Hallo. o/

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Essa é a minha primeira fic de Naruto e espero que dê certo.Eu sei que o casal principal é estranho, mas fazer o que?Eu adoro casais incomuns! XD

E além do mais, eu não suporto que façam yaoi com o Hidan e mais ainda se juntar o Kakuzu( ele é medonho! XX). E a história se passará num universo alternativo.

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Legendas:

-blá blá blá...- diálogo.

-'bla bla bla...' -pensamento

-Flashback

-'blá blá blá...'- citações ou entonações.


Sumário: Em um momento de desespero, ela fez um contrato com a ele, sem saber de sua identidade. Ele era a Morte e cumpriu o que prometera.O tempo passou e agora ele quer que ela faça o mesmo. De um lado, uma jovem cheia de vida e do outro, a Morte obcecada por ela.


Disclaimer: Naruto pertence a Masashi Kishimoto.
Cap 1 – Dämmerung (Crepúsculo)

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Somewhere in time
(Em algum lugar no tempo)
I will find you and haunt you again

(Eu irei encontrá-la e caçá-la de novo)
Like the wind sweeps the earth

(Como o vento varre a terra)
Somewhere in time

(Em algum lugar no tempo)
When no virtues are left to defend

(Quando não sobrarem virtudes pra serem defendidas)
You fall in deep

(Você cairá nas profundezas)

(Kamelot – The Haunting)

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A violência da chuva e o barulho de um vento incessante impediam que a beleza daquela mansão pudesse ser apreciada como deveria. As frondosas árvores dos jardins balançavam com fúria e pareciam fadadas a caírem, as folhas e os galhos frouxos das mesmas batiam contra as superfícies próximas ou simplesmente eram carregadas pelo vento.

No estábulo próximo a casa, os cavalos relinchavam alto e batiam seus cascos contra as divisórias de madeira forte, estavam agoniados e com medo, muito embora o jovenzinho responsável pelos estábulo não pudesse entender o motivo exato de todo aquele pavor.

Do lado de dentro da mansão, uma aura pesada e sombria se fazia presente. Os castiçais de prata lavrada estavam com suas velas quase no fim, os tapetes de tecido nobre e bem trabalhados estavam úmidos e salpicados de lama, as flores que permeavam os vasos caros estavam murchas e já não exalavam o perfume fresco que caracterizava tanto a mansão Yamanaka.

Um grupo de pessoas se espalhava pelo saguão de entrada. As expressões nos rostos dos indivíduos lá presentes não saia muito do que se poderia esperar numa situação daquelas: dor, medo e resignação. Os donos da casa adoeceram com a chegada daquele incomum outono; a principio, o que era apenas uma gripe simples se tornou uma pneumonia forte que terminou por fazer com que, um dos mais célebres casais da alta sociedade da próspera terra de Konoha, ficasse confinado à sua cama. Apenas um milagre salvaria os dois do destino mais do que certo.

Sentada num sofá avermelhado, estava uma menina de oito anos que chorava silenciosamente, agarrada à uma almofada. Os cabelinhos loiros e lisos estavam bagunçados, os olhos azuis, normalmente alegres e inteligentes estavam opacos e avermelhados, indicando que a pequena já chorava há bastante tempo. Essa era Ino Yamanaka, a filha do casal doente e já entendera que seus pais não demorariam muito a deixar esse mundo.

Naquele momento específico,ela era consolada pela sua melhor amiga, uma outra menina de oito anos chamada Sakura Haruno, de cabelos rosas e olhos verdes, cheios de compaixão e carinho para ceder à amiguinha que sofria. A pequena Sakura tentava com todas as suas forças ajudar a amenizar o sofrimento da loira, tarefa essa que nem os adultos mais próximos conseguiram cumprir.

-Vai dar tudo certo, Ino-chan. – as palavras de Sakura contradiziam o que o seu tom de voz expressava.

-Não vai não, Sakura-chan! – a loirinha choramingava, abraçando com mais força a almofada. – Eu sei que não vai.

Dois meninos se aproximaram da dupla, um tinha cabelos castanhos e olhos castanhos, somados à uma expressão de eterno tédio. O outro era gordinho e tinha uma expressão mais amigável e gentil. Estes eram Shikamaru Nara e Chouji Akimichi. Ambos filhos de grandes amigos da família de Ino. Os meninos nada falaram, apenas puseram suas mãos nos ombros de Ino, como se quisessem dizer que ela não estava sozinha naquele momento.

O som de uma porta se abrindo foi ouvido e uma ansiedade se apossou de todos os presentes. Uma mulher loira e bela descia as escadas com passos lentos, e era seguida por uma jovem de cabelos escuros. Estas eram Tsunade, a maior médica conhecida naquelas terras e também a comandante das mesmas e sua assistente, Shizune.

Um homem de cabelos escuros e olhos castanhos apressou-se em falar com as mulheres na escada, mas suas palavras permaneceram um mistério. O homem era Shikato Nara, o melhor amigo do pai de Ino e o responsável por cuidar da jovem filha do casal Yamanaka enquanto eles não podiam. A conversa dos três não durou muito e logo o homem veio ter com Ino.

-Ino-chan, seus pais querem vê-la. – Shikato se aproximou e estendeu sua mão para a menina. – Vamos?

A loirinha o acompanhou ainda abraçada com a almofada, seus olhos azuis sé voltaram para os amigos que lhe responderam com olhos confiantes e que diziam "estaremos com você". Isso fez com que a pequena se sentisse melhor e, com passos tímidos, foi seguindo Shikato até o quarto de seus pais. O que ninguém sabia era que um espectador muito específico estava seguindo os passos da menina.

A pequena Ino foi se aproximando da cama dossel onde estavam seus pais e jogou a almofada no chão, o casal esperava calmamente até que a filha chegasse perto o suficiente. E logo ela o fez. Chegando timidamente ao lado de seu pai, a meninas pegou as mãos do homem nas suas e começou a tremer já sabendo o que a esperava. Seus pais perceberam isso, mas não podiam fazer muito pela criança.

-Querida, não chore... – começou a voz fraca e sofrida de sua mãe. – Isso tem que acontecer...- a fala da mulher é interrompida pelo desespero crescente da pequenina.

-Eu não quero que aconteça!!! – o grito da criança podia ser ouvido de longe. – Não é justo! – Ino deixou sua cabeça tombar no colo de seu pai que depositou um beijinho na mesma.

-Filha, eu sei que você não quer... – as lágrimas escorriam dos olhos de Inoshi Yamanaka ao ver sua filha chorando e ao sentir que sua esposa já havia deixado o mundo. – Mas todos morremos.

-'Isso é tão entediante.' – pensava o espectador enquanto se prostrava ao lado da cama dos Yamanaka e observava o pranto sonoro da criança.

-Por que? – a voz fina da menina saíra com dificuldade, assim como a respiração desta. – Não posso fazer nada? – não houve resposta. – Papai? – a pequena tirou a cabeça do colo do homem apenas para vê-lo imóvel, como as estátuas que enfeitavam a casa.

Ino não precisou de mais nada pra entender o que havia se passado, seus pais a haviam deixado. Ela cai de joelho no chão e põe-se a rezar com uma fé que nem ela sabia que tinha. As articulações de suas mãos estavam mais brancas que o natural, devido à força que a criança empregava para mantê-las unidas. Suas orações despertaram o interesse do espectador invisível.

Ele se ajoelha ao lado da menina e seus olhos rosados observam atentamente todos os detalhes daquela figurinha, os músculos de seu rosto semelhante a uma caveira se moveram num sorrisinho sombrio, daqueles que só aparecerem quando uma idéia potencialmente interessante se faz presente. Se ele teria que aparecer pra pentelha, a aparência teria que ser menos assustadora, certo? Ele se levantou e sentou-se numa cadeira que ficava de frente para a cama dos moribundos.

-Por favor, alguém... – os soluços constantes atrapalhavam a oração. – Eu faço tudo, mas eu quero meus pais de volta! – ela de deixa cair no chão,de bruços e continua a repetição de palavras. – Eu dou tudo... – o sussurro mostra que Ino estava sendo vencida pela exaustão.

-Tudo mesmo? – a voz masculina e arrogante assusta a menina que se volta na direção do falante.

Era um indivíduo alto, de cabelos loiros tão claros que pendiam para prateados, olhos rosados e cheios de malicia(N/A: alguém pode me dizer qual a cor do olho e do cabelo do Hidan,realmente. O.o), trajado todo em negro. O invasor estava sentado confortavelmente na cadeira onde Inoshi costumava se sentar. O braço direito do homem estava alocado sobre o braço da cadeira e o seu rosto estava escorado em suas mãos fechadas, um sorriso gélido adornava a face bela e pálida.

-Quem é você? – Ino se levanta e pega um castiçal que estava no criado-mudo.

-Que mal você acha que vai fazer com isso? – esticando sua mão esquerda na direção de Ino, o homem faz com que o castiçal voe das mãos da mesma. – Agora está melhor. – ele se ajeita na poltrona. – Eu ouvi o que você disse. – o olhar da menina entregou os seus pensamentos, pois o homem arqueou a sobrancelha e continuou sua fala. – Sobre dar algo em troca dos seus pais.

A menina fica surpresa e vai se aproximando inconscientemente do homem que, ao ver a aproximação, se inclina um pouco na direção da criança.

-Você pode trazer eles pra mim? – a inocência daquela pergunta traz uma vontade quase que incontrolável de rir ao homem.

-Posso... – a voz dele sai baixa e o brilho que surge nos olhos da Yamanaka o incita a seguir. – Mas eu vou querer algo em troca, pequena Ino. – ele toca de leve o rosto infantil que se contorce um pouco por causa do frio que aquele contato trouxe.

-Como você sabe o meu nome? – as orbes safiras se esbugalham as mãozinhas da menina tocam a do homem que ainda estava no rosto infantil.

- 'Eis que começa o festival de obviedades!' – o invasor prefere não externar a sua insatisfação. – Vamos fazer um acordo? – Ino balança positivamente a cabeça mesmo antes de saber do que se tratava. - 'Isso vai ser mais fácil do que eu pensava!' - o homem pega as mãos da menina nas suas. – Eu dou mais tempo para os seus pais viverem e em troca, eu vou tirar alguns anos da sua vida.

Ino se assusta e abaixa a cabeça, ponderando sobre o que lhe fora apresentado. O que era melhor, viver muito e sem seus pais ou viver menos e com eles?Ela morde seus lábios rosados distraidamente, até arrancar sangue deles e deixar seus devaneios por esse motivo.

-Ai! – a exclamação da menina sai bem baixa.

Antes que pudesse perceber, os dedos frios e pálidos, cobertos por um lenço negro, limpam os filetes de sangue que escorriam para o queixo da menina. Por alguma razão, Ino não estava com medo daquele indivíduo, mas uma parte de seu ser a alertava para tomar cuidado. Os olhos azuis encontram rapidamente os rosados apenas para se desviarem para as portas transparentes da sacada do quarto. Algo inacreditável se passava ali! Era como se o tempo tivesse parado! As gotas de chuva que desciam do céu estavam estáticas assim como os elementos que eram carregados pelo vento.

-Então, o que me diz? – os dedos que antes limpavam os lábios, agora viravam o queixo de Ino para encará-lo. – Vai aceitar a minha proposta?

-Sim...- não havia certeza naquela resposta, mas e daí? Ela já dissera tudo o que ele queria e precisava ouvir.

A sua mão livre adentra as vestes negras e tiram delas um cordão prateado; o pingente preso nele era um triângulo invertido, inserido num círculo. O homem põe o objeto no pescoço de Ino e se levanta, indo até a cama do falecido casal Yamanaka e ali permanece alguns segundos, com suas mãos acima dos cadáveres. Ino assistia tudo em silêncio, temendo atrapalhar o trabalho do estranho e uniu-se à ele a tempo de ver a cor voltando aos rostos de seus pais.

A palidez foi dando lugar a um rubor leve e movimentos respiratórios podiam ser vistos e ouvidos. A felicidade que se apossou da menina era imensurável e lágrimas surgiram naquelas safiras que, há muito tempo, haviam perdido o seu vigor costumeiro. Tamanha é a sua distração que ela não percebe que o homem se deslocara para trás dela e a pegara no colo.

-Eles estão... – a voz tremida da menina vem acompanhada de lágrimas que caem na roupa do homem.

-Sim... – ele vai levando Ino para o quarto da mesma e não demora muito a chegar. – E continuarão vivos por mais algum tempo. – ele põe a menina na cama e ela é logo tomada por uma estranha sonolência.

-Quanto tem...po...- a voz dela falha e a última coisa que percebe é uma mão fria tocando sua testa.

O invasor demora mais uns minutos admirando a certeza Ino seria magnífica quando crescesse mas isso não serviria muito pois ele não tinha a menor intenção de demorar demais para receber a sua parte do trato. Afinal, ele cumprira à risca o que se propusera a fazer.

-Nós nos veremos em breve, Ino Yamanaka. – o homem se levanta vai até a janela, apenas para ver o caos que o clima estava proporcionando. – Você não se lembrará dessa noite e nem de mim. – a forma que tomara começa a sumir. – Mas logo eu virei buscá-la. – e assim ele some.

No dia seguinte, a notícia de espalha por toda Konoha. Um milagre salvara os Yamanaka e uma festa é programada para celebrar tão fortuito acontecimento. Apesar da enorme alegria em seu coração, algo diz a Ino que ela fez algo errado, mas não consegue se lembrar exatamente o que fora.

Ela não sabia mas o erro fora negociar com o único cobrador no Universo que é certo e que não poupa ninguém de sua visita: A Morte.

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Continua


Espero que tenham gostado desse cap e que deixem review para a autora que vos falar saiba como seguir ou não com a história.:D

Bis Bald.o/