Prefácio

Ai ai...a vida continua, caros leitores...se é que tenho leitores! Bem, o que verão a seguir é mais uma fic de The King of Fighters, porém mais divertida que a açucarada Paciência, Dúvida, Amor, Agonia (que logo será revisada, porque está um tanto artificial e com capítulos curtos, né, srta. Mary Mustang? xD). Mas como eu não falo de outras fics e sim da que vem a seguir...vamolá! Ela se passaria depois do final do torneio XI, mais especificamente do final do time Art of Fighting, composto por Ryo, Yuri e King (tinha que ser, Thais! Ti-nha-que-ser!). Tenho boa parte dela já escrita, e espero (mais uma vez, sim?) que agrade e renda boas risadas.

Não esquecendo de agradecer a Julya chan, colaboradora. (Valeu:D)

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Pao Pao Café.

O bar estava esvaziando. Lá apenas permaneciam os mais assíduos (e noturnos) freqüentadores, além de uma dupla de amigos. Um quase se mijava de tanto rir. Outro estava tão decepcionado que só queria beber e beber.

-Uma cerveja, por favor - disse Ryo, com a voz mole e triste.

-Uma dose de Jack Daniels! - O melhor amigo, playboy, estava animado. Não aos gritos, mas com um sorriso bastante notável. Enquanto o uísque descia copo adentro, Robert não perderia a oportunidade de gracejar. - Nossa, Ryo! Não é do seu feitio beber. Justo você, um cara tão disciplinado... - Ryo aumentou o tom.

-Cala a boca! Quero beber, e não alguém pra me passar sermão! Merda! - deu um soco no balcão, enquanto o amigo gesticulava para que maneirasse.

-Opa! Só tava brincando, cara! Todo mundo merece espairecer um pouquinho de vez em quando, eu sei! - Deu uns tapas nas costas do amigo, e logo um um gole no uísque. Mesmo depois de ter recebido uma mesa na cara (e estar com uma senhora dor nas costas), Robert ainda estava com o humor digno de um palhaço. Daqueles bem pastelões.

Nos 3/4 da segunda garrafa, o tronco do "Dragão Invencível" não agüentava. E ele se debruçou no balcão, um pouco menos raivoso.

-Robert...v-você sabe por que eu tô assim?

Robert olhou para cima, com uma cara de quem queria fingir que estava pensando, mas que na verdade tinha a resposta na ponta da língua.

-Porque a gente estragou a noite do...casalzinho? - e deu mais um gole. Ryo nada dizia. Seu olhar reprovador sobre Robert já dizia tudo. Embora fosse um cego pela boxeadora, Robert não estava o levando a sério. O diminutivo da palavra era o que mais enervava Ryo. Mas ele se conteve. E fingiu não ter ouvido o que Robert dizia.

-Não. É porque eu não sei mais o que fazer. Tudo bem que o meu pai só quer me ajudar, mas...não tá funcionando. - Engoliu em seco, virou sua tulipa e continuou. Seu rosto estava expressando cada vez mais decepção. Mesmo sabendo que poderia chorar, pediu mais uma. Sua terceira cerveja. Que não última. - E VOCÊ ajuda nas traquinagens daquele caduco.

-Epa! Caduco não! Mestre! - observou.

-Que seja. Certamente, ela neeeeem vai querer falar comigo.

-Ela quem?

Ryo mais uma vez chegou a um ápice de irritação.

-King, Robert! King! Nem deve querer olhar pra minha cara agora!

O playboy não parecia surpreso.

-Bem, mas ela logo desconversou quando você pediu desculpas pelo acontecido no hospital. Quer dizer, vai te perdoar ainda.

-Aaaaacho...que você não entendeu. Aquilo...do hoshhhpital...foi só uma coisa idiota. No restaurante, vocês já queriam empurrar a gente pra uma...uma suíte!

-E você topaaaaava, né, garanhão! - Deu umas cotoveladas no amigo.

-QUÊ?! - Ryo corou violentamente. E virou mais uma tulipa. E pediu mais uma garrafa.

-Aposto que não disse nada só porque tava nervo...ah! Quase caí! - Ryo tinha lhe dado um empurrão, e o playboy quase caiu (não!) de seu banco.

-Não tenho a mente suja que nem você. Tenho compostura.

-Arrã. Pra quem tava com a voz mole agora pouco...e na quarta cerveja...

Ryo não se importava mais. Era seu melhor amigo, apesar de mulherengo e piadista de todas as horas (impróprias). Portanto, seguiu soltando lamentações.

-Não sei maisssshh...o que fazer. Ela deve me achar...um baita de uuum idiota. Masssss...eu tô cada vez mais apaixonaaaaado por ela! Ela não deve nem ir muuuito com a minha caaaaara, sabe? Só convive comigo...porque é amiga do meu PAI! Eu tenho que ficar encarando...todo dia...algo que eu NÃO... - bateu na mesa - POSSO... - bateu de novo - TER! - e de novo.

-Vou te convidar pra beber todo fim de semana, Dragão Vencível pela Manguaça! - Robert não parava de rir.

Ryo já não ouvia seus gracejos. Já estava terminando sua quinta garrafa, tamanha sua aflição perante o acontecido. Ele devia reconhecer - era fraco com bebidas, já que só bebia muito ocasionalmente. Sua boca já não tinha controle.

- E sabe o que é pior, Robertsh? Quando...quando eu vejo uma mulher b-bonita, na rua, eu penso: "Ela é gostosa...mas a King é mais!!!" - Ele caiu aos prantos por cima do balcão, e Robert o consolou com a mão em seu ombro, rindo.

-Hahahah! Isso prova que você pensa sujo também, Dragão Invencível!

-N...n'é isso, não! Merda! - Ele caiu de novo por cima do balcão, decepcionado com e incompreensão do colega.

-Quer algo mais com ela, que eu sei! - Ele deu mais cotoveladas em Ryo.

-Oooolha aqui! Vou te dar uma garrafada na cabeça! - Rapidamente, Ryo se levantou, mas se arrependeu e retomou postura.

-Tá, tá foi mal!

Ambos ficaram quietos. Robert mal tinha bebido metade da sua dose de uísque. Ryo já estava na sua sexta garrafa de cerveja. E bêbado.

Apenas três clientes foram embora.

Robert arrumou outra oportunidade de provocar o amigo. Chegou perto de seu ouvido, imperceptivelmente, e sussurrou...

-...pervertido.

Ryo se ergueu do balcão.

-HAAAAOH... - Quando se deu conta, sentou e voltou a beber. Ele já estava fazendo bobagem enchendo a cara. Não queria chamar (mais) atenção (ainda) brigando com Robert, que riu baixinho.

De repente, Robert aproximou-se da cabeça de Ryo e falou, em um tom malicioso:

-Hummm...olha só quem tá chegando! - Ele fitava a cliente a chegar no café, com um olhar condizente com seu tom de voz. Ryo estava em completo pânico, e escondeu a cara no balcão.

-Não chama a atenção! Merda! - sussurrou. Em pânico, sua voz ficou mais firme, mas ele ainda não pronunciava muito bem duas consoantes juntas, o que lhe rendia palavras como "iama", "atenshão" e "méda".

A cliente não olhava para os lados. Percebia uma voz familiar, mas acreditou ser apenas uma ilusão.

-Um tinto, por favor. - Tinha o cabelo loiro e curto, e trajava um vestido rosa. Estava aborrecida e um pouco estressada. Era mesmo King. - Obrigada. - As vozes que considerava familiares estavam chamando cada vez mais sua atenção, e deu uma rápida olhada. Vendo que tratava-se de Robert e Ryo, enrubesceu e tratou de tomar seu vinho. "Não pode ser, eu devo estar meio alterada", pensou. Segura de que eles não a olhavam, fitou-os para ter certeza de quem eram. Uma vez certa, queria sair do café, mas tomou um vinho pra se acalmar.

Enquanto ouvia os risos de Robert e alguns resmungos nervosos e meio tristes de Ryo, sentiu-se culpada. Antes de chegar ao café, estava com raiva porque foi a primeira vez em que se mostrou realmente irritada - e ela detestaria mostrar vulnerabilidade em qualquer situação. Quando tomou seu primeiro gole de vinho, estava culpada por Ryo. Ela não ligava para Takuma, nem para Yuri, nem para Robert - eles mereciam uma surra. Estava preocupada porque Ryo talvez pudesse interpretar aquela mesa virada como se quisesse afastar-se dele também. Porque, quando disse "Seus idiotas!", Ryo talvez pudesse pensar que ela não falava só de Takuma, Yuri e Robert - mas dele também. Porque ele poderia pensar que ela o odiava "por causa daquele pai idiota, mais aquela irmã idiota, mais aquele tigre idiota".

Ela abaixou a cabeça, e fechou os olhos. Sua boca não tomava o vinho com vontade. Sua mão simplesmente inclinava a taça, e o vinho seguia pelo caminho que quisesse seguir. Pela primeira vez, tomou-o de maneira negligente. Sua mão não queria mais segurar a taça. O pouco que restava de vinho caiu sobre seu vestido. "Irrelevante. Nunca mais irei usá-lo", pensou. Serviu-se de uma taça outra vez.

Robert, repentinamente, deixou algumas notas de dinheiro em cima do balcão, e disse:

-Tchau. - com um sorriso malicioso.

-N-não! Não me deixa sozinho, Robertsh! - Ryo segurou o pulso de Robert, que simplesmente largou da mão do amigo e foi embora, rindo.

-Boa sorte pra vocês, hein!

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Posfácio

Hehe, não tenho idéia de posfácio...Ah! Sim! QUERO REVIEWS! Falem o que quiser, mas escrevam! desesperada