Ok, essa história está absolutamente sem sentido. Parece jogada aew, no meu do nada. Mas, sinceramente, e daí? Talvez faça sentido no funturo. Talvez não.
Obs: Lembram de quando o Uruha tava de cabelo preto? http : / / spd . fotolog . com / photo / 29 / 26 / 127 / _jlove_ / 1217639233558_f . jpg (seja inteligente e digite o endereço na barra de (dã) endereços SEM ESPAÇOS) Pois é. Nesse fic ele 'tá assim. Cá, entre nós, muuuuuuuito melhor! \o\ Quase tive um ataque quando descobri que ele não tinha pintado e sim que era uma maldita peruca.
Surreal, by Menina Maru
Senão eu, quem vai fazer você feliz?
Aquilo era um tanto surreal. E não era para o ser, não depois de tantos anos.
Vi que sua mão esquerda fraquejava cada vez mais na tarefa de carregar aquela pasta negra de documentos – que, por uma questão de relatividade, agora deveria pesar n toneladas -, enquanto eu tentava não parecer tão... deslumbrado.
- Aoi...
Seus olhos agora estavam semicerrados por trás dos seus óculos de grau, enquanto você falhava miseravelmente na tentativa de não deixa tão óbvio aquilo. Mas, para mim, era fato: você me amava. Por mais tempo do que eu poderia imaginar e desde muito antes desse ser o meu desejo.
Então, por que só agora Koyou estava me permitindo essa felicidade?
- Koyou, por que você... – senti seus dedos pousarem-me na boca, calando-me.
- Apenas me beije, Aoi. O resto não importa.
Importa, pensei. Eu realmente precisava saber por que nós dois fingimos que esse sentimento não era correspondido - tendo, às vezes, o susto e a incerteza de um olhar de interesse escondido por trás de demonstrações de amizade – e...
Apenas ouvi o baque da pasta no chão. Koyou me beijou por 14 segundos e, agora, mordia fracamente o meu lábio inferior. Depois disso, os olhos castanhos dele, os cabelos escuros dele e eu retirando daquele rosto a armação dos óculos, logo pondo aquela face entre as minhas mão e beijando-o. Ao contrário do que sinalizava a minha vontade, beijei-o tão devagar o quanto não queria, achando aquilo ótimo. As mãos dele deslizavam pelo tecido em cima das minhas costas – dando-me arrepios de prazer -, logo descendo e circulando minha cintura.
Os toc-tocs na porta fizeram com que, muito lentamente e a contra gosto, parássemos.
- Devem estar atrás dos documentos... – ele falou com os olhos cerrados e arfando calmamente, ainda aproveitando as sensações causadas pelo beijo – Droga...
Ele se afastou de mim, se agachando para pegar a pasta que tinha largado e abrindo-a, procurando por um papel qualquer.
- Já vai! Aoi, não to conseguindo ver direito... – ele estava começando a ficar desesperado: sua vida dependia da entrega daquele papel.
- Está sem os óculos, amor – vi seus olhos sorrirem quando ouviu o apelido e ele, que pretendia reclamar sobre o fato de eu estar com os óculos dele, deixou isso pra lá – Eu tirei para não atrapalhar.
- Unhum... – ele pôs os óculos e logo encontrou o dito papel, virando-se e indo até a porta.
Aquilo era muito surreral. Eu estava explodindo por dentro e o gosto dele ainda estava na minha boca, sempre estaria.
- Koyou! – ele virou-se para mim, com uma cara de interrogação, prestes a abrir a maçaneta da porta. Eu queria que houvesse algum jeito de colocar todos os meus pensamentos num chip entregá-lo a Koyou, porque eu jamais seria capaz de colocar em palavras tudo o que eu estava sentindo.
- O que foi, Aoi? - ele mirou seus olhos nos meus.
- Nada... é que... Koyou, você é tão... lindo.
Vi como ele corou e abriu a porta, enquanto a moça recebia o documento estarrecida, com os olhos perdidos nos dele. E eu não podia culpá-la por isso. Apenas desviei o olhar, uma risada simples e gostosa me tomou enquanto Koyou praticamente expulsava a moça da frente daquela porta.
- Viu? Não sou só eu que acho isso.
