Gênero: Friendship -s Romance/ Humor -t
Disclaimer: Death Note não me pertence e eu diria - como de costume - que o Matt, sim. Mas me dei conta que já tenho um ruivo que me troca pelo Nintendo DS. -qs Pois é.
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1Cap: Tender18
A única aposta que poderia ser considerada justa entre os dois era em jogos de cartas. Mas, por favor!, eram mafiosos - haviam jeitos muito mais interessantes de fazer apostas. Não que Guitar Hero fosse lá um jeito muito mafioso de resolver essas coisas.
Rachas, roletas russas... Aí sim! Era disso que estávamos falando! Apostas muito mais adequadas – e reais.
Não apostavam dinheiro, pois no fim ele seria gasto do jeito habitual: chocolates, jogos, cigarros e necessidades básicas. Não que os jogos e chocolates não fossem necessidades básicas...
Bem, e não eram. Eram mais que isso. Muito mais.
Por esse motivo achavam inútil apostar dinheiro – o óbvio.
O que apostavam então?
Serviços.
E suas necessidades "vitais", se assim podemos chamar.
O que mais poderiam apostar?
Da última vez, Matt perdera.
Cinco metros. Milésimos de segundos. Duas pequenas falhas resultantes em um mês de trabalho escravo.
Não, escravo não. Não gostava desse termo. Parecia... sugestivo demais. Trabalho involuntário - soava melhor.
"Você é o cachorrinho do Mello" ouvia algumas vezes.
Praguejava. Ameaçava. E então dizia que não havia opções.
Sempre culpava a aposta, claro. Ou então dizia que estava pagando uma dívida. O que não deixava de ser verdade. Mas, ele mesmo, acabava sempre por considerar como trabalho escravo.
Porque era exatamente isso.
"Devia ter desistido quando teve a oportunidade."
Haha, você realmente acha que isso aconteceria?
Reavaliando seus valores, arrumou o boné. Aquele maldito boné azul. Praguejou. Porque se havia deixado levar até tal ponto? Ah, certo. A Aposta. Maldita aposta.
Respirou fundo.
O frango congelado o chamava ao lado da frigideira. E ele não iria se fritar sozinho.
Maldito frango.
A cozinha era abafada. O cheiro de todo aquele óleo quente estava começando a nauseá-lo. O calor fazia com que o maldito poliéster colasse em sua pele.
E ainda tinha aquela etiqueta arranhando sua nuca. Maldita etiqueta.
- Toma os teus nuggets - gritou monotonamente. Um tom de desgosto se fez presente em sua voz, causando a impressão de que o ruivo estivesse praticamente cuspindo aquelas palavras.
Quisera ele estar cuspindo nos nuggets.
- Moleque, eu já te disse que aqui o nome é Tender18! - a atendente acima do peso retrucou do balcão.
Deu de ombros. Pouco lhe importava como a estratégia de marketing da lanchonete havia resolvido chamar aquele monte de gorduras trans camufladas em pedaços de frango. Falar o nome certo não faria com que ganhasse mais de três dólares e oitenta centavos por hora - que seriam gastos futuramente com os caprichos de um cretino que se vestia como vadia.
Isso era ridículo.
E que imbecilidade era aquela, afinal? Tender18? Pf. Aquilo era frango frito. Frango. E eram nove.
Por um momento deleitou-se em observar a sí próprio despejar todo aquele óleo quente em Mello. Aquela magreza loira queimaria tudo o que ainda faltava queimar. Todo o resto que conseguia salvar-se da explosão, com certeza, não se salvaria da ira momentânea do fumante em poliéster.
Matt riu por um tempo com a visão que lhe era tão satisfatória, apesar de imaginária.
Cigarros. Precisava de cigarros.
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N/A: To pensando em juntar aqui todas as fanfics que crio com esses dois e a ovelha fica me atentando para que eu publique - mesmo ela não gostando do pairing –q. Tenho pelo menos mais dois capítulos, hm. As POV's vão mudando conforme o contexto da história e minha vontade de narrar. É, rs.
