Disclaimer: como todo mudo sabe FMA não me pertence.
Recém Casal.
Cap. 1
— Acorda! – disse Roy para um emaranhado de cobertores, com uma expressão de divertimento no rosto.
— Não quero. – respondeu o emaranhado, sonolento.
— Mais você tem que acordar. – retrucou ele, começando a puxar os cobertores.
— Não. – uma mão começou a puxar os cobertores no sentido contrário. – Me dá uma folga hoje...
Ele riu.
— O café vai esfriar.
Ela não respondeu. Ele decidiu apelar.
— Tudo bem, eu vou para o quartel e aviso que você preferiu em casa hoje.
— Você não pode falar isso.
— Vamos fazer um trato, você acorda e eu te trago café na cama.
Ela levantou os cobertores e se sentou.
Quem poderia imaginar que Riza Hawkeye era tão difícil de acordar? Quem poderia imaginar que Roy Mustang, uma vez que fosse acordado, não tinha paciência de ficar na cama rolando?
— Como você fazia para acordar?
— Um despertador, bem alto, bem longe do alcance das minhas mãos, e que repetia a campanhinha a cada 5 minutos, até eu levantar e desligar ele.
— Mais que estímulo para levantar e ir trabalhar!
— Situações estremas pedem medidas estremas.
— Não acostuma. – disse ele, colocando uma bandeja no colo dela.
— Eu acho que já acostumei. – disse ela, mordendo um pedaço de sanduíche.
Ele mordeu do outro lado, e eles passaram o café da manhã trocando sorrisos, olhares e ocasionais beijos.
— Falta pouco para terminar, não é? – disse ele olhando ao redor. Seu quarto tinha se tornado em um depósito. Haviam caixas por todo o lado.
— Quem sabe agora, eu vá abri-las. – disse Riza.
Outra coisa inacreditável. Como ela conseguira viver com tudo o que é seu encaixotado, e jogado pelo apartamento, sem se importar em desempacotar por sabe-se lá quanto tempo?
— Ainda não acredito que fiz isso! – ela disse. – Estamos juntos há dois meses!
— Que isso, acho que estamos juntos há bem mais tempo, depende de quando você começar a contagem.
— Parece que eu nunca vou me livrar de você!
— Digo o mesmo.
— Isso não foi gentil! – disse ela jogando um travesseiro nele.
— Dentro de duas semanas, vamos dividir definitivamente o mesmo teto, meu bem! – disse ele, jogando outro travesseiro nela, tomando cuidado, para não acertar a bandeja.
— Como eu fui cair nessa?
— Como EU fui cair nessa?
— É mesmo. Sua 'carreira' como solteiro e conquistador, acabou. Agora você é meu. – ela disse, olhando para ele, estudando, analisando. Se tivessem dito que ela estaria ali, algum dia, ela iria ignorar. Sempre houveram coisas mais importantes do que estar ali. Mais, o engraçado, é que a primeira chance de verdade que ela teve, ela agarrou.
— Pena que ninguém sabe.
— Ninguém uma vírgula.
— É, é, claro, aqueles quatro não contam.
— Estranho não é, eles não terem conversado nada com ninguém...
— Pois é. – disse Roy. 'Acho que eu ameacei o suficiente', pensou.
— Muito estranho, não acha? – ela perguntou olhando bem para ele.
— O que foi?
— Deixa para lá. – disse ela, se levantando da cama, com a bandeja na mão. Foi em direção à cozinha.
— Ta na hora. – disse ele, olhando ao redor, como se a moleza dela tivesse passado para ele. Um filme mental passou por ele. Teria serviço para fazer. Relatórios estúpidos para ler, papéis para assinar, e superiores chatos para agüentar, ao mesmo tempo que subalternos mais chatos ainda, que também teria que agüentar, porque afinal, a política da boa vizinhança, dava resultados.
E tinha ela. Ta bom, até que ir para o trabalho não era tão difícil assim.
Enquanto se arrumava, Riza deixava seus pensamentos voarem ainda mais. Não que isso fosse típico dela. Na verdade, costumava ser muito mais maquinal na parte da manhã. Não tinha sido feita para acordar cedo. Mais agora, estava relaxando.
E se surpreendendo é claro, porque por mais que julgasse conhecer Roy, a intimidade era algo maravilhoso. Acordar juntos, dividir uma cama, fazer as refeições juntos, discutir para ver quem vai fazer as compras. Uma risada se seguiu a esse pensamento.
Sinceramente, nunca tinha se visto tão feliz. Sabia que era uma loucura resolver morar junto. Era muito repentino e muita irresponsabilidade.
Na verdade, a grande irresponsabilidade, tinha sido quando eles quebraram todos os pactos silenciosos e se beijaram. A irresponsabilidade tinha sido quando os outros quatros ocupantes da sala tinham descoberto, mais tarde.
Irresponsabilidade, porque o exército não exatamente incentivava relacionamentos entre seus membros. Se descobrissem, haviam muitas coisas que poderia acontecer. Talvez nada, talvez eles fossem convidados a escolher um deles para se retirar.
Mais, a maior irresponsabilidade, foi ter esperança, e continuar a nutri-la. O exército não podia mais ignorar, que naquele ano, o censo tinha resultado, que por volta 40 do contingente de militares, eram mulheres. Não dava para ignorar que quando se convive em média 10h por dia, 6 dias por semana com uma pessoa, uma proximidade se desenvolve. E afinal eles não eram robôs! Por isso, a sua grande irresponsabilidade era te esperança que aquele projeto de lei, que logo chegaria nas mãos do Fürher e que propunha a tolerância de relacionamentos entre militares, fosse aprovado.
Quer dizer, o exército não podia ignorar de que em cada 12 militares, 1 estava tendo, ou já tinha tido uma relação com um colega de trabalho. E naquele momento, tanto ela quanto Roy estavam contribuindo para essa estatística.
— Vamos? – perguntou ele, colocando a chave na porta.
— Certo. – disse ela.
Antes de saírem de casa, eles se beijaram, um beijo demorado e apaixonado, porque até à noite sua relação iria ser estritamente profissional.
— Bom dia - disseram os dois, entrando juntos na sala.
Os outros ocupantes da sala responderam aleatoriamente, e o dia começou como qualquer outro.
Quando ambos, a Tenente e o Coronel, saíram da sala, por motivos distintos, os quatro se agruparam.
— Já percebeu que eles tão chegam juntos, demais? – comentou Breda, baixinho, para o grupo.
— É mesmo. Se eu não conhecesse o Coronel iria dizer que eles estão morando juntos.
— Não! Que isso, o Coronel nunca vai tomar jeito... – disse Havoc.
— É claro que não... – apoiou Breda.
— Porque não? – disse Fuery, - se eles se amam.
— O tratamento deles aqui não mudou em nada. – disse Breda.
— É por isso que ninguém percebeu, e pelas minhas contas já vai mais de dois meses! – disse Havoc.
— Dois e meses e dois dias. – disse Roy, se inclinando com uma cara não muito amigável para fazer parte da conversa.
— Coronel! – disse Fuery... – quando o senhor chegou?
— Agora a pouco, continuem, estava interessante. Vocês são piores que tias velhas!
— Será que os cinco poderiam voltar a trabalhar, já que é para isso que você são pagos? – disse a Tenente, com a voz firme, sem fazer contato visual enquanto se sentava em sua mesa, e abria uma pasta.
— Eu mato vocês. – disse o Coronel, num sussurro indignado para os quatro.
— Isso me lembra aquela nossa última conversa. – disse Breda, quando ele se afastou
— Aquela em que ele ameaçou queimar a gente lenta e dolorosamente se abríssemos a boca? – perguntou Havoc.
— É, essa daí.
N. A. Sim, peço reviews, assim como todo mundo.
Mas se não quiserem tudo bem, eu sou chata e vou portar essa fic até o fim a não ser que meu PC resolva se explodir, o que ele de fato faz, de tempos em tempos. (no sentido figurado, claro).
XDDDDDDDDDDDDD
