A/N.
Lud: Então, finalmente estamos postando a fanfic que tínhamos prometido. Apresentamos à vocês, Minha em um milhão, uma das melhores fanfics que eu já li. Como dito, uma tradução. Espero que apreciem. Tentei traduzir da melhor forma possível, e revisei várias vezes para que não houvesse nenhum erro absurdo. Boa leitura e até as notas finais!
Gabs: Eu não ajudei em nada no primeiro capítulo, e pra vocês curtirem a leitura, usarei meu fogo da juventude para traduzir os próximos, UAHUAHAUH.
Naruto não nos pertence, assim como essa fanfic não. Todos os direitos reservados para Kishimoto e Renoa Heartilly
Minha em um milhão
Capítulo 01
Sasuke não estava se divertindo.
Muitas coisas não o divertiam mais, porém, naquele exato momento, ele estava especialmente descontente.
Os olhos dele rapidamente se voltaram para uma árvore longe, no oeste: dois membros Anbu. No edifício para o leste, quatro ou mais. E cerca de vinte metros atrás dele, outro.
Isso não era o pior de tudo, ele tinha se acostumado com a presença deles ao seu redor todo o tempo.
O que mexia com seus nervos mais do que vários Naruto's.
A equipe de reconstrução de Konoha estava recebendo ajuda ilimitada do seu trabalho, por causa da força coletiva dos seus clones; ocasionalmente, todos iriam aparecer e desaparecer, porque o real iria ficar sem energia, com fome.
Que piada.
Sasuke não estava no comando de qualquer trabalho sério, mas Tsunade não iria deixá-lo ficar em casa sem trabalhar. Francamente, a reconstrução da vila era a última coisa da sua lista de prioridades.
Ele tinha voltado com Naruto quando a guerra acabou, por lealdade e amizade pelo garoto de cabelos loiros, nada mais. E claro, ele era velho o suficiente para ter o seu próprio lugar; era um velho apartamento em uma parte da cidade que não tinha ficado destruído, cujo proprietário tinha morrido na guerra. Pessoas realmente estranhas viviam nos outros apartamentos, porque eles não podiam — ou não iriam — ajudar. Mas nenhum deles se atreveu a encará-lo diretamente nos olhos. Então estava tudo bem.
Naruto estava caminhando em direção a ele, com uma expressão de "ah, cara, isso é um saco!". Sasuke soube que era a hora de abandonar "seu posto" no barracão e ser arrastado para aquela loja horrível de ramen mais uma vez.
— Nee, nee, Sasuke — o menino falou lentamente, em uma voz chorosa. — Eu estou com fome, vamos comer.
Sasuke suspirou e não escondeu a sua irritação.
— Você não precisa de um acompanhante.
O loiro sorriu.
— Ahahaha! Mas hoje é diferente! — Esquivou-se totalmente da desculpa de Sasuke. — A equipe de restauração tem uma cozinha estabelecida entre este distrito e o do outro lado. Então podemos nos alimentar de graça agora!
O Uchiha revirou os olhos.
— Passo. — Não gostava de refeições gordurosas, macarrão sem gosto, mas absolutamente, não colocaria na boca comida vinda de uma cozinha improvisada em que velhas cabeludas que cozinhavam.
— Eh? Você não está com fome? — Estreitou os olhos. — Eu estava com você desde o café da manhã, e é quase tarde agora. Provavelmente você está morrendo de fome, certo? Qual é, vamos lá! — Jogou o braço por cima dos ombros do relutante e faminto rapaz, e arrastou-o para o outro lado da rua.
As pessoas deram-lhes olhares estranhos; ninguém entendia porque o forte, heroico Uzumaki Naruto se importava com um pedaço de merda, assassino, traidor, sem coração que Uchiha Sasuke era. Alguns ainda o encaravam abertamente, mas ninguém ousava dizer o que se passava por suas mentes. E não precisava, já que Sasuke podia imaginar.
Os Anbu em torno da cidade não eram para proteger o time de reconstrução nos dias fracos de Konoha de ataques repentinos de fora; estavam lá para contê-lo caso fizesse qualquer movimento errado.
Ele tinha discutido e brigado muito quando voltou; o time de interrogação teve um dia de campo com ele, e até mesmo o Conselho teve dificuldades em aceitar que ele não os mataria enquanto dormiam. Os edifícios recém construídos quase foram ao chão novamente, quando ele e Naruto tiveram uma enorme discussão sobre ele deixar a vila. Sasuke insistiu que não valia mais a pena ficar ali, enquanto Naruto argumentava que as paredes podiam ser sempre reconstruídas milhares de vezes enquanto tivessem pessoas para isso.
Egos foram feridos, assim como narizes, e no final, Tsunade disse para os dois pararem, e, em retorno, Sasuke teria um tempo para desabafar treinando.
Ele foi autorizado a treinar duas horas por dia apenas com Naruto, em um terreno baldio que uma vez tinha sido o distrito Uchiha. Mesmo assim, esquadrões Anbu estariam os cercando para assistir e, provavelmente, interferir, quando as coisas ficassem perigosas.
Sasuke não podia realmente entender o conceito de tê-los por perto; era como se formigas fingissem manter uma águia em cheque; poderia esmagá-los todos de uma vez, mas simplesmente não podia se deixar incomodar. Deixava-os fingir serem superiores, mais fortes que ele. Isso mantinha-os ocupados e fazia com que os outros temessem interagir com ele e não se metessem em suas coisas. Então estava tudo bem.
— Sabe — Naruto começou, feliz, soltando o pescoço de Sasuke e enfiando as mãos nos bolsos. — Sakura-chan está de plantão na cozinha hoje. Sabia disso?
Sasuke nem se preocupou em esconder o revirar de olhos.
— Não é por isso que estamos indo! Não é! — Corou. — Eu estou só com fome, okay? Olha, ai está! — Correu em direção a uma construção relativamente alta, feita de madeira.
A chaminé no topo estava, preguiçosamente, expelindo fumaça, indicando que havia atividade dentro. O céu estava nublado e um raio iluminou as montanhas ao longe. As nuvens espessas traziam a ameaça de chuva, porém, o chão ainda estava seco.
A construção era um tanto pequena, porém servia para um humilde restaurante, com uma cozinha pequena e várias mesas para sentar-se enquanto comiam uma refeição. O cheiro fazia com que o seu estômago se revirasse desconfortável, e ele percebeu que tinha ficado sem comer por um tempo bem longo. Seguiu o idiota que gritava, através do espaço vazio entre as mesas, até a cozinha.
Examinou os rostos das poucas mulheres que estavam ali; Sakura estava lá, conversando mais do que trabalhando, duas outras mulheres de idade que ele não conhecia — e não se importava — estavam em torno dela, também conversando. E depois, tinha a garota Hyuuga de cabelos longos, lavando as louças e escutando Sakura.
Seu nome sem graça escapou da sua mente, mas ele lembrava dela do time que tinha sido enviado para tirá-lo do lado de Madara. Ela tinha chegado ferida durante a luta, justamente como quase todo mundo. Parecia que ela tinha sido atribuída a cozinha por causa desse ferimento.
— Sakura-chaaaan ~ — Naruto cantou e passeou como se fosse o dono do lugar. As senhoras mais velhas gemeram e enxotaram-no, mas ele as ignorou. — Hinata-chan! O que temos para o almoço?
— O almoço acabou! Há apenas sobras! — Sakura pegou uma frigideira de forma ameaçadora, antes dos seus olhos captarem o quieto Uchiha servindo a si mesmo uma xícara de chá atrás do balcão. — O-oh, Sasuke-kun. Vocês estão com fome?
— Pode apostar! O que tem pra comer?
Sakura encarou Sasuke por um minuto antes de sorrir para Naruto.
— Nikujaga¹ e arroz. Está meio frio agora.
— Sopa de carne e batata! Eu não me importo se está congelado! Estou faminto!
— Gostaria de um pouco, Sasuke-kun? — ela perguntou, incerta.
Ele lançou lhe um olhar como se dissesse que ela não tinha o direito de perguntar isso. Sakura não conseguiu esconder o espanto quando ela pegou a tigela, então, fingiu conversar com Naruto casualmente.
Ele tomou outro gole de chá quente e dirigiu o seu olhar examinador para os outros. O seu estômago implorava para ser preenchido por algo pesado e quente; não queria ficar sonolento, então decidiu ir devagar. Naruto já estava mandando ver na comida ali mesmo, sem ao menos se sentar. Sakura estava tentando interromper sua excitação em comer, dizendo para que se sentasse, mas ele não parecia nem parar para respirar, quem diria para pensar.
A garota Hyuuga observava a interação deles com um sorriso suave. Seus olhos brancos de repente se voltaram para ele, quando sentiu os dele sobre ela. O sorriso desapareceu, dando lugar a uma expressão de curiosidade educada.
Sasuke olhou para trás, ela não desviou o olhar ou falou; nada. Perguntou-se se ela estava mesmo olhando para si, e não para longe, para alguns quilômetros de distância.
— Hyuuga — ele disse. Todos na cozinha pararam de falar e olharam para ele; Sakura até mesmo abaixou a concha.
A garota simplesmente piscou.
— Sim?
— Você ajudou a fazer isso?
Os olhos dela se desviaram para o lado — então, ela estava olhando para ele.
— Sim. — Assentiu.
— Ela praticamente fez isso tudo. Eu estava longe, e Haruno juntou-se a nós depois — uma das senhoras disse, rigidamente, como se dissesse para que ele ficasse longe dos seus 'negócios' e deixasse a menina em paz.
— Você provou isso? — ele pressionou.
Os olhos brancos dela encontraram os dele, curiosos para saber no que a conversa daria.
— Sim.
— Você alimentaria seu pai com isso? — Todo mundo sabia da natureza exigente do patriarca Hyuuga; o cara tinha um chef próprio que vivia em sua casa.
Sasuke podia sentir seu chakra ao seu redor, pulsando. Naruto parou de devorar a comida e começou a mastigar devagar. Sakura estava nervosa, eles esperavam que ele causasse uma cena, sem dúvidas; que tolos.
— Acho que eu o faria — ela respondeu.
Ele colocou a xícara de chá em cima do balcão e, devagar, fez o caminho para a panela de sopa. Sakura se afastou e Naruto suspirou; voltou para sua sopa e o arroz, mas manteve o olhar atento. Sasuke trouxe a concha para cima e deixou que o cheiro infestasse seu nariz. Tinha a intenção de levá-la aos lábios para provar, mas a garota com o cabelo comprido que ofereceu uma tigela.
— P-por favor, respeite os outros — pediu, as sobrancelhas franzidas, os olhos na tigela. — N-não coloque isso de volta na panela, por favor.
Ele parou, a sopa apenas a uma polegada de distância dos seus lábios. Ele abaixou a concha e encarou-a. Ele só tinha olhado para as pessoas com um leve interesse até aquele momento, mas agora, ele estava vendo vermelho.
— O que? — Virou-se para ela, e ela não olhou para cima. — O que você quer dizer?
— Sasuke — Naruto disse em voz baixa.
— Respeite os outros? Será que eles disseram que eu não posso comer da mesma panela? — Avançou sobre ela, mas Hinata não deu um passo para trás. — Vai ficar sujo, não é?
— Sasuke! — Naruto deixou a tigela na mesa, mas Hinata falou antes que ele se colocasse entre os dois:
— V-você não iria gostar se o Naruto-kun fizesse isso, certo? — Ela espiou através da franja e dos cílios longos e espessos. — M-meu pai não iria gostar. N-nós não provamos diretamente, também, não é? — Sua cabeça inclinou-se ligeiramente para o lado onde as senhoras mais velhas estavam balançando a cabeça, confirmando. — Não é higiênico.
Sua raiva estava começando a transbordar, mas ele respirou fundo e deu-se um momento para se acalmar; seria problemático se ele deixasse o seu temperamento vencer. Não seria agora, nem nunca.
— Tanto faz.
Ninguém ousava olhar para ele, mas essa garota estava, na verdade, dizendo a ele para se lembrar das suas maneiras.
Interessante.
Sasuke sempre tinha sido o forte, a pessoa no comando da situação, a única razão para que deixasse alguém seguir o próprio caminho seria para o seu próprio benefício, ou se levavam uma kunai na direção do seu coração².
E só para lembrar, ele ainda não estava morto.
— Eu... Eu vou lhe trazer uma bandeja — ela disse baixinho para ele, e fez o caminho direto para a panela. Encheu a tigela com cuidado. Ele olhou-a de perto; cabelos longos, mãos finas, óbvios hábitos nervosos.
Frágil.
— Estarei lá — disse finalmente, olhando para a garota de cabelo rosa, que o olhava de longe. Inconscientemente, inclinando-se para longe dele, e indo para mais perto de Naruto. Sasuke passou por eles sem dizer uma palavra, e sentou-se na mesa mais distante, perto da porta.
Uma parte dele perdeu os dias em que ele costumava ser apenas um menino qualquer no círculo de amigos sorridentes. Outra parte dele, a que agora dominava, estava orgulhoso da sua influência sobre as pessoas. Agora mesmo, vários Anbu recuavam — ele podia sentir os seus chakras — pegos de surpresa por sua aura ameaçadora, ele também tinha avistado o falcão mensageiro cruzar os céus nebulosos através da janela.
Sorriu. Com apenas uma palavra, um passo, com a ponta do dedo, ele poderia colocar a vila inteira de cabeça para baixo.
— Qual é o seu nome? — ele perguntou para a garota que se aproximava.
— Hyuuga Hinata — respondeu um pouco hesitante. — Aqui está o seu, hmm, almoço. — Gentilmente ela colocou a bandeja na frente dele, a tigela de sopa estava cheia até a borda, e ela foi generosa com a quantidade de arroz.
— Isso é tudo para mim? É porquê são sobras, não é? — Seu orgulho estava protestando, mas era divertido colocar palavras na boca dos outros e vê-los gaguejar e tentar negar seus pensamentos verdadeiros, por mais que isso só ajudasse a provar que eram reais.
— E-eu não acho que é saudável falar isso sobre si mesmo. — Ela entrelaçou os dedos com força. — V-você é nosso amigo, e trabalhou duro. Merece uma boa refeição. Por favor, amanhã venha mais cedo, antes que esfrie. — Reverenciou com um rápido "obrigada por seu trabalho duro", e virou-se, desaparecendo de volta na cozinha.
Sasuke não queria admitir, mas aquela foi provavelmente a melhor refeição que ele teve desde que voltou. Não gostava de comida quente, de qualquer maneira.
Teria que voltar cedo amanhã para experimentar enquanto ainda estava quente, e depois, reclamar.
Glossário:
1. Nikujaga = Carne e batata
2. "ou se levavam uma kunai na direção do seu coração". Essa expressão não existe bem uma tradução literal para o português, então pode ter ficado meio estranha. Mas no caso, o significado é que o Sasuke deixaria a pessoa seguir o caminho, e esse caminho seria a morte.
A/N.
Lud: Chegamos ao final do capítulo, UHUUUUUU. E então, o que acharam? HAHAHA. Acho que essa fanfic é feita para aqueles que gostem de desenvolvimento gradual entre os personagens. Não fiquem achando que tudo se resolverá fácil, porque não vai! u_u Então tenham paciência com tudo, okay? Deixei comentários, habilitamos o anônimo, para que mesmo aqueles que não possuam contas, possam comentar à vontade! Então, comentem! Deixaremos disponível o link da fanfic original e da autora no nosso perfil, ok?
Resolvemos que iremos atualizar uma vez por semana, provavelmente todo Domingo. :)
Gabs: Ó.Ó fantasmotes é sua chance de aparecerem! Non percam! ~propaganda~ HAUHAU No próximo eu juro dar um help ~se sentindo meio bad, Lud é alguém camarada ~ *O* espero que curtam essa fic linda!
