As emoções de Booth vão a mil durante uma investigação. Os restos mortais de uma mulher grávida são encontrados numa vala e quando fica claro que ela foi vítima de abuso infantil pelo pai, Booth vê seus dois piores temores o perseguirem.

Cam e Dayse chegam à cena do crime.

Lá, elas encontram Hodgins:

- Bom dia, Dr. Hodgins! – cumprimenta Cam.

- Bom dia, senhoras! A Dra. Brennan não vem?

- Não, a Dra. Brennan tem uma consulta agora pela manhã.

- Oh, será que eles vão descobrir o sexo do bebe?

- Tomara! Booth está ansioso para isso.

No consultório da Dra. Banno, os futuros pais aguardam a médica.

- Dra. Banno está demorando.

- Você esta nervoso.

- Claro que eu estou nervoso.

- Mas não precisa. Eu tenho certeza que o bebê esta bem.

- Eu sei disso, Bones!

- Então eu não entendo por que está tão nervoso.

- Acredito que o agente Booth esteja ansioso para saber o sexo do bebê.
- supõe a Dra. Banno, que acaba de entrar no consultório.

- Bom dia, Dra. Banno

- Bom dia! Então, vamos ver se esse bebê colabora dessa vez?

- Pops acha que é uma menina. Ele queria apostar com os amigos da casa de repouso.

- Será uma boa aposta, já que só existem duas opções.

- Bem, cruzem os dedos. – Dra. Banno começa a ultra. - o bebê está crescendo bem, ganhou peso, está com aproximadamente 1,800kg.

- Bebezão! – Booth comemora.

- Os batimentos cardíacos estão ótimos. Vocês gostariam de ouvir?

- Sim, claro!

- Aí esta! - ela abre o áudio. Imediatamente, os dois abrem um largo sorriso.

- Uau! – Booth está extasiado.

- É forte! – os futuros pais se beijam orgulhosos.

- Porém... – Dra. Banno faz uma pausa.

- O que? Alguma coisa errada?

- Nada errado, mas não será dessa vez que saberemos o sexo.

- Puxa! Esse bebê definitivamente puxou à mãe. – Booth brinca

- O que quer dizer?

- Quero dizer que nosso bebê é tão teimoso quanto você. – ele a beija.

No Jeffersonian, Cam, Hodgins, Angela e Dayse estão na plataforma, quando Brennan e Booth chegam.

- O que temos aqui? – pergunta Brennan.

- Então, querida, alguma novidade?

- Se você pergunta sobre o sexo do bebê, ainda não conseguimos saber.

- Oh, puxa! – Angela se lamenta, enquanto Brennan coloca as luvas e examina o corpo.

- Mulher, caucasiana... Por volta dos 30 anos. Precisamos liberar os ossos para saber a causa da morte.

- Vou liberá-la em instantes, mas acredito que estas abrasões no pescoço tenham algo a ver com a morte. – Cam mostra as marcas no pescoço da vítima.

- Um casal encontrou o corpo. Eles estavam namorando, quando a menina escorregou no limo e caiu sobre o corpo. – diz Booth, lendo o relatório.

- Péssimo jeito de acabar com o clima. – comenta Hodgins.

- Oh! – Brennan exclama, enquanto examina o corpo.

- O que foi? – pergunta Cam. Brennan continua calada, mexendo no corpo.

- Bones, o que foi? – pergunta Booth, aflito.

- A vítima estava grávida! – ela insere um instrumento na cavidade abdominal da vítima e retira uma massa. Ela limpa a massa e revela espantada. – Ela estava grávida de 30 semanas. O bebê era um menino.

- Oh, meu Deus! – Angela fica horrorizada olhando o feto na bandeja. Booth permanece calado, com o olhar perdido e a expressão séria.

- Seeley, você está bem? – pergunta Cam.

- Sim, estou bem! Vou levar esse arquivo para o Sweets. Até mais! – ele sai apressado.

- Deixe isso comigo, Dra. Brennan! – Hodgins pega a bandeja da mão de Brennan, enquanto ela observa Booth ir embora.

A madrugada traz uma brisa gelada.

Booth dorme sem camisa, apenas com a rotineira calça de moletom. Com metade do corpo descoberto, ele sente um vento gelado entrando pela janela. Movendo-se para o centro da cama, Booth estica o braço e percebe a cama vazia. Instintivamente ele desperta, olha ao redor e constata que está sozinho no quarto. Uma preocupação repentina faz sua respiração acelerar, ele salta da cama e anda apressadamente pela casa. Os passos são rápidos, quase como uma corrida. Logo que alcança a sala, Booth se sente mais tranqüilo... Brennan está sentada numa poltrona próxima a janela. Seus olhos estão fechados, mas ele sabe que ela não está dormindo. Ela acaricia a barriga delicadamente, como se tentasse acalmar seu bebê. Booth se aproxima devagar:

- Me assustei quando não te vi na cama.

- Desculpe, eu não tive a intenção.

- Sem problema! Você está bem? Por que não está na cama?

- Eu não consigo dormir. O bebê não me deixa dormir.

- Por quê? Está sentindo alguma coisa?

- Ele não pára de se mexer e me chutar.

- Ele ou ela. – Booth sorri. Ele beija a barriga de Brennan. – Ei, bebê, você tem que se acalmar, a mamãe precisa dormir! Senão ela fica rabugenta e mal humorada. – Ele ri.

- Eu não fico rabugenta!

- Eu sei, estou brincando! – Ele a beija.

- Sua voz acalma o bebê. – Brennan constata, acariciando novamente a barriga.

- Eu sei, é isso que um pai deve fazer... O pai tem que acalmar seu bebê! – Eles se olham por alguns instantes e se beijam. Booth se põe em pé e ajuda Brennan a levantar.

- Vamos pra cama.

Eles ainda têm algumas horas de sono.

Na manhã seguinte, Brennan ouve o celular de Booth tocar!

De dentro do closet, ela ouve a conversa:

- Tá ótimo, Sweets! Eu vou deixar a Bones no Jeffersonian e encontro com você no escritório do FBI. Ok, tchau! – Booth desliga o celular e termina de dar o nó na gravata. Brennan, que já terminou de se arrumar, o observa. Desde a descoberta da gravidez que Booth restringiu o trabalho dela ao Jeffersonian e ao escritório do FBI, e tamanha proteção já havia chegado ao seu limite:

- O Sweets descobriu alguma coisa?

- O ex-noivo da vítima, ele dá aula de ioga num parque no Centro. Então vou te deixar no laboratório, pegar o Sweets no FBI e vamos conversar com o sujeito.

- Eu quero ir com você!

- Ah, não, Bones! Não vamos entrar nesse assunto de novo!

- Por que, não?

- Nós já conversamos sobre isso!

- Não, nós não conversamos!

- Conversamos sim! Nós dois concordamos que era perigoso você ir a campo por causa da gravidez.

- Sim, mas nos três primeiros meses! Já se passaram quase sete meses e você não pára de arranjar desculpas.

- Bones, não são desculpas. Você não percebe que eu só quero te proteger?

- Eu não preciso de proteção.

- Eu quero te proteger porque eu te amo.

- Eu também te amo, Booth. Mas eu repito: eu não preciso de proteção, eu preciso que você me deixe fazer o meu trabalho. – E ela sai batendo o pé.

O caminho até o Jeffersonian vai ser turbulento.

Hodgins está analisando algumas amostras, quando Brennan e Booth chegam ao instituto.

- Bones! Bones! Qual é, Bones? – Booth ainda tenta argumentar.

- Bom dia, Dra. Brennan! Eu encontrei indícios... – Hodgins tentar iniciar uma conversa, mas Brennan está extremamente chateada e passa direto para sua sala. – Algum problema? – ele pergunta à Booth.

- Ela está chateada porque não quero que ela vá comigo a campo.

- Eu disse que isso ia acontecer.

- Eu sei, mas enfim... Peça a Angela para conversar com ela, por favor! Eu preciso encontrar o Sweets no FBI.

- Pode deixar!

Em sua sala, Brennan arruma a mesa nervosamente. Angela entra na sala e nota:

- Acho que a mesa já está arrumada.

- Booth mandou você?

- Mais ou menos. – Ela sorri. – Bren, você não acha que esta exagerando?

- Não!

- Querida, o Booth te ama, ele só quer cuidar de vocês!

- Eu sei disso, mas não concordo! Eu estou perfeitamente saudável, o bebê está perfeitamente saudável, não existe nenhuma razão lógica que me impeça de fazer trabalho de campo. O Booth está sendo irracional.

- Quando se trata de suas mulheres grávidas, os homens não são racionais. – Angela sorri.

(Continua)