Certo. Eu não deveria sentir inveja dessas moribundas que foram enterradas em seus devidos caixões a décadas atrás. Mas ele é meu marido, e se o futuro dele pertence a mim, o passado também. OK, Emmett é grande, apertável, forte, grande, bem grande MESMO, mas isso não quer dizer que eu divido. Ele MEU, até que a morte nos separe (obviamente, esses votos não valem muito, devido ao nosso estado atual e imutável).

Eu não costumo ter essas crises. Se pensar sobre isso, guardo para mim mesma (o Edward não conta, ele é uma aberração da natureza – não que o resto de nós seja muito normal). Mas hoje é domingo, o crepúsculo da minha existência. Minha ruína. A única coisa que até hoje já conseguiu abalar as firmes estruturas do meu [insira palavra feliz e pouco melancólica aqui] casamento.

Eu sei que é involuntário – Emmett não teve escolha. Mas a simples idéia de uma simples mortal abalando-o daquele jeito, reduzindo-o a puro instinto, enterra meu ego mais fundo do que meu provável caixão se não fosse por Carlisle me marcando para a vida eterna.

Veja o que isso fez com o Edward. Um casamento, uma vampirização de emergência, uma aberração da natureza que quase fez todos nós morrermos (uma aberração da natureza pela qual todos nós morreríamos), e mais lobisomens que meu nariz poderia considerar agradável. Puro masoquismo.

Bom, vocês sabem do que eu estou falando. La tuas Cantantes.