Sinopse:
Após o sacrifício amargo para garantir a sobrevivencia dos vários universos, Outro Mundos e inclusive do tempo e espaço, surge um sinal de esperança para aqueles que ficaram. Surge a esperança de um dia poder rever aqueles que sacrificaram a sua vida em prol de todos. Mas, será que de fato existe tal esperança ou será em vão? Continuação de Dragon Ball Z - Inevitável.
Notas da Autora
Yukiko acorda e...
A meia in-ookami e meia saiyajin encontra...
Yo!
Eis a continuação de Dragon Ball Z - Inevitável.
Tenham uma boa leitura
Capítulo 1 - Yukiko
Yukiko acorda sonolenta, enquanto que se lembrava do pesadelo, pois, a seu ver foi um pesadelo assustadoramente real.
Ela senta na cama macia e sem olhar para os lados, desce da cama e começa a andar, saindo do quarto imenso e espaçoso, para um corredor grande e comprido com várias portas.
Ainda desorientada, levemente, começa a chamar pelos seus pais, sendo que estava chorando por causa do pesadelo:
- Kaa-chan! Tou-chan!
Ela chama várias vezes, até que para e começa a chorar copiosamente, sendo que ergue o rostinho pueril ao ver uma garota na frente dela com chifres, cauda de dragão, assim como com algumas escamas na pele e na cor castanho claro, com um globo flutuando ao seu lado, obedientemente.
Lillian olhava com um olhar de pena para a pequena que pergunta:
- Quem é você? Cadê a kaa-chan e o tou-chan?
Lillian dobra os joelhos e pergunta, gentilmente:
- Me chamo Lillian. Do que você se lembra?
A criança inclina a cabeça para o lado e fala:
- Lembrar? Eu tive um pesadelo. Quero kaa-chan e tou-chan. - ela fala com o rostinho úmido.
- Que pesadelo?
- Um monstro atacou a kaa-chan e o tou-chan. Teve outras pessoas, mas... não lembro. Onde está kaa-chan e tou-chan?
Lilian suspira e a abraça, falando com a voz embargada, chorando, enquanto que buscava forças para falar a aquela pobre criança a verdade cruel e igualmente amarga.
- A sua kaa-chan e tou-chan estão dormindo.
- Dormindo? - ela pergunta, inocentemente.
- Sim.
- Quando vão acordar?
Lillian abraça a pequena e fala, apoiando a cabeça no ombro dela, falando com a voz embargada:
- Nunca mais. Vão dormir para sempre.
A criança arregala os olhos, para depois chorar, novamente, com as suas orelhas e cauda abaixadas, enquanto o corpinho dela tremia pela dor e elas ficam assim por algum tempo, até que a pequena adormece pela exaustão, sendo visível as lágrimas em seu rosto, enquanto as mãozinhas pueris seguravam fortemente na roupa de Lillian.
Ela vai até o quarto que destinou a pequena e a deposita gentilmente, para depois cobri-la, sendo que afofa as cobertas antes de sair, para que ficasse sozinha com a sua dor, também, pois, perdeu o seu Deus que servia e treinava, novamente.
A criança dormia profundamente, até que seu corpo brilha e desaparece da cama.
A pequena acorda e se vê em uma parte do universo e avista várias estrelas que brilhavam a sua volta e frente a elas, ameaça um sorriso, embora ainda fosse visível as suas lágrimas, pensando que era um sonho, embora parecesse bem realista.
Então, uma esfera brilhante surge ao longe, sendo que o seu brilho chama a atenção da pequena, ao mesmo tempo em que surge uma voz gentil e igualmente maternal da esfera:
- Minha criança, venha até aqui.
- Eu? - ela aponta para si mesma, enquanto olha para os lados.
- Sim. Você.
Ela havia aprendido a não se aproximar de estranhos.
Porém, por algum motivo, algo dentro dela e impulsionava a ir até a estranha esfera e após alguns minutos, ela se aproxima do objeto, voando no universo como a sua mãe lhe ensinou, sendo que podia ficar quanto tempo desejasse no universo, graças a parte do seu sangue ser de in-ookami.
Então, ela fica em frente a esfera que parecia pulsar, conforme falava:
- Por que está chorando?
- Kaa-chan e tou-chan estão dormindo e será para sempre. - ela fala dentre lágrimas.
Então, a esfera envolve o seu brilho na criança que sente a dor se esvair, enquanto que era tomada pela sensação reconfortante e quente da esfera, sendo que a voz maternal torna a falar:
- Em troca de sua ajuda, posso conceder o que mais deseja, minha criança.
- O que mais desejo?
- Sim. Basta falar.
- Eu quero o tou-chan e a kaa-chan acordados e junto de mim.
- Isso é possível, mas, somente se me ajudar. Eu preciso de sua ajuda. Ajudar-me, implica em ajudar os seus pais.
- Como?
- Quando chegar o momento certo, precisarei de seu corpo e poder como um empréstimo. Irei devolver, após cumprir com a minha missão e prometo dar o que tanto almeja.
- Tou-chan e kaa-chan, vão voltar para mim? - a criança pergunta com um sorriso.
- Sim. Mas, talvez demore. Você ainda é muito pequena. Mas, prometo que farei tudo para que o seu desejo se torne realidade. Portanto, um dia, poderá revê-los.
Mesmo sendo criança, sabia dos riscos de não ter controle sobre o seu corpo, pois, uma vez o seu pai contou sobre um inimigo chamado Majin Buu, que não era o Majin Buu bonzinho e engraçado que conheceu.
Mas, era a sua melhor esperança e queria rever o quanto antes os seus pais. A simples menção de poder abraça-los e de voltarem a ser uma família era tentador demais para uma criança órfã, que havia acabado de perder os seus pais.
- Eu aceito. Quero o tou-chan e a kaa-chan.
- Foi uma decisão excelente. Você não deve contar a ninguém sobre o nosso encontro. É um segredo. Você promete por sua honra que nunca vai contar a ninguém?
- Sim. Eu juro.
- Ótimo. Irei entrar em seu corpo e somente quando chegar o momento certo, eu irei precisar de seu poder, que juntamente com o meu, será necessário para o que almejo.
- O que almeja? - ela pergunta inocentemente.
- Segredo.
Então, a esfera entra no corpo da pequena pelo tórax, sendo que Yukiko brilha para depois se sentir sonolenta, até que dorme, com o seu corpo reaparecendo embaixo das cobertas na dimensão privativa do Deus supremo da luta.
Lillian, que estava chorando, sente algo estranho, como um deslocamento dimensional e rapidamente, busca a fonte de tal deslocamento, sendo que tal como surgiu de repente, desapareceu, abruptamente.
Ela fica ressabiada, sendo que vai até o quarto de Yukiko e fica aliviada ao ver que a pequena ressonava na cama, para depois sair do quarto.
No dia seguinte, a pequena acorda, se sentindo bem, pois, havia surgido a esperança dentro dela de que iria rever os seus pais, algum dia. Estava feliz ao saber que não ficariam dormindo para sempre.
Claro, ainda estava triste pela ausência deles, mas, sabia que seria temporária, segundo o estranho brilho. Instintivamente, ela segura as suas mãos em frente ao tórax coberto com uma espécie de pijama que Lillian colocou na pequena.
Então, murmura para si mesmo com um sorriso no rosto:
- Um dia, voltaremos a ficar juntos, tou-chan e kaa-chan.
Então, suspirando, ela vai até o guarda roupa imenso em seu quarto e ao abrir as portas, observa que todas as suas roupas estavam ali e quando vai até uma porta adjacente, observa outro cômodo grande e arejado na cor azul, assim como o quarto em que dormia, sendo que neste cômodo havia os seus brinquedos.
Então, ela volta ao guarda roupa e se troca, sendo que em seguida vai até uma porta e ao abrir, fica surpresa ao ver que era um quarto de banho imenso.
Após usar o banheiro, ela sai e caminha pelos corredores, até que entra em um salão amplo e imenso, sendo que alguns sons chamam a sua atenção e ao sair, fica fascinada ao ver que eram dragões.
Ela sai na espécie de quintal, sendo que havia uma área imensa ao longe e quando chega próxima de um grupo de dragões, os mesmos abaixam o focinho e a farejam, para depois relaxarem.
Ela abraça os focinhos, afagando-os, sendo que sobe em cima deles que permitem tal ato, até que Lillian surge e pergunta com um sorriso:
- Está gostando dos dragões?
- Sim. - ela fala sorrindo.
- Não tanto quanto nós estamos gostando de você. - um deles fala.
- Vocês falam? - Yukiko fica surpresa.
- Claro. - outro dragão responde.
- Você é muita fofa e notamos que de fato é fascinada por nós. - a dragoa que Yukiko está sentada fala em um tom maternal.
Lillian observa a interação da pequena com os dragões, até que fala, feliz ao ver que ela estava bem e que de fato, a noite de sono, a seu ver, foi excelente:
- Vamos visitar os seus pais. O que acha? Você também conhecerá a nova escola que vai frequentar, sendo que irei treinar você na arte da luta.
- Poderei ver o tou-chan e kaa-chan? - ela pergunta emocionada.
- Sim. Acredito que uma certa pessoa irá querer vê-la antes de levar você a nova escola que irá frequentar.
Yukiko desce da dragoa e acena para os dragões, se despedindo deles, sendo que eles fazem o mesmo, para depois ambas desaparecerem em um brilho, sendo que quando a meia in-ookami abre os olhos, nota que é uma espécie de campina e Lillian fala:
- Estamos no Outro mundo. Você poderá vim sozinha até aqui, sendo que precisará sempre estar com o colar que está usando no pescoço. Porém, se sentir o ki de Pan e dos outros terá que voltar. Você não pode ficar junto deles.
A criança olha para o colar, que ainda não havia reparado, para depois avistar a sua mãe dormindo profundamente, sem qualquer sinal de ferimento e o seu pai em um esquife de cristal azul, dormindo de forma serena.
Ela corre até eles, tocando a ponta do focinho da mãe, para depois tentar abraçar o esquife do genitor, sendo que eles estavam um do lado do outro.
Então, ela fica triste enquanto os afagava, sendo que pergunta:
- Por que não posso ficar junto da Pan-chan e dos outros?
- Devido ao ritual que a sua mãe usou para selar o ser cruel, salvando assim todos os universos e os Outros Mundos, respectivos para cada universo, com exceção de um universo, o chamado universo mágico. Por você ter sangue in-ookami, seria afetado pelo ritual de qualquer ser que habita o universo em que ele foi realizado. Pelo seu vinculo duplo com o mesmo, através do sangue e por ter nascido, a técnica irá afetá-la.
Yukiko se sentia tentada a dormir com os seus pais, porém, a voz maternal da esfera luminosa que entrou dentro dela, fala:
"Se fizer isso, não poderá salvar o seu tou-chan e kaa-chan. Por acaso não quer salvá-los? Não quer rever os seus entes queridos?"
"Vou poder salvá-los?" - ela pergunta esperançosa.
"Sim. Mas, apenas se ficar consciente, entendeu? Além disso, preciso que treine e amplie o seu poder. Isso é necessário ao meu plano."
"Vou fazer isso."
"Você é mesmo uma boa menina".
A criança sorri com o elogio, o escondendo, já que estava de costas para Lillian, enquanto afagava a ponta do focinho imenso de sua genitora, alterando com afagar o cristal azul, sendo que ela fala em um murmúrio, olhando do seu pai para a sua mãe:
- Vou salvá-los. Eu prometo. Voltaremos a ser uma família.
Então, ela se levanta, quando Lillian a chama, falando:
- Temos que ir. Perto deles, a joia no seu pescoço começa a enfraquecer.
- Como assim?
- É uma joia que permite que viva tranquilamente na dimensão particular, comigo, assim como permite, nesse caso, por um tempo considerável, que fique no Outro mundo. Mas, ficar próximo deles, principalmente de sua mãe, considerando o fato que estamos no Outro mundo do universo em que nasceu, drena por assim dizer, o poder do colar. Há um tempo limite que pode ficar.
- Entendi.
- Venha. O seu padrinho quer vê-la.
- Enma Daiou?
- Sim.
Yukiko se aproxima de Lillian que sorri gentilmente, afagando a cabeça da pequena, para depois envolvê-la em uma bolha a teleportando até Enma daiou.
A pequena vê vários kaious e dentre eles reconhece Kita no Kaiou, com o mesmo se aproximando, falando envergonhado, enquanto ficava cabisbaixo:
- Em nome de todos os Kaious e de Dai Kaiou, pedimos perdão por causa do selamento. Ainda mais após tudo o que o seu pai fez e o sacrifício de Yuri para salvar não somente esse universo e esse Outro mundo.
Kaiou-shin, junto de Kibito se aproxima e fala, sendo que ao lado deles estava Ro Kaiou-shin:
- Pedimos perdão em nome de todos os kaiou-shins. Por favor, nos perdoe.
Nisso, a primeira Dai kaiou-shin surge e se curva para Yukiko, falando:
- Perdoe-me, por favor.
A pequena não entende e Lillian explica o que fizeram, sendo que em um primeiro momento a criança sente raiva, para depois tal sentimento desaparecer tão rápido quanto surgiu ao pensar que os seus pais visavam salvá-la também e que quem era realmente culpado por tudo era o Supremo deus da destruição e a cria dele, que obrigou a sua amada mãe a usar o ritual dos in-ookamis, começado quando ela era apenas um filhote. Eram eles que mereciam receber a sua ira e não os kaious que se curvavam e imploravam por perdão.
Inspirando profundamente, ela vai até Kita no kaiou e o abraça, para depois abraçar -Kaiou-shin, assim como Kibito e Ro kaiou-shin, falando:
- Vocês não são os culpados. O único culpado é o Supremo deus da destruição e a sua cria. Eles são os únicos culpados e é deles que eu sinto raiva. Vocês são apenas vítimas deles, assim como os meus pais. São vitimas, pois, tiveram que fazer esse selamento em minha genitora, por mais que em muitos reinasse a dor de tal ato e em outros a sensação da injustiça, após o que a minha genitora fez. Vocês tiveram que enfrentar uma grande dor e sofrimento para fazer algo que foi necessário por culpa do Supremo deus da destruição e a sua cria.
Todos ficam estarrecidos, sendo que muitos choravam, pois, nunca imaginaram que uma criança pudesse ter tal reação, ainda mais, perante a morte de seus pais.
Um a um eles saem, sendo que Yukiko fala a Kita no kaiou e a Kaiou-shin:
- Vou visita-los. Portanto, não fiquem assim. Eu já disse que são apenas mais vitimas do monstro criado pelo Supremo deus da destruição.
Ambos consentem e abraçam ela, para depois coltarem aos seus planetas, sendo que Yukiko olha para Enma daiou que chorava emocionado, falando:
- Eu senti tanto orgulho de você, assim como os outros e acredito que os pais também sentiriam muito orgulho de você, sendo que sempre sentiram orgulho de você.
Yukiko sorri emocionada, para depois flutuar até ficar em cima da mesa, sendo que tinha uma travessa de biscoitos e dois copos de leite com chocolate. Um para Yukiko e outro para Lillian.
Ambas tomam o leite com chocolate e comem biscoitos, assim como Enma Daiou que tomava chá, sendo que conversam alguns assuntos, com Enma ficando feliz ao ver que a sua afilhada não estava mais triste, sendo que havia ficado preocupado com ela.
Então, eles se despedem e Lillian a teleporta até um planeta com o seu globo sempre flutuando, obedientemente, ao seu lado.
- Eis a escola que você vai frequentar. Terá tempo para estudar. Outro para treinar e um tempo para brincar, como era na sua casa. Manterei o mesmo ritmo que os seus pais tinham com você.
Yukiko fica surpresa quando vê uma pessoa em frente aos imensos portões.
