La petit mort

Ele agachou ao lado dela e deixou escapar um sorriso malicioso. Seus cabelos vermelhos contrastavam com o branco exagerado da pele que, por sua vez, saltava aos olhos perto do negro que compunha grande parte da roupa que usava.

Não que aquilo pudesse ser chamado de roupa, observou Draco, satisfeito. Era apenas um espartilho, uma calcinha e uma cinta-liga pretos com detalhes em vermelho. Ela estava mesmo querendo impressioná-lo, pensou ele, ainda mais satisfeito. Correu os dedos pela costura do espartilho, desejando que pudesse abri-lo e deslumbrar-se com seu corpo. Mas seu contratante fora claro: fazer o serviço e dar o fora.

Consultou o relógio, já fazia alguns minutos, tinha que sair dali. Levaria tempo para que alguém percebesse o ocorrido, mas se ele se demorasse muito teriam certeza de que era o culpado. Já estava a meio caminho da porta quando recuou alguns passos, recolocando as luvas negras e voltando a se debruçar sobre o corpo dela. Não demorou mais que meio minuto para retirar o espartilho, mas passou mais alguns segundos olhando as formas dela. Muito bom para uma Weasley, pensou, enquanto embolava a lingerie e colocava de qualquer jeito no bolso do casaco.

Dali a cinco minutos estaria fugindo num conversível vermelho, enquanto sua musa jazia morta no chão de um hotel caríssimo, seminua e com a boca aberta num grito de horror.