E se eu fosse você?
por Miss Dartmoor
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Disclaimer: Nada disso me pertence, mas a idéia foi minha, juro! Pena que eu anotei no guardanapo e ele saiu voando pela janela! xP Okay, sem brincadeira. Sam, Dean, e Supernatural não me pertencem!
Sinopse - E se Dean fosse Sam e Sam fosse Dean? Como seria estar no corpo do seu irmão e ter o seu irmão no seu corpo? Mesmo para eles, aquilo parecia ser inexplicável, mas tinha que ter uma saída. Até porque eles não poderiam ficar daquele jeito para sempre.
Beta: Nããão tenho! Os erros são todos meus, por mais que eu releia sempre tem aquela coisa que "escapa".
Shipper: Sam e Dean Winchester – Isso mesmo, Wincest! Pode não parecer de primeira, mas só de primeira.
N/A: O título foi tirado de um filme brasileiro, homônimo. Não sei se você reparou, de qualquer jeito, por mais incrível que pareça a idéia não veio do filme, e ele não tem nada a ver com a fanfic (Com a exceção do lance de trocar os corpos, claro).
N/A²: Essa fanfic contém Slash, contém Incesto e é tudo consensual. Se você sente que tem maturidade suficiente para ler, vá em frente, agora se você não gosta desse tipo de coisa, despreza, tem nojo e blá, blá, blá, procure outra fanfic. Para os que gostam, boa leitura! ^^
Prelúdio.
Aquele lugar estava fedendo, não sabia se era só ele que tinha sentido o cheiro ou se Sam estava com o nariz entupido. Aquele lugar fedia tanto que estava difícil respirar ali dentro, parecia que tinha alguma coisa morta, em decomposição em algum lugar por ali e Dean estava começando a passar mal. Tapou o nariz com o braço, respirando através do tecido da sua blusa, ele segurava a arma com a outra mão a tentava analisar o aposento, ignorando o fedor horrível que estava impregnado naquele lugar.
Estavam num antigo armazém, tinha sido abandonado há anos e graças a pesquisas feitas por Sam, tinham motivos suficientes para acreditarem que aquele lugar era assombrado por um espírito de um assassino, que fazia as pessoas que entravam ali cometerem suicídio.
Uma quantidade significativa de pessoas já havia morrido ao longo dos anos, e agora era hora disso parar, e iria parar assim que eles achassem o corpo do cara, que eles acreditavam estar ali no lugar aonde ele morreu.
Era um caso simples, o básico do básica, salgar e queimar, nada que não fosse novidade. Era uma coisa tão rotineira de se fazer que Dean nem estava com medo, nem estava ansiosa e nada disso, ele só queria fazer logo a droga do trabalho para sair logo dali.
- Cara... O corpo só pode estar aqui. – Disse com a voz abafada pela jaqueta, olhando para Sam que estava logo atrás. Os dois iam subindo a pequena escadinha que levava ao segundo andar.
Tinham que tomar cuidado aonde tocavam, aonde pisavam, era tudo tão antigo e velho que poderia quebrar com um simples toque. Dean enroscou o pé no degrau quebrada da primeira escada que subiram, e o seu tornozelo estava doendo até agora, bem, pelo menos isso fez com que ele prestasse mais atenção.
- Está sentindo esse cheiro?
- Impossível eu não estar sentido. – Sam retrucou de lá de baixo, como se fosse uma coisa óbvia de estar se sentindo. Estava fedendo tanto que estava impossível ficar ali.
Eles deram de cara com um pequeno corredor, e sem a mínima pressa Dean caminhou até uma das portas, girando a maçaneta e entrando no quarto. O cheiro estava forte, e ficava mais forte conforme eles entravam no quarto velho. Era um armazém, mas o andar de cima parecia ter sido uma casa.
Dean observou o quarto, parando o olhar na cama, embaixo dela. Havia uma passagem ali.
- Puta que pariu!
- O que?
- Eu vou acabar vomitando! – Sua expressão era a de nojo misturado com repulsa, mais nada. Sam riu, só porque era engraçado ver seu irmão exagerar as coisas. Mesmo que estivesse fedendo muito, não era pra tanto, dava para suportar. Ele se abaixou ao lado da cama, porque tinha notado a passagem. Passou a mão pela madeira velha e então tornou a encarar o irmão, que continuava parado na porta com o braço em frente ao nariz.
- Me ajuda a tirar isso daqui. – Pediu Sam, se levantando e apontando para a cama.
- Isso é mesmo necessário?
- Não, não, eu consigo mover uma cama de casal velha sozinho. – Ele retrucou ironicamente, na verdade ele até conseguia, mas não estava com a mínima vontade de se esforçar demais. Contrariado, Dean foi até perto da cama e juntos eles arrastaram ela para longe da passagem no chão, Sam foi quem abriu a pequena portinha de madeira que havia ali.
Estava escuro, e a escada levava para o que devia ser um porão. Assim que abriram, o cheiro de coisa podre ficou mais forte ainda e o primeiro impulso de Sam foi vomitar, mas ele se controlou.
Okay, talvez não estivesse tão suportável assim.
- Ri agora. – Dean disse, com um sorriso de escárnio nos lábios. Sam o ignorou, pegou a lanterna e tapou o nariz com o braço, respirando o cheiro da sua própria blusa, e aos poucos e com cuidado ele desceu, e Dean veio logo atrás.
Era realmente um porão, cheio de coisas velhas e sem utilidade, e enquanto Sam ia procurando por algo no meio daquela escuridão, com o auxilio da lanterna, Dean foi procurando também, e só parou de andar quando parou em frente uma estante cheia de vidros com coisas esquisitas dentro.
Pegou um dos vidros e observou o que parecia ser um dedo humano.
- Eca. – Colocou de volta, fazendo a melhor das caras de nojo. Estava para dar as costas para estante quando algo no chão brilhou, chamando sua atenção. Ele se agachou, puxando algo do chão, no vão da estante, que parecia ser um colar, um amuleto.
Dean passou o dedo pela prata empoeirada, limpando e deixando visível o desenho que havia ali. Era uma caveira, uma caveira estampada em um pequeno círculo redondo e prateado. Dean sorriu, virando o amuleto e observando a parte de trás, passando o dedo pelas inicias J.P cravadas ali.
- Dean? – A voz de seu irmão o tirou do pequeno devaneio e Dean olhou para trás, guardando o amuleto no bolso da blusa.
- O que é?
- Acho que achei... Dá pra me ajudar aqui?
xx
- O que é isso? – Sam perguntou de dentro do carro, notando uma corrente prateada para fora do bolso da blusa de seu irmão, sem a permissão dele Sam esticou a mão e a puxou, antes que Dean pudesse tomá-la, e era isso o que ele fez menção de fazer.
- Ah... Isso? – Eles estavam voltando para o Motel, saindo daquele lugar deserto da cidade. Sam tinha encontrado o corpo do assassino dentro de um baú daqueles antigos, e era exatamente de lá que vinha o cheiro ruim. Eles salgaram, queimaram, e então deram o fora dali.
O caso tinha sido resolvido, com sucesso. Estavam prontos para outro serviço.
- Onde achou isso? – Sam perguntou, analisando o colar. Dean deu de ombros, ligou o rádio e não respondeu a pergunta, e só por isso Sam tirou os olhos da caveira prateada para encarar seu irmão. – Dean?
- Do armazém. – Dean respondeu sem emoção, sem olhar para Sam.
- Pegou isso de lá? Não acredito! Pode estar amaldiçoado ou algo assim...
- Pra mim parece um colarzinho inofensivo, Sammy...
- Não se sai pegando coisas estranhas dos lugares aonde nós vamos fazer nosso trabalho, Dean! Achei que você fosse esperto, mas pelo visto é um cabeça de vento!
- Qual é, Sam. Deixa de drama, eu ainda estou vivo, não estou? É só um colar idiota. – Dean esticou a mão e puxou o colar das mãos de Sam.
- Pára o carro.
- O que?
- Eu disse: pára o carro. – Sam estava bem sério, e tinha puxado o colar das mãos de Dean de novo. O irmão sem entender a mínima encostou o Chevy Impala, e Sam saiu de dentro do carro levando o amuleto com ele.
- O que você vai fazer? – Dean gritou lá de dentro, recebendo o silêncio como resposta. A fim de saber o que Sam faria, saiu do carro e seguiu o irmão.
- Vamos nos livrar disso, vamos destruir isso.
- Mas... Mas por quê? – Era um colarzinho tão bonito. Por que Dean não podia ficar com ele? – Deixa de ser paranóico, Sam!
- Você não sabe da onde veio, a quem pertenceu. Então na dúvida, é melhor a gente se livrar dele.
Dean se calou, quando Sam falava nesse tom autoritário era porque não adiantava discutir. Então no meio da escuridão da noite, eles destruíram o amuleto, voltaram para o carro e foram para o Motel.
Já era de noite, tinham que descansar porque amanhã o dia ia ser logo. Teriam que pesquisar possíveis trabalhos, viajar e seguir com a rotina anormal de sempre.
Yeah, baby, o dia ia ser longo, muito longo. Mas nem Sam, nem Dean tinham noção do quão longo ele ia ser, ele, e os dias seguintes.
