A FAMÍLIA DOURADA

Obs 1 : SaintSeiya não me pertence! Infelizmente...

Obs 2: Queria agradecer intensamente a minha mestra Muk e a minha amore Patty-san por me ajudarem com críticas construtivas!

I

Encontravam-se no salão Shion e Aiolos, ambos com uma expressão de tristeza. Tentavam achar um jeito passar aquele comunicado em diante, o que não seria uma coisa fácil, devido ao seu conteúdo.

Aiolos levantou-se da cadeira em que se encontrava sentado, andando até uma pilastra e apoiando-se nela, então, depois de algum tempo em silêncio, enfim exclamou.

- Por Zeus Shion, ele vai ficar arrasado!!!

O Grande Mestre saiu de seu estado de torpor, indo até o sagitariano, colocou uma mão em seu ombro e olhou pro mais jovem atentamente.

- Eu sei Aiolos, eu sei, mas ele precisa ficar sabendo – Shion foi enfático, não dando abertura para discussão sobre aquilo. Ambos suspiraram, não sabiam como contar ao Cavaleiro de Capricórnio a notícia que a pouco haviam recebido da Espanha.

Shion sentou-se novamente na cadeira do Grande Mestre, posição que voltara a ocupar desde que Atena lhes concedera a vida novamente. Pegou-se observando o jovem cavaleiro de Sagitário. Shion o achava a pessoa ideal para substituí-lo num futuro próximo, mas sabia que o outro não queria isso, o que era um pena, pois um cavaleiro com um coração tão justo, bondoso e com tamanha coragem e determinação como o grego era difícil de se achar.

O ariano começou a divagar seus pensamentos sobre os outros cavaleiros. Sorriu por debaixo da máscara. Tinha cada cavaleiro de ouro como se fossem seus filhos. Viu eles crescerem, se tornarem fortes e defensores de suas armaduras, os viu tomarem caminhos diferentes, uns para o bem, outros nem tanto. Mesmo morto sentiu quando cada cosmo se apagou durante a guerra contra os cavaleiros de bronze. E com imensa felicidade sentiu quando ele e todos os outros voltaram a vida graças ao poder de Atena. Ficava feliz em saber que agora eles poderiam seguir a vida e serem felizes. Pois isso era o que Shion mais desejava, que os seus cavaleiros fossem felizes.

Aiolos encostou-se num dos pilares que ornamentavam aquele templo, estava pensativo, como contaria a pessoa que amava o que havia acontecido. Sorriu fracamente, não tinha coragem nem de contar para Shura que o amava, como contaria agora que os pais do espanhol estavam mortos?

Sim, amava o espanhol, como nunca achou que amaria alguém. Desde que eram apenas aprendizes, Aiolos o admirava pelo seu jeito de ser. O cavaleiro mais fiel. Shura sempre lhe falava que seria o mais fiel Atena, e para Aiolos ele fora. Agora que tinham voltado a vida, Aiolos viu a oportunidade de confessar todo seu amor ao espanhol, mas sempre se acovardava, com medo de que o outro rejeitasse seu amor e amizade deles mudasse. Saiu de seus devaneios ao perceber que Shion o observava

- Shion, eu...

- Eu sei Aiolos, eu imagino o quanto deve ser ruim pra você contar pra ele isso. Por isso... eu mesmo contarei, por favor, avise Shura que eu estou o esperando.

Aiolos fez uma pequena reverência e saiu atrás do capricorniano. Não foi difícil encontra-lo, já que esse encontrava-se na casa de peixes conversando com seu guardião.

Shura estranhou, mas jamais questionaria o motivo pelo qual o Grande Mestre estaria chamando-o, então despediu-se dos amigos e foi até o 13 templo, imaginando por que Shion o chamara. Temia ter que ir em alguma missão. Será que seria uma nova ameaça?? Não... se fosse isso todos seriam convocados e não somente ele. Mas então por que ele o chamara??? Bom... só havia um jeito de descobrir.

Shura entrou no templo, então ouviu o que Shion tinha para lhe dizer.

Pálido.

Era assim que se encontrava ao ouvir o que Shion dissera. Será que ele ouvira direito??? Seus pais estavam... mortos??? Sentiu os olhos encherem de lágrimas, mas não choraria, era um homem, um cavaleiro de ouro, então fez uma reverência e saiu dali, foi trancafiar-se em seu templo. Precisava ficar sozinho!

Logo todos os outros cavaleiros de ouro ficaram sabendo da trágica notícia, e todos tentaram falar com o amigo, mas Shura recusava-se a falar com qualquer um deles. Queria ficar sozinho. Sua única família o havia deixado sozinho, desamparado.

Estava quase adormecendo quando ouviu a porta do seu quarto abrir.

Continua...