X Naruto não me pertence

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Lovefool

Capítulo 1 de 2

A manhã começou comum como sempre. Acordou, banhou-se, engoliu uma torrada, saiu atrasada e deu-se ao trabalho de se atrasar um pouco mais pelo fato de não resistir a um bom chocolate quente da cafeteria próxima à sua casa. Era inverno, afinal.

O comum foi se quebrando à medida que seus passos se apressaram em direção à universidade onde cursava o terceiro ano de medicina.

Lembrava-se de ter anotado em um post-it rosa – combinando com seus cabelos longos que insistiam em ficar desarrumados – que teria que ser mais pontual se quisesse ter um futuro como médica. Sabia como era frustrante esperar – principalmente porque esperava há exatamente três anos um pedido de Uchiha Sasuke para que saísse com ele.

Sasuke, sobrenome Uchiha. Alto, moreno, atlético... Sensual, arriscava-se a dizer. Cursava o quarto ano de direito – especialização: direito criminal. Ela sempre achou que ele daria um belo vingador – vingando seus clientes das abominações cometidas por terceiros. Acrescentando uma katana e uma camisa aberta mostrando um belo pedaço de peitoral na visão que tinha do seu homem perfeito – e futuro marido, obrigada – tudo parecia ainda melhor.

Assim que atravessou o portão de entrada da universidade, deu um tropeço que os mais engraçadinhos chamariam de épico. Seus pés se enroscaram um no outro – ops! – fazendo com que ela fosse de encontro ao chão. Pior do que tropeçar nos próprios pés e ralar os cotovelos e joelhos no chão, é tropeçar nos próprios pés e ralar os cotovelos e joelhos na frente de Uchiha Sasuke – apenas futuro namorado a partir desse momento, pois duvidava que ele quisesse se casar com uma desastrada.

Preocupada em esconder os machucados, as bochechas coradas e juntar os livros que derrubara no chão, por pouco não notou uma mão estendida em sua direção. Mão pálida de belos traços, dedos fortes e...

- Hey, você vai aceitar minha ajuda ou não? Eu preciso ir para a aula.

Automaticamente segurou a mão, levantando-se com a ajuda do bonito – mais meio grosso, confessava – futuro namorado.

- O-obrigada! – gaguejou pateticamente, encarando seu belo nariz – só encararia os olhos no próximo passo da relação amorosa, se é que assim podia chamar.

Em seguida pegou os livros que o garoto lhe estendia, tomando cuidado para não encostar seus dedos nos dele e levar um choque.

Ele a olhou dos pés ao último fio de cabelo arrepiado – tudo na duração exata de um minuto – antes de esfregar o dedo indicador no canto esquerdo de sua boca agora seca. Ele tinha um toque macio, mais ainda do que imaginara.

- Estava sujo. Cappuccino? – perguntou, dando um sorriso de canto sem revelar os dentes brancos.

- Chocolate quente. – respondeu, antes de dizer um "obrigado novamente" e partir em direção à sala.

Já sentada em sua carteira na sala de aula, notou que seus livros cheiravam a café, chocolate e canela.

("-Estava sujo. Cappuccino?")

Relembrando os fatos, finalmente notara um post-it amarelo grudado na capa do livro de anatomia. Aquilo sempre estivera ali?

Escrito em tinta preta estava um número de telefone: xxxx-666. 666, o número do...

Só podia ser um sinal. Desde pequena mamãe lhe ensinara que não se deve brincar com essas coisas. Amassou o papelzinho e o jogou no lixo. E o arrependimento lhe abateu.


A manhã começou diferente do comum. Acordou, banhou-se, engoliu uma torrada, saiu atrasada... Mas a cafeteria de sempre estava fechada. Ela sabia. Aquele post-it amarelo estava carregado de sentimentos ruins.

Irritada, foi para a universidade – chegando no horário certo como não fazia há muito tempo. Sua raiva era tanta que, pisoteando duramente o chão, tropeçou nos próprios pés. Novamente.

- Merda! – bradou, logo em seguida notando uma mão estendida para si. Dessa vez o encarou nos olhos, afinal, não queria mais uma relação com alguém que lhe passara azar por meio de um papel.

Levantou-se sozinha, ignorando a expressão curiosa de seu ex-futuro namorado. Sem dizer nada, começou a caminhar para a sala até ouvir um chamado.

- Não está se esquecendo de nada?

- Sim! – respondeu, encarando-o pela segunda vez naquela manhã – Nunca mais se aproxime de mim com suas macumbas.

- Como é que é sua maluca? Eu estava me referindo ao seu livro! – bradou o moreno, lançando-lhe o objeto – E eu com certeza não me aproximarei mais de você.

- Hum! Metido! – gritou enquanto via as costas do rapaz se afastando.

Chegando à sala, logo resolveu verificar se não havia outro bilhete em seu livro com alguma maldição ou algo do gênero.

Não havia nada.

Resolveu procurar novamente, sendo interrompida por sua amiga loira Yamanaka Ino.

- Hey testuda! Você viu o post-it com o meu novo número de celular que eu grudei no seu livro há alguns dias?

- Post... It? – respondeu, com o coração começando a pesar no peito.

- Sim, post-it. Aquele papelzinho colorido que gruda. – explicou Ino, como se estivesse falando com uma criança – Eu lhe avisei que estaria deixando no meio do seu livro um papel com meu novo número, lembra?

E a loura apenas teve tempo ver os cabelos rosados esvoaçando enquanto Sakura corria para fora da sala.


Fim do primeiro capítulo

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~Olá!

Já faz um bom tempo que venho escrevendo essa fic, apesar de ela ser curta. Minha inspiração não é a mesma de antigamente.

É uma fanfiction bem bobinha, mas espero que se divirtam e, se possível, deixem reviews dizendo o que acharam.

Como alguns já devem ter percebido, o título foi tirado da música "Loveool" do The Cardigans.

Fuuuu~