Título: Serpentes e Leões
Autora: Gaia Syrdm
Beta: Por enquanto estou sem Beta, a minha anda ocupada demais T^T
Sumário: Harry e Draco brigam o tempo todo, isso não é novidade, mas e se depois de uma detenção tudo ficasse diferente? E se eles fossem obrigados a passar um dia juntos? Como se não bastasse os sonhos estranhos que estava tendo e aquele esquisito aluno novo, Harry descobre um novo sentimento dentro de si.
E quem é esse aluno? Ele é misterioso e se dá bem com todos, mas Luna teima em acrescentar dissimilado.
Às vezes, aqueles que vivem fora da realidade são os que mais facilmente percebem as coisas.
Casais: Harry Potter e Draco Malfoy
Rony Weasley, Hermione Granger e Chikage Kakinouchi (personagem original)
Aviso: Antes de mais nada esta fic possui conteúdo homossexual/yaoi/slash/boys Love/gay ou como queira chamar. Se não gosta, não leia, se leu, não reclame.
Disclaimer: Harry Potter não me pertence. Se me pertencesse ele nunca teria ficado com a Gina, Fred nunca teria morrido e o final não seria daquele jeito. Essa fic é uma diversão e eu não ganho nada com ela (fora reviews =D)
Reviews são mais do que bem vindas, seja para elogiar, sugerir, criticar.
N/A: Esta fic se passa durante o 6ª. ano de Harry, mas foi criada muuuuito antes do 6º. livro, assim ela não seguirá a cronologia original. Snape ainda será professor de Poções, eles ainda terão aula de Trato das Criaturas Mágicas com Hagrid, Harry não tem aulas especiais com Dumbledore, não existe nenhum livro assinado pelo Prince Mestiço e não há ninguém tentando contrabandear objetos assassinos para dentro do castelo. Eu adaptei a fic para ocorrer logo após os fatos do 5º. livro.
Mas, realmente não resisti a colocar um Harry obcecado em perseguir Draco, achando que tudo é culpa de Malfoy querendo descobrir de qualquer forma o que Draco anda fazendo escondido (o que não significa que ele já seja um Comensal ou esteja tentando consertar um armário sumidouro). Mas essa obsessão é mais do que suspeita, não? Quanto às dúvidas de Harry sobre Gina, essas simplesmente apareceram, antes que eu percebesse ou planejasse isso. Todo o resto do 6º. livro não aconteceu aqui.
Uma boa leitura a todos ^^
SERPENTES E LEÕES
Não estava entendendo o que falavam. E odiava quando isso acontecia. Seu feitiço para entender múltiplos idiomas não estava funcionando também, então aquilo era um código. E isso deixava as coisas ainda mais estranhas.
Mas o que ele tinha mesmo na cabeça para ter aprontado tanto dessa vez? Talvez algum parafuso bem solto. Ou devia ter batido com a cabeça mais forte do que pensara quando caiu no último jogo. Quem mais seria idiota a ponto de irritá-la num péssimo momento como aquele?
Da próxima vez ia pensar melhor antes de explodir o banheiro com a diretora dentro. Bom, pelo menos ela não descobrira o feitiço que ele havia lançado no corredor do 9º. andar.
Droga, ele estava ferrado.
- Chikage. Já decidi sua punição.
Ferrado. Literalmente.
Capítulo 1 – Aluno Novo
Ter o dormitório embaixo do lago tinha grandes vantagens no verão. Era um lugar fresco e dormir era uma delicia. Já no inverno era comum ver os alunos maldizendo Salazar por este ter se esquecido de livrar-se das goteiras. Assim, não era de se estranhar que a maioria dos sonserinos preferiam passar as férias de natal em suas casas. Dormir nas masmorras era pedir para acordar congelado. Mesmo assim aquele era o local preferido da maioria de seus alunos (em especial, nas estações não congelantes). Ali eles se sentiam a vontade. Ali eles eram eles mesmo, não havia olhares tortos, não havia intrigas. Todos respeitavam quando alguém queria ficar sozinho, os horários de estudo e de sono uns dos outros. Em resumo, uns aos outros.
Draco não era exceção e adorava ficar largado, quase deitado, nas poltronas perto da lareira. Era seu ambiente favorito para ler e conversar, era lá que ele podia ser encontrado quase todas as noites. Ele não se incomodava com o barulho, com as conversas, com as brincadeiras. Devia admitir, não era um monitor muito bom. Gostava de sua função, era legal ser importante, ser reconhecido, era legal ser algo que Potter não era. Mas ali, ele preferia ser apenas um aluno que gostava de alguns minutos para si mesmo. E era exatamente isso que ele fazia quando Snape entrou na masmorra despertando a atenção de todos os alunos. Algo raro por si só e mais raro ainda por este estar acompanhado de uma garota muito bonita, quase alta e com certeza uma novata.
- Esta é Kakinouchi e veio de uma escola da Ásia. Está no 6º. ano e vai fazer parte da Sonserina a partir de agora. - disse o professor, sem nenhum sorriso ou gentileza na voz. A garota, no entanto, não parecia nem um pouco constrangida ou incomodada.
E foi numa grande velocidade que metade dos meninos se levantou para mostrar-lhe o dormitório, os horários e se prontificar a lhe ajudar no que fosse preciso.
- Parece que nunca viram uma garota bonita – disse Draco para si mesmo, antes de voltar a sua leitura, afinal Draco era um Malfoy e Malfoys nunca corriam atrás dos outros. Era o contrário que sempre acontecia. Eles apenas ofereciam amizade, mas nunca a buscavam. E Malfoys definitivamente não apelavam daquele jeito ao ver um rosto bonito. Depois olhos puxados não lhe atraiam, nem cabelos castanhos. Ele sempre preferira morenas de olhos claros.
Não reparou que Kakinouchi também tinha olhos verdes.
L&SL&SL&SL&SL&S
Harry já ouvira muitas vezes a expressão "é impossível piorar" e muitas vezes ele realmente acreditou ter chegado à máxima dessa verdade. Mas o mundo parecia insistir em provar para ele que quando se é Harry Potter absolutamente tudo pode piorar. Seu quinto ano havia sido uma prova disso e o sexto não estava tão diferente assim.
Às vezes sentia saudades de seu primeiro ano, quando Voldemort era apenas um nome e todas as suas preocupações estavam relacionadas a escola, os professores e as provas. E pensar que a Pedra Filosofal, na época, fora uma grande aventura. Quando ele achou que tinha feito muito enfrentando um professor pela pedra, sem nunca imaginar que quatro anos depois ele estaria lutando contra verdadeiros assassinos Comensais. Fora um passado até que tranqüilo se comparado com seu atual presente. Sentia até falta de quando seus maiores problemas eram Snape e Malfoy. Agora era tanta coisa! Voldermort, o Ministério, a guerra. Não que Malfoy ainda não fosse um problema ambulante! Sempre, sempre o irritando, o provocando. O pior é que agora que ele estava quase sempre sumido em algum canto, Harry sentia falta de quando ele não largava do seu pé. Mas, veja bem, a falta era exatamente porque com o sonserino sumido Harry tinha muito mais dificuldade para espioná-lo. Ele amava a distancia, mas odiava não saber o que Malfoy fazia.
Uma obsessão dissera Hermione. Claro que não! Hermione tinha cada idéia. Ele só queria saber o que o outro estava aprontando. Ele só queria fazer alguma coisa. E claro que se isso envolve-se acabar de uma vez com Malfoy seria um premio extra.
As vezes Harry se via pensando em como seria se Duda e Malfoy se conhecessem. Ambos loiros, burros, irritantes, preconceituosos, mimados e insuportáveis, com suas ganguezinhas idiotas e que tinham como hobby preferido irritá-lo. Não. Era melhor nem pensar nisso. Seria o fim! Com certeza. Pelo menos, Harry sabia, isso era algo impossível de acontecer, Duda era trouxa e Malfoy não aceitava nem sequer os nascido-trouxas! Se Malfoy visse Duda era capaz de azará-lo, não de formarem uma dupla dinâmica dos horrores.
Mas ele estava viajando demais. De novo. E sabia disso.
Duda e Malfoy nunca se encontrariam e nunca fariam amizade. E Harry nem sabia porque pensara numa possibilidade tão absurda.
Mas desconfiava.
Tudo que parecia nunca acontecer vinha acontecendo, a começar com o retorno de Voldemort e Malfoy sendo importante para algo que Harry definitivamente tinha que descobrir.
Claro que o que ele vinha sentindo por Gina também estava na lista.
- Harry?
Mas ele ainda não queria pensar nisso, Harry ainda preferia acreditar que não estava sentindo ciúmes dela, apenas estava agindo como Rony, como o irmão enciumado. Claro, Gina era como uma irmã para ele, por isso ele ficava agitado quando a via trocando de namorado o tempo todo.
- Harry?
Talvez houvesse um que de posse também, afinal ela fora apaixonada por ele. Mas Harry preferia a atual Gina, que falava, do que a antiga. Preferia a antiga que não namorava, mas era por puro ciúmes fraterno! Era nisso que ele queria acreditar, era nisso que ele se forçava a acreditar.
- Harry?
- Oi! Que foi, Mione?
- Estou te chamando há um tempão! Mas você não me escutava. Está tudo bem?
- Está sim, estava só pensando. Qual a primeira aula de hoje? – Harry perguntou, apenas meio interessado. Não iria na aula mesmo, já que conseguira ser surpreendido justamente por McGonnagal enquanto brigava com Malfoy. E a professora não gostara nada da cena, por isso ambos passariam a manhã toda em detenção com ela. E por mais que Harry quisesse espionar Malfoy ele definitivamente não queria passar uma manhã inteirinha com ele. Não mesmo.
- Poções. – respondeu a garota, sem nem mesmo olhar o horário. Por que aquilo não era nada surpreendente?
- Poções? – indagou Rony quase engasgando – Você tem certeza, Mione?
- Sim.
- 'To perdido. Não fiz a lição que Snape pediu.
- Pode usar a minha, se quiser. Não está muito boa, mas dá para usar – Harry respondeu, procurando na mochila o pergaminho. – Aqui está.
- Harry, isso não é certo!
- Pode não ser, mas não vou precisar dela. Hoje vou cumprir detenção a manhã toda. Lembram?
- Por causa da briga que teve com Malfoy, ontem?
- Sim. Mas pelo menos ele levou uma detenção também! E eu me livrei de Poções. – disse Harry tentando consolar a si mesmo. – E eu sei que enquanto estivermos nessa detenção ele não estará tramando nada. – disse Harry, fingindo não reparar nos rolar de olhos dos dois e na clara expressão "de novo, não" que eles faziam.
L&SL&SL&SL&SL&S
Harry gostava de McGonnagal, achava-a uma excelente professora, mas a perspectiva de estar caminhando para uma detenção dela fazia seus passos ficarem cada vez mais lentos. Por que, de todos os professores, fora pego justamente por ela? Ok, podia ter sido pior, podia ter sido Snape. Se fosse assim ele estaria caminhando sozinho para uma detenção e não tendo o mínimo prazer de ver Malfoy vindo da direção contrária. Ver o sonserino se dar mal de vez enquanto era, no mínimo, gratificante.
Mas bem que ele poderia não ter se dado mal também. Agora além da detenção teria que aturar o mal-humor do outro (que parecia estar bem acentuado, a julgar pelos seus passos) e suas opiniões idiotas e infantis. E o pior de tudo, nem sabia por quanto tempo! Isso o fazia pensar que talvez, apenas talvez, ele preferiria estar na aula de Snape.
- Já temos um bom começo, ambos chegaram quase juntos – disse McGonnagal, assim que Malfoy entrou em sua sala, segundos depois de Harry – fico satisfeita de ver que dessa vez não chegou atrasado, senhor Malfoy.
Ora, essa característica do loiro, Harry não conhecia.
- Muito bem, vocês dois, me acompanhem.
Beleza, Harry pensou, direto para a forca.
- O trabalho de vocês será o de limpar esta sala. – revelou a professora de Transfiguração assim que entraram numa sala das masmorras, bastante fria e um pouco escura. Muito suja. - Podem levar o tempo que quiserem, pois não saíram daqui até terminarem. E também estão proibidos de usarem suas varinhas, portanto dêem-nas – disse a professora, estendendo a mão, ordem na qual foi, obviamente, obedecida – Se não terminarem até o almoço trarei algo para vocês. Bom trabalho para os dois. – disse saindo da sala, mas não sem completar – A porta estará trancada então usem o banheiro daqui mesmo. E qualquer briga, por menor que seja ampliará o serviço de vocês em mais uma sala. Espero que tenham entendido.
Beleza, Harry quis dizer, mas seu cérebro ainda não tinha absorvido direito os últimos minutos. Trabalhar em parceria com Malfoy, por sabe-se quantas horas, sem magia e numa manhã de segunda-feira! Ninguém merecia mesmo. Seria aquilo um presságio de má sorte aguda?
- Espero que esteja contente, Potter, vai trabalhar como aqueles trouxas que vocês tanto aprecia. Ah, e como um reles empregado, que será a melhor coisa que seus amigos vão conseguir se tornar. Quem sabe você siga o exemplo deles – disse Malfoy, sem conseguir esconder sua indignação com a situação. Pelo menos, Malfoy também parecia ter acordado com o pé esquerdo.
- Se você pretende começar a brigar já, então me tire dessa. Não estou a fim de limpar nenhuma outra sala além desta e muito menos de trabalhar mais tempo com você. Então, sossega e começa a trabalhar. Estou tão feliz e animado quanto você por isso.
- E falou o grande Potter! Belo discurso. Devo bater palmas?
Respire fundo... respire fundo...
- Olha, eu não te suporto e você não me suporta. Por que então não nos ignoramos? Pelo menos, por hoje? Ok?
- E por que eu tenho que fazer o que você diz?
Calma, muita calma nessa hora...
- Porque se abrir a boca mais uma vez eu vou chamar McGonagall e dizer que você está atrapalhando.
- E eu vou dizer o contrario, mas é lógico que ela vai proteger o Santo Potter, o salvador-do-mundo-mágico e grifinório perfeito a acreditar no malvado sonserino aqui.
Não levante a voz, não levante a voz...
- Ela não é injusta como Snape que está sempre puxando pro lado de vocês! Ela é justa com todos os alunos...
- Noooosa! Mal estão de castigo e já começaram a brigar? Tsc, tsc, acho que a professora não vai gostar nada, nada disso.
- Pirraça! – gritaram os dois meninos, ao mesmo tempo. Os corações disparados tamanho o susto. Pelo menos, era uma sorte naquele dia azarado, não fora McGonnagal os surpreendendo de novo.
- Meninos malcriados vocês, muito malcriados mesmo. E a professora foi tão clara antes de sair, mas nããããoooo vocês são muuuuito desobedientes, muito mesmo. Será que Pirraça deve chamar a professora para ela dar mais uma sala para vocês limparem?
- Cala a boca, Pirraça!
- E por que eu deveria?
- Para de atrapalhar!
- Atrapalhar o que se vocês nem começaram?
Começar. É mesmo, por mais que odiassem tinham que começar. Começar ou nunca acabariam e nenhum dos dois tinha a menor intenção de permanecer naquela sala mais do que o mínimo necessário. Ignorando mutuamente Pirraça não sobrou alternativa aos garotos além de pegar as escovas e começar a limpar as carteiras que pareciam não ver bom esfregão há muitos anos.
Sem saberem se a ameaça do poltergeist era verdadeira ou não, mas sabendo que não iam fugir do castigo, há certo custo ambos dividiram a sala em duas metades para serem limpas. Carteiras, chão, lousa, tudo foi milimetricamente dividido em dois e muito bem analisado por ambos, pois os dois tinham certeza de que receberiam a parte mais suja e nenhum estava disposto a aceitar uma divisão injusta. Felizmente, ou não, a sala estava igualmente suja e os escovões deixados eram iguais. Sem escolha eles começaram um trabalho sem fim.
Esfregando, esfregando e esfregando. Lento e cansativo, muito pior do que deveria ser já que Pirraça fez questão de continuar com os dois, flutuando ao redor deles e fazendo sons estridentes com a boca e atrapalhando o quanto podia, dando ordens sem parar e inspecionando o trabalho deles para que tudo ficasse brilhando. Pirraça não os havia deixado em paz um minuto sequer. Mutuamente eles o ignoravam, mas depois de duas horas esfregando, tendo suas mãos vermelhas (em especial as de Malfoy que nunca antes fizera um serviço do tipo) e um maldito fantasma fazendo o fundo musical...
- Eu. Não. Aguento. Mais. – disse Harry entredentes. Ele realmente chegara a agradecer ser Pirraça a tê-los surpreendido? Não podia ter sido Nick-quase-sem-cabeça?
- Acho que é a primeira vez que concordamos em algo.
- Por Merlim, como fazemos ele cale a boca?
- Vamos chamar McGonagall? Ela o faria parar.
- É uma boa, mas aposto que ele vai sumir quando ela chegar e aparecer de novo mais tarde.
- O que os dois garotinhos estão cochichando aí? Já terminaram o serviço? Mas não está assim tão limpinho, olha aqui, óh! - perguntou o poltergeist enquanto iniciava um malabarismo com os baldes cheios de água
- Pare com isso! Você vai derramar tudo! – exclamou Harry, já prevendo o enorme trabalho que teriam se os nove baldes que agora rodavam viessem ao chão.
- Pirraça, já se divertiu o bastante, não? Espero que sim porque você realmente está conseguindo me deixar nervoso – disse Malfoy, mas ele não gritou, apenas utilizando-se de todo o sangue-frio que conseguiu. Draco ameaçou o poltergeist e neste momento sua expressão ficou totalmente vazia. Essa era uma das lições que tinha aprendido com seu pai: na hora da ameaça o melhor era nunca mostrar sentimentos. Tinha que ser frio se queria que ela surtisse efeito. E Lucius estava certo. – E eu acho que você não vai querer que hoje, ao jantar, quando o Barão Sangrento passar pela mesa da Sonserina eu diga a ela o que andou fazendo a manhã toda. Ou você acha que ele não vai se incomodar em saber que importunou o monitor da Sonserina a manhã inteira? – perguntou. Era um blefe, mas nem Pirraça nem Potter precisavam saber disso. E muito menos precisavam saber que o próprio Draco duvidava que o Barão Sangrento se incomodaria a ponto de ir atrás de Pirraça.
Mas o importante é que dera certo. Pirraça subira pelo teto na mesmo hora que constatou que a ameaça do sonserino era verdadeira. Sem uma palavra, um som, nada. Pirraça deixara a sala da mesma forma que surgira.
E Harry ficara boquiaberto vendo a reação de seu rival. Ele até que ficava bem daquele jeito. Confiante. E definitivamente, parecia outra pessoa. Harry sempre o vira como um menino mimado, que pede a ajuda do papai para tudo, mas agora o papai estava preso e, pelo que estava vendo, Malfoy sabia, sim, se virar.
Entretanto não teve tempo de admirar muito o outro (não que ele estivesse admirando-o), pois assim que Pirraça subiu pelo teto das masmorras, sumindo, os baldes com os quais ele brincava não fizeram o mesmo caminho, lógico, vindo a cair e jogando água para todos os lados.
Na tentativa de fugirem do banho evidente os dois rapazes tentaram fugir para longe dos baldes, mas também acabaram por correr na mesma direção. O que evidentemente não deu muito certo, ainda mais com o chão escorregadio da masmorra estando molhado.
Harry nunca soube quem escorregou primeiro ou quem bateu em quem e muito menos como, de todas as formas possíveis, ambos acabaram caindo no chão em cima um do outro.
Sério, além de seus encontros com Voldemort e com as memórias de Snape ele já tivera um dia pior?
Abriu os olhos, as costas doendo. Beleza, além de estar todo dolorido ainda tinha Malfoy caído sobre si!
Já Draco abriu os olhos, meio tonto. Maldito, Pirraça! Quando ele o pegasse...
- Quer sair de cima, fazendo o favor? – rosnou Harry.
- O mais rápido que eu puder, Potter, pode ter cert...
Porém, Malfoy não terminou sua frase, ele nem sequer se mexeu. Deitados no chão frio da masmorra, um sobre o outro, ambos olhavam nos olhos um do outro pela primeira vez em mais de cinco anos. Foi quando Harry também notou que Malfoy não tinha os olhos cinzentos como sempre achara e não conseguiu disfarçar sua surpresa ao perceber isso. Não conseguiu parar de olhar tão intensamente para as manchas de azul que existiam nas iris que ele julgava serem cinzas. Cinzas como tempestade, como a tempestade que ele sempre anunciava. Mas não eram. Eram azuis, azuis em diversos tons que manchavam o cinza.
Eram olhos muito bonitos.
E não eram apenas os olhos. Harry nunca antes se dera ao trabalho de reparar no seu rival loiro. Para ele Malfoy fora e sempre seria um moleque de cabelo loiro cheio de gel e rosto fino. Mas em algum momento que não sabia precisar o loiro crescera. Com certeza eram da mesma altura, mas nenhum dos dois tinha mais 11 anos. A diferença é que Harry era alto, mas ainda não tinha encorpado, ainda parecia um moleque que crescera demais muito rápido. Harry tinha plena consciência de que era magro demais. O mesmo não acontecia com Malfoy. Ele era alto e suas roupas molhadas deixavam muito claro que ele tinha um corpo bem proporcional a sua altura. Ombros largos, musculatura definida. Nem seu rosto era mais o mesmo! Por Merlim, como Harry ainda o reconhecia? Seu rosto ainda era fino, e ainda transmitia arrogância, mas o tempo havia sido muito gentil com ele, sem dúvida. Sua pele ainda era muito clara, livre de manchas ou qualquer marca. Muito diferente do rosto sardento e marcado de Rony, a qual Harry estava acostumado. E seus olhos... o moreno ainda estava preso a eles, aos cabelos loiro platinados escorrendo pela face pálida, emoldurando seu rosto. Não tinha percebido que Malfoy agora utilizava o mesmo corte de cabelo que um dia os gêmeos Weasley usaram, um que não era nem cumprido, nem curto. Solto, leve e fino.
Lábios finos e rosados, levemente abertos. A água que os molhara pingava de seus cabelos em seu rosto.
Fôra algo puramente instintivo, fôra a situação, fôra qualquer coisa, mas Harry tinha certeza que não quis provar daqueles lábios.
Ali, naquele momento, o moreno esqueceu quem estava sobre si e a situação na qual se encontrava. Afinal, quem, em sã consciência, ia pensar uma besteira daquelas de Malfoy? Apenas Parkinson seria tão louca.
Quanto tempo ficaram naquela posição era algo que o grifinório não sabia e nem queria pensar. Um minuto ou cinco minutos? Não sabia. Um balde, precariamente equilibrado sobre uma das mesas cansou de tentar se equilibrar e despencou. O barulho fez os dois rapazes levantarem num pulo, assustados e vermelhos. Envergonhados do que acontecera e de seus pensamentos..
Era a primeira vez que ficavam cara a cara e não brigavam. E a memória não era exatamente reconfortante.
- É melhor terminarmos isso.
- É.
E estas foram as únicas palavras que ambos conseguiram trocar.
Quando o trabalho acabou os dois estavam altamente aliviados. E não era exatamente pelo fim do esforço físico.
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Suas mãos estavam ardendo. Também, aquela masmorra parecia não ver uma boa escova há uns 10 anos, no mínimo! E suas costas não estavam em uma situação muito melhor. E Harry desconfiava que o motivo não era apenas pelo tempo que passara curvado. Quer dizer, o tombo que levara devia ter alguma forte contribuição para suas dores. Depois, Malfoy era pesado. Bem mais do que ele supunha. Pelo visto seu treino de quadribol havia ido para o espaço...
Estava perdido em seus pensamentos quando o barulho de alguém jogando livros particularmente pesados na mesa, bem ao seu lado, fez Harry pular da cadeira.
- O que foi, Mione? – perguntou assustado. Estava na mesa da Grifinória, esperando os amigos para o almoço. Fora correndo para lá, depois de parar antes no dormitório para tomar um banho rápido. Correra tanto para almoçar com Rony e Hermione e havia tomado um chá de cadeira, já que ambos demoraram uma eternidade para chegar (conhecendo Hermione ele não ficaria surpreso se ela tivesse ficado conversando com o Professor depois da aula e chegasse atrasada por isso, e consequentemente Rony).
- Nada. – respondeu a garota visivelmente irritada, enquanto sentava ao seu lado.
- Não parece ter sido nada.
- Há, há! Ela 'tá assim por causa do aluno novo – respondeu Rony sentando-se ao lado da amiga. Ao contrário dela ele parecia estar se divertindo, e muito com alguma coisa e Harry suspeitava que fosse com a ira da garota. Harry não achou muito inteligente da parte dele, mas não disse nada quanto a isso. Ao contrário...
- Que aluno novo? – perguntou, surpreso. Aluno novo? Em Hogwarts? No meio do ano? Isso acontecia? – Desde quando?
- O que começou hoje na Sonserina!
- Eles tem um aluno novo?
- Sim.
- E ela está brava por isso?
- Sim e não. Ela 'tá brava porque ele sabe mais que ela!
- O quê? Como assim?
- Sabe aquele relatório de Poções que entregamos na aula passada pro Snape?
- Aquele sobre os chifres de corcéis? Aquele negócio foi superdifícil de fazer.
- Este mesmo. Bem coisa do Snape, querer acabar com o fim de semana da gente, só porque ele não tem vida social e não sabe se divertir quer acabar com o nosso fim de semana. Como se não tivéssemos outras matérias e outros professores para nos lotar de trabalhos. Enfim, por ser aluno novo ele não sabia disso e por ser um sonserino, lógico, queria ver se fosse um grifinório, Snape disse que ele poderia entregar o relatório dele na próxima semana. Na próxima semana, acredita?
- Não. – Harry respondeu, e Rony continuou, num fôlego só.
- Pois é, mas o tal aluno novo disse que tudo bem e fez o relatório na hora, sem consultar nada, enquanto a poção fervia, e olha que era mais uma daquelas poções que você tem que mexer um exato número de vezes, cada uma para um sentido diferente e sempre dão errado! Mas então, ele terminou o relatório em menos de 40 minutos e ainda ultrapassou os 30 centímetros obrigatórios! Bem, Snape não ficou muito contente, imagine, teria que dar uma nota baixa para um sonserino, mas se o cara queria assim, então fazer o quê? De qualquer forma, ele aceitou o trabalho e corrigiu o relatório dele hoje, enquanto terminávamos de fazer aquela porcaria de poção complicada. Alias, ele também entregou os nossos, eu e você tiramos 'A'. Hermione tirou 'E'. Mas o cara, não sei como, não apenas conseguiu fazer a poção direitinho, como tirou um 'O' no trabalho. Parece que foi o único. Snape disse que era o relatório mais completo que ele já tinha visto. Assim, ele tirou uma nota maior que a da Hermione! E uns pontos para a Sonserina também, claro. 15 pontos, acredita? E a Mione está desde então com esta cara.
- Então, é possível alguém ser mais inteligente que a Mione?
- É. Cara, você não imagina a cara de todo mundo! Os sonserinos nem sequer conseguiram comemorar, tamanho o susto!
- E quem é o tal aluno novo?
- Ali na mesa da Sonserina Ao lado de Pansy Parkinson. Aliás ela não sai de perto dele. Ele é chinês, japonês ou coreano, sei lá. Algum desses orientais aí que tem aqueles nomes super compridos que enrolam a língua e são impronunciáveis.
- Onde? Ao lado da Parkinson? – perguntou Harry, enquanto torcia o pescoço, procurando - Não é uma menina?
- Não, cara. Olha, eu também achei que fosse, mas é homem. E tem a voz meio grossa, também.
Agora que Harry estava olhando... o tal aluno era, na verdade, o tipo de pessoa na qual uma vez que você repara, fica se perguntando como foi que não a viu antes. Ainda mais numa escola. Tudo bem que ele não era um rapaz alto, e isso por si só já dá uma camuflada, mas todo o resto chamava muita atenção! Sua altura devia ser a mesma de Mione, com certeza ele não chegava a 1,70m, e seu cabelo era igualmente cheio e castanho. Com a diferença que o cabelo de Hermione era encaracolado e o do novo aluno era liso, mas altamente repicado! Parecia que ele tinha enfiado a cabeça num triturador! A franja apontava para todos os lados, assim como o cabelo todo, desde as orelhas até as pontas (que chegavam até o umbigo!). Harry sempre achara seu próprio cabelo uma bagunça completa, vivia brincando que ele nem precisa de pente ou escova já que não surtiam efeito mesmo. Mas vendo os cabelos do aluno novo Harry realmente achou que seus próprios cabelos estavam muito bem arrumados. Verdade seja dita, ambos pareciam ter saído de uma tempestade de vento, mas Harry parecia ter acabado de desmontar de sua vassoura e o aluno novo parecia com Mione depois de um vendaval. Ok, a comparação era quase a mesma, mas cabelo cumprido despenteado é muito pior que cabelo curto! Desembaraçar aquilo devia dar um trabalho...
- Ele parece ser do tipo que se destaca, não? – comentou Harry, esquecendo, por um momento, de Hermione ao seu lado.
- Bastante, mas também você viu como ele está vestido? Ele quer chamar a atenção! – disse Rony, sem desviar seus olhos de sua comida.
Suas roupas. Harry queria poder ver melhor. De seu lugar era difícil ver muito mais do que o cabelo e a altura, sua pele era quase clara, como uma pessoa muito branca que passou o verão inteiro na praia e está voltando agora à cor original. Não dava para ver direito seu rosto, mas daquela distancia ele definitivamente não parecia japonês. Olhos pouco puxados, sem rosto redondo, sem nariz amassado. Na verdade, seu rosto parecia o de uma garota bonita. Muito bonita. Olhos claros, nariz perfeito, lábios cheios, sorriso aberto e feliz. Era a primeira vez que Harry via um sorriso verdadeiro vindo de um sonserino.
- É impressão minha ou ele usa brinco? – perguntou Harry ao notar o brilho na orelha esquerda do novo colega.
- Nem reparei nisso. Mas viu que ele usa luvas sem dedos? E uma tonelada de colares! Fora que a gravata está frouxa e solta e a camisa meio aberta. E por fora da calça! Cara, não sei como Snape o permitiu na sala de aula. A McGonagal com certeza não vai aceitar.
E Harry teve que concordar com Rony. Aquele era um cara estranho, bonito e sorridente. E inquietou bastante Harry.
- Calma, Hermione. Será que é preciso tudo isso só porque ele tirou duas notas maiores que as suas? – prguntou o morena a amiga que parecia ter sentado numa vassoura galopante, de tanto que se remexia na cadeira.
- Você não entende, Harry! Mas eu fiz uma pesquisa completa para este relatório! Li tudo que tinha sobre estes malditos chifres! E ele fez tudo de cabeça! Não acha isso nem um pouco estranho?
- Bem quem sabe ele é muito bom em Poções e só – disse Rony.
- Ou em chifres de corcéis! – completou Harry com um sorriso.
Mesmo assim Hermione não falou mais durante todo o almoço.
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Diferente do que pensaram de inicio o tal chinês, japonês ou coreano não era apenas muito bom em chifres de corcéis ou poções, mas estava se dando absurdamente bem em todas as matérias!
Nos três dias em que estava em Hogwarts já tinha encantado os professores e, como dizia Rony com uma careta, estava perto de ter um fã-clube próprio! Fora que os sonserinos o tratavam como a um herói. Parecia que depois de cinco anos, a Sonserina voltaria a ganhar a Taça das Casas.
Fora que ele chamava muita atenção! E seu visual ajudava, e muito, nisso. Chikage sei-lá-o-que (Harry ainda não tinha certeza de qual era o nome dele e muito menos sabia pronunciar as diversas variações que ouvia) continuava se vestindo de forma esquisita, mesclando ao uniforme seu próprio estilo único, assim como em seu primeiro dia. E tal como Rony previra, McGonnagal não era a única a desaprovar o despeito explícito do aluno novo pelo uniforme. Mas, Kakinouchi parecia em nada se importar e continuava usando luvas, calças coloridas por baixo das vestes do uniforme, botas de cano longo com salto baixo, de uns cinco centímetros ("bichisse", como dizia Rony), gravata frouxa, os primeiros botões da camisa abertos, brinco e muitos colares (da última vez que Harry tentara contar, ele achou ter chegado perto do número sete). Isso sem contar o cabelo cumprido e despenteado.
Harry não dava muito atenção ao rapaz. Na verdade só o notava quando Rony ou Hermione comentavam algo ou quando ele se sobressaia na sala de aula. O que era altamente freqüente, para desgosto de Hermione.
Como dizia Harry ele tinha outras coisas para pensar e estas não incluíam nenhum sonserino esquisito e sim suas notas baixas. Fora um irritante loiro que com certeza estava tramando algo e uma ruiva que havia trocado de namorado de novo. Mas esses detalhes ele guardou para si mesmo.
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Havia acabado de usar o pó de Flu e caíra no lugar errado. Uma loja de bruxo, grande e mal iluminada – mas nada que havia ali tinha a menor possibilidade de aparecer numa lista de material escolar de Hogwarts.
Queria sair de lá o mais rápido possível, mas não chegou nem na metado do caminho e viu duas pessoas aparecerem do outro lado da vitrina. Draco e a outra pessoa (que só podia ser seu pai) entraram na loja. Harry havia se escondido em um armário preto que havia no lugar e ficou esperando que Malfoy saísse da loja para ele também poder sair.
Draco nem bem tinha entrado na loja e Harry ouviu ele falando algo com o pai. E o assunto era o próprio Harry.
Não sabia porque, não entendia o motivo, nunca havia sido importante saber o que Malfoy falava dele, mas mesmo assim o pequeno bruxo aguçou os ouvidos para escutar melhor. E o que escutou foi:
- De que adianta me comprar uma vassoura se não faço parte do time da casa? Harry Potter ganhou uma Nimbus 2000 no ano passado. Permissão especial de Dumbledore para ele poder jogar pela Grifinória. Ele nem é tão bom assim, só que é famoso... famoso por ter uma cicatriz idiota na testa, todo mundo acha que ele é tão sabido, o maravilhoso Potter com sua cicatriz e sua vassoura.
- Você já me contou isso no mínimo 10 vezes...
Harry não entendia, mas tinha certeza de que Malfoy não tinha na voz só o tom de inveja, mas também algo mais, ele usava o mesmo tom de quando, 8 meses atrás, entrou na cabine que ele, Rony e Hemione estavam e do que disse a ele.
- Você escolheu o lado perdedor Potter! Eu lhe avisei! Eu lhe disse que devia escolher com quem anda com mais cuidado, lembra? Quando nos encontramos no trem, no primeiro dia de Hogwarts? Eu lhe disse para não andar com ralé desse tipo! Tarde demais agora, Potter! Eles serão os primeiros a ir, agora que o Lord das trevas voltou! Sangue-ruins e amantes de trouxa primeiro! Bom em segundo lugar, Diggory foi o pr...
Ele falara daquela vez como se (difícil de acreditar) se importasse com Harry.
E agora não era muito diferente. E, não sabia o porquê, se sentira feliz com isso. Com essa necessidade do outro falar de Harry, mesmo que fosse mal.
Assim que saíra da loja "Borgin & Burkes" e começara a andar descobrira que se encontrava na Travessa do Tranco, mas para sua sorte logo encontrou Hagrid e nessa hora percebera que atrás dele tinha um garoto, que se encostava numa parede, este o olhava de um modo estranho e parecia conhecer toda a sua mente. Continuou a andar e não dera nem cinco passos trombara em alguém. Malfoy o encarava e este estava todo molhado. Sorriu de um jeito estranho e ao esticar sua mão para tocar o rosto de Harry...
Harry sentou-se na cama com tudo. Que sonho mais louco tivera! Sonhar com Malfoy, não era normal de forma alguma! E que diabos fora aquele calor que correu por seu corpo? Devia ter sido um arrepio, isso sim!
- Que sonha mais idiota! – resmungou antes de tentar dormir novamente.
L&SL&SL&SL&SL&S
Em outro lugar, alguém via, através de uma bola de cristal, um garoto com cabelos negros, olhos verdes e uma estranha cicatriz em forma de raio na testa acordar assustado de um sonho. E a cena não pôde deixar de lhe provocar um sorriso.
- O plano não está como eu imaginei, mas... não resta dúvidas que será divertido.
continua...
agosto/2010
N/A: Para variar trago mais uma história que eu criei há muito tempo, mais tempo ainda que a anterior ("Porque isto é real"), pois essa foi a primeira fic que eu escrevi de Harry Potter, isso em... 2002.
Nossa, nem acredito que finalmente, depois de anos, eu finalmente a postei!
Já aviso que essa fic vai ser um pouco longa, com uns 28 capítulos, se seguir meus cálculos. Não devem ser capítulos muito grandes também. Farei o que puder para atualizar o mais rápido possível, mas eu trabalho o dia todo e estudo a noite e por isso não posso garantir nada quanto à velocidade das atualizações. Apenas garanto que não vou parar no meio. Quer dizer, esta fic está na minha cabeça desde 2002. Portanto dessa vez ela vai sair.
A todos que lerem, obrigada!
Obs: Hogwarts fica no Reino Unido, sendo assim seu idioma é o inglês, por isso quando Snape diz "Esta é Kakinouchi e veio de uma escola da Ásia. Está no 6º. ano e vai fazer parte da Sonserina a partir de agora.", ele deixa livre a interpretação para "This is" que pode ser tanto para homem quanto para mulher, já que no inglês não existem gêneros. São os alunos que acreditam que ele falou "ela" e não "ele".
Desculpem os erros de português, incoerência ou qualquer coisa do gênero. Meu português não é dos melhores ^^"
Curiosidade: essa história surgiu de dois fanarts que eu vi de Harry Potter há muito tempo. Os primeiros que eu vi, a primeira vez que eu vi o casal Harry e Draco. Quando vi aquilo eu simplesmente comecei a escrever. Já Chikage surgiu de um jogo de RPG que eu fiz com a minha irmã há mais tempo ainda e desde lá eu o imagino em Hogwarts. No entanto, apesar de Chikage existir há tanto tempo apenas este ano ele ganhou um nome. Não que ele não tivesse um nome antes, mas eu queria um nome japonês com uma pronuncia difícil e o personagem original chamava Shun! XDDD Eu adoro esse nome, mas ele está longe de ser difícil! Acabei ficando com Chikage Kakinouchi porque apesar de apenas o sobrenome ser difícil amei a tradução do nome Chikage. Acho que o nome vai traduzir perfeitamente o personagem.
Mas talvez tivesse sido mais fácil trocar a nacionalidade dele XDDD
Ou tê-lo chamado de Yuu. Em inglês seria You e ele se chamaria "você" =PPPP Não seria difícil, mas seria engraçado e cumpriria a função de ser estranho...
Prévia do próximo capítulo:
- Mandou me chamar, Dumbledore?
- Sim, Flitwick. Sente-se – convidou o diretor, antes de continuar – Já ouviu falar do que aconteceu hoje ao professor Bins?
- Não, senhor.
- Alguém, e eu realmente não consigo imaginar quem, inflou o professor Bins, como se fosse um balão. Ele já murchou, mas está bastante abalado. O que acha disso?
- Algo impossível de ser feito, não existem feitiços que possam afetar um fantasma. Isso é uma piada, Dumbledore?
- Eu bem que queria que fosse, Flitwick, eu bem que queria.
