Autora: Helena Dax
Tradução: Dorabel Essa
NdT: Paciencia é uma vinheta da rainha de toda a Espanha, Helena Dax, escrita em junho de 2008 para o aniversário de Draco (link para o original no meu perfil). Nada aqui me pertence, só o carinho que nutro por tudo que a Helena produz. Boa leitura!
NdA: Todos os personagens do Potterverso são propriedades de JK Rowling e não recebo dinheiro por esta fic.
Dedicada a Draquito porque hoje é seu aniversário. Felicidades, loiro.
Paciência
― Harry, me traz um copo de suco? ― Pergunta Draco, que está deitado no sofá, lendo um livro.
Não soou como uma ordem, nem nada disso. Até tem o "por favor" implícito no tom. E Harry está de pé e próximo à cozinha, de modo que realmente não se importa em ir buscar o suco. É um pouco para implicar, e quiçá recordá-lo que ele não é um elfo doméstico.
― Qual é a palavra mágica?
Draco alça a cabeça do livro.
― Accio, mas não quero que caiam gotas no chão.
Harry revira os olhos.
― Não me refiro a essa.
Draco faz uma expressão estranha.
― Então, suponho que Imperio, mas... Caramba, nem Voldemort a usaria só para que lhe trouxessem um copo de suco.
― Não estou me referindo à Imperius.
Draco pensa um pouco.
― Pois não me ocorre nada. Poderia fazer com que o suco aparecesse aqui, claro, mas para isso não é preciso nenhuma palavra mágica.
Harry aperta os dentes.
― Por favor.
― Por favor o que? ― Pergunta, solícito.
― Digo que "por favor" é a palavra mágica.
Draco o encara com a boca entreaberta e uma expressão muito confusa.
― Sério? Eu não lembro de nenhum feitiço que use essas palavras.
Harry suspira e se dá por vencido.
― Certo, deixa pra lá.
Draco se incorpora um pouco.
― Ei, se você não quer me trazer o suco...
Harry alça a mão.
― Não, não, fique aí, te trago agora mesmo.
Então vai à cozinha, pega uma jarra de suco de abóbora da geladeira e serve a Draco um copo cheio, enquanto reflete sobre o conceito de choque cultural. Depois vai até a sala de jantar de novo e aproxima o copo a Draco.
― Obrigado, Harry ― disse com um sorriso.
Harry o devolve, passa a mão pelo cabelo dele como forma de carinho e continua caminhando até seu escritório para seguir com o que estava fazendo. A voz de Draco, com um leve tom de reprovação, lhe faz frear no lugar.
― Não vai dizer "de nada"?
Harry fecha os olhos e conta até dez, enquanto se massageia as têmporas e suspira.
― De nada, Draco.
Draco lhe dedica um sorriso luminoso e Harry se mete em seu escritório.
Para que depois não digam que não é paciente.
Fim.
