Era a primeira vez que atirava água em alguém. Principalmente num homem nu. Mais ainda. Em sua cama! E aquele imitador barato do Príncipe Encantado da Bela Adormecida era nada mais nada menos do que Seshumaru
Fazia meses que não sorriam nas foi impossível se manter séria numa situação como aquela. Por outro lado, a malicia não era uma de suas características. Mas bem que o vilão do seu cunhado estava merecendo um castigo.
Afinal, o que ele fazia em sua casa? Teria... Descoberto?
O homem se moveu e ela se sentiu congelar. Depois o ouviu murmurar sonolento:
- Kagura, por favor...
A surpresa e a raiva lhe deram vontade de gritar. O mistério estava explicado. Seshumaru havia invadido a casa que deveria estar vazia desde o ano anterior. Tirara os lençóis de cima dos móveis e se instalara. Também estava explicado o susto que tomara quando uma mulher morena viera em sua direção, no momento em que manobrava o carro alugado para entrar na garagem.
Que crápula! Trouxera uma mulher em sua casa e dormira com ela em sua cama! E ter de suportar essa afronta depois de tudo que passara com a morte de Inuyasha.
Fora a solidão e a angustia que a trouxeram a ilha da Madeira. Aquela casa pertencera a Inuyasha, e que agora era dela, fora planejada como um refúgio as preocupações. Em vez disso, uma se suas maiores preocupações estava ali, materializada.
Os olhos azuis percorreram, mais uma vez, o físico perfeito. Seshumaru era atraente demais. Até mesmo ela, detestando-o como detestava, não era imune a seu magnetismo que, segundo Inuyasha, tinha o poder de seduzir todas as mulheres do mundo.
Oh, sim, ela sabia tudo sobre o cunhado. Seu marido lhe falara muito sobre a legendária e insaciável luxúria do irmão e sobre suas mentiras patológicas.
O pior era que o destino o moldara como resposta ao sonho de cada mulher e naquele dia o colocara, em posição estratégica, sobre lençóis de linho verde-esmeralda como se estivesse posando para uma revista exclusiva para mulheres.
A luz que infiltrava pelas venezianas via-se as gotículas de suor brilhando ao longo da coluna.
De repente, o corpo se moveu quase que imperceptivelmente como se estivesse mergulhado em algum sonho erótico. Ela pestanejou. Precisa se afastar. Seus olhos não poderiam continuar fixos naquela pele morena e acetinada por inteiro.
A idéia de Seshumaru se bronzeando em seu jardim sem usar qualquer tipo de roupa a perturbou. Embora nunca tivesse pisado naquela mansão, datada do século VXIII, até dez minutos atrás, o que vira fora o suficiente para ela se apaixonar. O que não esperava, quando resolvera subir para conhecer o andar superior, fora encontrá-lo. Nu.
- Por onde quer que eu vá você estraga a minha vida. Rin falou consigo mesma. – Até mesmo nesta Ilha mágica e paradisíaca, onde pensei que iria curar meus nervos abalados, você aparece! Muito bem Príncipe Encantado – ela se decidiu. – Hora de levantar.
Antes, porém, que despejasse a água, um de seus pulsos foi preso pela mão grande e forte do cunhado que ainda não havia acordado de todo.
- Céus! É a bruxa da Branca de Neve! – A pressão em seu pulso aumentou. – Mas eu, se você insiste em mencionar personagens de história infantil, sou o Lobo Mau, e não gosto de ficar molhado. Portanto, se não quiser se arrepender, meu conselho é guardar essa jarra.
O coração de Rin disparou no peito, mas ela não se não se alterou. A vida lhe ensinara a se proteger, ao menos.
- oh, desculpe. Então você não é o Príncipe Encantado?
- não da ultima vez que me olhei no Espelho – ele zombou ao mesmo tempo em que puxava os lençóis até os quadris.
Com o aumento do ritmo de sua pulsação, como sempre acontecia quando Seshumaru estava por perto, Rin sentiu que corava. Havia algo com aquele homem. Nenhum outro acelerava sua adrenalina como ele. E era por estar ciente disso que ela sempre o tratara com a maior frieza possível.
- Lobo ou não, você esta na minha cama. Ela reclamou, e despejou um pouco de água num copo, como se essa fosse sua única intenção durante todo o tempo.
Cínico, como sempre, Seshumaru ergueu-se sobre um cotovelo:
- sua cama? Ele repetiu. – Acho que não. Um de meus antepassados a comprou de um capitão francês em 1789. Pelo que sei, esta é a suíte máster. A suíte dos homens da casa.
Ela sentiu vontade de gritar. Detestava o hábito de Seshumaru de lembrar a diferença entre sua origem aristocrática e a família simples na qual ela nascera.
- suíte máster? O termo não lhe parece um pouco antiquado?
- não quando eu a ocupo.
- Esta casa é minha e eu quero ficar com este quarto.
- nesse caso, seja bem-vinda. – ele sorriu e ergueu a barra do lenços.
- sem você dentro.
- ah, quer que eu saia? Está bem.
Seshumaru pôs um pé para fora do colchão e fez menção de se levantar.
- Não! Sim! Não agora – ela respondeu. – Não gosto de vê-lo com roupa, quanto mais sem! Vou deixá-lo sozinho e quando voltar espero que tenha saído não só deste quarto, como da casa. E da ilha, se possível. Duvido que ela seja grande o suficiente para nós dois.
- a hospitalidade nunca foi seu forte – Ele a observou com a sombra de um sorriso. – Interessante como você se descontrola a cada vez que me aproximo.
Continua...
Oi! Meu nome é Camila Townes e essa é a minha primeira fic de Inuyasha... Ela é sobre o meu casal preferido: Seshy e Rin... Espero que vocês sejam legais e acompanhem, e se puderem deixem reviews...
Essa fic é baseada em outra fic: Beijos de Fogo, da Drik Phelton, e originalmente é de Harry Potter, e eu devidamente pedi autorização da autora... Portanto, ela sabe o que estou fazendo...
Espero que aproveitem esse capitulo,
Bjos!
