Dear Drunk

"Ela tropeça, cai nisso tudo. E eu queria morder seu lábio e levá-la para longe e chamá-la de pequena."


A festa na casa de Paul Fisher estava insuportável de tão cheia, o que era difícil de acontecer com Sirius Black, já que ele adorava festas.

Todo mundo corria para o interior da casa, os garotos gritavam e assoviavam.

- Cara! – um moleque loiro exclamou enquanto passava pela frente de Sirius – A McKinnon está dando um show!

Isso foi o suficiente para Sirius acordar de seus devaneios e ir ver o que estava acontecendo.

A multidão se encontrava na sala de jantar, quando chegou lá se deparou com uma garota de cabelos loiros em cima da mesa. Ela estava bêbada, completamente bêbada.

Por mais que Sirius sonhasse com isso diversas vezes, não estava feliz, muito menos curtia o momento, ele estava preocupado.

Nunca havia visto a garota daquele jeito. Ela estava dançando, os rapazes ali presentes estavam adorando. Porém, ela tropeçou e ia cair, mas Sirius a segurou.

- Vem – o moreno pegou a garota no colo – Vamos lá para fora!

- Tan, tan, tan-tan... – a loira cantava a marcha nupcial – Você está me carregando que nem noiva, HAHAHA!

- E o quê tem de tão engraçado? – Sirius revirou os olhos, estava conversando com uma bêbada e várias pessoas riam do estado da mesma.

- Ah... É que várias vezes eu desejei isso – a bêbada deu de ombros. Sirius parou encarando ela confuso – Shiu... Não conta pra ninguém! É segredo!

Ela está bêbada! O rapaz bufou. Colocou a garota sentada em um banco e ficou parado em frente a ela.

- O quê eu faço com você, hein? – perguntou retórico, a moça admirava o sapato dele.

Ele podia deixá-la ali e ir embora... Não, estava fora de questão. Bom, então podia deixá-la na casa dela, mas ouviu falarem que os pais dela eram caretas... Argh!

- Consegue se levantar? – perguntou pra moça.

Ela acentiu e se levantou, acabou cambaleando, mas se segurou no braço do moreno.

- Tsc... – ele bufou levando ela até ao carro – Vamos embora!

No caminho, Sirius só conseguia pensar em duas coisas: a garota não podia vomitar no carro dele, e por quê ele estava sendo tão cavalheiro e tão bom samaritano.

- OH MY JULIET, I'LL NEVER BETRAY YOU MY LOVE! – a garota cantava junto com o radio, Sirius ria – OH MY JULIET, I'LL NEVER, I'LL NEVER BETRAY YOU!

Eles chegaram e o rapaz a ajudou sair do carro e a subir as escadas até o quarto.

- Nossa! – ela exclamou – Não sabia que meu quarto era tão bagunçado!

- Nem eu – Sirius resmungou levando a garota até ao banheiro – Tenta vomitar!

E saiu deixando a garota sentada no chão do banheiro, perto ao vaso sanitário, para vomitar.

Quando voltou com uma muda de roupas para a castanha, ela havia adormecido sobre o vaso, a tampa dele estava em cima da sua cabeça.

- Puta que pariu viu, Marlene! – o garoto bufou revirando os olhos.

Foi até a menina que dormia, levantou ela, a levou até o box, colocou a debaixo do chuveiro de roupa e tudo, e ligou na água fria.

- AI! – a castanha deu um gritinho enquanto saltitava – Tá fria, tá fria! Me tira daqui!

- Não! – o rapaz a segurava em baixo do chuveiro, ele havia se molhado um pouco – Você precisa ficar pelo menos um pouco sóbria.

Quando ele viu que ela não iria mais sair dali, ele voltou com uma toalha e deixou a água no morno.

- Toma um banho, ok? – ele perguntou pra menina, que acentiu – Deixei uma muda de roupa em cima da pia.

Saiu do banheiro fechando a porta, jogou-se na cama e começou a rir. Ficou pensando, logo ouviu um barulho na maçaneta e de lá saíra a castanha com o cabelos molhados.

- Merda! – o moreno exclamou. Pensou que podia ter dado uma roupa que cobria mais parte do corpo da garota, mas não...

Ele havia dado apenas uma camiseta que batia no joelho da garota e uma calcinha – que não, não era dele. É que as garotas simplesmente mandavam calcinhas para ele e como não havia muito a ser feito, ele mandava lavar e guardava em um lugar isolado da gaveta.

Sirius pegou uma muda de roupa para ele e passou reto pela garota e se trancou no banheiro. Entrou de baixo do chuveiro e deixou a água cair sobre ele. Trocou-se e viu que a roupa da menina estava sobre a pia, as juntou e deixou no cesto de roupa suja.

Quando saiu viu que ela estava deitada na cama dele, graças à sanidade de Sirius ela se cobriu. Ele sentou-se ao lado dela e ficou admirando-a, quem diria... Ele riu pelo nariz.

- Não está cansada? – ele perguntou quando viu a garota acordada, ela negou com a cabeça – O que a fez beber tanto?

- Sei lá! Problemas... – ela falou rindo – Deu vontade...

- Oh!

- Er... Obrigada! – a castanha murmurou e virou o rosto para ele.

- Não agradeça – ele falou rindo – Amanhã você vai querer me matar!

- Se eu começar a gritar com você e tentar te matar... – ela falou sorrindo – Você me beija!

- E você vai ficar mais brava ainda...

- Aí você me beija de novo – ela sorriu marota – E de novo, e de novo...

Ela falou sorrindo e acabou adormecendo com um sorriso no rosto. Ela não estava totalmente sóbria, mas nada do que havia dito era mentira, ela sempre o desejara.

Sirius a olhava surpreso e ao mesmo tempo encantado. Ele sorriu um sorriso que só era dela, da Marlene.

- Boa noite, minha garota!


N/A: Essa foi a primeira vez que escrevi Sirius/Marlene, e era pra ser um único capítulo.

Postei ela, pela primeira vez, em Fevereiro de 2012, e agora (Dezembro de 2013) resolvi dar continuação.

Espero que gostem!