele estava louco de pensar que entraria em um carro com um completo estranho, ou melhor, Adriel, o garoto bonitão da escola que eu mal conhecia, e provavelmente estava bebendo a momentos atrás. Não obrigado, eu sou jovem para morrer.

Virei-me novamente, para ir atrás das minhas irmãs.

-Não. Espera. - ele disse agora passando as mãos no cabelo, de um jeito bem encantador, que faria qualquer garota se jogar aos pés dele, mas não essa garota aqui, mas tenho que dizer que corei.

-O que? - disse meio roca, cruzando os braços, e fechando a cara. Assim, eu parecia bem durona.

-Você pode me dar o seu telefone?

-Para que? - acho que estava louco.

-Para ligar para você. - ele disse me olhando como se fosse maluca.

-Eu tenho telefone, mas não vou dar para você. - disse completamente abobada, meu coração batia tão rápido, que mal conseguia ouvir a música, e achei que aquele era um bom sinal para sair correndo dali.

-E qual é o seu nome? - ele conseguiu perguntar antes que eu conseguisse correr.

-Cecília. - acho que não tinha nada demais em dizer o nome.

-Cissy.

Meu coração deu saltinhos dentro do peito. Ele falou de um modo tão encantar, e charmoso que fiquei mais que vermelha.

-Tenho que ir. - foi o que conseguir dizer, e sai correndo atrás das minhas irmãs, que tinham tentado escapar.

-Espera. - ele disse, quase gritando, mas consegui ser mais rápida, agarrei as duas pelo braço, uma de cada lado, e sai andando para fora da casa.

continua...