E naquele momento foi tudo tão... Simples. Tudo tão... Perfeito. Ele segurou minha mão, e... Pronto. Não doeu. Foi tão lindo. Malfoy, Malfoy, Malfoy...Não me olhe desse jeito.
Seus olhos tão lindos, que me traçam quase tão perfeitamente quanto suas mãos traçaram. Seus dedos que corriam soltos por meus braços, minhas pernas... Malfoy, tire sua mão daí. E também não me olhe com essa cara, com esses olhinhos pidões. Ah! Já disse para tirar a mão daí.
E também não me beije, não me sufoque, não toque em meus lábios como se os quisesse só pra você. E essa sua língua que desce pelo meu pescoço enquanto me esqueço de onde minhas mãos estão indo, ah, essa língua tão quente e áspera que eu escuto enrolar enquanto fala naquele idioma que apenas nós dois entendemos... Malfoy? Eu posso te chamar de Draco? Isso me ocorreu enquanto estava acariciando suas pernas. Eu posso?
Que riso mais gostoso, Draco. Ria de novo pra mim. Isso, desse jeito rouco e sem humor, que lhe dá um ar de louco. Nenhum de nós é louco, não é? Não é porque estamos nus em uma sala de aula no meio da noite que somos loucos. Ah... Malfoy! Já não disse para tirar a mão daí? Não, não me interessa se gosto. Tire-a. E não faça essa cara outra vez.
Isso, esse seu sussurrar em meu ouvido, essa mordida em meu pescoço, essa mão que desliza quente por meu peito. Por Merlin, Draco, ou Malfoy, ou seja lá quem ainda for, como pode fazer isso comigo? Me tocar dessa forma, me domar desse jeito, me enquadrar nessa moldura branca que é seu corpo. O quê? Não, não... Não tire sua mão daí.
