Jovens Titans não são meus.
N/A: Ravena POV; essa é parte de um presente a minha amiga Gih.Christ, uma das minhas do tipo favorita [eu pego uma palavra aleatória no dicionário e escrevo algo na base disso.
Aproveitem!
abs.ti.nên.cia
s. f. 1. Ato de se abster. 2. Privação de carne, por penitência. 3. Jejum. 4. Privação voluntária.
Era uma das coisas mais difíceis que passei.
Estava me segurando para não sair correndo do meu quarto e ir em direção a Robin e beija-lo.
Até todo ar de meu peito acabar. Até que meus lábios se ferissem nos seus.
Aquilo não era racional.
Um sentimento me invadia o peito a cada segundo que lembrava do momento mais maravilhoso da minha existência. Um beijo único que me enfeitiçou. Que me amaldiçoou.
Ele foi fugaz e quente. Foi único. Foi momentâneo. Foi um lapso de nós dois.
E eu sabia que ele foi o único que eu poderia saborear em toda a minha vida. Esse erro não ia acontecer outra vez. Isso era mais do que certo.
Mas a sensação de agora parecia me matar por dentro, eu ansiava por outro, mas eu sabia que era impossível aquilo. Aquilo só foi um erro, só um erro que nós dois fizemos em um momento de...
Paixão. Ilusão. Um turbilhão de coisas que eu não poderia dar um nome e dizer com o que se parecia, se familiarizava.
Será que sou a única a sentir isso me corroer por dentro? Será que Robin não sente nada parecido com isso e já se esqueceu daquele momento?
Não...Não importa, aquilo tinha que ter um fim. Aquilo já tinha um fim, me corrigi. No momento em que me soltei de Robin e desapareci no chão do telhado da torre foi o fim.
Mas porque então ainda tinha um agridoce gosto que não tinha acabado?
Eu permaneci em meu quarto, meditando, tentando controlar as emoções que pareciam estar dando uma festa dentro de mim, um festival de cores e sintonias.
Mesmo com toda a meditação e controle que tentava ganhar era impossível. Sempre me lembrava do toque reconfortante de Robin sobre mim. Sua mão tocando suavemente meu rosto, segurando meu queixo, sua respiração rápida e calorosa sobre minha pele fria, seus lábios a centímetros dos meus, suas palavras doces ao meu ouvido, seus lábios sobre os meus...
Não! Isso tinha que parar! Esses pensamentos tinham que acabar!
Mas, por mais que eu quisesse, eles não sumiam como um grão de areia no vento, por mais que eu fechasse os olhos e tampassem meus ouvidos as batidas frenéticas na minha porta não iam acabar.
Eu sabia disso e me enganar mais não ia adiantar de nada. A dor no meu peito não ia sumir, a formigação nos meus lábios não iam sumir, esses pensamentos que me alegravam e me atormentavam não iam sumir mesmo.
Então resolvi fazer o que era mais correto o possível. Abri a porta e me firmei em mim mesma. Era agora ou nunca.
E quando Robin me olhou daquele jeito tentando dizer as palavras pelo seu olhar e se aproximou de mim, eu cai em mim mesma e vi que não poderia agüentar mais.
No final das contas, eu me abstive de muitas coisas na vida e essa era uma das coisas que eu não ia me abster agora. Não mesmo.
O que acharam? Bom, ruim, péssimo ao cubo? Opinem! E obrigada pela leitura por aqui.
