Título: Castelos de Vento

Autor: Ivi

Beta mais lindo: Marck Evans

Classificação: NC-17

Personagens: Lucius Malfoy e Severus Snape.

Avisos: Slash, basicamente PWP. xD

Disclaimer: todos os personagens pertencem a J.K. Rowling por mais que eu peça o Lucius para mim.

Notas: Fic escrita de presente para Pet (demorou demais, eu sei x.x). Palavra Nº 68 (Pecar) da table.


Castelos de Vento

Nada além dos sons da luta preenchia o quarto. Quando o corpo de Severus bateu contra a parede, um som seco foi ouvido. Mas ele não emitiu qualquer gemido de dor ou reclamação. Ao contrário, tentou libertar os pulsos que Lucius insistia em manter presos a cima da cabeça dele. Observou o sorrisinho vitorioso e arrogante do outro. E retribuiu com um sarcástico. Com um simples feitiço não-verbal, estava solto novamente.

Os dois se encararam, medindo forças. Lucius aproximou-se, lentamente, exibindo uma expressão predadora. Como esperava, o loiro resolveu apelar para a sedução. Severus aceitou o beijo que se seguiu, sem oferecer resistência. Aquele era um jogo que dois podiam jogar.

Permaneceram um bom tempo naquela disputa pela liderança, pelo poder. Eram orgulhosos demais para cederem facilmente para o outro. Mas era apenas uma questão de inteligência ou habilidade até alguém se dobrar. E era aquilo que tornava as coisas tão interessantes entre eles.

Abriu a roupa de Lucius e cravou os dentes na pele alva. Os beijos se tornaram mais urgentes assim como as carícias. Severus retirou um frasco do bolso da veste e o abriu. Deixou uma quantidade generosa do líquido cair em suas mãos, para em seguida, envolver o pênis de Lucius.

Começou a masturbá-lo lentamente, deixando que as ervas fizessem efeito.

-Porra, Severus. –Lucius gemeu, rendendo-se afinal.

Severus sorriu. Ser um conhecedor de Poções tinha suas vantagens. Manteve os movimentos lentos até Lucius segurar a mão dele com força, intensificando o ritmo.

Havia algo de pecaminoso nos lábios e na pele marcada pelas mordidas, na roupa desalinhada, nas palavras obscenas tão impróprias para a fina flor da sociedade bruxa. No modo como Lucius o encarava e naquele olhar malicioso. Nos dedos longos envolvendo a mão de Severus e exigindo cada vez mais. Na Marca Negra se destacando em ambos os braços.

Viu Lucius estreitar ainda mais os olhos pouco antes de gozar. Esperou a respiração do outro se acalmar. Não tinha pressa. Aquela era uma noite para comemorar, Severus acabara de receber a Marca. Além disso, eram reis, jovens, poderosos e ganhariam o mundo.

-x-

Severus segurou o pau de Lucius entre os dedos e intensificou o ritmo das estocadas, os gemidos dos dois cada vez mais altos. Quando percebeu que não agüentaria mais, Severus gozou, sentindo o outro o acompanhar.

Caíram lado a lado no colchão duro do quarto em Spinner's End, mas nenhum deles permaneceu deitado. Em silêncio, vestiram-se, a Marca Negra mais nítida do que nunca nos braços deles. Severus pensou em perguntar mais uma vez sobre quando seria a missão de Lucius no Ministério, mas resolveu não insistir.

Não tinham tempo. Enquanto observava Lucius sair sem se despedir, sentiu-se mais que nunca velho, alquebrado e amargurado. E apesar da pose arrogante do outro, sabia melhor que ninguém como ele também se sentia. De reis, tornaram-se o traidor e o vassalo.