Bem, está é a primeira fic que escrevo, e nada melhor do que começar escrevendo uma fic de Sakura Card Captor, um anime incrível e que marcou minha infância (ou qualquer outra etapa da vida) e de muita gente, com seus personagens carismáticos, a história envolvente e também, que não poderia faltar, o pequeno toque de romance. Por favor, não me matem se não estiver tãaaaaaaaao bom assim, estou apenas começando!
Anyway, vou deixar de enrolar e somente pedir para que aproveitem! xD
Mágico Destino
Capítulo 1: O convite de Tomoyo
Começava mais um dia na cidade de Tomoeda. Nas ruas, algumas poucas pessoas se atreviam a sair, pois o frio do dia espantava qualquer tentativa de movimento na cidade. Qualquer que fosse o motivo que levaria as pessoas a sair de suas casas era esquecido rapidamente quando elas começavam a se levantar de suas camas, fazendo com que desistissem e voltassem a dormir. E era exatamente isso que uma jovem estava fazendo nesse exato momento em seu quarto. A luz do sol passava pela janela entreaberta e ia em direção ao seu rosto, fazendo com que ela se remexesse em sua cama.
- Mas que frio! – Dizia ela quase que sussurrando – Droga! Deixei a janela aberta ontem à noite! Assim vou pegar um baita resfriado!
Tentou fechar a janela, mas foi completamente inútil: ela estava emperrada. Suspirando, desistiu da idéia de continuar dormindo e se levantou, fechando as cortinas do quarto e indo em direção ao guarda-roupa. Seus belos olhos esmeraldinos correram pelas roupas em sua frente, analisando-as. Pegou algumas e as jogou em cima da cama. Teria que se arrumar para ir ao trabalho. Era certo que aquela rotina casa-trabalho estava começando a deixá-la irritada, mas pelo menos este era seu último dia antes de poder se dar ao luxo de tirar umas boas férias. Escolheu uma roupa que lhe agradava e foi até o banheiro. Queria começar o último dia de trabalho com um bom banho quente. Ligou o chuveiro e deixou que a água corresse por todo seu corpo, fazendo com que sua mente começasse a tentar imaginar alguns tipos de programas que poderia fazer no decorrer das férias que tiraria do jornal onde trabalhava, o Tomoeda News. Adorava escrever, mas fazia algum tempo que seu corpo e também sua mente davam sinais de que precisavam de um descanso.
No final do banho, ainda não tinha imaginado nada de especial para fazer. Parece que teria que passar suas férias em casa mesmo... Ou talvez Tomoyo pudesse fazê-la pensar o contrário. Sua prima era também sua melhor amiga e acreditava que ela teria muitas idéias para tentar ajudá-la a se divertir durante esse tempo. Trocou de roupa, prendeu o cabelo castanho, olhou para si uma última vez no espelho e ia descendo calmamente as escadas até ver o relógio pendurado na parede da cozinha. Estava atrasada. Reclamou consigo mesma por ter acordado muito tarde e saiu correndo para a garagem da casa com uma chave em uma mão e uma torrada em outra. Sakura ainda era a mesma de antigamente.
Ela ia passando apressadamente pelos corredores, como se quisesse se esconder de alguém ou de alguma coisa. Tentava chamar o mínimo possível de atenção, chegando até a respirar mais devagar. Mas não conseguiu passar despercebida por muito tempo, pois ouviu uma voz muito familiar chamar-lhe a atenção de dentro de uma das salas.
- Demorou mas chegou, não Sakura? – Dizia um homem, girando sua cadeira para poder ver melhor com quem estava falando, assustando a jovem, que estava quase em processo de fuga – Mas um pouco e acredito que seria obrigado a ter uma conversa a respeito de seus sucessivos atrasos...
- Me desculpe Tsukishiro! – Dizia ela entrando na sala e se curvando – É que houve um imprevisto hoje de manhã e... – Não pôde terminar a frase, sendo cortada pelo chefe.
- Acordou tarde de novo, não foi? – Disse ele, fazendo com que ela se espantasse com o comentário e corasse – Eu sabia. Mas não se preocupe com isso. – O homem falava em tom calmo - Sei que está tirando férias justamente por estar muito cansada. Admito que essa rotina possa ser muito desgastante.
-Ah... sim, mas... – Parou por um momento, como se receasse em fazer a pergunta – O senhor não me chamou até aqui somente para dizer isso, não foi? – Ficou em silêncio, esperando a resposta do chefe.
- Ah, me desculpe! Já ia me esquecendo! Enquanto você ainda não tinha chegado, me parece que recebeu um recado de sua prima, a senhorita Daidouji. Parece que tinha certa urgência em falar com você. E, a propósito, me chame de Yukito! Falando assim até parece que não somos velhos conhecidos! – Disse, enquanto um dos fios de seu cabelo prateado teimava em cair na frente dos óculos redondos. – Agora já pode ir, Sakura. – Falou sorrindo, enquanto via a amiga saindo pela porta.
Após a breve conversa com Yukito, Sakura ia passando e cumprimentando seus colegas de trabalho com um "Bom dia!" ou com um "Como vão as coisas?" até chegar a sua sala, verificando o telefone. Dez mensagens na secretária eletrônica! Tomoyo realmente queria falar com ela. Mas ela teria que esperar, depois que viu a pilha de trabalho que teria de fazer antes de tirar suas merecidas férias... Pelo menos faltavam apenas algumas horas até poder ir finalmente para casa.
- Ufa! Finalmente de volta! – Dizia Sakura enquanto tirava seu casaco, colocava as chaves do carro em uma mesinha próxima e se jogava no sofá – Tudo o que eu quero agora é dormir tranquilamente na minha caminha quentinha... – Já estava fantasiando com seu descanso até que o telefone tocou, tirando-a de seus pensamentos – Ah! Deve ser a Tomoyo, tinha me esquecido de retornar a ligação para ela.
Saiu correndo pela sala até alcançar o telefone, quase tropeçando no tapete e derrubando várias coisas no processo. Finalmente o alcançou e tirou-o do gancho.
- Alô? - Disse enquanto tentava colocar o tapete novamente em seu lugar.
- Sakura? Ah, finalmente te achei! Por onde você andou o dia todo? – Disse uma mulher do outro lado da linha.
- Oi Tomoyo! Me desculpe, cheguei um pouco atrasada hoje no trabalho e estava cheia dele pra fazer! – Dizia, quase chorando só de lembrar da quantidade de coisas que teve que fazer para poder sair de lá em tempo – Mas, me diga, o que você tem de tão importante para me dizer que teve de deixar dez mensagens na secretária eletrônica hoje pela manhã enquanto eu ainda não tinha chegado?
- Ah, isso é uma coisa muito importante! Primeiro: você já resolveu o que vai fazer durante as férias?
- Ainda não... Estava pensando em passar alguns dias com meu pai, para fazer uma visita a ele. Já faz algum tempo que não vou até lá. Penso que ele fica muito sozinho naquela casa, já que eu e Touya temos agora certa responsabilidade financeira e não precisamos mais morar com ele.
- Entendo... Mas se ele estiver ocupado, gostaria de convidar você para passar as férias comigo! –Tomoyo disse em um tom muito animado – Sabe, é que minha mãe resolveu passar as férias em nossa casa de campo e eu queria saber se você não estaria interessada em ir conosco!
- Ah, eu não sei Tomoyo... Acho que vou incomodar muito a sua mãe desse jeito... – Falou Sakura, logo sendo interrompida pela amiga.
- O que é isso, Sakura! Você não incomodaria de jeito nenhum! Por favor! Pra me fazer companhia! E depois você é minha prima também! Aposto como minha mãe ficaria muito feliz em receber você.
- Tudo bem Tomoyo! Eu vou! – Já podia ver a cara de felicidade de sua prima – Mas somente se meu pai estiver ocupado!
- Está bem! Eu espero sua resposta, mas tem que ser até depois de amanhã, porque não podemos demorar muito para viajar. Parece que minha mãe vai fazer uma pequena reunião de negócios por lá e quer que eu participe também. – Agora a voz da amiga parecia demonstrar um pouco de cansaço.
- Ok, conversarei com meu pai amanhã para saber se poderei ficar por lá. Mas me conte Tomoyo, como é que vai o seu namoro com o Eriol? – Perguntou Sakura, agora parecendo um pouco mais interessada na conversa do que a alguns minutos atrás. Gostava de saber como andava a vida da amiga, porque sempre zelava pela felicidade dela.
- Vai muito bem, apesar de que ele não vai poder ficar comigo durante as férias. Parece que não conseguiu tirar folga lá do hospital. Aquele trabalho acaba sobrecarregando-o demais! – Falava Tomoyo em tom sério, indo em defesa do namorado – Mas ele me disse que vai fazer o possível para me ver pelo menos nos finais de semana. Ah Sakura, você não sabe como é difícil ficar sem vê-lo durante muito tempo! – Sakura já podia imaginar a prima com o típico brilho no olhar. Sempre acontecia quando falava de alguma coisa com muito entusiasmo - Mas me conte: e você? Ainda não arrumou um namorado por aí?
- Mas é claro que não Tomoyo! – Sakura já estava com o rosto um pouco vermelho – Não vou ficar por aí correndo atrás de qualquer um. Agora só vou me relacionar se for realmente a pessoa certa!
- Ah claro. Mas cuidado pra não ficar esperando a vida toda e acabar ficando pra titia! – Disse Tomoyo em tom divertido, dando uma alfinetada em Sakura.
- Pare com isso Tomoyo! – Fingindo ressentimento – Se continuar assim acho que vou ter que pensar na hipótese de ficar na casa do meu pai as férias inteiras! – Agora ela tinha certa malícia na voz.
- Tudo bem, eu paro! Mas não pense em nada, porque quero você para poder me acompanhar na viagem. Desculpe, tenho que desligar agora. Minha mãe quer saber minha opinião quanto algumas questões da empresa. Até amanhã!
- Até amanhã, Tomoyo! Mande um beijo para tia Sonomi por mim!
Depois de desligar o telefone, Sakura teve a leve impressão de que essas férias seriam mais agitadas do que havia imaginado. Enquanto pensava, foi subindo as escadas da casa até chegar em seu quarto. Agora o que queria era dormir e recuperar as horas de sono perdidas durante a semana de trabalho.
Sakura acordou mais cedo do que o esperado naquela manhã. Queria começar as férias arrumando sua casa, porque atividades como varrer e limpar os vidros haviam sido negligenciadas a semana inteira. Prendeu o cabelo num rabo-de-cavalo, colocou umas roupas mais simples e foi até a área de serviço. Começou pegando a vassoura, um esfregão, alguns panos e muitos produtos de limpeza e os levando para o banheiro. Aquela certamente seria uma batalha árdua a ser travada! Adentrou no cômodo e fechou a porta atrás de si, como se não quisesse ser interrompida enquanto realizava sua difícil tarefa.
Depois de muito tempo, uma Sakura esgotada se sentava no sofá. Havia sido muito desgastante, mas pelo menos conseguiu limpar tudo. Agora queria tomar um belo café da manhã bem relaxada e depois aproveitaria para ligar para seu pai. Foi até a cozinha, abriu um dos armários e pegou um pacote de conteúdo bastante conhecido para ela: chá. Pegou alguns saquinhos e os colocou dentro de um bule. Quando colocou a água para ferver, ouviu o barulho do telefone tocando da sala.
- Deve ser a Tomoyo. Aposto que está querendo perguntar se já liguei para meu pai... – Já ia tirando o telefone do gancho pra poder parar com o escândalo que o aparelho estava fazendo.
- Alô? – Falou uma voz masculina do outro lado da linha.
- Pai? – Sakura mal conseguia acreditar que era ele quem estava ligando. Já fazia algum tempo desde que ouviu a voz do senhor Fujitaka se despedir dela, quando resolveu morar sozinha depois de ter conseguido um emprego. Além disso, ele não ligava para ela com freqüência – Nem acredito que seja o senhor! Como vão as coisas por aí?
- Vão muito bem, querida, apesar de ser um pouco estranho acordar todos os dias de manhã e não ter ninguém com que conversar. Você e seu irmão realmente me fazem uma falta muito grande, sabia? Mas estou te ligando para avisar que durante alguns dias não estarei mais em casa, pois haverá uma importante reunião em Tókio com alguns arqueólogos do mundo todo para discutir sobre algumas ruínas de uma civilização antiga que foram encontradas a pouco tempo no México. Vou viajar amanhã de manhã para lá. – O homem parecia muito concentrado no que dizia, mas mesmo assim sua voz tinha um tom bem calmo – Mas, me conte querida, como vão as coisas no trabalho?
- Vão bem, pai, principalmente porque acabei de tirar umas férias e poderei descansar bastante. Queria poder passá-las com o senhor, mas terei que deixar para outra hora. – A voz de Sakura parecia um pouco triste - Ah, o senhor tem notícias de Touya? Já faz algum tempo que não converso com ele! – Se animando um pouco.
- Ah, o Touya? Eu havia me esquecido de dizer, ele vai comigo nessa viagem! Afinal, nada melhor do que um arqueólogo experiente para me fazer companhia! – Já podia imaginar o sorriso estampado no rosto do pai. Ele tinha ficado muito orgulhoso quando soube que seu filho havia seguido seus passos e se tornado um arqueólogo como ele. – Quer que eu o chame para poder conversar com você?
- Ah, sim pai! Muito obrigada! E até logo! – Dizia Sakura, com o coração um pouco triste, se despedindo do pai.
- Alô? Sakura? Há quanto tempo, monstrenga! – Dizia Touya em tom de brincadeira, como fazia todos os dias desde que Sakura era bem pequena.
- Touya! Pare com isso, porque eu não sou monstrenga! – Disse Sakura, com veias aparecendo em sua testa – Eu peço para falar com você e é assim que você me cumprimenta?
- Me desculpe, é o hábito. Mas é que não é todo dia que se tem a oportunidade de falar com uma monstrenga ao telefone! – Disse ele, fazendo Sakura ficar com os olhos cheios de fúria – Tá bom, eu paro... Mas o que queria falar comigo, Sakura?
- Só queria mesmo saber como andam as coisas com você... Já faz tempo que não tinha notícias suas!
- Ah, está tudo bem comigo, apesar de que o trabalho consome a maior parte do meu tempo! Acho que depois dessa reunião terei algum tempo para poder descansar e te fazer uma visita. – A voz dele tinha novamente um tom de brincadeira - Acho que quando for até aí, terei eu mesmo que cozinhar, afinal, quem é corajoso o bastante para provar da comida feita por uma monstrenga como você? Poderia sofrer efeitos colaterais muito sérios! – Sua voz tinha agora um tom catastrófico - Minha vida estaria em risco! – E começou a rir do outro lado da linha.
- Touya! Pare com isso! Eu não sou monstrenga e nem cozinho tão mal assim! – Falava Sakura, que agora estava pronta para aniquilar o irmão somente com o olhar, que estava em chamas – Você vai ver quando eu te pegar, vou fazer você engolir tudo o que está falando comigo agora!
E a discussão se arrastou por minutos a fio, até que Sakura se encheu de ficar ouvindo as bobagens de seu irmão e correu para a cozinha, se lembrando que havia deixado a água esquentando no fogão para poder fazer o chá. Nem o café da manhã havia tomado ainda. Agora o que faltava fazer era ligar para Tomoyo e lhe contar a boa notícia de que passaria as férias com ela. Notícia que, obviamente, seria recebida com fogos de artifício e muita festa pela prima.
Bom, aqui termina o primeiro capítulo de "Mágico Destino"... Venho agora somente pedir para que você que está lendo essa fanfic possa mandar um review. Mandem críticas, sugestões, chutem o balde, mas mandem ao menos UM review. Façam essa escritora uma pessoa muito feliz!
Agora a hora de agradescer a algumas pessoas que me ajudaram a criar essa história (que, se dependesse de mim, nunca ia ser postada, por causa da preguicite aguda da autora! xD): Ana Carol (Meiling! hahahaha... não me mate!), Thiago (Poring! Para de jogar Rag um pouco, menino!), Lena (you know, Link is better!) e Sakura (amiga de conversas pelo MSN... mas fazer o que, se você mora TÃO longe né? Obrigada pelas idéias dos títulos dos capítulos! D).
Acho que é só... vou voltar para minha vida rotineira e monótona...
/// A autora lança uma bomba de fumaça no chão e desaparece, com todos ao redor com uma cara mais ou menos assim: (O.O) ///
