Ok, comecei escrevendo essa fanfic sem nenhuma pretensão. Não sei quanto tempo vou demorar a escrevê-la, quantos capítulos ou que estilo. Eu só amei escrever Sombras, adorei conhecer os fãs de Twilight e ler outras fanfics. Meu estilo de vida é caótico. Comecei a faculdade agora e tudo promete ser ainda mais caótico.
Então, essa história basicamente é centrada na Renesmee e no Jacob, mas terá a presença certa de Edward e Bella, além de todos os Cullens. Deus me ajude, eu sempre começo simples e me vou me enrolando.
Espero que todos gostem. Espero opiniões, uma linha apenas dizendo se gostou.
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/\...º~ S I N T O N I A ~º/\
Sinopse: Renesmee herdou muito mais de Bella e Edward do que o aspecto físico. Suas singularidades vão enlouquecer os Cullen e seu amado lobo Jacob, mas tudo que ela quer é ser normal. Seus planos se complicam quando antigos inimigos e aliados do passado querem um pouco mais dela do que a distância.
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"Pelos cálculos de Carlisle o crescimento de seu corpo estava diminuindo, porém sua mente continuava a avançar adiante. Mesmo se a diminuição ficasse constante, ela estaria adulta em menos de quatro anos.
Quatro anos. E uma mulher velha com quinze anos"
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"Ela se soltou dos braços dele e virou os olhos - ela parecia tanto com o Edward quando fazia isso. Então ela disparou em direção às arvores.
"Pode deixar" Jacob disse quando eu me inclinei para segui-la. Ele arrancou a camiseta enquanto corria para dentro da floresta já tremendo. "Não vale se você trapacear." Ele gritou para Renesmee.
Eu sorri para as folhas que eles deixaram balançando atrás deles sacudindo minha cabeça. Jacob era mais criança que Renesmee às vezes"
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(Trechos de Breaking Down)
E ESTAMOS AQUI
Renesmee afundou ainda mais no banco do carro sentindo-se completamente covarde. Ela vinha lutando para estudar na escola de Forks, como qualquer pessoa normal e já tinha ouvido uma variedade incrível de "nãos" por parte do pai e da mãe. Apoiados por todos os Cullen e pelo traidor do Jacob Black – justo ele, que ela tinha certeza que ficaria do seu lado!
O único que ficara ao seu lado era Emmett. Porém, isso não era grande coisa. O Emmett tinha tanta moral para defendê-la como Jacob para ser diretor da escola secundária de Forks. Os dois viviam paparicando Renesmee e aprontavam tanto que até mesmo Carlisle conseguia se irritar.
Então, a sorte mudara e a campanha de Renesmee agregara uma grande aliada. Do dia para a noite, Alice havia dito que eles tinham que deixar Renesmee ir. Estava no seu futuro.
Tudo aconteceu muito depressa.
No final, quem providenciara sua entrada na escola estadual de Forks foi Charlie. (Ela não conseguia chamar ninguém de tio, avó, avô. Eles eram tão lindos e jovens! E parecia completamente errado usar o termo com Charlie, afinal, ele merecia o mesmo tratamento e parecia tão feliz com aquilo!). Seu pai continuava tão teimosamente contra que Renesmee sabia que se ele fosse humano teria explodido alguma artéria quando a família se posicionara a favor.
Por causa daquilo, sua mãe tinha viajado de Forks, o que causara uma depressão imensa em Renesmee. Ninguém explicava nada, mas Bella tinha feito uma viagem relâmpago e ela tinha certeza que aquilo aumentara em cem por cento a indisposição do pai.
Como era do seu feitio, Edward saiu do volvo e contornou o carro para abrir a porta para Renesmee. Ela tinha insistido para ir sozinha ou na moto com Jake, mas Edward insistira ao menos naquilo. Renesmee concordou a contragosto na época, porém, no instante que se colocou para fora do reluzente Volvo, ela sentiu uma onda de gratidão misturada a uma irritação mortal tomar conta dela.
Edward abaixou os olhos dourados para ela. Seus lábios estavam tão apertados que formavam rugas no canto da boca. Seria algo horrível em qualquer outra pessoa, mas só fazia a face perfeita do seu pai se tornar ainda mais desumanamente linda, como um anjo vingador.
Os dois se olharam por um tempo sem falar nada. Renesmee sentia os olhares dos estudantes e os pais dos mais novos perfurando os dois sem dó nem piedade. Ela estava aliviada que Edward estava ali, cheia de gratidão porque afinal, começara a ficar com medo, mas loucamente enraivecida com os olhares cheios de luxúria das outras mulheres. Ela tentava se lembrar que Edward aparentava 17 anos, era simplesmente glorioso e tinha algo de sexy no jeito como ele se movia felinamente.
Renesmee apertou os olhos desejando ter o poder de lançar um míssil nas suas futuras colegas de sala. Abraçavam suas mães ao redor dos dois, mas mal se olhavam direito, mães e filhas enlaçadas com suas bocas abertas na direção do seu lindo pai. Ela já estava vendo os olhares arregalados e a intenção clara de se tornarem suas amigas íntimas.
"Nem morta", prometeu Renesmee silenciosamente.
Mas que inferno, ele era seu pai, droga! Graças a Deus que ela não podia ler pensamentos como Edward, ou seria obrigada a usar os golpes que aprendera com Emmett naquelas caras insossas.
--- Ughh! – Renesmee expulsou o ar pelos lábios espremidos e arregalou os olhos castanhos para Edward, sibilando. – Entra logo no carro, Edward, ou vou ter que matar alguém.
A expressão de Edward suavizou e ele tocou na face da filha com a gentileza que lhe era característica.
--- Pai. – corrigiu Edward, sua voz macia se desdobrando com uma eficiência encantadora, inegável.
Imediatamente, Renesmee relaxou um pouco e se lançou contra o peito dele, emitindo um ronronado de felicidade quando Edward a abraçou. Sua mão subiu discretamente tocando o pescoço frio dele.
--- Pai. – devolveu Renesmee.
A risada baixa de Edward soprou sobre sua cabeça com aquele perfume que era cem por cento ele.
--- Obrigada, Renesmee. – ele agradeceu, sua voz melodiosa extraindo lembranças coloridas de Renesmee. Ele suspirou retirando a mão dela do seu pescoço, partindo a conexão agradável das memórias muito vivas da filha. – Seja uma boa menina.
Renesmee revirou os olhos para ele. O sorriso de Edward se alargou, mas tornou-se um pouco mais comedido quando Jéssica Stanley suspirou alto e a filha sussurrou algo perfeitamente audível para ele.
Charlie não cansava de dizer a Bella que havia se preocupado à toa em ser o único avô em Forks. Alguns dos amigos de Bella haviam casado e tido filhos, interrompendo faculdades ou se transferindo para perto dos pais. Os planos para Darmouth ou Alasca tinham ficado para mais tarde, graças a visão de Alice. Renesmee ia cursar o ensino médio em Forks. Era o natal todo dia para Charlie, e se era fã de Alice antes, agora era um seguidor eterno.
Edward achou melhor se despedir antes que Renesmee tivesse um ataque colérico. De onde aquela menina puxara aquele gênio difícil?
Ah, sim, claro. Dele.
--- Por que está rindo assim? – perguntou Renesmee, curiosa com aquele ar presumido no rosto de Edward. Ela desviou a atenção da dupla de babonas e se concentrou na face angelical de dezessete anos do pai, sussurrando sem a menor necessidade. – Você ouviu alguma coisa?
--- Claro que não. – mentiu Edward. Sua voz transparecia inocência e sua face, desinteresse. Então, ele se tornou um pouco mais gelado. – Renesmee, sabe das regras.
Ela apanhou os livros oferecidos por Edward e lamentou que ele não pudesse ir com ela até mais adiante. Tipo, na carteira que ela ia estudar. Ele tinha sido seu professor durante toda a vida. Seria muito estranho sem Edward.
--- Alice virá me buscar, caso contrário, eu devo ir direto para casa. – Renesmee entoou sua lista imitando o tom de carrilhão da mãe. – Se o Jake vier me buscar ou visitar, eu não devo mordê-lo na frente de ninguém e ir direto para casa. Se tiver aula vaga, se eu tiver problema, se tiver sede, devo ir direto para casa. – ela revirou os olhos, entoando as frases que terminavam sempre do mesmo jeito -... devo ir direto para casa...
Edward concordava enfaticamente a cada frase de Renesmee. Seus olhos dourados iluminados com a presteza das respostas, como se estivesse tomando nota dos avanços da filha. Ela fez uma pausa para puxar o ar e Edward arqueou a sobrancelha em um arco perfeito para cima.
--- Puxa... – surpreendeu-se Renesmee.
--- O que foi? – alarmou-se Edward lançando os braços para frente, seu corpo movendo-se em um reflexo protetor.
Renesmee ouviu o zumbido baixo nascendo no peito dele e se apressou a explicar. Edward não tinha paciência alguma com aqueles que ele não sabia o que estava pensando. E continua extremamente protetor. E um tantinho paranóico.
Edward tinha motivos, mas no momento, ninguém queria alarmar Renesmee.
--- Nada é que, bem isso é estranho. Tantos cheiros. – ela torceu o nariz, tentando controlar o súbito pânico por ficar sozinha. Se continuasse assim, não duvidava que Edward a jogasse no ombro e enfiasse no carro. O pai podia se comportar como o homem das cavernas quando ficava preocupado. Aquele pensamento fez Renesmee rir e ela tocou na face de Edward para descontraí-lo.
Edward ficou surpreso por um instante, franzindo a testa lisa em um V pronunciado com a imagem colorida. A habilidade de Renesmee crescera com o tempo e ela podia passar idéias completas com imagens criadas. Ele demorou meio segundo para entender que a imagem criada era uma caricatura bem humorada dele mesmo.
Seus ombros relaxaram e ele riu, como Renesmee pretendia.
--- Você é absurda. – proferiu Edward soltando-se da filha e seu rosto se contorceu ao encarar os olhos castanhos de Renesmee. – Como sua mãe...
Renesmee sentiu uma fisgada de saudade e culpa, tentando não olhar a dor que cruzou o rosto de Edward. Era como se alguém tivesse atirado nele.
--- Eu sinto tanto, pai... – seus olhos ficaram marejados.
Edward beijou a fronte dela e girou Renesmee pelos ombros, até que ela ficasse de frente para a escola. Seu hálito frio de lilás e mel empurraram os cachos de cobre em um vento agradável.
--- Tudo a seu tempo, Renesmee... minha princesa... – sussurrou Edward, sua voz intensa. Ele pausou e colocou um pouco mais de humor nas palavras. Estava sendo impossível se afastar dela. – Para seu bem, é melhor ir embora, antes que eu mude de idéia e me comporte como um naenderthal que você acha que eu sou.
Renesmee sacudiu os ombros rindo e virou somente o rosto para cima.
--- Você sabe que é perfeito, senhor Cullen. – ela se lançou rapidamente para cima, beijando no rosto dele. A expressão enlevada de Edward ficou um pouco taciturna e Renesmee corrigiu-se de novo, o sorriso de covinhas acabando com a expressão zangada dele. – Pai...
Mais suspiros. Olhos arregalados e cochichos. Renesmee ficou grata por estar com sua arma letal no bolso da jaqueta. Aquilo não ficaria barato.
--- Comporte-se, Renesmee. – lembrou Edward dando um ultimo empurrãozinho na filha.
Renesmee deu um passo a frente e apertou os livros tentando ignorar os olhares curiosos na sua direção, ou tentando não registrar com sua visão periférica os sorrisinhos lascivos na direção do volvo atrás de si. Sentiu que suas mãos tremiam e gotinhas de suor pontilhavam suas palmas. Uma sensação de aventura a percorreu, lembrando a Renesmee do seu último aniversário ao lado de Jacob. Graças a Bella, Edward concordara em deixar Jacob trazer Renesmee tarde para casa. Os dois tinham feito tudo que era proibido e Renesmee sabia que ficaria de castigo (não era fácil esconder algo de Edward). Porém, Jacob jamais quebrara a regra básica para a convivência pacífica com seus pais.
Ele nunca a beijara.
Renesmee avançou pelo chão molhado, suas botas chapinhando nas poças e sentindo um friozinho na barriga. Como quando Jacob afastara o cacho do seu cabelo, bem pertinho dela, sua pele de mil sóis marcando seu rosto com uma trilha incendiária, o cheiro de madeira, o ar de selvageria domesticada. REnesmee arfou e parou antes de subir as escadas reconhecendo a filha de Ângela Webber. Acenou para a garota com o indicador, num gesto muito Emmett.
Incrível como tudo acontecera depressa. Pela matemática humana, Renesmee deveria ser três anos mais velha que Lisandra, mas ela sabia que havia uma distância bem maior. Ela tinha dezoito anos, se passando por dezesseis, mas sentia que já estava alcançando os vinte. Lisandra tinha dezesseis de verdade.
"Você é especial, Nessie". As palavras de Jacob voltaram a sua mente e Renesmee exalou o ar, tentando relaxar. Ele tinha razão. Jake sempre tinha razão e se não fosse assim, Renesmee sabia que não seria boa suficiente para aquele mundo mágico. Não seria boa suficiente para Jacob.
--- Hei, Nessie, e aí? – saudou Lisandra, falando mansamente. A garota de Jéssica aterrisou do nada ao lado das duas, sem olhar para elas.
--- Seu nome não é Reneee..sme? – proferiu Katherine, com os olhos meio vidrados e um tom debochado.
Renesmee fez uma cara para ela, mas obviamente Katherine não estava prestando atenção.
--- Pode me chamar de Nessie, tudo bem? – cortou Renesmee, virando para a direção que Katherine babava, já sabendo que ficaria aborrecida.
Edward Cullen continuava parado ali, com os óculos escuros, recostado no volvo. Os cabelos de bronze em um visual bagunçado. Ele estava tão sexy que Renesmee achava que seria melhor levar Katherine para a enfermaria. Acabaria ficando desidratada de tanto babar. Ou de apanhar. Dela.
O mau gênio de Renesmee explodiu na sua cabeça. Ela pode sentir as presas cutucando a pele macia da boca e teve que exalar audivelmente pelas
narinas.
--- Katherine, se você quer ser minha amiga, eu sugiro que feche a boca e pare de encarar o meu pai. – sibilou Renesmee, sem sequer olhar para a garota.
Concentrou-se em Edward. Sua boca formou a frase silenciosa que ela sabia, Edward Cullen entenderia perfeitamente.
"Vai embora ou bato nela".
A distância, Renesmee viu o sorriso torto na boca de Edward e ele aquiesceu discretamente. Abriu a porta do carro e com um último olhar para ela, entrou no volvo. Renesmee sabia o que ele estava pensando naquele instante, pois já verbalizara inúmeras vezes para Bella.
"Minha menina está crescendo". Sussurrava Edward, resignado e maravilhado com o fato.
"Literalmente! E ela gosta.. ughh.. de rosa. Odeio a Alice". Gracejava Bella, nervosa e orgulhosa.
Katherine quase engasgou ao engolir a saliva. Renesmee piscou voltando ao presente.
--- Uau... Ele é... ele é... seu pai?!
--- Puta gênio que você é... – resmungou Renesmee, corando fortemente com o palavrão, mas feliz que tenha aprendido alguns.
Renesmee girou os olhos e encarou Lisandra. A garota deu um pequeno sorriso paciente e fez um gesto para entrarem. Renesmee tinha esbarrado algumas vezes com Lisandra, que conseguia, na sua opinião, ter um nome tão estranho como o dela mesmo. (tudo bem, o dela era especial). Mas Bella explicara que Ângela adorava Sonhos de Uma noite de Verão e Renesmee se sentira imediatamente solidária a Lisandra. Ela era pensativa, calma e não se afogava em baba quando seu pai estava por perto.
Renesmee viu que tinham literatura no primeiro horário e estava decidida a não se encantar com nenhum dos gêneros antigos a fim de poupar a filha dela de algo do tipo.
Dela e de Jacob. Ele estava sempre em seus pensamentos, uma presença constante. O que faria sem Jake por perto.
"Não era essa a idéia, Nessie? Ficar longe do ninho para acelerar seu crescimento? Saber viver no outro mundo de Jake?". Essas eram as perguntas e ela acharia as respostas.
Renesmee suspirou sonhadora e Lisandra teve que segurar seu braço quando ela tropeçou nos próprios pés, quase caindo para dentro da escola.
Aquilo a fez sentir mais perto da mãe e misturando a saudade com a excitação do primeiro dia, Renesmee Carlie Cullen entrou para seu primeiro dia de aula em Forks.
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A distância, Jacob Black riu sozinho e montou na moto, achando graça nas incríveis semelhanças entre Nessie e Bella. Assoviando alegremente, Jake deu a partida na imensa veiculo e ignorando o olhar alarmado de alguns pais que estavam por ali, disparou embaixo das duas rodas.
Ele não precisava se preocupar, ela estava armada.
É, sua menina estava crescendo.
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