N/A: Essa fic possui informações sobre como uma amizade entre homens pode virar um romance quente. Se você tem pavor a este assunto, e não gosta de ler sobre dois homenzinhos fazendo sexo, NÃO LEIA. O aviso está dado.


N/A 2: Eu sei que os livros são melhores e tudo mais mas, por favor, tentem imaginar Harry e Ron com a mesma aparência de Dan e Rup, ok? É assim que eu imagino :P


Dia 1

Viver a vida. Esse tinha sido a proposta do Ron para nossas atividades pós-guerra. Claro, não foi aceita por Hermione, que preferiu voltar à Hogwarts para terminar seus estudos. Cá entre nós... pra quê terminar os estudos? Certamente, tínhamos empregos garantidos no Ministério, até porque fomos os símbolos da resistência à Lord Voldemort. Por isso mesmo, decidi aceitar a proposta de Rony, e embarcamos sozinhos nas vassouras, apenas com a roupa do corpo e o punhado de galeões que tinha me restado da pequena fortuna que meus pais me deixaram. Levamos também uma bússola e um mapa, para não nos perdermos no caminho.

Saímos para a viagem cerca de dois meses depois dos acontecimentos do – que era pra ser – meu último ano em Hogwarts. Dois meses de merecidas férias na casa do Rony, antes de uma nova aventura. Hermione, muitas vezes, aparecia n'A Toca, para visitar seu namorado. Esses dois meses também serviram pra eu me aproximar ainda mais da Gina, e matar toda a saudade acumulada. Vale destacar que a Sra. Weasley não gostou nadinha da ideia de viajarmos sozinhos por mais de uma semana em vassouras. Eu e Rony só a convencemos depois de dizer, várias vezes, que nossas vidas já passaram por maiores riscos nos 7 anos que tinham passado. O que poderia acontecer de pior? Pois bem.

Na manhã da viagem, Gina me acordou com um delicioso café da manhã, e eu agradeci com um delicioso beijo. Rony acordou logo em seguida (ou acordou antes, mas preferiu não interromper o momento), e foi preparar seu próprio café. A Sra. Weasley tinha saído muito cedo para comprar o material escolar de Gina (que prometeu ir logo após me servir o café), pois tinha previsto que o Beco Diagonal estaria lotado, graças à grande quantidade de reinaugurações de lojas. Eu não tinha me oferecido pra ir, pois ainda fico com muito remorso ao entrar na Gemialidades Weasley, que não contava mais com Fred. Acho que Rony sentia a mesma coisa.

Gina se despediu de mim e desceu até a lareira da cozinha, de onde eu ouvi ela gritar 'Beco Diagonal'. Rony subiu ao quarto com uma carta de Hermione na mão, e um sanduíche na outra. A carta desejava boa sorte a nós dois, e alguns caprichos a Rony.

Preparamos as vassouras e levantamos vôo. Por maiores que fossem minhas objeções, Rony implorou pra que nossa primeira parada fosse a Floresta do Dean. A mim, só trazia péssimas recordações, pela deplorável situação em que estávamos – indesejáveis -, pelo estrunchamento do Rony na fuga do Ministério e tudo mais. Baixamos a altitude e pousamos na beira do rio Wye.

Aproveito aqui pra desmentir uma coisa que eu havia escrito antes: levamos sim algumas trouxas de roupas. Acho que uma ou duas, além da roupa do corpo, para garantir que estaríamos vestidos com roupas limpas durante a viagem. Quando uma sujasse, bastaria lavar em algum rio ou lavenderia próxima, e vestir alguma limpa.

Como não havia nenhuma taberna próxima ao local, decidimos fazer peixe assado para o almoço. Eu tratei de pegar alguns peixes, e Rony de sair por aí e arranjar lenha para alimentar a fogueira. Entrei em desespero quando voltei com alguns peixes e Rony havia feito a fogueira bem próximo do lugar onde as vassouras estavam guardadas. Não pelo transporte – sabíamos aparatar muito bem e, embora EU não pudesse aparatar, não estava ligando em quebrar algumas regras do Ministério (tinha quebrado mais de 50 de Hogwarts, durante meu segundo ano) -, mas sim pelo valor sentimental que a minha velha Firebolt tinha. Eu havia depositado nela o mesmo sentimento que tinha pela minha Nimbus, que ganhei no longínquo primeiro ano. Tratei de dar alguns gritos de desespero e tirar as vassouras dali, sob um olhar confuso de Rony.

Eu tinha ouvido falar que peixes assados em folha de Bananeira ficavam maravilhoso, mas a Inglaterra tinha tantas bananeiras quanto o Saara tinha geleiras. Com um feitiço simples, tratamos os peixes e enfiamos eles em espetos para assar. O cheiro era maravilhoso e, misturado à tranquilidade do lugar, era o símbolo da vida boa que tanto desejamos ao longo desses sete anos. Uma vida sem responsabilidades, onde você só tinha que se preocupar com o que comer e onde dormir.

Minha alma de magreza não me deixou comer mais de dois peixes. Acho que foi por causa do café de Gina. Pensando nela, tinha esquecido de convidá-la para a viagem. Ela também não deve ter lembrado. Ou, não queria deixar uma situação 'chata' para o irmão, que ficaria segurando vela durante toda a viagem. Assim que acabamos de comer, apagamos a fogueira e adormecemos ali mesmo, à beira do rio. O barulho da água correndo era relaxante, e os olhos baixaram de tranquilidade, e não de exaustão (como acontecia antes).

Acordamos no meio da tarde. Estava claro o suficiente para tomarmos um bom banho no rio. Rony tratou de tirar a roupa toda e mergulhou assim que acordou. Já eu, fiquei só de cueca e tratei de esfregar minha roupa nas pedras e mergulhá-las no rio, a fim de lavá-las da melhor maneira que eu podia. Rony e eu boiamos no rio, fizemos várias coisas apenas para reviver a infância, ou a pré-adolescência. Lembrei-me das férias do primeiro ano, quando passei uma parte das férias n'A Toca, e aprontei muitas coisas com Rony no terreno. Era bom, e estava sendo bom aquele momento.

Comecei a ter um pensamento egoísta. Talvez fosse bom Hermione não querer fazer parte da viagem. Ter Rony só pra ele, depois de muito tempo de namoro dele com ela, fosse bom. Ter toda a nossa intimidade, de novo. Claro, eu tinha muita intimidade com Hermione – afinal, passamos um ano inteiro grudados -, mas não era a mesma intimidade que dois amigos têm, normalmente.

Olhei para Rony, ele tinha adormecido boiando na beira do rio. Afundei a cabeça dele na água para acordá-lo, e ri quando ele emergiu furioso, fazendo de tudo pra me afogar no rio. Senti uma fisgada na virilha e pronto, minha cueca havia sumido. Tateei os galhos do fundo do rio, pra tentar achar a peça íntima, mas não adiantou. Rony riu. Agora eu estava na mesma situação que ele.

Brincamos mais um pouco, até que percebemos que o sol começava a se por, e nossas mãos e pés estavam mais enrugados que a Batilda Bagshot estaria se estivesse viva. Rony riu da piada com a velha historiadora. Eu gostei de vê-lo rir, e ri também. Gostei porque me sentia na obrigação de fazê-lo feliz, depois de todo o sofrimento que ele e a família passaram por minha causa. Talvez, se o Expresso de Hogwarts não estivesse cheio no meu primeiro ano, eu não tivesse conhecido ele, e ele não passaria por todas as dificuldades que passou nos 7 anos que tinha convivido comigo.

A mesma bolsinha de contas que Hermione levou durante nossa fuga guardava nossos pertences ao longo da viagem. Rony tirou a barraca de dentro da bolsa, e a montou num espaço entre várias árvores. Ainda dava pra ver o rio de dentro da barraca. Montamos uma fogueira do lado de fora da barraca, assamos e comemos os marshmallows que trouxemos d'A Toca. Relembramos muitos momentos que passamos em Hogwarts.

_ Quem diria né, Harry? Que Snape queria, durante todos esses anos, te proteger – comentou Rony.

_ Podia ter protegido de uma maneira mais amigável... Talves deixando de tirar pontos da Grifinória a cada vez que eu respirava...

Comecei a rir, seguido de Rony, que cuspiu o marshmallow todo em mim. Ele passou a mão no meu rosto pra tentar limpar, mas só espalhou mais. Fui até o rio e mergulhei minha cara nele. Quando levantei, esbarrei nele, que estava atrás de mim. Caí por cima dele. Rimos juntos. Terminamos de comer os marshmallows e entramos na barraca.

Rony tinha trazido o novíssimo conjunto de Xadrez de Bruxo que ele tinha ganhado do Sr. Weasley, logo após o fim da guerra. Aliás, o Sr. Weasley sofreu um expressivo aumento de salário após a guerra. Jogamos o xadrez a noite toda, até que percebemos que só abríamos o olho quando alguma peça era destruída.

A barraca só tinha uma cama. Um imprevisto. Como havia só nós dois, concordamos em dividir a cama. E, a partir daí, ficou bem claro que as coisas que aconteceriam durante aquela viagem ficariam só entre nós dois.


N/A: Oi gente, voltei com uma fic nova :P Essa foi totalmente inventada por mim, sem influência de outras histórias. Talvez fique melhor assim, talvez não... POR FAVOR, contribuam para o novo programa 'Autor Esperança', e ajudem o pobrezinho aqui a ter motivação para continuar esta fic. Basta dar um review, aqui embaixo \/.