Título: As bodas de Remus
Time: Kinky
Autor: magalud
Par/Personagem: Remus Lupin, Família Weasley, Neville, Hermione Granger-Weasley, Família Longbottom, Gryffindors em profusão, Staff de Hogwarts, e um personagem misterioso
Classificação: não para menores
Nº palavras: 5.258
Resumo: Remus está extasiado com o dia de seu casamento
Disclaimer: JK é a dona, mas eles se divertem muito conosco
Avisos : Feito para o Slash Fest Tournament. Extremas liberdades com o canon
Notas: Saiu muito mais gente bêbado do que o previsto!
Desafio: É o grande dia. O melhor dia de suas vidas. As 24 horas do dia do casamento deles.

As bodas de Remus

PARTE 1 – Acordar

Chegou o grande dia. Saltei da cama com um misto de expectativa, sobressalto e incredulidade. Hoje vou me casar.

Sou afortunado além de tudo que consigo imaginar. Tive um amante generoso e imaginativo, por quem seria capaz de morrer. E teria morrido, mas infelizmente ele foi tirado de mim antes que eu pudesse provar isso.

Foi um luto difícil, que me tirou a razão e a sanidade temporariamente. Achei que fosse meu fim, que jamais encontraria quem me quisesse. Então, quando Nymphadora Tonks começou a se engraçar para o meu lado, fiquei cheio de alegria. Eu podia amar, podia ser feliz! Tinha quem me amasse, mesmo que fosse uma mulher.

Claro que no início eu não fiquei entusiasmado com a idéia. A perda de Sirius Black ainda estava recente em meu coração, e o luto era difícil. O fato de ela ter um gênero diferente e bem mais jovem não ajudou a aquecer meu coração. No final, eu acho que a queria bem, como uma sobrinha. Não sei direito o que me forçou a casar-me com ela. Talvez a solidão, ou talvez a perda de Sirius. O fato é que eu me casei por opção, um fato do qual nunca me arrependi. Eu a amei intensamente quando ela me deu um filho, a luz dos meus olhos.

Tive minhas dúvidas, não escondo isso. Mas Harry me ajudou a tomar minha decisão, a voltar para a família e aceitar os dois em meu coração.

Só para perdê-los poucas semanas mais tarde.

O luto por Nymphadora foi devastador, ainda mais com Teddy tão novinho. Nesse ponto, Andrômeda e Harry foram mais do que meus apoios. Sem eles, eu não teria conseguido me concentrar no meu filho, não na perda de Dora. Hoje sei que a amei, mas de um jeito muito especial. Não estava apaixonado por ela, mas eu a amei, sim.

Tentando emergir do luto, conheci meu grande amor. Foi estranho, a princípio, mas foi simplesmente tão natural que nós dois sequer duvidamos da atração.

Tomo meu café tranqüilamente, ouvindo os loucos que estão na minha casa, organizando o casamento. Não basta terem enxotado meu noivo da casa, agora estão dando ordens e ordens.

A pessoa responsável por toda aquela alegre confusão me saudou:

– Como pode estar tão tranqüilo, Remus?

Eu não estou. Mas é importante que as pessoas pensem que estou tranqüilo como se hoje não fosse o dia mais feliz de minha vida.

– É simples. – Sorri, colocando a xícara de chá na mesa. – Eu coloquei tudo em suas mais que competentes mãos, Molly.

A matriarca sorriu para mim, sentindo a sinceridade nas minhas palavras. Eu não queria um casamento grande, nem meu noivo, mas ela não queria nem ouvir nada a esse respeito. Devíamos saber que ela gostaria de dar uma grande festa para a família.

Bill me cumprimentou:

– Bom-dia, Remus. Tudo pronto?

– Acho que sim.

– Teddy está com a avó?

– Desde ontem. Eu queria que ele dormisse aqui, mas Andrômeda, você sabe... Não quer passar mais tempo nessa casa do que realmente precisa.

Bill olhou em volta.

– É, entendo o que ela quer dizer. Vamos para o Leaky?

– Mas já?

Molly ouviu isso:

– Já, sim! Não é minha culpa que você tenha dormido até tarde. O casamento é de manhã, então vamos logo para aprontar tudo.

Tarde? Olhei meu relógio: não eram oito horas da manhã!

– Primeiro quero saber de meu noivo!

– Ele está na casa de mamãe – disse Bill –, sendo paparicado por todos. Mas vocês não podem se ver até a cerimônia, você sabe.

– Mas eu pensei que esse fosse um costume Muggle!

– De quem você acha que eles pegaram o costume? – indagou Molly. – Além disso, Remus, não fica bem um homem na sua idade ficar chorando desse jeito. Vamos, pegue suas coisas. Seu quarto está esperando por você.

– Meu quarto?

– Para se arrumar, é claro. Suas roupas estão todas prontas?

Bill interveio:

– Eu vou checar tudo.

– Ei! – protestei, vendo-o deixar a cozinha. – Bill, espere!

Eu o segui, mas ele já estava no meu quarto, vendo a minha roupa disposta em cima da cama. Ele olhou para mim, sorrindo, erguendo a cinta-liga na mão:

– Hum, é isso que você vai usar?

Nunca imaginei que pudesse me ruborizar a essa altura do campeonato, mas tirei a dita cinta-liga da mão dele praticamente com um safanão:

– Isso vai por baixo!

Bill riu, malicioso:

– Oh, que lua-de-mel deliciosa essa vai ser!

– Ah, cale a boca. Você sabe que não somos assim.

– Não, eu não sei nada sobre vocês. – Bill adquiriu um ar sério. – Só sei que ele é louco por você.

– E eu por ele.

– Mas ele é praticamente um Weasley, então eu estou avisando: se você o magoar...

Eu tive que rir:

– Sabe, seu pai já me encostou contra a parede semana passada com esse papo. E, além disso, se não fossem os Weasley, os Longbottom e todo o staff de Hogwarts e do Ministério da magia, o mundo bruxo inteiro me arrancaria o couro se eu magoasse o Menino-Que-Derrotou-Voldemort.

Bill sorriu e me abraçou:

– Bem-vindo à família.

Droga, eu já estava ficando emocionado e nervoso. Nem precisou Molly gritar:

– Remus! Bill!! Estamos atrasados! Querem fazer Harry desistir?

Tive tanto medo que a possibilidade fosse real que eu joguei tudo dentro de uma mala surrada e segui Bill até a lareira mais próxima.