Adivinhem quem voltou?
Pois é, depois de séculos luz eis que eu apareço não com a continuação e sim, o início desta estória que a MA-RA-VI-LHO-SA JustForksIt criou.
Tavam com saudades deles! Então aproveitem muuuuuuito por que essa fic aqui é uma das coisas mais fofas que vocês já leram.
Agora, só pra não perder o costume...
O Ed vampiro é da Meyer, o casado é da JustFork. E eu ainda morro de saudades da danny que tá estudando demaaais em solo canadense!
Afaguei suavemente as costas da minha mãe ao mesmo tempo em que ela me apertava num abraço sufocante e chorava no meu ombro. Meu pai fungou forte e se arrastou de volta para o carro, certificando-se que tudo agora já tinha sido levado lá para dentro.
"Eu só não posso acreditar que minha bebezinha já cresceu." - Renee choramingou alto. - "Irei sentir tanto a sua falta!"
As pessoas estavam começando a olhar para nós duas e assim, lentamente me afastei e lhe lancei um sorriso encorajador. - "Mãe, eu prometo que ficarei bem. Só são algumas poucas horas de distância, sem contar que estarei de volta em poucos meses para Ação de Graças".
Ela assentiu com a cabeça e enxugou os olhos, rindo fracamente de todo o drama que ela tinha feito. Meu pai deve ter percebido que a explosão emocional tinha acabado, porque imediatamente ele voltou e embrulhou um braço em torno do meu ombro e me abraçou desajeitadamente.
"Lembre-se de trancar a porta toda vez que você entrar ou sair" - ele disse rispidamente. Tentei tranqüilizá-lo meneando a cabeça, porém ele não parou de tagarelar. - "Preste atenção, Bella, eu sei como esse mundo funciona. Vejo isso todo dia. Tanto você quanto Alice, me prometam que tomarão cuidado!"
Eu quis lhe perguntar o que exatamente ele viu em Forks, que o fez questionar a segurança da humanidade como um todo, mas decidi deixar pra lá. Meu sarcasmo normalmente passava despercebido por ele, sem contar que eu não precisava de outro sermão vindo dele hoje.
Alice apareceu do seu outro lado e colocou os braços em torno da cintura dele.
"Charlie, você sabe que iremos ficar bem. Um pouquinho só de confiança, por favor?" - Ela sorriu e golpeou seus cílios para cima dele.
Ele lançou a nós duas aquela sua "olhada de xerife" antes de beijar o topo da minha cabeça e, em seguida, a de Alice. Eu me despedi dos pais dela enquanto Alice prometia a minha mãe que ela ficaria de olho em mim. Depois de vários abraços e muito mais lágrimas de nossas mães, Alice e eu ficamos lado a lado, vendo quando os carros deles deixavam o estacionamento.
"Graças a Deus!" - Gritou Alice sarcasticamente, jogando sua cabeça para trás.
Eu ri, ignorando a bolha do nervosismo que estava agora se infiltrando no meu estômago, na medida em que observava o carro do meu pai virando a esquina. É isso, eu não sou mais uma criança. Eu era uma adulta, sozinha e livre para fazer minhas próprias escolhas. Se quisesse sair às duas da manhã para comer alguma coisa, eu poderia. Não tinha mais que pedir permissão de ninguém para nada. Tanto quanto isso me animava, também me assustava pra caramba.
Juntas, seguimos de volta para nosso dormitório. Alice colocou um CD enquanto eu me jogava em cima da minha cama e olhava em volta a decoração que nossas mães tinham coordenado. O rosa claro e lilás eram totalmente menininha e extremamente igual a organização que cada uma tinha em nossos próprios quartos em Forks.
"Sinceramente, nós deveríamos ter dito que não." - Alice suspirou, colocando as mãos nos quadris, os olhos vagando por todo nosso pequeno apartamento. - "Eu não posso lidar com tanto rosa".
Eu ri e me sentei. - "É, nós deveríamos, mas aceitamos."
Alice começou a puxar as cortinas que nossas mães tinham pendurado nas janelas e juntas, nós duas começamos a deixar o quarto menos rosa e mais com nossa cara. Ela estava quase terminando de pendurar um cartaz de uma banda que sua mãe tinha lhe proibido de ouvir quando alguém bateu à nossa porta.
Eu lhe disse que iria atender, e assim que abri, encontrei uma das moças mais bonitas que eu já tinha visto, sorrindo para mim. Meus olhos piscaram rapidamente enquanto ela dizia "Olá" em uma voz alegre. Murmurei uma oi de volta, me perguntando o que diabos ela queria.
"Meu nome é Lauren. Você é a Alice?" - perguntou ela rapidamente, enquanto os olhos averiguavam o ambiente logo atrás de mim.
"Oh... hum, não..." - Me virei para ver Alice já encarando a porta. - "Ali, é pra você."
"O quê é?" - Ela praticamente rosnou para a menina. Dei um passo para trás, vendo o sorriso perfeito de Lauren deslizar de seu rosto. Não fazia ideia de quem esta menina era ou o que ela poderia ter feito para chatear a Alice. No entanto já senti pena por antecipação.
Lauren rapidamente se recuperou e esticou a mão dela para Alice com a intenção de lhe cumprimentar, já com o sorriso de volta no lugar e fitando a Alice. - "Eu sou Lauren Mallory. Sua irmã pediu-me para vir aqui conversar com você sobre a fraternidade..."
Alice balançou a cabeça e ergueu as mãos. - "Eu não tenho ideia do que minha irmã lhe disse, mas posso te garantir que não tenho planos de me juntar nessa idiotice. Sinceramente, isso não tem nada haver comigo. Têm algumas garotas meio esnobes logo ali, duas portas abaixo, tente por lá".
Sem sequer se despedir, Alice bateu a porta na cara de Lauren e voltou a descompactar suas coisas. Eu a encarei por um segundo, me debatendo se eu deveria arriscar lhe perguntando o que diabos foi isso. Antes que eu pudesse tomar essa decisão, ela se virou para mim.
"Não é algo que eu esteja interessada" - disse ela simplesmente. - "Eu não sou esse tipo de garota, mesmo que minha mãe e minha irmã queiram acreditar que eu seja."
Concordei, dizendo-lhe que entendia e voltei para o meu lado do quarto. Afundei-me na minha cadeira e comecei a organizar minha mesa. Eu espiei a Alice com o canto do meu olho e não pude deixar de sentir um pouquinho de inveja por ela ser tão confiante de si mesma.
Alice sempre foi uma força da natureza desde quando era criança. Já cedo ela sabia exatamente quem era e o que queria. A irmã de Alice, Sarah, havia se formado no ano anterior quando ainda éramos calouras no colégio. Sarah era linda, popular, e basicamente, a típica garota americana. Quando chegou a hora de Alice assumir o lugar de Sarah na Forks High School, minha amiga se rebelou. Ela pinicou todo seu cabelo e recusou a oferta para ser uma das lideres de torcida e de entrar no grêmio estudantil. Ela mudou todas as suas matérias principais por aulas de arte e se recusou veementemente a fazer qualquer coisa no cenário social de Forks. Alice deixou perfeitamente claro que ela não era uma cópia de sua irmã, e todo mundo soube logo que ninguém devia desafiá-la quanto a isso. Eu acho que a mãe dela sempre teve esperança de que sua filha mais jovem acabaria cedendo, mas era óbvio que ela não tinha planos de mudar seu jeito de ser.
Alice era minha melhor amiga desde a segunda série. Sua família tinha acabado de se mudar para Forks e desde o momento em que a vi entrando na sala de aula, eu sabia que havia algo diferente nela. As meninas mais populares se ofereceram para que ela se sentasse com elas na hora do almoço, no entanto ela recusou e do nada, sentou-se ao meu lado e me ofereceu uma mordida do seu sanduíche de manteiga de amendoim. Ela não perguntou por que eu preferia ficar sentada e lendo durante a hora do recreio, ao invés de ir brincar como as outras crianças; ela só ficou do meu lado e me pediu para ler para ela. Os anos se passaram e nossa amizade se tornou algo mais próximo de um parentesco. Nossos pais acabaram desistindo que nós não dormíssemos juntas nas noites de aula, e então dividíamos o mesmo quarto toda a semana alternando entre sua casa e a minha. Quando chegou à hora de decidir pra qual faculdade ir, escolhemos todas as opções juntas, e sem surpresas alguma, ambas fomos aceitas na Universidade de Washington. Lá em cima, Deus sabia que nossos pais não poderiam nos suportar como irmãs de verdade e assim, Ele nos fez melhores amigas.
Ao contrário de Alice eu era... bem, acho que qualquer um poderia dizer que eu era normal. Eu fiz o que todos esperam de mim; tirava boas notas e nunca me meti em encrencas. Era esperado que eu fosse a aluna ideal. Afinal, meu pai era o chefe de polícia e minha mãe era a orientadora pedagógica do ensino médio. O que não entendi era porque essas mesmas expectativas nunca caíram sobre o meu irmão mais velho. Emmett era um estudante classe C e suas notas eram altas o suficientes só para que ele pudesse praticar esportes. Ele terminou a faculdade, mais toda graduação só serviu para que ele pudesse jogar futebol, e agora Emmett trabalha como treinador numa escola secundária. Emmett era o cara popular que dava grandes festas, e eu era a menina que todos ignoravam ou evitavam.
Posso dizer com toda a honestidade que eu odiava o colégio. Odiava o drama sem fim e todas as besteiras que vinham com ele. Numa cidade do tamanho da Forks, uma vez que somos taxados de alguma coisa, ficamos assim... para sempre. Para aquelas pessoas, eu sempre iria ser a garota estranha que era irmã Emmett, ou a filha do chefe de polícia. Crescer significa tentar definir quem você é; buscar descobrir exatamente qual é o seu lugar neste mundo. Até agora, eu ainda não tive essa oportunidade. Eu não quero ser a menina excluída e insegura que sempre fui nos últimos dezoito anos da minha vida. Queria ser capaz de ser eu mesma em torno de outras pessoas, assim como eu era para a Alice e para minha família. Porém, toda vez que eu pensava nisso, o mesmo medo e insegurança que me atormentavam, voltavam outra vez. Será que as pessoas gostariam do meu senso de humor? Será que meu sarcasmo iria ofender alguém? Será que o meu processo de pensamento randômico iria me fazer parecer uma completa idiota? Tudo isso fez minha frequência cardíaca aumentar só de pensar. Meu problema não era minha timidez, era que eu não sabia como lidar com as pessoas.
As poucas vezes que eu tinha tentado ser eu mesma na minha cidade natal, tinha terminado super mal. Meu sarcasmo me fazia parecer uma vadia sem precedentes quando na verdade eu estava apenas tentando quebrar o gelo.
Com o tempo aprendi a apenas manter minha boca fechada e só ser eu mesma em torno de minha família ou da Alice. Quanto mais mantinha o meu verdadeiro eu escondido, mais difícil era lembrar quem diabos eu realmente era. Era a Bella tímida? Era Bella a leitora compulsiva? Ou eu era a aleatória e sarcástica Bella? Nem mesmo eu tinha mais noção de quem eu era e isso estava me assustando pra cacete.
Tinha passado o verão inteiro prometendo a mim mesma que iria tentar agir normalmente aqui. Eu estava longe de quase todo mundo que me conhecia em Forks e esta era a oportunidade perfeita para descobrir novas pessoas. Queria experimentar coisas novas, estar aberta a novas ideias e crenças. Eu queria descobrir o que eu queria da vida, e quem diabos eu era de verdade.
[…]
Meu primeiro dia como caloura na faculdade não estava indo bem. Se esta era uma indicação de "quem eu deveria ser", então eu era uma garota desastrada e socialmente desajeitada, que se perdia todas as vezes que virava a esquina. Tinha derramado café por toda minha blusa, bati acidentalmente em alguém com a minha mochila ao descer as escadas, e pra completar acabei na sala errada. Duas vezes.
Com um suspiro, verifiquei novamente o laboratório de química e após ter certeza de que era a sala certa, abri a porta. Já havia algumas pessoas lá dentro; umas lendo e outras conversando baixinho. Assim que entrei, todos os olhos se voltaram para mim. Eu sorri sem jeito enquanto sentia meu rosto corar de vergonha. Torci nervosamente meus dedos, enquanto escolhia algumas mesas de laboratório na parte de trás da classe. Deixei minha bolsa no chão e deslizei com cuidado sobre um dos bancos altos.
Assisti as outras pessoas chegando, observando detalhadamente como meninas da minha turma eram bem produzidas. Os cabelos e as maquiagens perfeitas fizeram com que eu me sentisse desleixada. Olhei para minha própria blusa clara e calça jeans, me debatendo mentalmente se deveria soltar o cabelo do rabo de cavalo bagunçado, torcendo para que não parecesse como se não tivesse escovado a mais de uma semana. Assim que minha mão moveu-se para a parte de trás da minha cabeça, meu subconsciente me fez parar. Era exatamente isso o que eu não queria. Era apenas o meu primeiro dia de aula e eu já estava me conformando com o que parecia ser a regra. Pousei as minhas mãos no meu colo e esperei para que a aula começasse.
A professora, eventualmente, pediu atenção, fazendo com que a conversa tranquila chegasse a um fim. Enquanto ela se apresentava e começava a explicar o programa de estudos, olhei ao redor da sala. Quase todo mundo estava prestando atenção no que ela dizia, ou lendo a papelada que ela tinha distribuído. Virei a cabeça um pouco mais para olhar a mesa do outro lado só para encontrar um cara me encarando. Eu rapidamente desviei os olhos, rezando para que ele não tivesse me visto corando. Mentalmente me amaldiçoei por não ter soltado o cabelo: isso teria feito uma cortina entre nós, pelo menos escondendo meu rosto provavelmente num vermelho beterraba nesse exato momento.
Eu mordi meu lábio nervosamente enquanto meu coração batia furiosamente no meu peito. Mais uma vez tentei olhar para ele com minha visão periférica. Eu devo ter feito um ótimo trabalho - para dizer ao contrário, porque antes que eu mesma percebesse, minha cabeça girou completamente para encontrá-lo ainda me observando. Eu tentei voltar a olhar para frente, mas assim que seus olhos se estreitaram e ele me lançou um olhar irritado, senti minha boca escancarar. Ele continuou me encarando por alguns segundos antes voltar seus olhos para a professora.
Mas que diabos? Virei meu rosto para frente e balancei levemente a cabeça. Inclinei em meu cotovelo em cima da mesa, e descansei a cabeça contra a minha mão e virando meu corpo para longe dele. Eu não tinha ideia de quem era esse cara ou porque ele sentiu a necessidade de me hostilizar. Por uma fração de segundo me debati internamente para ver se ele estava me observando novamente, mas decidi ir contra isso. Seja qual for o problema dele, de modo algum ele podia fazer isso comigo.
Suspirei e olhei para o programa que a Dra. Bryant ainda estava explicando. Olhei as atribuições e comecei a me preocupar. Química e eu tínhamos um ódio mortal mútuo. Eu quase me ferrei no colégio e só podia imaginar quão pior seria no nível universitário. Eu rezei para que pelo menos eu tivesse um bom parceiro de laboratório. Olhando o cronograma de notas da Dr. Bryant, ela parecia favorecer as atividades de laboratório ao invés de trabalhos de casa. Eu preferia trabalhos extraclasse, pegando as respostas diretamente dos livros. Já nos laboratórios era necessário um conhecimento real sobre o que diabos você estava fazendo, portanto, eu estava em sérios apuros.
"Irei escolher aleatoriamente os seus parceiros de laboratório, por isso, irei chamar o nome de vocês em pares, portanto ergam suas mãos quando escutarem seus nomes." - disse ela para a classe e todo mundo se olhou nervosamente. Eu olhava para frente e torcendo para que ela não me juntasse com o idiota sentado ao meu lado.
Vi todos os meus colegas formando pares, sorrindo sem jeito quando um deles dava o primeiro passo para se aproximar. Cada vez menos pessoas ficaram sentadas sozinhas e meu estômago se agitava incomodado.
"Isabella Swan e oh, vamos ver …" - murmurou ela, enquanto olhava sua lista de alunos. Rezei e implorei para que ele não fosse meu parceiro. - "Edward Cullen".
Ela sorriu e olhou em volta. Eu ouvi a cadeira ao lado se arrastando e interiormente gemi. Eu suspirei antes de virar meu rosto para o lado só para ter a certeza. O idiota era Edward Cullen e ele estava parado, olhando ao redor da sala.
"Isabella?" - Dra. Bryant pediu e eu levantei a minha mão com relutância.
"É Bella" - eu corrigi meio sem jeito enquanto Edward se mudava para a minha mesa.
Pulei ao som da cadeira se arranhando contra o chão, quando ele afastou-a da mesa. Ele sentou-se, deixando cair à mochila no chão entre nós e suspirou profundamente.
Eu cruzei os braços sobre o peito, e fingi ouvir o que a Dra. Bryant nos passava como primeira missão. Tudo o que eu podia realmente focar era Edward murmurando baixinho que tudo isso era um desperdício de tempo. Não entendia bem o que ela estava falando até que espiei o papel que nos tinha sido entregue e percebi que era uma dinâmica. Vinte perguntas que deveríamos fazer aos nossos parceiros de laboratório como uma forma de quebrar o gelo.
Timidamente olhei para o Edward e vi seus olhos passando distraidamente pela página, e em seguida, se voltar para frente da sala de aula. Iria precisar de algo mais do que um questionário para quebrar o gelo: eu precisava de uma maldita picareta!
Depois que ela terminou de explicar as instruções, peguei minha mochila do chão e tirei uma caneta do bolso da frente. Eu estava prestes a colocá-la de volta para baixo quando Edward me impediu.
"Pode me emprestar uma caneta?"
Eu me virei para olhá-lo e momentaneamente fiquei distraída pela forma como seus olhos eram lindos. Eu não podia evitar fitar aquele tom de verde intenso que olhava de volta para mim. Ele tinha um sorriso presunçoso no rosto, o que me frustrou como o inferno.
"Você me ouviu?" - perguntou ele com uma risada, e eu balancei a cabeça rapidamente, antes de entregar-lhe a caneta que eu tinha tirado antes e puxar uma outra da minha bolsa. O imbecil nem sequer disse obrigado! Em vez disso, tirou a tampa da caneta e puxou nosso questionário para mais perto dele.
"Nome?" - ele pediu numa voz entediada que me fez querer revirar os olhos. A Dra. Bryant não tinha acabado de dizer isso?
"Isabella Swan, mas todo mundo me chama de Bella." - Eu lhe respondi enquanto escrevia seu nome no meu papel. Como ele não disse nada, eu olhei para cima para encontrar aquele mesmo sorriso maldito estampado no rosto. - "O quê?"
"Você percebeu que seus pais te batizaram de belo cisne, certo?" - Ele riu, mesmo quando meus olhos estreitaram o encarando.
Obviamente, ele não foi a primeira pessoa a perceber o quão estúpido era o meu nome, só que a maioria das piadas sobre isso parou quando estava na sétima série. Fiquei contente ao perceber o seu nível de maturidade. Ignorando a sua fraca tentativa de fazer piada, eu continuei. - "Você é daqui mesmo de Seattle?" - Eu pedi calmamente.
"Nascido e criado" - ele respondeu. - "Você?"
Eu balancei minha cabeça. - "Não, eu sou de Forks*".
"Garfos?" - ele riu ao escrever a minha resposta. - "É perto de Colheres ou de Facas?"
Soltei minha caneta e encarei ele e seu excêntrico e estúpido sorriso presunçoso. Esse cara estava seriamente começando a me incomodar até demais. - "Existe mais alguma coisa que você gostaria de fazer piada? Como o fato de que eu tenho um pavor horroroso de papel molhado? Ou que quando eu era criança, eu não sabia falar direito?"
Ele me olhou por um segundo, o sorriso arrogante diminuindo para um sorriso gentil. - "Sinto muito." - disse ele baixinho.
Concordei e voltei para nossa pesquisa. Eu estava prestes a lhe fazer a pergunta seguinte, quando ele me interrompeu.
"Você realmente tem medo de papel molhado?" - perguntou ele, enquanto um sorriso tocava o canto dos lábios.
Eu abri minha boca para dizer algo sarcástico, ou talvez até mesmo falar algo no melhor estilo de vadia arrogante, mas decidi deixar pra lá. Eu ia ter que lidar com esse cara pelo resto do semestre, e sendo assim, escolhi ignorá-lo e continuar com nossos afazeres.
Em uma única aula eu aprendi várias coisas sobre Edward Cullen. Ele era filho único e um nativo típico de Seattle; Ele foi para a escola particular que - suponho eu - devia ser renomada, pois a maneira como ele disse o nome do colégio fez parecer que eu deveria saber sobre o que ele estava falando. Edward estava estudando arquitetura, gostava de música e esportes, e finalmente, era um idiota completo.
Eu era uma pessoa sarcástica, mas era sarcástico demais. Ele tinha algum comentário estúpido para cada coisinha que eu dissesse, riu de mim quando admiti que eu era horrível em química, e nem sequer devolveu minha caneta quando a classe terminou. Sem contar que me incomoda pra caramba aquele... aquele ... sorriso presunçoso e absolutamente irritante no rosto o tempo todo. Ugh! Ele era tão irritante!
Segui um grupo de pessoas saindo do prédio, observando o jeito como Edward ria e conversava com um rapaz que também estava na nossa classe. Ele obviamente não tinha problemas em ser legal para outras pessoas, o que só me enfureceu mais ainda!
Rolando meus olhos, eu subi a alça da mochila no meu ombro e cuidadosamente fiz meu caminho descendo as escadas e vindo para o pátio aberto. Eu mantive minha cabeça baixa enquanto caminhava, passando por Edward e seu amigo, torcendo para que ele estivesse totalmente absorto na conversa para me reconhecer.
É claro que isso não aconteceu.
"Ei, Bella, pega!" - ele gritou já de longe. Pra azar tanto dele quanto meu, eu tinha um tempo de reação lento, porque assim que virei minha cabeça para ver o que ele estava falando, um frisbee colidiu com minha testa.
"MERDA!" - Eu gritei bem alto enquanto o disco caia com um baque no chão. Eu esfreguei minha testa e ambos Edward e seu amigo correram em minha direção
"Oh meu Deus, você está bem?" - Edward disse com uma risada que só me fez querer estrangulá-lo.
"Estou." - disse incisivamente, já começando a ir embora.
"Me desculpe, eu não..." - disse em uma voz falsamente séria que se rompeu com o risadas.
Eu balancei minha cabeça e segui meu caminho. Edward Cullen estava indo ser pé no saco durante os próximos quatro meses. Uma hora por dia; três dias por semana eu ia ter que lidar com esse imbecil e suas travessuras.
Ao fechar a porta do nosso dormitório atrás de mim, eu suspirei e segui meu caminho até o espelho ao lado do armário de Alice. Eu gemi quando eu vi um galo se formando acima do meu olho direito.
Edward Cullen definitivamente iria ser um pau no cu em minha vida.
Quem tava com saudade do Pau-no-Cu dá retwe... ops... review!
Até semana que vem e aguardem supresas boas por aí! =D
