Naruto não me pertence (alias se me pertencesse estaria nadando em rios de dinheiro, mas enfim não vem acaso), pertence ao Masashi Kishimoto (esse sim, se deu bem!)
Dedicado á: Aos motoristas que me deixam entrar de graça, mesmo sabendo que eu não sou do colégio publico
¬¬ (Que? Eu economizo uma fortuna de paisagem!)
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O trabalho de ser motorista requer antes de qualquer coisa olhar uma visão mais critica ao seu ambiente, deixar de lado o perigo e o trânsito e ver as partes favoráveis. Não são aqueles escritórios, que obrigam a ficar no forte ar condicionado, comprometendo a sua saúde respiratória, mas a trabalhar num veículo sempre em movimento, levando muitas pessoas á esses lugares. E ver sempre, as paisagens dos Arcos da Lapa e da praia do Leblon, na maior janela existente no ônibus, se aborrecer com alguns pedestres desavisados que atravessam a facha, mesmo o sinal estando aberto, ou alguns malandros, geralmente pivetes, querendo entrar na porta de atrás, para não pagar a passagem.
Naruto já estava acostumado com esse tipo de trabalho, ás vezes reclamava. Ter que agüentar todas as tardes e os meios- dias, do calor insuportável, lotado de passageiros suados, querendo almoçar para retornar ao trabalho. Mas quando passava no aterro do Flamengo no final do dia, o ônibus vazio, vendo o sol se por, dando uma leve claridade no céu, a brisa fresca e o cheiro da maresia batendo no seu rosto faziam esquecer-se de todos os seus aborrecimentos principalmente, quando era sexta-feira á noite onde tomava um chope com seus amigos em algum bar.
Quase não tinha tempo para ficar em casa, fazia as suas todas as refeições na rua, porque a comida era oferecida pela a sua companhia de ônibus. Ficavam cinco dias da semana sentando em uma cadeira, dirigindo. Mas com certeza ele preferia um bar.
Exatamente onde ele estava agora. Em algum boteco, que se encontra na beira da praia de Copacabana, ás três horas da manha, sentando na calçada, sua calça jeans suja de areia, segurando na mão uma garrafa de 51(1) vazia e o seu rosto inchado, que indicava de quem chorou muito. Quem o olhava jurava que era algum mendigo, estava descalço e com a blusa aberta porem quando via, o seu uniforme de motorista concluía que era si mais um bêbado, vadiando por aí.
"Naruto!" O dono do boteco foi à calçada, que dava em frente ao mar, onde o loiro estava sentado, admirando a noite, algumas vezes falava sozinho. "Naruto!" O homem de novo chamou o seu nome, mais alto. Dessa vez o loiro tinha escutado, levou as duas mãos da cabeça para não ouvir. Tinha bebido tanto que ao invés de escutar vozes, ouvia zumbindo muito alto "Vou fechar o bar! Eu sei que você é um trabalhador honesto. Admiro você, tomar um porre desses. Vai para casa, cuidar dos seus filhos, da sua esposa..."
Naruto pressionava mais a mão sobre suas orelhas chegava achar que ia ficar surdo, mas quando o zumbindo acalmou na sua mente, levantou a cabeça para encarar o dono do bar, deu um pequeno riso de ironia. "Os meus pais faleceram á muito tempo, que Deus á tenha, não tenho esposa, não tenho filho e nunca tive ninguém para me amar... eu até um dia acreditei que tinha, mas eu não tenho" seus olhos estavam vermelhos. As lágrimas que formava, batia no reflexo da luz dos altos postes de iluminação, fazia brilhar mais ainda
"Você que sabe! Vou fechar o bar, mas no mês passado assaltaram um homem aqui perto, acho melhor ir para casa"
"Eu sei que é melhor para minha vida!" Naruto batia a mão fortemente do peito. Foi em direção do calçadão, enquanto ouvia o barulho da porta de ferro se fechar, atrás dele.
"Bom-dia, Sakura! Era fácil um motorista ter amizade com os seus passageiros, basta se permitir em conhecer pessoas novas. Mas por outro lado, o Naruto era easygoing, como dizia os gringos, ou seja, uma pessoa fácil de se lhe dar. Era do tipo de pessoa que gravava o seu rosto para no dia seguinte, te dar um bom-dia. Se houvesse algum desentendimento, como na maioria era por causa da falta de algumas moedinhas, para chegar ao R$ 2,20 da passagem, fazia vista grossa e deixava entrar. Mas só para aqueles, que sabia que pagaria de volta.
"Bom-dia? Uma hora da tarde? Boa-tarde!" uma moça, vestida de terninho, algumas mechas de cabelo pintado de rosa, estava tentando achar o seu Riocard, na enorme bolsa prateada. Estava aborrecendo os que queria entrar logo. Achou o seu cartão, passou pela maquininha, quando deu sinal verde, passou pela roleta. Assim fez a fila inteira, só dando pausa quem pagava com o dinheiro. Os três últimos da fila eram: um rapaz de cabelos brancos, que tava segurando um gancho, onde estavam enfiados vários saquinhos transparente, cheia de balas; uma moça de calça jeans, camisa vermelha e com boné preto e um homem gordo, que estava meio punk, um piercing entre a sobrancelha, tinha um corte de cabelo esquisito, raspados duas partes do coro cabeludo, o resultado era três tufos de cabelos pintados de laranja. Uma corrente de metal presa na sua calça de couro preta. Mas os três tinham algo em comum. Estavam todos de casacos.
"Paga a minha e a dele" A moça subiu do ônibus entregou uma nota de cinco reais ao motorista, em seguida o homem gordo entrou, encarando o loiro. O ultimo ficou o vendedor ambulante
"Posso?" O rapaz apontava o gancho, depois mostrava o seu dedo polegar, para confirmar se podia entrar ou não
"Tem Halls?"
"Tem!"
"Pode entrar pela a porta de trás" O bom deixar os vendedores ambulantes entrarem no ônibus de graça, e que alem de ganhar um saco de balas e ter a consciência tranqüila que esta ajudando um pai de família.
"Quebra um galho para mim? Posso ficar ai na frente?"
"Não posso. Tem câmara."
"Vam'bora, motorista!" Um gritou atrás, tendo confirmação de todos depois
"Pode entrar." Naruto fez um aceno com a mão para o rapaz subir. Não gostava de discutir com os seus passageiros, sempre perdia (um contra quarenta e quatro, era injusto!). O vendedor deu dois Halls para o motorista. Em seguida encaixou o gancho em uns dos ferros de ônibus.
"Boa-tarde, Senhores e Senhoras. Desculpe atrapalhar o sossego da viagem de vocês. Mas eu peço humildemente atenção, para trazer uma novidade..."
O que mais achava engraçado e o modo de como todos os vendedores que passavam por aqui falavam tão automaticamente, como tivesse um gravador escondido no bolso, já gravado todas as falas para vender
"Seria uma boa idéia." Pensou, dando um leve sorriso.
No primeiro sinal fechado, o vendedor parou de falar. Quando o loiro ia apertar o botão para a porta da frente, abrir, para o rapaz ir embora. O mesmo colocara um objeto pontudo frio, atrás da sua cabeça. Ninguém notou.
"Se fizer alguma gracinha. Eu atiro." Como ninguém ouvira antes, o barulho que fazia, quando alguém destravava uma arma. Agora o motorista tinha ouvido, bem de perto.
"Continue dirigindo. Leve a gente, que seja deserto. Pode ser contramão. Que for! Mas que não tenha muita gente."
Dobrou a primeira esquina que viu, desviando da sua rota.
Nesse mesmo instante começou a cair uma chuva forte
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(Quer dizer que você deseja á um motorista, que ele seja assaltado?)
-Só aquele que me deixem presa na porta de trás
(Realmente merece!)
Brincadeira XD
Eu sei (porque a Márcia Gonçalves já cansou de explicar) que só deve colocar letra maiúscula depois do ponto final, mas por algum motivo queria que o título ficasse assim...
Muito obrigado quem leu,
Reviews, por favor ^^!
