N/A: Não possuo Harry Potter.
Agradecimentos mais que especiais a Mrs. Marple Poirot e a Felícia Malfoy por gostarem e pedirem mais sobre esse casal (e pelos comentários em If You Only Knew, claro rs)
Sim, eu disse que se ficasse satisfeita com o resultado de If You Only Knew, postaria mais sobre esse casal
A história é baseada no mito do Fio Vermelho ou Akai Ito, que diz que todos temos um fio vermelho atado em nosso tornozelos ou dedo mindinho e que na outra extremidade está a nossa alma gêmea, por assim dizer...
Aviso: Rodolfo é OoC, mas bem pouco (eu acho)
Boa leitura!
Is it a dream?
All the ones I have loved, calling out my name
The sun warms my face
All the days of my life, I see them passing me by
Rodolfo havia sido designado a acompanhar um grupo de sequestradores, lidera-los, já que Fenrir Greyback estava sempre perdendo-os ou mordendo-os. Tinha Scabior ao seu lado, um moleque que parecia ter adoração pelo Lestrange mais velho. Devia ter no máximo trinta anos, um contemporâneo mestiço. Ele seria um péssimo comensal pelo modo o qual conduzia o seu trabalho.
Estavam há dias buscando nascidos trouxa. O prêmio maior iria para quem conseguisse capturar o garoto Potter, a sangue ruim Granger e o traidor de sangue Weasley. Sinceramente, Rodolfo estava cansado de tudo aquilo. Do Lorde das Trevas, de Belatriz se jogando para cima dele, dessa maldita guerra. Não poderia fugir, não. Seria alcançado em dez minutos, menos até se Rabastan estivesse com ele. Já não fazia mais esforços, passou a deixar tudo com Scabior em determinado momento.
Até aquele dia.
O velho maluco havia dito o nome dele. O Lorde havia colocado um rastreador, um tabu, em seu nome. Vários comensais atacaram a casa de Xenofílio Lovegood, Rodolfo sabia. Sabia que o garoto Potter seria tolo o suficiente para procura-lo por causa da sua amiguinha da escola, Luna.
O Lestrange estava sentado em frente a um lago quando ouviu barulho de aparatação. Sinalizou com a cabeça e aparataram onde sentiu que eles estavam.
"Olá, lindeza", Scabior disse à uma garota de cabelos castanhos, indomáveis. Eles correram, mas Rodolfo sabia que eles não iriam muito longe. O Lestrange observava tudo de longe. "Não fiquem aí, parados. Peguem-nos!"
Corriam o mais rápido que conseguiam, lançando feitiços estuporantes nos sequestradores. Seria um duelo interessante de se ver se não estivem em vantagem. Estavam melhor preparados do que o comensal esperava. Se preparou e logo alcançou o garoto Weasley, rendendo-o com correntes conjuradas. A garota e o Potter dariam um pouco mais de trabalho.
Rodolfo, ainda de longe, via como eles se portavam. Logo a varinha da menina lançou uma azaração no rosto d'O Eleito. Não podia discordar, ela era esperta. Mandou que dois homens segurassem o traidor de sangue e se encarregou de pegar a menina.
"Não... tão... rápido, lindinha", o comensal sussurrou no ouvido dela ao tirá-la de perto do Potter. "O que houve com o seu rosto, feioso? Não, você não", ele disse direcionando o olhar ao garoto Potter. "Qual o seu nome?"
Rodolfo sabia quem ele era, e esperava que ele mentisse. Isso tornaria as coisas mais interessantes para todos.
"Dudley. Válter Dudley", ele respondeu sem hesitar.
"E você, meu amor?", o Lestrange perguntou. "Do que te chamam?"
"Penelope Clearwater, mestiça", ela respondia enquanto Scabior se aproximava do rosto dela, inalando a essência de baunilha que ela tinha.
Não demorou muito para que descobrissem que não havia nenhum Válter Dudley na lista dos procurados. Mas Harry Potter, Ronald Weasley e Hermione Granger encabeçavam aquela lista. E eles estavam ali, tão perto. O comensal deu a garoto para que um dos homens a segurasse enquanto conferia quem eram aqueles jovens. Sabia, de fato, quem eram. Mas precisava encenar algo, era mais inteligente que eles. Com a ponta da varinha afastou o cabelo do rosto azarado do moleque e reconheceu a cicatriz, mesmo que estivesse falha por conta da azaração.
"Tenho planos melhores para eles", Rodolfo falou, dando sinal para que aparatassem.
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A gloriosa Mansão Malfoy. Tão antiga e nobre, a casa da sua cunhada. Belatriz provavelmente o estivesse esperando na cama, prestes a esquentá-la com ele.
Bobagem, aquilo nunca aconteceria, mas nada o impedia de desejar aquilo. Rodolfo sabia que Belatriz Rosier Black tinha apenas um amor, aquele que cultivava pelo Lorde das Trevas, que a deixou cega pelo poder. Quartos separados, dias sem se falar. Estavam há quase um ano sem contato e o comensal desejava desesperadamente vê-la. Não era amor, sabia que não, mas era a sua esposa de todo modo.
"Ah, é só Rodolfo. Voltou com companhia", ela disse no seu típico tom infantil. Quando viu a cicatriz do garoto, mandou chamar Draco enquanto entravam pelo portão.
Já na sala de estar, o jogo doentio começou.
"Então, é ele?", Bela perguntou.
"Não tenho certeza...", Draco falou com a voz trêmula. O garoto havia sido obrigado àquele circo todo. Podia ser um pouco frouxo, sim, mas ele só tinha dezessete anos. A idade que Rabastan tinha quando tomou a Marca Negra. Lúcio empurrou Draco para frente, fazendo-o ver melhor, se fosse possível.
"Não tenha medo, chegue mais perto", Bela incentivava. "Se ele não for quem achamos e o chamarmos, ele nos matará. Precisamos ter certeza".
"O que há de errado com o rosto dele?", Draco perguntou com nojo.
Rodolfo poderia mentir, dizer que ele tinha pego algo na floresta e isso teria causado uma alergia, como os trouxas chamavam. Podia dizer que era uma Azaração Ferreteante. Quando Bela pediu a varinha dela, para que pudesse ver qual foi o último feitiço feito, saberia que havia sido ela que havia lançado a azaração para que o amigo não fosse descoberto. Tentativa vã.
"A varinha dela quebrou no caminho, querida, não há nada para ver", ele dizia mantendo o seu braço em volta dos ombros dela.
"Onde conseguiu isso?", Belatriz perguntou, abismada, ao ver uma espada nas mãos de um dos sequestradores. Conhecia aquela arma, tinha certeza que tinha uma bem parecida com aquela no cofre, em Gringotes. As mesmas inscrições, o mesmo rubi. Se não fosse a espada, era uma cópia bem fiel. Infelizmente, aquilo inflamou mais ainda a ira de Belatriz. "Cissa, leve esses dois para o porão. Eu vou conversar com essa aqui. De mulher para mulher", foi o tempo suficiente para que os garotos descessem. Assim que ouviu a porta das masmorras ser fechada, ela olhou daquele modo para Rodolfo. Ele sabia que se não soltasse a garota, sairia machucado. "Crucio!"
As horas foram passando miseravelmente lentas. Ela já estava quebrada, torturada. Se realmente tivesse algo a revelar, já o teria feito. Mas Bela tinha prazer naquilo. Os garotos estavam quietos demais no porão, aquilo não era um bom presságio.
Dobby, o maldito elfo dos Malfoy estava ajudando-os. Logo os dois apareceram no topo das escadas, empunhando as varinhas, provavelmente prontos para duelar. A garota estava deitada no chão, com a feição indecifrável, sem reação alguma. No braço esquerdo estava sangrando as palavras sangue ruim. Aquilo nunca sairia dali, Rodolfo esperava que ela fosse boa com feitiços de desilusão se quisesse esconder a cicatriz.
Assim que se deu um pequeno duelo sem vencedores, de fato foi provado que era Harry Potter.
"Chame-o", Bela direcionou o seu olhar a Draco enquanto rendia a garota Granger, depois a Lúcio e por fim, a Rodolfo, que estava no canto da sala.
Lúcio levantou a manga da camisa de botões e se posicionou. Mas antes que pudesse tomar alguma atitude, perceberam que o elfo estava pendurado no lustre, desafixando-o do teto. Quando a peça caiu, Bela soltou a garota, apenas para que ela caísse nos braços de Rodolfo.
Rodolfo aparatou com ela para um novo destino. Ela tremia de pavor e dor.
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A Mansão dos Lestrange, em Londres, era um pouco menor que a dos Malfoy. Tinha menos quartos, menos salas, menos quadros, menos tudo. Assim que a soltou, ela caiu de joelhos e engatinhou até um canto e desatou a chorar.
"Linky!", ele gritou e uma elfa doméstica apareceu na sala. "Linky, leve a srta. Granger para cima. Ela precisa se limpar e descansar. Tranque-a no quarto e sele a porta com feitiço de minha mãe, aquele que somente Rabby e eu temos acesso para destrancar", ele disse frio.
Voltou à mansão e viu que estavam todos reunidos na sala de estar.
"Para onde a levou, Rodolfo?", Bela perguntava venenosa.
"Para onde eu possa usá-la. Você já é a puta de alguém, eu preciso de uma para mim", Rodolfo respondeu no mesmo tom.
"Como ousa sujar o seu pau com uma sangue ruim? O que Ammeline Lestrange diria ao ver o filho se esfregando numa imunda?", Bela gritou e todos os que estavam na sala ouviram.
"Não se faça de vítima, isso não combina com você, Belatriz. Aparentemente, as malucas me atraem", Rodolfo disse gesticulando.
"Não ouse se deitar com ela em minha cama, Rodolfo!", a sua esposa berrou.
Bela não tinha conhecimento da casa que Rodolfo mantinha em Londres. Era em um bairro bem afastado do centro. Uma mansão somente dele e de Rabastan, um refúgio para os irmãos.
"Não se preocupe, não o farei. Tenho minha própria cama para isso", ao fincalizar essa frase, a única coisa que ouviu foi a maldição Cruciatus atingindo as suas costas.
Ela sempre fazia isso. Quando era irritada, usava a Cruciatus. Quando era contrariada, usava a Imperius. Quando era desafiada abertamente, usava a Avada Kedavra. Vinte e cinco anos de casamento haviam sido o bastante para aprender alguns truques de resistência.
Se retirou e foi em direção à varanda. Sabia que os Malfoy não se sentiam confortáveis com todos aqueles comensais ao redor, nem ele mesmo se sentia. Preferia estar na sua confortável poltrona, sentado, fumando o seu charuto caro feito por bruxos cubanos. Comendo alguns de chocolates belga, talvez, sim, daqueles que a sua mãe fazia eram os melhores. Podiam ter os elfos domésticos mais talentosos em se tratando de culinária, mas os chocolates de Ammeline eram os melhores. Ela era de uma família de sangue puro da Bélgica, os Lambert, que tinham inúmeros contatos com os Lestrange.
Gostava de ficar ali, era tranquilo. O dia estava nublado e logo Rabastan estaria e volta, ou seja, logo voltaria para casa. Casa. Lembrou-se imediatamente da garota Granger que agora estava lá. Uma asquerosa sangue ruim sujando a casa dos seus antepassados, o seu pai, Jean Luc responderia sem hesitar se ainda fosse vivo. Devia ter nojo dela, mas não conseguia sentir nada mais que indiferença. Com ela presa na casa, pelo menos assim teria acesso a informações que os outros não teriam. Torturando-a, Bela não havia conseguido nada. Talvez ele conseguisse com uma boa conversa.
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Rodolfo aparatou com Rabastan de volta à casa que um dia havia pertencido aos tios deles. A grande sala de estar estava cheia de quadros barulhentos. Antoine Lestrange estava gritando para tirarem a sang de bourbe da casa dos seus netos, Geraldine Duchanne, uma tia que havia se casado com um Duchanne, gritava que ele tinha se tornado um traître à son sang.
"O que você andou fazendo para que tia Gerry o chamasse de traidor de sangue, Roddy?", Rabastan sorriu malicioso, começando a rir. "E o vovô? Ele mencionou uma sangue ruim".
"Eu consegui capturar o Potter e os amigos dele. Bela torturou a garota por causa daquela espada. Eu fugi com a garota Granger antes que eles pudessem piscar", Rodolfo disse indiferente, descalçando as botas e desabotoando a camisa preta. "Ela está lá em cima".
"Você ficou maluco? Manter a amiga do Potter aqui, em nossa casa?", Rabastan elevou a voz a quase um grito.
"Ela é valiosa. Tem informações que nos podem ser úteis. Se eu não tivesse aparatado com ela, provavelmente estaria morta, louca ou teria conseguido fugir com o Potter. Em ambos os casos, não teríamos nada nas mãos", Rodolfo continuou falando indiferente.
Pensando com mais clareza, havia sentido uma coisa com ela. A mão dela se encaixou na dele, mas isso talvez fosse pelo fato de a mão dela fosse menor que a dele. Não tardou muito para que Linky aparecesse, oferecendo o jantar.
"Linky, onde está a nossa convidada?", Rodolfo perguntou se servindo de um copo de uísque.
"A senhorinha está no quarto, mestre", a criaturinha respondeu amedrontada.
"Senhorinha? Rodolfo, o que você fez?", Rabastan perguntou incrédulo.
"Não sei do que esse elfa miserável está falando, Rabby, o que importa é que temos Hermione Granger em nossas mãos e eu vou fazê-la falar".
"Sinceramente, vinte e cinco anos casado com Bela não fizeram bem a você. Vou para o meu quarto, descansar. Me acorde quando o Lorde das Trevas tiver ganho a guerra", Rabastan subiu as escadas e deixou Rodolfo sozinho.
O mais velho dos irmãos Lestrange subiu para a biblioteca e se sentou em uma poltrona confortável. Levitou uma caixa de chocolates belga até o seu colo e acendeu a lareira. Tinha um toca-discos antigo perto do sofá e pôs para tocar um LP de David Bowie. Ele podia ser um bruxo que tocava para trouxas, mas tinha os seus momentos. Ninguém descobriria que ele ouvia música de mestiços.
Eventualmente, a caixa de chocolates acabou, o vinil parou de tocar e começou a chover. A barriga estava roncando de fome e chamou Linky. A pequena elfa levou uma bandeja com o jantar para ele. Linky era elfinha de Amelinne Lestrange desde que ela era crianças e os irmãos herdaram a criaturinha quando a mãe deles morreu, em Cannes.
"Por que a chamou de senhorinha, criatura?", Rodolfo perguntou indiferente.
"Linky vê o que vê e Linky vê o fio, mestre", ela disse trêmula.
"Que fio?", ele prestou mais atenção no que ela falava, lançando um olhar curioso e com fúria.
"O fio no seu dedo, mestre, ligado ao dedo da senhorinha", ela falava sonhadora. "Linky viu o mesmo fio nos dedos dos seus pais, mestre, assim como vê o seu com a senhorinha. Está muito esticado, mestre, muito longo. Precisam encurtá-lo, sim, precisam".
"Linky, saia, não preciso mais de você. Cuide da garota, criatura, ela é incrivelmente valiosa", Rodolfo disse frio e logo um pop foi ouvido no ambiente.
Um fio... Rodolfo agora se perguntava do que Linky falava.
(The Swan Song - Within Temptation)
É um sonho?
Todos que amei, chamando meu nome
O sol aquece meu rosto
Todos os dias de minha vida, vejo passando por mim
N/A: Não sei ainda ao certo quantos capítulos serão, mas garanto que serão mais de dez ;)
Gostaram?
(Miss Conception, Beauty and the Beast e Crushing Room serão atualizadas aos poucos durante a semana)