Nas Asas da Paixão
Resumo da fic: O médico Edward Cullen numa noite de plantão trata de uma paciente mistério que sofreu um acidente. Ela não sabe quem é, nem de onde veio.
O que Edward fará para a ajudar?
Dr. Edward, ao bloco 4…! Bloco 4, dr. Ricardo…!
Os altifalantes chamavam insistentemente pelo jovem médico. O corredor vazio encheu-se com o charme da figura de Edward: 32 anos, olhos claros, magro e de corpo atlético, o rapaz corria a passos largos para chegar ao elevador.
Entrou na sala de cuidados intensivos. Um colega internos e duas enfermeiras vigiavam uma rapariga de cabelos castanhos. O cabelo caia-lhe para a cama branca. Tinha feridas nos ombros nus. Os olhos estavam fechados.
- Estado bastante grave…
- O que é? Qual é o caso?
- Um acidente de viação. A vítima foi esta rapariga. O carro ficou completamente destruído. Só se conseguiu tirar o corpo. Não se conseguiu encontrar nenhum objecto pessoal que a identificasse.
- Mas como foi…?
- Aparentemente, um carro vinha em contramão, numa ultrapassagem, e bateu-lhe de frente. Não houve mortos… Só feridos, mas o carro dela ficou destruído.
- Que exames fizeram?
- Radiografias… Não partiu nada. Está inconsciente, provavelmente por causa do susto. Já tiramos sangue e foi enviado para análise.
- Batimento cardíaco?
- Tem arritmias. Muito anormal. Provavelmente é consequência do choque.
- Luxações?
- O joelho direito deve ter sofrido bastante. Tem várias luxações, mas só depois de acordar é que se poderá ver.
- Fizeram radiografias aos pés?
- Não. Só na cabeça e no externo. Supomos que poderá ter um ou dois dedos partidos.
- Ok. Façam uma radiografia às pernas e aos pés. E agora vigilância absoluta.
Era tão bonita, deitada na cama! Os cabelos muito castanhos, a pele branca. Devia ter olhos claros. De onde tinha aparecido aquela mulher? Edward ficou a olhá-la. Respirava irregularmente. Parecia nervosa. Ainda devia estar em estado traumático por causa do acidente. Teve muita sorte. Mas o que faria no meio de uma estrada secundária do Ribatejo? «Às três da manhã», confirmou Edward olhando para o seu relógio Rolex, um modelo caríssimo com bracelete de prata. Parecia ser estrangeira. Era lindíssima, como nos contos de fadas que a tia Renata lhe contava em criança. Edward estava impressionado. Aos quinze anos, tinha ido parar ao hospital por causa de um acidente parecido em que perdera a mãe (o pai morrera alguns anos antes, com uma doença súbita). Tinha recuperado bem de todos os traumas. Os pais haviam-lhe deixado uma fortuna considerável: vários andares em Lisboa, um prédio em Santarém, acções numa das maiores empresas do país. Edward tinha ficado entregue à sua única tia, Renata, que lhe tinha deixado, há dois anos, a imensa propriedade agrícola onde vivia, perto de Santarém.
Morava sozinho naquela casa, agora com a incansável Dona Esme, que era praticamente a sua única família. Mas depois do choque, e de todo o apoio que tinha tido no hospital decidira tornar-se médico. Queria ajudar os outros, como tinha sido ajudado. Depois de ter acabado o curso com as notas mais altas, mudou-se para Santarém, e agora exercia no hospital da cidade.
- Dr. Edward, estão aqui os resultados das radiografias: tem o dedo grande do pé direito partido. Nada de grave.
- Muito bem. Espera-se que acorde para se tratar disso.
O turno de Edward acabava às oito da manhã. Deu uma volta pelo hospital, viu todos os doentes, mas como não estava muita gente, teve pouco para ver. Voltou para junto da rapariga, que ainda não tinha acordado. Era mesmo muito bonita. Sentou-se ao lado dela e ficou de vigilância até acabar o turno, olhando sempre para ela. Donde vinha? Quem seria? Teria marido e filhos? E estes, estariam preocupados com ela…? Nem um documento, nem um telefone, nenhuma indicação sobre a sua identidade…
Edward olhou a rapariga, preocupado. Quem seria?
Olá a todos
Aqui estou eu com mais um projecto.
Espero que gostem e que deixem comentários.
Quero desde já agradecer a todos aqueles que acompanharam as minhas duas outras fics: A Grande Fuga e Tempo para Viver.
Beijinhos e até ao próximo capítulo.
