As diferenças podem gerar incompatibilidade e fúria, foi um dos motivos de duas espécies se enfrentarem e muitas perdas se acumularem, de um lado dragões e do outro humano, que competiram pelo território.
Após 100 anos de luta, os humanos construíram um castelo ao seu redor fizeram um muro perto do mar, onde os protegias contra os possíveis ataques, pois os dragões ao entrar em contato com a água perdiam as forças que tinha e eram fáceis de matarem. Cada cidadão era designado a tarefa de acordo com suas habilidades e deviam servir lealmente ao Rei Eron Lestrade.
Eron Lestrade era jovem quando assumiu, porém, o seu medo de fracassar motivava a se levantar todos os dias para proteger seu povo e acabar com os maus que perturbava suas terras. Como qualquer civilização tinha suas leis, seus costumes e suas injustiças, uma delas era a falta de respeito com as mulheres, elas deveriam ser esposas e mães, mas nada além disso, acabava perturbando a jovem Ayla Hooper.
Ayla e Eon tinham a mesma idade, ao contrário do seu primo não conhecia nada depois daqueles muros, e seu desejo pelo novo sempre a colocava em confusão. Conhecia a estrutura daquele castelo e as aberturas das muralhas e nesse dia decidiu se aventurar no desconhecido.
"O desejo da carne for negado, acaba levando ao pecado". Essa era a situação de Robert o agricultor, o velho desejava a pequena Ayla, mas a menina sempre o recusava por ser mais velho e ter uma reputação violenta. O velho consumido pelo álcool, viu a menina saindo do castelo e decidiu segui-la com nenhuma boa intenção. Eron conhecia as fugas da prima e após não vela no castelo foi procurar lá fora.
Ayla andava cuidadosamente olhando para o céu com medo de uma fera aparecer, mas ficou descuidada ao seu redor e não percebeu quando foi atingida na cabeça e ficou inconsciente. O velho Robert ficou feliz por seu plano estar funcionando, largou a pedra e se aproximou-se de Ayla.
Eron escutou gritos e correu na direção, ao chegar ao local viu sua prima deitada no chão olhando assustada, um corpo em pedaços e um dragão em sua frente. "Ayla, Ayla! ", aproximando devagar onde sua prima estava paralisada.
O Dragão ficava observando o cavaleiro, dependendo do movimento do mesmo, definiria o seu futuro. "Ayla, está me ouvindo? Se tiver, vem devagar para trás. ". A jovem não conseguia reagir a situação, não estava assustada, mas curiosa.
Sentindo alguém tocá-la de forma inapropriada, Ayla despertou e viu o velho Robert em cima dela, tentando lutar pela sua virtude e percebendo sua perda, a mesma começou a gritar com todo folego que tinha. O velho Robert tinha força, ao fechar os olhos e aceitar seu fim, escutou um estrondo, um grito de dor, e um silêncio. Ao perceber que o velho Robert não estava em cima dela, abriu os olhos para ver seu salvador, mas o que viu a deixou ser ar.
Um dragão vermelho, com olhos verdes se concentrando nela como se tivesse a analisando... ou admirando? A beleza da criatura a intrigava, não era assustadora como falavam, mas lindo de se ver, como se a vida é patética sem essa visão. Os olhos da criatura foram para outra direção, foi quando percebeu que seu primo a chamava. "Ayla, me escuta por deus, vem devagar para trás! ". "Por quê? ", respondeu Ayla não olhando para o seu primo e não entendo o motivo de sua preocupação.
Eron se agachou perto de Ayla, não desviando sua atenção do Dragão, assim como o mesmo fazia ao cavaleiro. "Ele é um Dragão. ", como se fosse a resposta óbvia. "Mas ele me salvou. Porque me machucaria? ", desviando atenção da criatura e olhando para o primo. "Te salvou? ", sem entender a situação Eron desviou os olhos do Dragão para ver a brincadeira sem graça de sua prima.
