Disclaimer: Os personagens de Naruto pertencem à Masashi Kishimoto.
Sinopse completa: Existem certas situações que podem deixar marcas por toda uma vida. Com medo de sofrer, pensam que é melhor enterrar essas marcas, mas elas acabam se tornando feridas, que vez ou outra ardem. Será que alguém é capaz de cicatrizar essas feridas e trazer de volta à alma e ao coração a felicidade e o amor?
Capítulo 1:
Na porta de um famoso restaurante de Los Angeles uma jovem aguardava o taxi que o funcionário do restaurante havia se encarregado de chamar. Passados poucos minutos, um carro estaciona em frente ao estabelecimento e a jovem se adianta para entrar no veículo. Agradecendo com um doce sorriso ao funcionário que abriu a porta do taxi, ela entra e passa as coordenadas de sua casa para o taxista.
Recostando no banco traseiro ela suspira fundo, estava cansada. Mesmo estando exausta por conta da semana de provas que teve, não pode recusar o convite de ir jantar com suas melhores amigas que não via a um longo tempo. Sorriu com a lembrança das três correndo, quando crianças, nos extensos jardins verdes de sua casa, e quando se cansavam entravam em casa e sempre encontravam a mesa posta com um delicioso lanche, feito com muito amor por sua mãe.
'Foi uma boa época' – meditava ela. Pena que esse tempo não voltava, sentia falta do sorriso de sua mãe, que sempre a abraçava e dizia palavras confortantes, inclusive após alguma bronca dada por conta de alguma atitude errada.
Mesmo sendo uma família pequena eles eram felizes, pensava ela. Era apenas ela e seus pais. Koeni e Mizuho. Ah, como amava seu pai, que mesmo após a morte de sua mãe cuidou dela com um amor sem precedentes. Lembrava de como os dois sofreram após sua mãe ter ido para nunca mais voltar, vítima de uma infecção fatal. Mas mesmo com a dor superaram e continuaram a viver, aproveitando a cada minuto, pois sabiam que era assim que Koeni gostaria que eles vivessem.
Saindo de seus devaneios, Sakura olhou pela janela para ver se já estava chegando em casa. Franzindo o cenho ela notou que não conhecia o caminho que o taxista havia tomado, e curiosa perguntou educadamente:
- Com licença, mas o senhor sabe onde é o endereço que eu lhe passei? Eu nunca passei por aqui, possa ser que o senhor tenha se confundido e ... – Sakura foi bruscamente interrompida pela voz rude do motorista.
- Cala a boca garota! – exclamou ele irritado – hoje eu não estou com paciência para aturar escândalo de filinha de papai – completou dando uma risada rouca e um sorriso malicioso.
Sakura ficou paralisada, tentando assimilar o que estava acontecendo. Após alguns segundos sua mente deu um clique, e ela percebeu que nada de bom viria daquele homem. Controlando o seu medo, ela respirou fundo e resolveu tentar novamente:
- Olha, eu só quero que o senhor me deixe em casa, se você não souber o caminho tudo bem, eu posso olha o GPS no meu celular, e não tem problema ficar mais caro, eu compreendo que minha casa fica em um condomínio mais isolado e que muitas pessoas confundem o caminho – tagarelou ela nervosamente, enquanto enrolava uma mecha de seu cabelo róseo nos dedos.
Rindo abertamente da jovem, o taxista resmungou alguma coisa e entrou em uma ruela suja, cheia de casas velhas, parou o carro abruptamente em frente a uma casinha e desceu do carro, batendo a porta. Quando ele começou a dar a volta no carro, Sakura finalmente se deu ao luxo de se render ao pânico, percebendo que o homem não havia levado ela para aquele local com o objetivo de fazer um passeio turístico.
'Ô Deus, ele vai me matar e me enterrar nesse fim de mundo' – pensava ela desesperada, sem saber se abria a porta e saia correndo ou se tentava golpear o homem com os golpes que havia aprendido nas aulas de defesa pessoal na escola. Não foi necessário pensar muito, pois em segundos a porta de trás havia sido aberta e ela foi puxada para fora do veículo pelo braço, de maneira bruta. Enquanto ela tentava se soltar do aperto no braço, o homem a puxava para dentro da casa, e escancarando a porta com um empurrão de ombro, ele a jogou no chão, enquanto fechava a porta.
Sem saber o fazer, ela deixou que as lágrimas escorressem livremente por seu rosto assustado. Trêmula e soluçante, ela perguntou:
- O que o senhor quer de mim? É dinheiro? Se for, por favor, me diga, mas não me machuque, eu pago o quando você quiser! – tentou ela desesperada, na vã tentativa de que o homem a deixasse ir embora.
Se deliciando com o sofrimento da jovem o homem riu alto.
- Você realmente acha que eu quero dinheiro de você? Ah, acho que não, tenho certeza que você tem coisas muito melhores a me oferecer, não acha?
- Co-como assim? – perguntou ela assustada.
- Ora, não é todo dia que eu tenho uma jovem para me divertir, ainda mais uma tão bela como você... – disse ele se aproximando dela e tocando o seu rosto – e com uma pele tão macia.
- NÃO ME TOQUE! – gritou ela, finalmente entendendo o que o homem que se dizia taxista queria – não me toque, não me toque... – continuou ela se afastando e chorando cada vez mais, pensando se havia alguma maneira de se livrar dele.
Perdendo a paciência, o homem a puxou pelo cabelo e a arrastou até uma porta. Abrindo a porta, ela viu que era um cômodo com apenas um criado e uma cama velha. Se desesperando mais ainda, ela tentou chutar o homem, mas ele a segurou fortemente e caminhou até o criado, abrindo a primeira gaveta e retirando de lá uma corda, que usou para atar fortemente um pulso ao outro, e depois prendeu os mesmos na cabeceira da cama.
Sakura tentava raciocinar, mas o medo a impedia, e a única coisa que vinha a sua mente eram os seus pais, sorrindo para ela com carinho e ternura. Com esses pensamentos ela chorou mais ainda, e resolveu que por eles, por seus pais, iria lutar até o fim.
- ME SOLTA – gritou ela tentando golpear o homem com as pernas – me solta seu nojento – dizia ela com nojo e medo na voz.
O homem apenas riu da tentativa inútil dela de se soltar, e se afastando da cama ele começou a se despir. Horrorizada, Sakura percebeu que o homem já tinha tirado toda a roupa, e se encaminhava para a cama onde ela estava. Se colocando sobre o corpo da jovem, o homem começou a passar a mão por todo o seu esguio corpo, percorrendo desde os seios até as torneadas pernas, rindo cada vez mais das tentativas da jovem de o agredir com as pernas, já que as mãos estavam atadas juntas à cabeceira da cama.
- Pode gritar a vontade meu bem – disse ele a Sakura quando ela começou a gritar por socorro – nesse fim de mundo ninguém vai ligar para os seus gritos, todos estão acostumados a ouvir as prostitutas gritando e o som de homens apanhando nos becos – falou rindo ao final da frase.
Cansado das tentativas da garota de se soltar, ele subiu violentamente o vestido da jovem na altura da cintura, arrancando a lingerie que ela usava, e enfiou os dedos na feminilidade de Sakura, arrancando um grito de dor dela.
- Vejam o que temos aqui! Uma bela virgem! – disse o homem rindo, e em um momento de distração, Sakura conseguiu desferir uma joelhada no abdômen do homem, o deixando furioso – eu pretendia ser um pouco mais carinhoso por ser a sua primeira vez, mas pelo visto você não merece nada disso, não é mesmo sua vadia! – falou, desferindo logo em seguida um tapa na bela face banhada por lágrimas.
E sem aviso, o homem a penetrou de maneira brusca e dolorosa, arrancando um grito de dor da jovem. Se deliciando com a dor dela, ele começou a se movimentar como um animal, ignorando a dor e a angustia sem precedentes de Sakura.
- Era isso que você queria, não era sua vadia! – gritava ele como um louco – tão gostosa, tão apertada... – urrava, se movimentando cada vez mais rápido, se deliciando com os gritos e murmúrios sem sentido da jovem.
- Não, não... – chorava ela baixinho, já sem forças para lutar – desculpa mamãe, papai, eu não consegui – murmurava ela em meio a dor.
Após um tempo que ela julgou ser infinito, o homem caiu sobre ela, mordendo o seu ombro e arrancando sangue da mesma, se divertindo com a dor dela. Se levantando, ele recolheu a roupa, se vestiu, olhou para a imagem da garota na cama: uma bela jovem de cabelos rosa, semi consciente, amarrada pelos pulsos à cama, com o vestido levantado na altura da cintura e com o ombro e a feminilidade sangrando. Finalmente vestido, o homem se encaminhou para a cama, desatou os pulsos de Sakura, e sem dizer mais nenhuma palavra, a arrastou para fora da casa, enfiando a jovem no taxi que haviam levado ambos para lá.
Totalmente alheia ao que acontecia ao seu redor, Sakura só pensava na morte, na sua própria morte, porque naquele momento, a única coisa que ela ansiava era um abraço confortante de sua mãe, um beijo na testa e uma frase positiva, dizendo que a dor iria passar e que tudo ficaria bem. Com esses pensamentos Sakura adormeceu no veículo.
Passado certo tempo, o homem parou o taxi em frente ai um luxuoso condomínio, abaixou o vidro e mostrou ao segurança a jovem adormecida no banco traseiro. Reconhecendo de imediato Sakura por seus incomuns cabelos e sem desconfiar do que o homem havia feito e pensando que o mesmo era apenas um taxista, ele liberou a entrada do carro, indicando onde era a casa da garota. O homem agradeceu e acelerou, parando próximo a casa da jovem. Ele saiu do carro e abriu a porta de trás, acordando a jovem com sacudidas nada sutis. Arregalando os olhos, Sakura ensaiou um grito, mas o homem tampou sua boca e disse em tom ameaçador:
- Se você abrir a boca para alguém sobre o que aconteceu hoje, pode ter certeza que alguém vai se machucar, e com certeza essa pessoa não serei eu, estamos entendidos? - ameaçou o homem e tirando a mão da boca de Sakura após ela ter concordado com um aceno de cabeça – Então anda logo, sai do meu carro e entra logo na sua casa!
Saindo do carro do homem e parando na calçada, Sakura o observou sentando no banco do motorista e dando a partida, mas não sem antes ameaçar mais uma vez:
- Abre a boca e pode ter certeza que eu venho até aqui acabar com a sua raça! E de quebra eu posso aproveitar acabar também com as pessoas ao seu redor – disse ele, finalmente arrancando o carro.
Sakura acompanhou o veículo com os olhos até o mesmo sumir de seu alcance após uma curva. Respirando fundo, a jovem atravessou o jardim e adentrou a mansão. Agradecendo mentalmente que todos estavam dormindo, a jovem subiu as escadas e rumou para o seu quarto, entrou e trancou a porta. Com as luzes apagadas, tirou os sapatos e a roupa e rumou para o banheiro do seu quarto. Ainda sem acender as luzes, entrou no banheiro e ignorando a banheira, entrou no chuveiro, permitindo que água quente escorce por seu corpo. Ali, encostada na parede, ela se permitiu chorar e botar para fora toda a angustia que sentia. Escorregando pelos azulejos, ela se sentou no chão frio do box, sozinha, apenas com a sua dor, imaginando o que ela tinha feito de tão errado para merecer algo assim.
Existem certas situações que podem deixar marcas por toda uma vida. Com medo de sofrer, pensam que é melhor enterrar essas marcas, mas elas acabam se tornando feridas, que vez ou outra ardem. Será que alguém é capaz de cicatrizar essas feridas e trazer de volta à alma e ao coração a felicidade e o amor?
Ela queria aprender a ter uma vida novamente. Ele queria viver sua vida de uma maneira diferente. Até que ponto um poderia ajudar o outro a alcançar seu objetivo?
Bom, é isso meus amores!
É a primeira fic que eu estou postando aqui no Fanfiction, então vamos ver no que vai dar, né!
Espero que vocês realmente gostem, esse é só o inicinho, ai dependendo da aceitação de vocês, irão os próximos capítulos! :)
Aguardo ansiosamente por Reviews, comentando o que vocês acharam da fic, se gostaram ou se odiaram, critícas, sugestões e ideias!
Beijinhos, e até a próxima! :)
Nath Bittencourt.
