Disclaimer: Todos os personagens são da J.K. Rowling.
You're taking over me
Autora: Sweeney Malfoy
Shipper: Draco/Hermione
Todas as tardes eu venho nesse parque. Para pensar na vida, em como as coisas podiam ter sido diferentes e me torturar cada dia mais e mais quando olho de longe ele e o filho se divertindo.
Eu sempre sento no mesmo banco, o mais afastado e escondido do parque observando pais brincando com seus filhos... Um pai em especial. A quem eu quero enganar? É obvio que eu só venho aqui para ver Draco Malfoy. Ver o culpado por minha vida estar assim, uma completa e tediosa rotina.
Será que ele ainda lembra de mim?
Minha vida seguiu um rumo que ninguém imaginava, nem mesmo eu. Todos pensavam que eu me casaria com o Ron e teríamos vários ruivinhos. Era o que deveria ter acontecido, talvez agora eu estivesse observando os meus filhos.
Como ele pôde fazer isso comigo?
Parece tão fácil colocar toda a culpa nele, dizer que o frio e malvado sonserino acabou com a vida de uma destemida e boazinha grifinória. É nisso que os meus amigos acreditam, mas eu sei o que realmente aconteceu, sei da história verdadeira e quem foram os culpados, ou a culpada. Eu sabia onde estava me metendo e com quem estava lidando.
Como eu fui idiota! Simplesmente estúpida quando pensei que um sonserino, sangue-puro, rico, esnobe, egocêntrico e com tantos outros defeitos poderia se apaixonar por uma grifinória sabe-tudo, nascida trouxa, melhor amiga do seu inimigo... Onde eu estava com a cabeça? Que pergunta idiota. É obvio que eu, Hermione Granger estava apaixonada por Draco Malfoy. Esse foi o único motivo pelo qual me entreguei totalmente a esse "relacionamento". Nem sei se posso chamar o que tivemos de relacionamento, mas sei que foi tão bom quanto um.
Tudo começou quando nós voltamos a Hogwarts para concluir o nosso sétimo ano após a batalha contra Voldemort. Eu estava animada porque eu sabia que aquele ano seria calmo, já o Harry e o Ron foram com muita má vontade, como se fossem forçados a isso. Além de nós outro trio decidiu retornar as aulas, Draco Malfoy, Blaise Zabini e Pansy Parkinson. Após a guerra não havia muito o que falar, só que estava tudo acabado e não havia mais preocupações. Alguns estavam felizes por rever seus amigos e muitos ainda derramavam lágrimas sentindo falta daqueles que morreram lutando.
Os sonserinos não se importavam com os olhares que recebiam das outras pessoas. É, a relação entre as casas continuava a mesma.
Ron e eu tentamos ter algum relacionamento, mas não deu muito certo então optamos pela nossa amizade. Ao decorrer do ano letivo as coisas mudaram, parecia que a batalha não afetava mais a ninguém e as coisas voltaram ao normal, nos padrões de Hogwarts é claro. Os meninos se preocupavam com o quadribol, fazendo previsões de qual seria a casa vencedora e as meninas conversavam sobre moda, maquiagem e garotos. Festas e bebidas passaram a ser indispensáveis no salão comunal. As pessoas queriam que aquele último ano fosse memorável e pra mim ele foi.
Aos poucos Draco foi conseguindo seu respeito de volta, não só na sua casa. Todos haviam percebido que ele voltara diferente, não que ele tivesse se tornado um garoto bonzinho, isso não combina com ele, mas ele havia mudado.
Ele atraia a atenção das garotas e sou obrigada a dizer que atraia a minha também. Lindo, loiro, alto, olhos prateados, frio e se mostrava mais maduro. Como eu poderia ignorar tudo isso?
Com o tempo percebi que dedicava muita atenção a ele, eu observava todos os seus movimentos. Um dia quando estávamos jantando, eu o olhei e para a minha "sorte" no mesmo momento ele resolveu olhar na minha direção. Eu pensei em desviar o olhar e fingir que tinha sido pura coincidência, porém não foi o que aconteceu, eu não conseguia e não era a única. Ele ficou me olhando por um longo tempo, acho que até ele se dar conta do que estava fazendo.
Fiquei pensando naquele momento todas as noites, pois Draco Malfoy não havia me lançado um olhar de desprezo e isso nunca seria considerado normal.
Para minha surpresa fomos nos aproximando aos poucos.
- 11 anos atrás -
Lá estava eu correndo desesperada pelos corredores de Hogwarts, pois estava atrasada. Por que ninguém me acordou? Agora eu não tinha tempo nem pra comer e o pior é que a primeira aula é de porções com a sonserina. Muito me irrita o fato de eu não conseguir prestar atenção na aula por causa daquele sonserino idiota.
Distraída e correndo, tem como isso dar certo? Lógico que não, mas eu só percebi isso quando esbarrei em alguém e acabei caindo de costas. O mesmo não aconteceu com a outra pessoa que só se desequilibrou.
-Ai! Me desculpa, eu sou muito desastrada e estava distraída então... –Disparei a falar, mas parei imediatamente quando me dei conta de quem estava a minha frente. Nesse momento eu esqueci tudo, que estava atrasada e tinha que levantar.
-Vai ficar ai me admirando? Aliás, você tem feito muito isso ultimamente. –E então ele sorriu, se divertindo com a minha cara de indignação e estendeu a mão para mim.
Isso não pode ser real. Draco Malfoy, aquele garoto mimado e arrogante que odeia trouxas, "o príncipe sonserino" como é chamado pela maioria em Hogwarts, está me oferecendo ajuda?
-Vai aceitar ou pretende ficar por aqui mesmo? Estamos atrasados, Você sabia? –Ele me disse fingindo uma preocupação e sorrindo em seguida.
"Garoto, da pra parar de sorrir assim?"
Falando a palavra "atraso", ele me despertou e eu aceitei sua ajuda.
-Eu sei muito bem que estou atrasada. Por que você acha que eu estava correndo? –Falei um pouco irritada enquanto pegava minha bolsa no chão. Só porque ele é lindo, não quer dizer que eu tenha que ser delicada com ele, certo? Um sorriso não apaga tantos anos de xingamentos.
-Então eu suponho que você não queira mais perder tempo aqui. –Ele disse encostado na parede. –Podemos ir?
-Podemos? –Como assim "podemos"? Ele quis dizer ele e eu, juntos?
-É, estamos indo para o mesmo lugar certo? Mas se você não quiser tudo bem. –Ele não esperou uma resposta e já estava seguindo o caminho para a sala de aula.
-Espera! –Eu disse um tanto alto demais e logo tapei minha boca. –Quer dizer... Eu vou com você.
Essas palavras soaram um tanto estranhas, principalmente sendo direcionadas ao Malfoy. Nós estávamos seguindo para a sala quando eu parei de repente. Ele parou um pouco mais a frente.
-Algum problema, Granger? –Sua voz demonstrava um pouco de impaciência.
-Quem foi que disse que eu fico te admirando por ai? –Eu sou uma tonta mesmo, depois de longos minutos é que eu lembro que ele havia dito isso.
E o que eu recebo como resposta? Gargalhadas. Isso mesmo ele ficou rindo por muito tempo.
-Posso saber qual é a graça? –Perguntei com uma verdadeira irritação, cruzando os braços.
Ele não me respondeu, apenas continuou andando e foi parando de rir aos poucos. Eu não insisti no assunto e quando finalmente chegamos à sala, recebemos uma reclamação do Slughorn e eu acho que ele só não tirou pontos de nós, por sermos os melhores da turma. É... Tudo voltou a ser como era, o professor sempre pergunta ao Harry o que aconteceu com o "talento" dele para porções e eu me divirto com isso.
Assim que eu fui para a mesa onde estavam os meus amigos, Harry e Ron começaram a perguntar se o Malfoy havia aprontado alguma coisa.
-Porque você chegou com ele? –O Ron Lançava olhares assassinos para o sonserino.
-Coincidência. –Respondi rapidamente.
-Ele não tentou nada com você, não é? Te machucou? –O Harry era sempre desconfiado e cuidava de mim como uma irmã.
-Não, nada. –Lancei um olhar para os dois que dizia claramente que o assunto estava encerrado por ali.
No fim da aula o professor passou um trabalho em dupla e todos já estavam escolhendo seus parceiros quando o professor interveio e disse que ele iria escolher. Nesse momento todos ficaram desconfiados, é claro que daí não ia sair nada de bom.
No momento que ele anunciou que eu faria com o Malfoy dizendo que queria ver duas mentes "brilhantes" trabalhando juntas fiquei um pouco apreensiva, olhei para os meus amigos e eles estavam indignados com a situação. Quando olhei para o Malfoy ele estava muito sério, não mostrou nenhuma reação e muito menos olhou pra mim, até porque estava ocupado demais escutando a falação da Parkinson. Isso me deixou um pouco inquieta, eu sabia que ia ser difícil trabalhar com ele.
Na hora do almoço eu recebi um bilhete.
"Me encontre na torre de astronomia no fim da tarde.
DM"
Aquilo me irritou muito, não era um pedido e sim uma ordem. Quem ele pensa que é? Eu não sigo ordens.
Como era sobre o trabalho eu acabei indo, ele já estava lá quando eu cheguei. Eu comecei a falar demais e muito rápido, coisa que eu sempre faço quando estou nervosa, então acabei dizendo que faria o trabalho sozinha e depois diria que ele me ajudou, o que acabou resultando em uma briga. Depois de muita discussão combinamos de nos encontrar todas as noites na biblioteca até que o trabalho estivesse pronto, mas eu não gostei muito da ideia.
Diferente do que eu pensava fazer o trabalho com ele foi muito agradável, nós ficamos compartilhando informações e discutindo nossas partes. Sempre quando terminávamos a biblioteca estava deserta, então ficávamos conversando um pouco sobre vários assuntos, mas nenhum deles era muito pessoal, ninguém falava sobre guerra ou família. Uma vez eu criei coragem pra perguntar algo que não saia da minha mente.
-Malfoy? Posso te fazer uma pergunta? –Eu estava nervosa, mas não queria demonstrar.
-Claro. –Foi a única coisa que ele disse.
-Posso saber o motivo dessa mudança? Quer dizer... Você não me chamou de sangue-ruim nenhuma vez, nem me lançou uma azaração e aqui nós conversamos civilizadamente, coisa que eu nunca imaginei que aconteceria. –Falei tudo de uma vez.
-E o que você quer? –Ele apoiou os cotovelos na mesa e se aproximou. -Que eu volte a te chamar assim? –Ele estava perto demais, o que me deixou sem resposta por um bom tempo, até ele erguer uma sobrancelha esperando que eu dissesse algo.
-Na-Não, claro que não. Eu só queria... –Bom, eu não pude terminar de falar já que nós fomos expulsos da biblioteca por causa do horário.
Eu fui para o meu dormitório com mais duvidas que antes. O Draco não disse o que eu queria saber e muito menos deixou claro que iria. Porque ele me atrai tanto?
Aquele sonserino arrogante sabe disso e gosta de me provocar.
Depois de terminar o trabalho de porções eu pensei que ele não falaria mais comigo, porém bilhetes marcando hora e local passaram a ser frequentes. Todas às vezes eu digo que não vou, mas no final acabo cedendo e ele sempre está a minha espera, como se tivesse certeza que eu sempre iria.
Meus amigos estavam desconfiados de algo, ou melhor, que eu estava saindo com alguém, então eles ficavam sempre me perguntando quem era e é lógico que eu nunca dizia.
O que eu vou dizer? "Vejam só vocês dois, eu estou me encontrando com Draco Malfoy." Nesse momento os dois fariam cara de espanto. "Isso mesmo, aquele sonserino insuportável que nos irrita desde o primeiro ano, sangue puro e... Ah, ex-comensal também. É, acho que é só isso." É, com certeza essa não é uma boa ideia, porque eles iriam me perguntar se eu estou louca. A resposta seria sim. Me perguntariam se ele tinha me enfeitiçado ou me dado alguma porção e onde eu estava com a cabeça quando comecei isso tudo. Pra falar a verdade eu não sei, mas parece que quando eu estou com ele todo o histórico de maldades e idiotices desaparece.
Aos poucos eu fui percebendo que todos os sorrisos que eu recebia dele era apenas quando estávamos a sós, na frente dos outros ele me ignorava e mantinha sempre uma expressão neutra e fria. Quando eu estou com meus amigos ele faz questão de provoca-los, sempre sendo rude e grosseiro, pra mim ele não falava nada, somente me olhava e saia.
Em um dos nossos "encontros" no pequeno e belo jardim que ficava escondido perto das estufas de herbologia eu achei que era hora de saber algumas coisas. Sim, nós sempre conversávamos em alguma torre deserta ou qualquer outro lugar pouco frequentado, parece que ele queria evitar uma plateia.
-Malfoy! Será que você poderia me explicar o que está acontecendo entre... Nós? –Demorei pra falar a palavra "nós" porque era óbvio que não havia nada, mas eu só queria saber o motivo do seu comportamento totalmente inesperado.
-Acontecendo entre nós? –Como eu previa ele entendeu tudo errado.
-Não nesse sentido... É que quando estamos a sós você me trata diferente de quando estamos em público.
-E o que você queria? –Sua expressão se tornou séria e fria.
-Eu não sei, você voltou diferente. Achei que seus valores e suas crenças tivessem mudado um pouco. Principalmente depois de não receber nenhum insulto da sua parte.
-Granger, não se iluda. Talvez eu tenha percebido que algumas coisas mudaram, mas eu ainda sou um Malfoy. –Ao falar do sobrenome, ele soltou um suspiro como se isso fosse um fardo... Muito pesado.
-E por isso não tem coragem de admitir que passa horas conversando com uma sangue-ruim.
-Caramba, depois que eu parei você sente prazer em se xingar não é? Olha, eu gosto de conversar com você, mas isso não quer dizer que somos amigos e pra sua informação meus valores e crenças não mudaram. –Ele estava bastante irritado.
-Quanto mais você se explica menos eu te entendo. Como você diz não ter mudado e age super diferente dos anos anteriores em relação a mim?
-O que você quer que eu diga? Que percebi que gosto de você? Que eu não acho que você seja uma sangue-ruim? Acho melhor não perder seu tempo. –Nesse ponto da conversa não havia mais contato visual, nós procurávamos pontos distintos para "admirar".
-Era só isso que eu precisava ouvir.
Depois disso levantei e sai caminhando de volta ao castelo.
Bom, eu descobri o que queria mesmo não sendo exatamente o que eu esperava. E o que seria afinal? Uma declaração? Absurdo.
Enquanto eu voltava lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, eu tentei prende-las e muito, mas depois de criar tantas expectativas e ilusões é difícil voltar à realidade. Isso machuca.
Quando voltei ao salão comunal o Harry estava no sofá com Gina. Eles estavam sorrindo, abraçados e eu vi que era isso que eu queria. Porque eu não encontro alguém como o meu melhor amigo? Eu tinha mesmo que ficar sonhando com alguém tão... Impossível?
Como eu não queria interromper o casal, fui direto para o dormitório. Chegando lá me joguei na cama e comecei a refletir sobre toda essa loucura. É irônico pensar que no começo do ano eu dizia aos meus amigos que esse ano seria "normal". Certo, não tem Voldemort, dementadores ou comensais nos perseguindo e isso é maravilhoso, porém eu estou... Gostando de um ex-comensal. Eu sei que ele não queria estar desse lado da guerra, o Harry me disse que ele não conseguiu matar Dumbledore e no final a mãe dele salvou a vida do "menino que sobreviveu" e isso é...
Meus pensamentos foram interrompidos por alguém batendo na porta e entrando logo em seguida. Era a Gina. Ela é minha melhor amiga e isso não é segredo pra ninguém, mas no momento eu queria muito ficar sozinha.
-Oi Mione, você está se sentindo bem? –Ela veio se aproximando e sentou na minha cama.
Porque ela tinha que fazer essa pergunta? Nesse momento eu comecei a chorar desesperadamente, eu não aguentava mais guardar aquilo só pra mim. A ruiva soube naquele momento que essa era a minha resposta, então ela se aproximou mais e levou minha cabeça até o colo dela, onde eu fiquei me desmanchando por alguns minutos.
-Amiga, o que houve? Fala pra mim? –Enquanto alisa meu cabelo ela demonstra uma verdadeira preocupação, isso me lembra muito a Sra. Weasley.
-Eu fui muito idiota, só isso. –Será que eu devo contar? Ela não diria ao Harry... Diria?
-Por quê? Isso é por causa de um garoto não é? Aquele com quem você se encontrava, certo?
-O quê? –Nesse momento eu me sentei na cama e fiquei encarando ela por um tempo. – O que você sabe sobre isso?
-Quase nada, só sei o que o meu irmão e o Harry contaram, que você andava distraída e sumia por muito tempo. Eu também percebi isso, todas as vezes que eu queria falar com você, saia te procurando por todo esse castelo e nunca te achava. –Ela deu uma pequena pausa esperando uma resposta minha, mas como essa não veio, ela continuou. –Pelo que eu estou vendo, tudo que eu disse é verdade. Tem mesmo um garoto e eu acho que ele é um idiota, quem é ele e o que ele fez?
-Ok, eu vou te contar, mas você tem que me prometer que vai manter isso em segredo. Por favor Gina, ninguém pode saber disso, muito menos o Ron e o Harry. Promete?
-Claro, eu prometo. –Ela sabia que era algo realmente importante.
Olhei todo o quarto pra ter certeza que não havia nenhuma menina e tranquei a porta para ter certeza de que ninguém iria escutar.
Respirei fundo antes de começar a falar.
-Eu estava me encontrando com... É... Aquele... Com o... É... –Eu não conseguia falar pelo simples fato de que essa situação era absurdamente improvável.
-Mione, a ideia é você falar o nome do garoto. –Minha amiga estava impaciente e isso não era novidade.
-Com o Draco Malfoy. –Falei rapidamente e cobri meu rosto.
Eu não queria ver a reação dela, mas depois de muito tempo sem ouvir nada achei que eu já podia voltar a encarar a ruiva. A reação dela foi inesperada, porque eu achava que ela ia gritar comigo, mas não, ela estava rindo.
-Isso é hora pra ficar fazendo esse tipo brincadeira? –Ela continuava rindo, mas depois de olhar pra mim e ver que eu estava séria ela parou. -Merlin, isso é sério mesmo? –As risadas deram lugar ao espanto.
-Você acha mesmo que eu iria brincar com isso? Claro que é sério.
-Nós estamos falando do mesmo Draco Malfoy?
-Você conhece mais de um?
-Não, mas isso é... Vocês estavam se encontrando? Pra que? Duelar?
-Não, nós ficávamos conversando. –Nesse momento eu não pude deixar de sorrir, eu gostava das nossas conversas. Nós sempre tínhamos diferentes pontos de vista em todos os assuntos, muitas opiniões opostas. Se eu digo fogo ele fala gelo, quando eu digo que gosto de branco ele prefere preto...
-Conversando? Eu ainda não acredito nisso. Você poderia explicar melhor?
-Tudo começou depois que o professor Slughorn passou um trabalho e nós fizemos juntos. No começo eu não gostei muito, mas depois eu fui percebendo que ele não é tão desagradável assim...
Eu comecei a contar sobre as noites em que ficávamos conversando na biblioteca, os encontros em lugares escondidos, sobre o tratamento que ele me dava, que era totalmente diferente dos anos anteriores e da maneira como ele me tratava quando estávamos em público.
-Você só pode ser louca. Tudo bem, eu sei que ele é lindo e... Nossa, você já viu aquele olhar dele? Como alguém pode ser tão sexy? Merlin, deveria ser proibido. –Ela agora estava olhando para o nada, com certeza imaginando coisas pervertidas. Ela voltou à realidade quando me escutou rindo. –Que-Quero dizer, ele pode ser tudo isso, mas ainda é um Malfoy.
-Deixa só o Harry escutar você dizendo isso. –Ela sempre me fazia sorrir, mas dessa vez não durou muito tempo. -É, sou louca e iludida.
Nós ficamos conversando por muito tempo. No fim a Gina me disse o obvio – que eu estou apaixonada – além disso, falou para eu não criar tantas expectativas, que não falaria nada sobre isso e que se ele aprontasse alguma coisa ela iria lançar uma maldição imperdoável nele.
Já estava na hora do jantar quando terminamos de conversar, então eu tomei um banho rápido e seguimos para o salão principal.
N/A: essa é a minha primeira fic, então eu espero que vocês me ajudem dando qualquer opinião.
Eu espero que gostem e Por favor, deixem seu review *-*
