Blood Link
Kingdom Hearts © Square-Enix/Disney
::Introdução : Anti Andrews
"Número 13."
"Número 13!"
"Anti Andrews!"
"ANTI! Acorda moleque!"
O rapaz de cabelos negros espetados levantou a cabeça. Após algum esforço, abriu seus olhos, amarelos e brilhantes.
"Oh? Ah sim...Presente!" O rapaz respondeu.
Após o professor, de cabelos longos e louros, um tanto barbudo, acabar a chamada, um grupo de alunos se amontoou na mesa do garoto.
"Puxa Anti, você anda dormindo demais!" Disse uma das garotas, que tinha cabelos castanhos com algumas mechas na frente dos ombros. "Não anda dormindo bem?"
"Estou bem, Olette. Obrigado." Respondeu Anti, coçando os olhos.
"Você não parece bem." Um garoto ruivo com uma bandana azul disse.
"Eu estou bem, Wakka." Disse Anti. "Sério. Uaaaah..."
"Se quiser eu conheço uns remédios pra dormir!" Disse uma garota de cabelos castanhos-escuros e bandana branca.
"Não, obrigado, Yuffie." Respondeu Anti. "É melhor vocês voltarem pros lugares... O Professor Ansem parece de mau humor hoje."
"SENTAR." Disse uma garota de cabelos prateados, olhos vermelhos, olho esquerdo coberto por sua franja. E após essa...Ordem, todos sentaram.
"Obrigado, Fujin." O professor agradeceu.
Após as mesmas longas aulas monótonas de sempre dos mesmos professores de sempre, Anti, Olette, Wakka, Yuffie e Fujin saíram da escola, e se encontraram no mesmo lugar de sempre – a casa do feiticeiro Merlin, onde eles ouviam várias histórias sobre sua cidade, Radiant Garden.
"Dizem que Radiant Garden tem segredos-" Começou Merlin. "Entre eles, as criaturas que rondam a cidade à noite."
"Criaturas?" Olette perguntou.
"VAMPIROS." Fujin disse.
"Sim, senhorita Fuu. Vampiros. Criaturas das trevas, sugadores de sangue. Vampiros não podem se expor à luz do sol." Merlin contava, enquanto os quatro jovens o observavam. "Eles são amaldiçoados pelas trevas. Pobres criaturas, procurando vingança por serem malditos. Sua vingança...é amaldiçoar outros humanos."
"E essa é a grande história do toque de recolher." Wakka suspirou.
"O senhor de Radiant Garden sabe dos perigos da noite." Olette disse. "Ele quer proteger a gente, mesmo que alguns burros quebrem a regra e saiam de casa depois do sol se pôr."
"MORDIDOS." Fujin disse, novamente, com uma palavra só.
"Exato, Fuu. Todos aqueles que saíram de casa à noite foram mordidos pelos vampiros. Alguns morrem por serem fracos. Outros...Viram vampiros também." Merlin disse, novamente como resposta às falas monótonas de Fujin.
"Bom, obrigado por falar disso com a gente, mestre Merlin..." Disse Anti. "Mas parece que está na hora de irmos pra casa, temos que aproveitar o que resta do dia."
Ao ouvir isso, todos se levantaram.
"Vão em paz, crianças!" Merlin disse. E assim, os quarto foram embora – cada um para o seu canto. Fujin voltou para casa, como sempre fazia. Wakka foi jogar bola com seus amigos no mercado. Olette foi ajudar sua mãe a vender sorvete (e também furtou alguns sorvetes para guardar no congelador de casa). Anti... Ficou de bobeira, como sempre fazia, passeando pela cidade e conversando com todo mundo que via. Em todos esses anos de passeio, ele acabou conhecendo todos da cidade.
Hoje, Anti parou para fazer compras. Em uma das lojas novas, haviam coisas estranhas. Estacas e balas de prata, colares de alho, crucifixos... Era uma loja de proteção contra feitiçaria negra. Anti até cogitou comprar algo para proteger sua casa, mas comprou apenas um filtro de sonhos, para ver se dormia pelo menos uma noite melhor.
Muitas garotas da cidade o paqueravam. Ele era, de fato, um dos garotos mais bonitos da cidade. Mas ele não entendia o porque de paquerarem só a ele, e não a seu irmão gêmeo Sora. Eles eram idênticos, a não ser pela cor do cabelo e dos olhos – Sora tinha olhos azuis e cabelos castanhos.
Ele voltou para casa às 4:30 aquele dia. Sora, como sempre, estava em casa, jogando damas com seu melhor-amigo-irmão-mais-velho Squall Leonhart (achou que eu ia colocar o Riku? Nessa mistureba toda?). Como sempre, perdendo.
"Acho que você herdou o cérebro do papai." Disse Anti, após a 17ª derrota de Sora.
"E você herdou a CDF-zisse da mamãe." Disse Sora, emburrado.
"Eu vou indo pra casa." Squall disse, já na porta. "Mais sorte da próxima vez, Sora! Por que não treina um pouco com o Anti?"
E saiu.
"Ok..." Sora disse, guardando o tabuleiro. "Quer jogar Mortal Kombat, Anti?"
"Eu pego o Sub-Zero!" Disse Anti, pegando o controle do Player 2.
Eles jogavam todo dia, por horas e horas.
Quando eles perceberam, já era de noite, e era perigoso deixar as luzes acesas à noite. Não apenas por causa do toque de recolher.
"Vamos capotar então?" Disse Sora.
"Certo." Disse Anti. "Boa noite, Sora!"
"Bons sonhos!"
Após cada um ter ido pro seu quarto, Anti pendurou seu novo filtro dos sonhos no teto, e apagou as luzes.
Mas toda noite ele continuava ouvindo as pessoas do lado de fora...Os vampiros...