Título: PERSEGUIÇÃO
Autora: Reggie_Jolie
Personagens: Éomer (PRINCIPAL), Aragorn e Elfhelm (SECUNDÁRIOS). NO SLASH
Censura:
ALL
Beta: cargo vago. Alguém se habilita?
Disclaimer: Nenhum dos personagens me pertence. Todos vieram da mente brilhante de J.R.R TOLKIEN .

Essa história segue basicamente o universo de AS DUAS TORRES., livro e filme misturados. Situa-se entre o momento em que Éomer combate o grupo de Uruk-hai que aprisonaram Merry e Pipin e o encontro com Aragorn e companhia.

AVISO: ELFHELM pertence a JRR TOLKIEN e eu já o utilizei antes em outra fanfic minha, conhecida como ELDAR E EDAIN.

NOTA DA AUTORA

Dedicada a todas as meninas pertencentes ao Tolkien Group. Uma fic nova para brindar o novo ano e já treinando para o desafio em abril. Como diria Giby, "devaneios de uma mente insana".

Also dedicated to my new virtual friend and international player. WatsonandMary4ever. I hope you enjoy-it

Reviews e comentários serão amplamente apreciadas. Grata.

PERSEGUIÇÃO.

"...os inimigos dos orc são nossos amigos. Existe algum povo morando nessas colinas?..." Legolas em AS DUAS TORRES p14

ARAGORN

O sol nascia. A geada aos poucos derretia. Ao longe as montanhas com picos nevados se descortinavam no horizonte. Os tons luminosos da noite estrelada davam lugar a um brilho incandescente que tinha por missão iluminar todos os caminhos.

As amplas planicies das terras dos rohirrim descortinavam-se diante deles. E era por essas planicies imensas que um grupo corria. E correra por toda a noite. Levavam uma carga muito preciosa para o senhor Saruman em Isengard. Os Uruk-hai não precisavam interromper o passo agora que o odiado sol aparecera. Sim eles eram perfeitos para esse serviço. O sol não os atingia como aconteceria com os tolos trolls. A forte armadura e as armas serviriam para a luta, caso algum tolo tentasse impedi-los de conseguir cumprir seu intento.

A distancia um grupo formado por um humano, um elfo e um anão seguia-os. Esse improvavel grupo de busca tinha uma missão na Terra-Média. Resgatar Merry e Pipin. Dois de seus companheiros na jornada para destruir o anel do poder. Por mais dificil que de acreditar. A sociedade se desfazia aos poucos. Boromir caira. O anel de poder começara a trabalhar separando-os.

Não dormiam. Apenas corriam e liam os sinais que os amaldiçoados Huruk-hai deixavam para trás. Esperavam conseguir alcança-los antes que eles chegassem a Isengard. Era tudo o que desejavam.

ÉOMER

Fora banido.
Desterrado. Exilado. Era difícil de acreditar mas sim. Não era desejado em sua própria casa. A dor era profunda. Cortava como uma faca.
Dias antes Éomer, filho de Éomund, chegara ao palácio dourado de Meldused, trazendo consigo o primo e futuro rei de Rohan, ferido. Théodred agonizara e sofrera por dias. E no final perecera. Sepultaram-no junto aos reis antigos. A symbelmine agora cobria-lhe o túmulo. E Éomer agora era persona non gratana terra que amava desde criança.

A magnifica terra de Rohan agora estava permanentemente sitiada. Orcs, uruk-hai e outras bestas inomináveis, circulavam livremente por ela. O mago branco. O mago astuto. Ele os protegia.

Era difícil defender um lugar onde você não seria mais recebido. Mas essa era a missão que Éomer, o terceiro marechal da terra dos cavaleiros, assumira para si mesmo. Podia-se pensar que ele jamais a cumpriria. Mas não. Todo o éored, que ele comandava desde muito jovem. Seguira-o. Cento e vinte habilidosos e leais cavaleiros. Juntos eles deram juntos as costas a Gríma, o conselheiro do rei.

O poder e a influência desse conselheiro, também conhecido como língua de cobra, aumentavam a cada dia a olhos vistos, e fora ele e não o rei, que o banira de Rohan. Mas para onde deveria ir um guerreiro que perde a terra que ama. Para onde se voltar? Éomer, filho de Éomund, não sabia. Uma única coisa ele tinha em mente. Proteger mesmo que a distancia os rohirrim.

"Existe alguma coisa estranha operando nessa terra. Desconfio do silencio. Desconfio até dessa lua pálida. As estrelas estão apagadas..." Aragorn em As Duas Torres. P20

ELFHELM

Os amaldiçoados orcs e uruk-hai mal puderam pensar em montar acampamento quando descemos sobre eles, como aves de rapina sobre a caça. A noite nos favorecera. Há dias vínhamos seguindo. Quando eles pararam a margem da floresta lançamo-nos sobre eles. O luar azulado tornava tudo claro. Era quase como se fosse uma manha de inverno com um sol fraco.

Flechas voavam. Lanças abriam feridas profundas de onde escorria um sangue imundo e amaldiçoado. Cabeças eram cortadas. Os tolos corriam em circulos. Como se fosse possível escapar de nossa formação circular de batalha. Ouvia-se o som de espadas entrechocando-se. Fagulhas iluminavam a noite. O som dos cascos dos cavalos, a fala dos cavaleiros. As vozes rudes dos Uruk-hais. Contrastavam com o silêncio que provinha da floresta.

Os minutos passavam e não havia de nossa parte, a intenção de deixar algum sobrevivente. Seria um grupo a menos para aterrorizar os rohirrim. A partir desse dia era guerra aberta ao mago branco e aos seus servicais.

Ao final olhei para meu comandante e fique plenamente satisfeito. Éomer sorria quando falou:

-Empilhem os corpos. Queime-os. Não há necessidade de preservar nada.

Assenti e começamos o trabalho.

-Não crê que tenhamos deixado nenhum deles escapar. Falou um soldado.

Elfhelm voltou-se para o rapaz. Era jovem. Muito jovem. Talvez essa fora sua primeira batalha contra uruk-hais.

-Você não teria tido tempo de se lamenta meu caro, por tamanho erro. Já estaria morto. Sua alma rumando em direção a morada de nossos ancestrais.

O rapaz percebera a bobagem que falara e em silêncio afastou-se.

Voltei-me e a fumaça escura subia aos céus. Desejei no meu intimo que o inimgo de Rohan, Saruman pudesse ve-la. E assim saber que havia um grupo a menos no meio de suas hostes.

Vi meu comandante aproximar-se novamente.

-Elfhelm é hora de partirmos. Um dos nossos batedores avistou um grupo estranho escondido próximo das montanhas. Vamos até lá expulsar esses prováveis seguidores de Saruman.

-Certo senhor.

Ouvia-se assobios em toda a parte. Cavaleiros voltavam a montar. Dois cavalos, Arod e Hasufel agora sem quem os conduzissem, tornaram-se obrigações de toda a tropa. O éored partia novamente. Por quanto tempo aguentaría-mos essa longa empreitada. Não sabíamos. Sabíamos apenas que amavamos Rohan e daríamos nossa vida por essa terra.

FIM