A vida era tranquila. Vivamos apenas eu e meu pai. Ele era um homem razoavelmente rico e fazia de tudo para me dar do bom e do melhor. Minha mãe havia morrido quando eu tinha 10 anos. Quando tinha 13 paipai se casou de novo. Kurenai e eu nunca nos demos bem, eu a tratava bem por causa do paipai. Kurenai era uma mulher muito bonita e vaidosa 15 anos mais nova que ele. Gostava da boa vida que ele lhe oferecia. Alguns meses depois de kurenai ter se casado com o papai ela sugeriu que eu fosse mandada para um colégio interno. E assim foi feito. estudei até meus 17 anos numa das melhores escolas do país e voltava para casa somente nas férias. Eu nunca reclamei. Eu gostava da escola e tinha varias amigas. Era uma escola só para meninas que era dirigida por freiras. Esse seria meu ultimo ano na escola, apesar de estar feliz por finalmente poder voltar para casa eu estava insegura. Não sabia o que seria de mim. o que iria fazer?

Estava em casa para as férias de Natal, despois das festas de fim de ano voltaria para a escola para terminar o semestre e finalmente me formar. E meu pai daria uma pequena reunião para a família e alguns amigos.

– sakura querida venha aqui. quero falar com você. – disse kenshi. E sakura foi com ele até o escritório. – quero que ajude kurenai em tudo que ela precisar.

– tudo bem papai. Mais kurenai não gosta que se metam quando ela está organizando uma festa.

– ok meu anjo, então apenas seja prestativa se ela lhe pedir algo.

– ok

– já ia esquecendo, vamos receber um convidado especial.

– o que ele tem pra ser especial?

– você sabe que meus negócios não vão bem. – kenshi tinha uma das maiores concessionarias do país, mais os negócios iam mal. – o sasuke comprou parte do negocio.

– sasuke? Já ouvi esse nome em algum lugar... qual o sobrenome?

– uchiha.

– uchiha sasuke do império uchiha? – a maior empresa do país.

– sim.

– porque ele está ajudando o senhor?

– o pai dele e eu fomos grandes amigos quando eramos jovens. O sasuke está me ajudando por consideração ao pai que morreu. Ele é um pouco arrogante mais é um bom homem por isso quero que o trate bem. Entendeu querida?

– sim papai.

– agora pode ir. – ela saiu da sala e foi para o seu quarto. A festa de natal seria amanhã a noite e a casa já estava toda arrumada e os preparativos tudo pronto. Fui ao meu quarto e então a vi.

Kurenai estava usando um colar de diamantes que foi da minha mãe. Esse colar foi guardado por anos para que eu usasse quando fosse adulta. Era o presente da minha mãe para mim. E lá estava ela usando. Quando vi não aguentei e comecei a gritar.

– O QUE PENSA QUE ESTÁ AZENDO?

– nada. Só pegando emprestado. Fica muito melhor em mim do que ficaria em você.

– TIRE AGORA. FOI DA MINHA MÃE. VOCÊ NÃO DEVE TOCAR EM NADA QUE FOI DELA. – parti para cima dela mais ela correu para o corredor chamando por kenshi. Meu pai saiu do escritório e veio ver o que tinha acontecido.

– que gritaria é essa?

– kenshi querido sua filha sakura está loca. Me agrediu.

– mentira pai. Ela pegou o colar de minha mãe sem permissão.

– filha não custa nada emprestar o colar. – meu pai disse.

– NÃO! ELE ERA DA MINHA MÃE E NÃO QUERO QUE NINGUEM O USE.

– não grite nesta casa menina. E respeite sua madrasta.

– respeitar essa mulher? NUNCA. – em um ato impensado eu peguei o jarro de flores que estava em uma mesinha no corredor e o joguei em kurenai. Ela se afastou e o jarro batei na parede se quebrando.

– SAKURA. EU VOU TE ENSINAR A RESPEITAR SUA MADRASTA. VOU TE DAR UMA SURRA.

– não pai. Por favor. – ele me deu um tapa na cara.

– agora peça desculpas a ela.

– nunca. – e sai correndo. Nossa casa era afastada da cidade. Corri pela mata. Corri muito até que cheguei aos portões de uma casa. Era a casa de nossos vizinhos mais próximos. Eu sabia que eles tinham se mudado e que a casa tinha sido vendida, só não sabia para quem. Sabia que meu pai viria atrás de mim pois já era noite e não querendo ser encontrada por ele empurrei o portão e entrei na casa.

Passei pelo jardim e não tinha ninguém. Olhei para a casa e as luzes estavam acesas. Entrei na sala que estava toda arrumada mais também não tinha ninguém.

– olá. Tem alguém em casa. – mais ninguém me respondeu. Talvez o novo dono ainda não tenha chegado para ocupar a casa. Isso era bom. Eu poderia dormir ali e esperar que meu pai se acalmasse. Amanhã conversaríamos. Subi as escadas e andei por um corredor tocando em todas as portas, mais elas estavam fechadas até que quando toquei na ultima porta ela abriu.

O quarto era luxuoso e estava arrumado. Corri para a cama e deitei. Demorei um tempo para pegar no sono, lembrava do meu pai e de como era nossa vida antes de kirenai chegar. Meu pai nunca havia encostado a mão em mim, e por causa desta mulher ele o havia feito. Com esses pensamentos adormeci...

Senti uma mão acariciando meus cabelos. Quando abri os olhos gritei. Tinha um homem no quarto. Afastei-me dele caindo da cama.

– quem é você e o que está fazendo na minha cama? – ele disse. Eu não conseguia responder. – se não me disser nada vou chamar a policia. Você invadiu minha casa e meu quarto. – eu estava perdida.