1-Saint Seiya pertence a Masami Kurumada e etc.
2-A parte da ida a Asgard seria um segundo capítulo que eu realmente não sei se chegará a existir. 8S
Chá das 17
Após o término do conturbado episódio nas geleiras de Asgard, quando cavaleiros de Atena e guerreiros deuses travaram uma batalha sangrenta, chegava a hora de Hilda de Polaris, sacerdotisa de Odin, fazer uma visita formal à até então arqui-inimiga Saori, a fim de que fosse corroborado o desfecho pacífico do conflito. Saori propôs que ambas tomassem um chá no Santuário, às dezessete horas.
Trocaram beijos a meio metro de distância.
- Oi, que-ri-da! - Ridícula - Como tem passado, lá nas geleiras eternas?
- Bem, bem, que-ri-da... - Insuportável – Só estou um pouco cansada... são tantas escadas para subir nesse lugar! – Hilda sorriu sem comprimir os olhos.
- O elevador está com defeito. – Saori sufocou uma risadinha. Tapada – mas é bom pra queimar umas calorias, não é? – lançou um olhar furtivo à cintura de Hilda. Obesa.
- Sim, talvez. - olhou para a roupa de Saori. – Cheguei em má hora? Ia dormir?
- Como?
- Não está de camisola? – Brega. – Oh, desculpe, não estou habituada ao vestuário grego...
- Tudo bem... – Baixa – Vamos entrar e tomar um chá, que-ri-da?
- Claro, bem.
No salão VIG (very important gods) do Templo do Mestre:
- Mas como está diferente seu cabelo, que-ri-da! – Saori disse. Horrorosa. – Tem cortado com quem? – Edward Mãos-de-Tesoura?Freddy Kruger?
- Ah, você não conhece... - Fingida. - mas, e seu consultor de moda, quem é? – Mônica? Luluzinha?
- Você não deve conhecer... já chegou televisão lá em Asgard? – Aliás, já chegou babaloo de morango por lá, residente do fim-do-mundo?
- Claro, bobinha – Baixo nível.
Hilda levou a xícara de chá à boca, exibindo seu vistoso anel.
- Que anel exótico, que-ri-da! Onde comprou? – Lá também vendiam rodas de trator?
- Não sei onde... – deu uma risadinha - foi um presentinho do Juju, meu namorado.
- Juju? – Juricreison? Juvanildson?
- Julian Solo... sabe?
- Julian Solo? – Saori surpreendeu-se um pouco, então se abrandou. Já peguei. – Claro, o Jujuzinho... como poderia esquecer... aiai...
Hilda estacou o olhar.
- Já se conheciam? – tentou sorrir.
- Oh, sim... – Oh sim, oh sim, oh yes, sim – mas foram águas passadas... – Suspirou com exagero - muito bem passadas...
Saori notou que a xícara tremia na mão de Hilda.
- Gostando do chá, que-ri-da?
- Huh, claro... – se eu fosse um orc, quem sabe – mas, diga, bem, onde conheceu o Juju?
- Numa festinha VIP. Aliás, acho que não te convidaram, não é? – Insignificante.
- Não, não convidaram... – Insolente.
- Jujuzinho não me deu descanso aquele dia, você precisava ver...
- Mesmo? – Depravada...
- Mas, sabe, né, ninguém é de ferro, chega uma hora que...
Súbito, o chá de Hilda misteriosamente saltou para o vestido de Saori.
- Des-cul-pa-que-ri-da-foi-sem-que-rer-eu-ju-rooooo!
Saori cerrou os olhos.
- Err, tá... – ldshsjdhfjknvkdshbvfdk... - tudo bem, que-ri-da... – olhou para os lados – espere enquanto vou ali me trocar, tá... é rápido...
Saori seguiu para seu quarto, afastando o vestido na área atingida pelo chá. Ao fechar a porta, inchou os pulmões e...
- VOCÊ ME PAGA, SUA $I#IJRQJSFI$()¨#$U#($!!!!!!!!!!
Pegou seu celular de última geração e discou 12.
- Afrodite, eu e Hilda vamos até aí... você já sabe o que fazer...
Num instante voltou à sala, em um vestido idêntico ao anterior - fato que não deixou de ser percebido por Hilda.
- Voltei, que-ri-da...
- Percebi.
- Sabe, tive uma idéia... que tal irmos até a casa de Peixes um pouco? Afrodite tem uns conselhos ó-ti-mos de moda e beleza, você precisa ver. E é aqui pertinho.
Hilda pareceu considerar a proposta.
- Hm... sério, que-ri-da?
- Se-rís-si-mo!
- Tudo bem, então... vamos lá.
Na Casa de Peixes:
- Oi, Frô!
- Oi, me-ni-nas! - Afrodite cumprimentou Saori. Ao olhar direito para Hilda, afastou-se como se encarasse Zeros de Sapo com alergia.
- Meu bem, pe-ra-í, pára tudo! Me explica uma coisinha, por favor... com o que você tem cortado esse cabelo? Foice cega?
Saori reprimiu seu regozijo interior. Hilda aniquilou mentalmente o cavaleiro de Peixes.
- Não, que-ri-do... com tesoura mesmo...
- Ah, imagino... deve ser a mesma que eu uso no meu jardim de rosas, hihihi! Mas, enfim, que bons ventos as trazem aqui, me-ni-nas?
- Viemos pedir conselhos de moda e beleza, Frô!
- Ah, Sasa, você não precisa de conselhos! Você é um lu-xo! Uma diva! Perfect!
Saori sorriu fazendo charme.
- Brigadinha, Frô!
- Mas já a sua amiga... – Afrodite lançou a Hilda um olhar de soslaio.
- Oh! – Saori ergueu exageradamente as sobrancelhas - O que tem de errado com a Hildinha, Frô?
- Hm... faça uma pergunta mais fácil, Sasa... tipo, "o que não tem de errado?".
Os olhos de Hilda faiscavam.
- Caham... bem, o Juju nunca reclamou, sabe...
- Sério? – Afrodite virou o rosto e completou num sussurro - Que conformado...
Hilda torceu os lábios furiosamente. Fez menção de se virar e ir embora, quando Saori lhe interrompeu.
- Calma, que-ri-da, o Frô é assim mesmo... bem sincero!
- Ah, claro que sim, que-ri-da... – Desgraçada, eu te mato...
- Mas, se quiser, podemos voltar... você não se importa, né, Frô?
- Claro que não, Sasa! Acho que sua amiga não precisa de conselhos... um milagre seria mais adequado! Porque não falam com o Shaka?
- Ai, Frô... – Saori cruzou os braços com uma expressão de censura - Não fale assim... apesar de tudo, Hildinha é minha amiga!
- Tá bom, desculpinha, Sasa... esqueci que nem você é perfeita, hihihi!
- Aiai... esse Frô é impossível! – disse descontraindo o rosto. – Não acha, que-ri-da?
- De fato... – bastardos...
De repente um vento frio correu pela casa de Peixes, vindo das escadarias que iam para Aquário.
- Olha só... – Afrodite disse – O Camus fazendo arte de novo!
- Brrr... - Saori estremeceu. – mas que vento frio! Ai, não sei como vocês agüentam!
Ao olhar a cena da rival tremendo de frio, um lampejo maligno correu pela mente de Hilda. Num segundo, seus planos de vingança já haviam sido formulados.
- Ai, que-ri-da... – ela disse com expressão entristecida – sabe, me desculpa meeeeessssmo, mas eu já vou ter de ir me despedindo...
- Ahn? Mas já, que-ri-da?! – desistiu rápido, loser – espere mais um pouco! Ainda nem fizemos uma mega aparição em público, nem tiramos fotos pra Caras em situações super singelas e naturais!
- Pois é, que-ri-da! – só se for Caras-de-Pau, né, bem - Mas, sabe como é, com essa coisa de efeito estufa, aquecimento global e tudo mais, se eu descuido um pouquinho que seja, Asgard derrete in-tei-ra! Aquilo lá anda quentíssimo!
- É sério, que-ri-da?
- Claro! Poderia fritar um ovo no iceberg! – alienada - Mas, enfim, tive uma idéia... Porque não vai você me fazer uma visitinha lá no palácio Valhalla?
Saori pareceu refletir. Trocou um olhar significativo com Afrodite, então tornou-o a Hilda.
- Bem... para mim, não parece ser problema, que-ri-da... acho.
- Combinado então, às 17. E não se esqueça de que anda fazendo muuuito calor por lá, ok?
- Claro, que-ri-da... não vou esquecer! – despediu-se de Hilda com novos beijos a meio metro - Mas vê se não some do Santuário, hein. Gosto tanto de você! - na beira da estrada, em avançado estágio de putrefação.
- Eu sei disso, que-ri-da! – óleo de peroba pra você, nota de quinze – Saiba que é recíproco. Bye, bye, até mais!
- Kisses, honey... até.
Hilda desceu as escadarias até a Casa de Gêmeos, onde Saga a transportaria mais rapidamente até Asgard – vá para outra dimensãããão. A sacerdotisa dava gargalhadas internas ao imaginar o destino de sua rival nas terras geladas.
