"Se estiver passando pelo inferno, continue caminhando"
- Winston Churchill
Stars are only visible in darkness
Fear is ever-changing and evolving
As mãos delicadas apertavam e enrolavam o lençol entre os dedos, as pernas se mexiam de um lado para o outro. A cabeça da jovem era a única coisa que permanecia parada, os olhos se moviam freneticamente por trás das pálpebras, mas um indicio de que os sonhos não eram lá os dos melhores.
Fogo e sangue.
O cheiro de fumaça, ela sentia algo apertar seu pescoço, o ar se fazia necessário, mas ela não conseguia respirar, seu corpo estava ficando quente, insuportavelmente quente, as pernas não aguentavam o próprio peso, desabando na terra, seus joelhos ralando nos galhos secos e pequenas pedras que havia ali. As figuras lhe circundavam, lhe embrulhavam, sufocavam, até que alguma parte racional do seu cérebro lembrou de que aquele era somente um sonho.
Acordando, mechas de cabelos castanhos e compridos estavam grudadas em sua minha testa. Levando alguns alguns minutos para normalizar a respiração, tinha certeza absoluta que havia gritado durante o pesadelo, sem tirar o olhar da porta a frente, esticou o braço e tateou a cama a procura do celular, quando encontrou, pressiono o botão, desbloqueando a tela e vendo que ainda era seis e trinta e cinco da manhã. Afrouxando o aperto sobre o celular ele escorrega da mão da garota para o colchão.
Puxando o lençol e o jogando para o outro lado da cama, ela levanta e caminha para o banheiro, ignorando completamente o incomodo do contato dos pés no chão gelado, acendendo a luz, a claridade repentina a faz fechar os olhos, piscando algumas vezes e logo se acostumando com a luz.
Apoiando as mãos no mármore branco da pia, ergue a cabeça lentamente, encarando a garota de castanhos com profundas olheiras refletida no vidro.
Suspirando, ela abre a torneira e deixa que a agua escorra, levando as mãos até ela, as molhando e logo em seguida passando no rosto. Fazendo isso repetidas vezes, fechando a torneira e logo saindo do banheiro
Pequenas gotas de agua molhavam sua blusa, mas ela não dá importância, tinha que trocar de roupa antes que se atrasasse para a escola.
...
O barulho suave que as rodas faziam ao entrar em contato com o chão era quase reconfortante para Alissa, já que essa estava em silencio desde que decidira desligar o rádio, não estava no humor para ouvir sobre a desgraça alheia. A estrada estava relativamente vazia.
Suspirando e se sentando corretamente no banco, Alissa pisou no acelerador, a estrada estava vazia mesmo. Já que conhecia as estradas de Beacon Hills como a palma da mão, ela não demorou a chegar na escola.
Abriu a porta do seu conversível negro. O salto de sua bota fez um característico ruído assim que tocou o asfalto. Seus cabelos castanhos esvoaçaram como um véu ondulante cintilante ao reflexo do sol, assim como seu vestido preto fazendo – a se sentir uma Marilyn Monroe sobrenatural.
Batendo a porta do carro com uma força maior do que a necessária, Alissa chamou a atenção dos poucos alunos que estavam ao seu redor, estacionando seus carros. Dando de ombros, a garota começa a caminhada até a entrada da escola, sua primeira aula era de economia, já sabendo da fama do treinador ela não estava a fim de despertar sua fúria no seu segundo dia de aula.
