1.1 – Kinha Oliver

1.2 – Paradoxo.

1.3 – Itens utilizados: Reencarnação, Espiritual, Vampiros.


PARADOXO

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Capítulo Único

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A noite estava entediante. Nem mesmo as estrelas pareciam dispostas a brilhar no céu aquela noite, a lua crescente iluminava tão timidamente que pouco se podia ver da bela mansão. A casa que se matinha escura, sem nenhuma fonte de luz, que não fosse à lua. Dentro da enorme casa, deitada sob banheira luxuosa Ino aproveitava um banho quente e relaxante, iluminada pela luz amena ela parecia mais pálida do que realmente era. Linda era como as pessoas a descreviam. Os longos cabelos loiros presos num coque alto e o corpo inteiro imerso na água eram tudo que qualquer um gostaria de ter.

― Ser vampiro é tão entediante... ― murmurou ela, passando uma esponja sobre as pernas alvas e bem torneadas. Não falava para ninguém em particular, muito embora, tivesse alguém ao seu lado fitando-a longamente.

Ao seu lado, Sai escutava todas as suas reclamações, sem emitir nenhum som sequer. Parecia mais um utensílio daquele lugar do que qualquer outra coisa. Ele segurava pacientemente uma toalha felpuda branca, a espera do momento em que a loira se levantaria e se enrolaria nela.

― Que vestido você vai usar hoje? ― perguntou Sai, sua fisionomia continuava a mesma, ausente de qualquer expressão.

― Gosto do preto antes de uma refeição. ― disse ela erguendo-se da banheira, sem se importar com que ele a vislumbra-se despida, não demorou muito e ela foi envolvida pela toalha acolhedora e macia. Os olhos azuis celestes brilhavam ao encontro dos olhos carvão. Com a toalha em volta do corpo, ela caminhou elegantemente para fora do banheiro, indo em direção ao quarto. Sai a seguia de perto, observando-a, sem emitir nenhuma palavra. Como bom um serviçal, vestiu-a com perfeição, já estava quase pronta, faltando apenas às longas madeixas loiras. Pelo espelho da penteadeira, Ino analisava Sai, alto, cabelos negros e pele clara; bonito. Uma reencarnação demôniaca devia admitir.

― Você não se arrepende? Afinal... Por minha culpa você não pode ver a luz do dia...

― Às vezes. ― admitiu entre monossílabos.

"Apesar de tudo o amo" completou mentalmente.

― Tudo pronto, vamos comer. ― anunciou finalizando os cabelos, abriu uma das milhares de portas da mansão, deu passagem para a mulher loira, entrou e fechou a porta em seguida.

― Você me ama? ― perguntou os olhos fechados.

― Mas é claro. ― afirmou, amostrando suas presas salientes. ― Você é perfeita para mim.

Pegou pela cintura se aproximou do colo da garota e cravou suas presas, sugando lentamente o sangue suculento e adocicado. Ficava extasiado a cada oscilação do pequeno corpo em suas mãos. Ela se agitou um pouco, sentindo uma dor, mais espiritual, do que física. Depois de tanto tempo já estava acostumada, mesmo assim não pode evitar se mexer incomodada. Sai deixou um pouco de sangue escorrer entre os seios pequenos e pela primeira vez naquela noite; sorriu.

― Eu te amo.

― Mentiroso...

Os vampiros não eram os seres mais confiáveis. Principalmente Sai, que até para os outros vampiros era demasiado estranho. Calmo, reservado, e seu sorriso afetado eram as poucas, quiçá únicas características daquele ser a sua frente. Tudo nele era mentiroso, tenso, sombrio. No entanto, queria fielmente naquelas palavras. Por que... Bem porque ela amava-o.


N/A: Consegui!! Ficou tão curto que eu achei que não ia conseguir as 500 palavras... hehehe espero que não tenha ficando tão ruim... :D

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