Nota da Tradutora: Esta fanfic é uma tradução de "Goldilocks and the Four Heads of Houses" por DailyProphetEditor, que me deu sua permissão para fazer a tradução.

Espero que vocês gostem, é uma fanfic muito boa. Os outros capítulos já estão prontos. Mandem reviews que eu postarei o resto.

Obrigada e Boa Leitura!

Nota da Autora:

Pessoal, essa é apenas uma fanfic boba de humor. Começou, na verdade, de um pequeno trecho da terceira parte da fanfic "Wisdom and War Trilogy" por que há nela uma pequena cena em que Minera menciona que Gilderoy Lockhart estava interessado em Snape.

Mas então eu pensei, e se ele não estivesse apenas interessado, mas tivesse realmente investido nesse interesse... e o que os outros professores falariam ou fariam nesse adorável dia dos Namorados de 1992... Que tal ouvirmos suas opiniões?

Então aqui vamos nós, uma fanfic bobinha e com personagens um pouco fora de seus padrões, um pouco de Slash e mais um pouco de Severo/Minerva, mas isso realmente poderia ser um momento que falta no livro Câmara Secreta...

Vocês foram avisados. Boa diversão.

Boa Leitura, Frank

Capítulo Um – Severo Snape

Severo Snape fechou a porta da biblioteca atrás de si e, percebendo que estava sozinho, se permitiu dar um pequeno suspiro de alivio. Ele estava certo de que este 14 de fevereiro de 1992 era um dos piores de todos os mil anos da história de Hogwarts.

Em que diabos o diretor estava pensando quando ele permitiu que o idiota do Lockhart preparasse aquele pequeno evento para levantar astral? Na verdade- em primeiro lugar - no que o diretor estava pensando quando contratou Cachinhos Dourados?

Severo tinha, não pela primeira vez, sugerido que não fosse contratado um professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, todos os professores poderiam simplesmente dividir o trabalho. Possivelmente, isso até quebraria a maldição. Mas não, o diretor havia insistido que eles precisavam de alguém para o trabalho, que todos seus professores eram muito preciosos para ele correr o risco de perder um, e agora eles estavam presos com Lockhart. Até mesmo Trelawney poderia ter ensinado magia de defesa mais apropriada. Seu incenso era forte o suficiente para afastar qualquer criatura maligna.

Severo colocou os livros que ele estava carregando em cima da mesa mais próxima junto com sua varinha. Ele devolveria os livros para suas prateleiras em um minuto, mas primeiro ele precisava de um momento em silêncio para se sentar. Finalmente sozinho sem os anões fantasiados de cupido e garotas corando por toda parte...

Severo deixou-se largar em uma das cadeiras enquanto colocava seus pés em outra. Graças a Merlin, aquele dia havia acabado. Já havia se passado das nove horas, os alunos deveriam estar na cama ou, ao menos, em seus salões comunais, e os todos os professores estavam tão irritados com a bobeira do dia que eles com certeza prefeririam uma tarde sozinhos à ficar conversando na sala dos professores. Ele estava livre para pegar alguns livros novos para ter uma noite de leitura leve e então recuar para suas adoradas, frias e escuras masmorras.

Levantando-se de sua cadeira, Severo notou que ele havia trazido um pouco daquele onipresente confete para dentro da biblioteca. Eca.

Confetes rosa em formato de coração, que combinavam perfeitamente com as vividas flores cor-de-rosa com as quais Lockhart tinha decorado o castelo. Confetes rosa que, aparentemente, haviam ficado presos nas dobras de seu esvoaçante manto preto.

Não é a toa que Pirraça tivesse sorrido de orelha a orelha para ele. Severo estremeceu com nojo e tirou seu manto. Irma Pince iria arrancar sua pele se ele sujasse toda a biblioteca com pedaços de papel e, na verdade, Severo até concordava com ela. Uma biblioteca é um lugar sagrado.

Ele se dirigiu às estantes de livros do fundo em busca de um volume que o ajudaria a tirar esse maldito dia "romântico" da cabeça. Talvez "Venenos muito Potentes", era sempre um favorito. Ou "Azarações Medievais - Compêndio das Azarações Inquisitoriais, completo com gravuras precisas"? Ah, a Idade Média... Naqueles tempos, até mesmo bruxos teriam jogado alguém como Cachinhos Dourados Lockhart na fogueira...

Severo balançou a cabeça. A figura de Lockhart se tornava mais chata a cada dia. A maneira na qual ele tinha, constantemente, sorrido para os outros professores, especialmente os chefes das casa... Era simplesmente revoltante. Minerva tinha quase engasgado com seu chá quando aquele patético palhaço sugeriu que seus colegas irão "querer entrar no espírito da ocasião!"

Severo tinha feito o melhor que podia para não olhar para Lockhart. Ele sabia que se o tivesse feito, ele teria, provavelmente, azarado Lockhart junto com seus "amigáveis anões entregadores de cartas" até a Floresta Proibida. O homem teve a audácia de sugerir que ele precisava ensinar seus alunos sobre Poções do Amor.

E aquela sextanista da corvinal tinha realmente se atrevido a perguntar sobre ela na aula, com todas as suas amigas dando risadinhas à sua volta. Bem, elas mereceram a detenção. Severo ficou muito satisfeito em marcá-la no dia exato da próxima partida de Quadribol da Corvinal.

Pensando nisso, foi provavelmente uma ótima idéia não olhar para Lockhart essa manhã. Ele geralmente evitava olhar para o homem desde que ele notou aquele tipo de olhar que recebia do Príncipe Encantado de vez em quando. Era melhor não olhar de volta, o homem poderia pensar que ele estava... Interessado.

Era simplesmente injusto. Ele tinha tentado comentar que o velho Professor Kettleburn podia estar inclinado a conhecer Lockhart mais pessoalmente, mas é claro que Lockhart não estava interessado em um professor ancião com uma mão faltando. Não, Lockhart iria certamente atrás do membro mais jovem dos funcionários, com certo glamour de ex-Comensal da Morte.

Severo entrou na estreita Sessão Reservada da biblioteca, ele certamente acharia algo que combinasse com seu humor. Alguém abriu e fechou a porta da biblioteca-Minerva provavelmente. Ela e Pomona tinham, no almoço, discutido sobre uma revista cientifica que Minerva tinha pegado emprestado da biblioteca e que pretendia devolver a noite.

- Minerva? - ele chamou, mas não recebeu nenhuma resposta.

Talvez ela não tivesse lhe escutado. Severo deu de ombros e continuou a procurar pelas estantes.

- Pensei que o acharia aqui. - disse uma voz. Uma voz gentil e masculina.

Severo se virou e viu Lockhart parado ao final da linha de estantes, sorrindo de maneira divertida. Ah, ótimo. Agora ele estava preso entro duas estantes, a parede e Gilderoy Lockhart - vestindo um novo conjunto de vestes rosa brilhante e cheirando pós-barba.

- O que você esta fazendo aqui?- Severo perguntou, tentando soar o mais hostil possível. O que não foi muito difícil.

-Eu acabei de te falar - Lockhart respondeu - Eu estava procurando por você.

- Para que?

Por favor, só vá embora. Vá, eu tenho certeza de que tem algum aluno do primeiro ano esperando por você com uma câmera na mão, na esperança de você assine uma foto com sua pena de pavão...

-Acho que você sabe para que - Lockhart continuou ronronando.

Ou autógrafos? Talvez algumas alunas queiram mais autógrafos? São estudantes e estudantes nunca estão onde deveriam estar certamente algumas ainda estão fora da cama, procurando por você...

- Eu não sei e não quero saber- Severo sibilou. - Agora, me deixe sozinho, eu tenho trabalho à fazer esta noite.

- Essa noite? Mas você não deveria trabalhar hoje à noite, não em um dia tão especial...

- Eu não vejo o porquê não. E eu não consigo entender como isso seria da sua conta.

Cachinhos Dourados se aproximou. Esse apelido o servia perfeitamente; de vez em quando, Pomona realmente conseguia criar algo engraçado e inteligente... Lockhart tinha lavado o cabelo de novo? Aqueles cachos pareciam recém saídos de bobis.

-Você gostou do meu cabelo? - perguntou Lockhart seguindo o olhar de Severo.

Ele levantou a mão em um movimento amplo e demorado, e tirou levemente seus cabelos loiros do rosto; algo que ele, provavelmente, tinha treinado em frente a um espelho. Severo decidiu não responder àquela pergunta.

- Eu também gosto de seus cabelos, embora você devesse cuidar melhor deles. Mas esta cor negra é intrigante, com seus olhos negros e sua face pálida. Principalmente quando você está nas sombras como agora...

Lockhart tinha se aproximado ainda mais enquanto estava falando, e estava agora a três passos de distância. Perto de mais para o gosto de Severo. Recuando um passo, ele sentiu algo duro e frio às suas costas. Droga de parede.

-Lockhart, eu não sei do que você está brincando, mas eu posso lhe assegurar que eu não me importo nem um pouco com o que você acha do meu cabelo. Agora, se você me der licença-

Ele tentou passar por Lockhart, mas este bloqueou seu caminho. Por um momento, eles ficaram peito a peito, então Severo recuou novamente. Ele preferiria enfrentar o monstro de Sonserina à ficar muito perto daquele homem.

- Eu não vou deixa você fugir tão facilmente - sussurrou Lockhart.

Merlin, ele tinha... Piscado para ele? Chega. Severo levou a mão ao bolso em busca da varinha-

-que, é claro, estava em cima da mesa, junto com suas outras coisas. Droga. Droga, droga, droga. Severo era até bom em fazer magia sem a varinha, mas não a essa distancia. Nem mesmo um frenético 'accio varinha' ajudaria aqui.

- Saia do meu caminho Lockhart. Agora.

Severo sabia que sua voz soava ameaçadora. Qualquer pessoa sana sairia do seu caminho. Afinal, ele era um ex-Comensal da Morte e podia esquecer a parte do "ex" a qualquer momento agora.

- Me chame de Gilderoy.

- Quê? Pela última vez, sai da minha-

-Gilderoy. Tem uma sonoridade tão glamorosa. Claro que eu gosto do nome da minha família, mas Gilderoy... Eu gostaria de ouvir meu nome nessa sua voz maravilhosa.

- Eu não vou fazer isso.

- Mas eu quero que você o faça... Severo.

Agora Cachinhos Dourados tinha realmente levantado, devagar, a mão direita, em um movimento perfeitamente estudado, para tocar no rosto de Severo. Seus dedos passaram lentamente pela linha do queixo dele.

Severo rapidamente agarrou o pulso de Lockhart com força - sabendo que o machucava- e jogou a mão dele para longe de si. Ok, hora da verdade bruta.

-Lockhart, eu só vou dizer isso uma vez. Eu não estou interessado em você. Você é irritante e patético, e se me tocar mais uma vez vai, com certeza, ter que sofrer meu desprazer.

- Tamanha paixão... - disse Lockhart que, por alguma razão ainda parecia feliz - Eu sabia que não seria fácil conquistá-lo, Severo, mas os sinais que você me mandou foram muito óbvios.

- Eu não lhe mandei nenhum sinal. Você só está vendo o que você quer ver.

-Ah, eu acho que não. Houve tanta paixão quando você duelou contra mim, aquele feitiço foi tão mais intenso do que o necessário. Houve, literalmente, faíscas no ar. E a maneira na qual você ficou evitando meus olhos, especialmente esta manha... Tão obvio Severo.

-Lockhart, eu não tenho interesse em homens.

- Então como você saberia das preferências do velho Kettleburn? Ele é bem quieto quanto a isso, eu nunca teria descoberto.

- Todos os professores sabem disso, assim como metade dos estudantes.

Lockhart olhou em silencio para Severo, e, por um momento, Severo pensou que havia conseguido escapar sem ter que usar a força bruta. Mas então Lockhart sorriu novamente, aquele revoltante sorriso de porta-retrato aperfeiçoado frente a um espelho que havia enganado tantas alunas... Merlin, se elas soubessem.

-Por um momento, você quase me convenceu. Quase Severo. Mas como eu poderia estar errado?

- Você me enoja.

- Deixe-me mostrar sobre o que se trata "O meu eu mágico"- Lockhart sussurrou rouco.

Então, com um movimento surpreendentemente rápido, ele empurrou Severo contra a parede, prensando-o com seu próprio corpo. O choque com a parede fez com que Severo perdesse o ar e abrisse a boca para tentar recuperá-lo. Lockhart pressionou sua cintura para frente por um segundo e gemeu- não é difícil de imaginar o porquê.

Severo lutou para colocar suas mãos nos ombros do outro bruxo, querendo empurrá-lo longe- preferivelmente na estante mais próxima, que poderia então, quem sabe, cair em cima dele e matá-lo. Mas Lockhart se moveu novamente. Ele levou sua face de encontro para a de Severo, umedecendo seus próprios lábios sugestivamente. Sua boca se aproximou mais...