A obra original foi escrita e pertence exclusivamente a Victor Hugo...

Fatalidade

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Aquilo desde o início se mostrara como uma fatalidade... E assim permaneceria...

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Enquanto caía do alto de Notre-Dame, vendo o vulto da catedral através de sua visão periférica. Enquanto tentava lutar por sua vida durante aquela queda, tudo o que conseguia (e queria) pensar era em como havia chegado àquele estado. Onde ele havia errado para que sua vida se findasse de maneira tão trágica e precoce?

Chegou à conclusão – antes que sua vida de todo se extinguisse – que o maior erro de todos fora amar demais. O que era para ser o mais nobre e gentil dos sentimentos foi o mesmo que o levou a um caminho de desgraça e morte. A um caminho de fatalidade. Era também culpa da maldita cigana a quem ele amara com desvelo e de forma persistente.

E a cada tentativa que ele fazia, ela lhe fugia. E preferia amar a um outro que sequer a amava como ele a amou. Que não faria o que ele fez para salvá-la. Que sequer ligava para sua vida, para sua saúde, para sua existência.

Esmeralda preferia a morte em vez de aceitá-lo e era para os braços da morte que ele caía sem que pudesse vê-la uma última vez.

E se ele pudesse saber o momento exato em que tudo acontecera... Ele quereria voltar e retornar a ser o que deveria ter sido sempre, faria o que deveria ter feito. Teria acelerado-lhe a morte em vez de adiá-la cada vez mais. Teria ignorado-a.

E não estaria perdido como naquele instante. Não teria sofrido tudo o que sofreu por causa dela. Não teria passado noites insones, não teria sentido aquela dor angustiante em seu peito que o feria cada dia mais... A cada negativa que ela lhe dava...

Não. Teria se dedicado exclusivamente a Deus e a seu irmão, a quem deveria proteger e cuidar. E que morrera tão jovem por uma causa tola.

Mas ele se perdeu e, do caminho que seguia, não havia escapatória. Ele sabia aquilo melhor que ninguém.

O seu corpo inerte bateu com um baque sobre o chão. Imóvel e sem vida.

"Que Deus tenha piedade de sua alma." – Pensou um transeunte vendo a cena que se lhe mostrava. - "Uma fatalidade..."

Desde o início aquilo era uma fatalidade. E não haveria motivos para que não acabasse como uma.

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N/A.: Sinceramente eu espero que alguém leia isso. E não é só pelo fato de eu estar escrevendo algo sobre um fandom inativo. É por eu querer passar todo o sentimento que Dom Cláudio Frollo me inspirou. Queria que mais pessoas lessem... sei lá... Vai entender...

Ah, e já que você está dando uma olhadinha nessa ficlet, que tal deixar uma review? Nem que seja só pra dizer: "Ficou uma grande merda" ? =D

Eu ficaria tããããããão feliz... =\