Death Note, seus personagens e nomes relacionados pertencem a Ohba Tsugumi e Obata Takeshi


Olá a todos os leitores :3

Antes de iniciar, quero falar um pouco sobre a história e coisas que a envolvem:

É um romance humorado, MattxMello, que escrevi a muuito tempo (mais precisamente, em 2008) e que foi minha primeira fanfic :3

Resolvi reescrever e postar novamente, então, se você já leu isso aqui pelo nome de "Incrível Como Você Me Faz Parecer Idiota" não deixe de me dar um oi :D (ah, e eu já excluí a versão antiga, nem tentem procurar xD)

A mudança de nome foi para ser mais prático, continua no contexto x3

Enfim, é bobinha e leve, mas espero que se divirtam :)


00 - Prólogo


Tudo à sua volta não parecia nada. Não ouvia nada, nem reconhecia nada, só sentia dor. Ardente, pulsante, constante, por todo seu corpo. Era como queimar no inferno. Um inferno cujas labaredas consumiam seu ser mesmo sem existirem de fato. Labaredas tão quentes que as gostas de chuva pareciam pequenos pedaços de granizo se chocando contra seu rosto. Um impacto anormal e gelado, e mesmo assim não conseguia se mexer.

Suas roupas viraram trapos sujos. De tudo e de sangue, que escorria sem forma pelo chão. E no mesmo chão ainda jazia cada pérola do terço que antes pendia em seu pescoço, e que nunca recebera nenhuma oração. Falar com Deus? Pff Deus nunca o havia ajudado. Nunca esteve ao seu lado. Desde o início esteve sozinho e agora não era diferente.

Não. Uma coisa era diferente. Agora "Deus" não concedia a vida, "Deus" era um criminoso. Um tirano cujas mãos estavam tão sujas quanto as suas próprias. Kira.

De súbito, um estrondo.

— ...!

Mais do resto daquela estrutura desmoronara bem ao seu lado, e seus sentidos captaram, finalmente: luz.

Uma passagem entre os escombros havia sido formada, e, logo então, ouvia o ambiente, a rua e passos.

"Maldição..."

A pior coisa agora: ser encontrado. Tentou se virar para ver quem vinha, mas tudo que enxergava não passava de borrões, e uma silhueta distorcida. Tentou se levantar e fugir, mas não tinha para onde, e nem como. Mal conseguiu erguer o tronco que voltou a pender para trás, sendo amparado por um amontoado de pedras.

"... não vai terminar assim."

A pouca honra que lhe restava debateu-se em seu ser, e ele tentou mais uma vez. Sentiu os músculos relutarem e travarem, ganindo de dor com o que restava de voz e de ar em seus pulmões.

"... não pode... terminar assim."

Morrendo como um cão, ele estava. E sabia disso.

A silhueta disforme aproximou-se e tentou entrar por entre os escombros, bloqueando toda a luz daquela entrada.

E aí estava.

O final.

E com ele, a escuridão estava de volta.