Consegui! Foi o pensamento que me dominou naquela manha ensolarada de Phoenix. Meu ultimo dia no mesmo teto que meus pais. Não que eu não gostasse deles... era mais pela sensação e liberdade. Sim, eu iria morar sozinha. Em outra cidade.
Durante um ano eu estudei intensamente para conseguir uma bolsa na Universidade de Forks, e finalmente consegui. Meu sonho: estudar Antropologia e as lendas antigas dos Quileutes da reserva indígena de La Push.
Levantei da cama muito animada e corri para a cozinha tomar meu café da manha, dando de cara com meus pais sentados à mesa, comendo e rindo como dois adolescentes. Urgh! Limpei minha garganta e os dois viraram-se para me encarar.
- Bom dia minha princesa! – minha mãe era realmente linda. Os cabelos castanhos na altura da cintura e com seus olhos cor de chocolates – que por sorte eu tinha herdado – ela era jovem e quem à via nunca diria que era minha mãe.
- Bom dia mamãe! – falei dando um beijo estalado em sua bochecha.
- Eu também quero! – meu pai reclamou com seu sorriso torto.
- Ciumento! – sorri, abraçando-o por trás estalando um beijo na sua testa.
Se pensaram que minha mãe era bonita, então deviam ver meu pai. Ele arrancava suspiros das minhas amigas do colégio, das minhas professoras ( e de alguns professores também) e de qualquer mulher que o visse. Seus cabelos eram acobreados, como os meus, e os olhos verdes.. que olhos.
- Eu falei com a sua tia Alice e ela vai te levar ao aeroporto. – minha mãe disse dando uma torrada na boca do meu pai.
- Tudo bem – assenti tomando meu café – O carro já está lá?
- Aham, junto com as chaves da sua casa na reserva. – meu pai me olhou com uma cara preocupada.
- Não se preocupe pai...eu sei me cuidar. – dei meu melhor sorriso.
- Eu espero que sim Renesmee. – Ok! Ele me chamou pelo nome inteiro, deve estar mesmo preocupado.
- Eu ligo todo dia... – não terminei de falar e minha tia Alice já estava buzinando furiosamente.
- Alguém vai perder o vôo! – ela gritou com sua voz de fada.
Meu pai me ajudou a carregar minhas malas para o carro nada discreto da Alice, um Porsche amarelo que ela ganhou do tio Jasper.
- Não vá Nessie! Ainda dá tempo! - ela me implorou me apertando em seus abraço. Alice era menor que eu, mas era incrivelmente forte.
- Tia...me solta...respirar... – consegui por pra fora e todos riram, menos eu. – Você vai me visitar, esqueceu?
- Sempre! – ela pulou batendo palmas como uma criança.
- Meu bebê... – minha mãe disse chorosa me abraçando – Vou sentir sua falta.
- Mãe! Eu vou estudar... não é como se eu nunca mais fosse voltar para casa. – role meu olhos como meu pai fazia.
- Se comporte minha filha – meu pai disse se juntando ao abraço.
- Abraço coletivo! – Tia Alice gritou, vindo correndo pular em cima de nós.
- Agora chega! – falei escondendo um sorriso – Vamos tia.
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